Mercado de escritórios do Porto cresceu 30% em número de operações
A dinâmica do mercado de escritórios na cidade do Porto registou um crescimento progressivo, que se traduziu numa área colocada de 56.585 m2, com 63 operações registadas em 2021, sustenta a análise da Predibisa
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De acordo com Estudo “OnOffice” realizado pela Predibisa em 20210 registou-se um aumento de 5%, correspondente a mais 2729 m2, comparativamente ao período homólogo. Um aumento sustentado pelo número de transacções, que registou um aumento de 30%, passando de 50 para 63.
“A Predibisa consolidou assim a sua posição no mercado de escritórios da região norte, ao longo de 2021, sendo responsável por 19.877 m2 colocados (35% da área total absorvida) e mais de 1/3 das operações realizadas (23 em 63). Os meses de Dezembro, Agosto e Setembro foram os melhores meses do ano em termos de absorção de área com cerca de 36.500 m2, mais de metade da área total colocada em 2020 (…)”, explica o director do departamento “corporate” da Predibisa, João Leite de Castro.
A zona do Central Business District da Boavista continua a ser a principal zona de destaque do mercado de escritórios, com mais de 43% da área total colocada (24.804 m2) e mais de 50% das transacções registadas no acumulado do ano (33 em 63), seguindo-se Matosinhos com 10.429 m2 (5 operações); outras zonas do Porto com
7.615 m2 (4 operações); a ZEP (Zona Empresarial do Porto) com 3.962 m2 (3 operações); Out of Town com 3.500 m2 (1 operação); Vila Nova de Gaia com 2.921 m2 (5 operações); CBD Baixa com 2.630 m2 (9 operações); Maia com 470 m2 (2 operações) e, por último, a zona Oriental da cidade com 254 m2 numa operação.
Relativamente às transacções de maior dimensão registadas ao longo do último ano, destacam-se sete operações com áreas superiores a 3.000 m2. A pandemia e o teletrabalho influenciaram a adopção, e a preferência, por soluções híbridas, já adoptadas por várias empresas
“Hoje, a preocupação na escolha dos edifícios motiva as empresas a avaliar a qualidade das instalações, conforto, sustentabilidade e mobilidade, aumentando a procura pelos edifícios novos que preencham estas condições. E entre os principais factores de procura está sobretudo a necessidade de expansão de área (cerca de 46% das empresas); a mudança de instalações (29%) e, por último, a captação de novos players para a região (25%), sobretudo em empresas ligadas ao sector dos “Outros Serviços” (28%); “Farmacêuticas e Saúde” (23%); “Serviços a Empresas” (20%); “TMT’s & Utilities” (14%) e outras entidades ligadas aos “Serviços Financeiros”, “Consultoria e Advocacia”, “Construção e Imobiliário” e “Produtos de Consumo” (restantes 15%)”, reforça João Leite de Castro.
Com o controlo da pandemia e as oportunidades já existentes em termos de procura, as perspectivas da Predibisa para 2022 neste segmento de mercado são “positivas e desafiantes”, acreditando que “os edifícios novos de escritórios em fase de construção ou em pipeline, a concluir no final do ano e/ou início do próximo, deixam algum défice de atractividade para a captação da procura e instalação em grandes áreas.
No entanto, a reabilitação de imóveis, com o intuito de suprimir as necessidades do mercado, terá a capacidade de contornar esta situação no Grande Porto, que necessita cada vez mais de edifícios alinhados com as necessidades das empresas actuais”, conclui.