Construção: os desafios de 2022
A economia circular nos processos de construção, a promoção da reabilitação, a ascensão da construção industrializada ou uma maior importância da estética e do design nas fachadas, são, segundo a Sto, algumas das grandes tendências para 2022
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Tal como aconteceu noutros sectores, a construção não parou de evoluir nestes últimos anos. Assiste-se agora a uma nova organização de prioridades, de métodos e de técnicas com o sector a adaptar-se constantemente às actuais necessidades sociais, económicas e ambientais, dando origem a novas tendências que vão contribuir imensamente para uma revolução no mercado.
Com o novo ano a começar, a Sto, empresa internacional especializada no fabrico de sistemas e elementos construtivos, identifica e anuncia as principais tendências que vão marcar o sector este ano:
A empresa começa por identificar as novas técnicas de construção sustentável. “As alterações climáticas são hoje mais do que nunca, uma das grandes prioridades do sector. Esta preocupação fez com que as técnicas de construção também evoluíssem nesse sentido, algo que continuará a marcar 2022. Essa premissa afectará não apenas os processos construtivos, com maior aposta no uso de recursos materiais sustentáveis ou no tratamento de resíduos por meio de processos de economia circular, mas também no que diz respeito ao edifício construído ou reabilitado, apostando mais em elementos como: isolamento térmico, caixilharia de qualidade, materiais sustentáveis, sistemas de poupança de água, aparelhos de baixo consumo, utilização de energias renováveis…”, avança.
Reabilitar ou construção nova? Em 2022 a reabilitação irá ganhar um maior ritmo impulsionadas pelas “medidas do governo e pela ajuda europeia que as acompanha, vão promover a reabilitação de habitações e edifícios. Embora as várias medidas implementadas nos últimos anos tenham tentado promover este tipo de acção, fruto da idade do parque imobiliário português, será a partir deste ano que o sector vai ganhar ritmo, aprendendo com o que outros países mais avançados estão a fazer, e adaptando todas as suas soluções disponíveis à nossa realidade climática e cultural”, adianta a empresa.
Mas a construção nova será influenciada pelo salto tecnológico derivado da necessidade de uma maior eficiência e eficácia na execução dos projectos.” Em 2022, a busca por técnicas e métodos que agilizem qualquer projecto de construção sem desperdiçar recursos ou reduzir a qualidade, segurança e conforto da edificação serão a chave. E isso só se consegue com o apoio de novos sistemas tecnológicos como o BIM, uma metodologia de trabalho colaborativo para a criação e gestão de um projecto de construção, que visa centralizar toda a informação do projecto num modelo de informação digital. Tudo isso, com um único propósito: eficiência na execução de obras de arquitectura e engenharia”.
Os princípios da sustentabilidade e da digitalização estão a colocar em destaque novos modelos construtivos como os industrializados, baseados no projecto e fabricação automatizados de elementos estruturais e não estruturais de uma edificação. “Os benefícios que traz a nível social, económico e ambiental serão a base do seu sucesso este ano: optimização dos tempos de produção até 50%, redução de custos até 20%, processo digitalizado e produção automatizada, redução do impacto ambiental da construção e criação de empregos muito mais especializados, seguros, atractivos e inclusivos. Este modelo aplica-se também a todo o sector da construção – imobiliário, infraestruturas… – e, embora seja uma excelente solução para novos projectos de construção, também tem lugar na reabilitação”, refere a Sto.
A eficiência e a sustentabilidade substituirão a estética e o design. “Todo este compromisso acrescido com a sustentabilidade e a inovação tecnológica não é incompatível com a estética” assegura a multinacional. “Assim como a decoração de interiores ganhou um papel fundamental nas últimas décadas, o design marcante das fachadas, tanto em reabilitação como na nova construção, dará o salto em 2022. Aliás, já é possível personalizar totalmente a área exterior de um edifício aplicação de diferentes tipos de materiais: reboco (orgânico, mineral, silicato…), grés porcelânico em diferentes modos de apresentação (compacto, grande formato), cerâmica de várias cores e superfícies (liso, rugoso, plástico…), pedra natural de diferentes tipos (arenito, dolomita…) ou mesmo vidro, em diferentes tonalidades e tratamentos”.
Espaços mais flexíveis, multifuncionais e luminosos. A população dá mais importância do que nunca aos espaços em que vive e trabalha, o que fez com que o estilo de vida das novas gerações prevaleça tanto nas residências quanto nos escritórios. No caso dos escritórios, com o regresso ao trabalho, apostará em espaços abertos onde o espaço é partilhado com cafetaria, zonas de reunião ou descanso, para facilitar a mobilidade. A arquitectura residencial, por sua vez, jogará com as noções de multifuncionalidade, versatilidade e modularidade em espaços abertos, para poder se reinventar em poucos momentos.