Exportações de cortiça atingem valor recorde de 1,13 MM€
Para este crescimento contribuiu também a boa performance na área da construção e design onde a cortiça, pelas suas características físicas e ambientais, continua a conquistar espaço, tendo crescido mais de 12%, face ao ano anterior

CONSTRUIR
Krest investe 120 M€ no novo empreendimento Arcoverde
Consórcio do TGV equaciona construção de duas novas pontes sobre o Douro
Sindicatos do sector apresentam revisão do CCT
Governo aprova resposta às tarifas com pacote de medidas de volume “superior a 10MM€”
Savills coloca multinacional chinesa Aosheng no Panattoni Park em Valongo
Tektónica’25 com preocupação em acompanhar a evolução do sector
Artebel e Topeca criam argamassa de assentamento térmica do mercado
VELUX com nova vice-presidente executiva para a região de Portugal e Espanha
Tektónica e SIL em destaque na edição 528 do CONSTRUIR
Keller Williams Portugal anuncia expansão para os Açores
As exportações portuguesas de cortiça atingiram um valor recorde de 1,133 mil milhões de euros, um crescimento de 12% face a 2020 e de 7% face a 2019, revelam os dados divulgados, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Estes valores resultam de um crescimento nos segmentos de produto de mais valor acrescentado, o que permite ao sector da cortiça retomar a linha de crescimento da fase pré-pandemia, reforçando, ainda mais, a liderança mundial de Portugal neste sector”, indica João Rui Ferreira, secretário-geral da APCOR.
Para estes números, contribuiu o crescimento generalizado nos principais mercados, com destaque para os dois primeiros, a França, o maior exportador mundial de vinhos, e os EUA, a maior economia mundial e maior consumidor de vinho, representando, cada um, cerca de 18% do total exportado. Seguindo-se, no top 10: Espanha, Itália, Alemanha, Reino Unido, México, China, Chile e Rússia.
A indústria vinícola continua a ser o principal cliente do sector e, em 2021, de forma histórica e recorde, as rolhas de cortiça ultrapassaram os 800 milhões de euros de exportações, com um peso de 73% do total, o que demonstra a sua clara preferência por este material. A destacar, também, a boa performance na área da construção e design onde a cortiça, pelas suas características físicas e ambientais, é um material único e continua a conquistar espaço, tendo crescido mais de 12%, face ao ano anterior.
“A nossa fileira conseguiu estar sempre activa, mesmo em período pandémico. O investimento constante em inovação de processos e produtos, aliado à comunicação do sector junto dos principais públicos em diversas geografias, permitiu alcançar estes resultados. Trata-se de uma aposta estratégica que pretendemos dar continuidade, de forma a manter o rumo de crescimento”, refere João Rui Ferreira.
Estes elementos permitem à APCOR manter visível no seu horizonte o objectivo de fazer a cortiça chegar aos 1.500 milhões em 2030, uma meta favorecida pelo contexto mundial altamente favorável à cortiça: um material natural, versátil e amigo do ambiente, que permite responder na perfeição ao paradigma da sustentabilidade, tanto na vertente ambiental, como na social e económica.