Pavilhão dos Emirados Árabes Unidos vence Leão de Ouro da Bienal de Veneza
Intitulado “Wetland”, com curadoria de Wael Al Awar e Kenichi Teramoto, o Pavilhão dos Emirados Árabes Unidos conquistou o Leão de Ouro da Bienal de Arquitectura de Veneza, para as representações nacionais
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Intitulado “Wetland”, com curadoria de Wael Al Awar e Kenichi Teramoto, o Pavilhão dos Emirados Árabes Unidos conquistou o Leão de Ouro da Bienal de Arquitectura de Veneza, para as representações nacionais.
A 17.ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza abriu ao público, a 22 de Maio, naquela cidade italiana, com a participação de 63 pavilhões nacionais, entre os quais o de Portugal, com o projecto “In Conflict”, do coletivo depA, do Porto.
Nesta bienal, a pergunta lançada aos participantes e ao público pelo curador-geral, Hashim Sarkis, foi “Como vamos viver juntos?”, numa reflexão a cinco escalas: o corpo humano, o agregado familiar, as comunidades, territorial e o planeta.
Seleccionado por um júri formado por Kazuyo Sejima (Japão), Sandra Barclay (Peru), Lamia Joreige (Líbano), Lesley Lokko (Gana-Escócia) e Luca Molinari (Itália), o Leão de Ouro Vencedor da Melhor Participação Nacional explora a geografia local dos Emirados Árabes Unidos para encontrar alternativas ao cimento convencional, de forma a reduzir o impacto negativo da indústria mundial da construção. As atenções centraram-se no “Sabkhas”, um ecossistema nas salinas naturais dos Emirados Árabes Unidos, para encontrar um recurso renovável alternativo para a construção, o qual foi usado para recriar as formas orgânicas das habitações tradicionais dos Emirados, numa instalação acompanhada por imagens em larga escala da artista Farah Al Qasimi.
Foram ainda entregues duas menções especiais às participações nacionais da Rússia, com o projecto “Open!”, de reabilitação de um edifício histórico, com curadoria de Ippolito Pestellini Laparelli, e do pavilhão das Filipinas, com o projecto comunitário “Structures of Mutual Support”, com curadoria e participação de Framework Collaborative.
Além das 63 participações de pavilhões nacionais, a bienal organizou uma exposição colectiva com 114 participantes de 46 países, dividida em seis núcleos, com título próprio, dispersa por várias zonas de Veneza, onde estavam projectos dos arquitectos portugueses Manuel e Francisco Aires Mateus e da arquitecta angolana Paula Nascimento.
O Leão de Ouro para a melhor participação na exposição internacional foi atribuído a “Raumlaborberlin”, de Berlim, na Alemanha, resultado de um projecto de um colectivo de arquitectos alemães, suíços e italianos, designado por Instances of Urban Practice e composto por Andrea Hofmann, Axel Timm, Benjamin Foerster-Baldenius, Christof Mayer, Florian Stirnemann, Francesco Apuzzo, Frauke Gerstenberg, Jan Liesegang e Markus Bader.
O Leão de Prata para o melhor talento emergente na exposição internacional foi para a Foundation for Achieving Seamless Territory (FAST), entidade resultante de uma iniciativa dos Países Baixos e dos Estados Unidos, com o projecto “Watermelons, Sardines, Crabs, Sands, and Sediments: Border Ecologies and the Gaza Strip”, resultado de uma pesquisa na Faixa de Gaza, com o contributo do engenheiro palestiniano Amir Qudaih e da sua família.
Também foi entregue uma menção especial ao Cavebureau, de Nairobi, Quénia, pelo projecto “The Anthropocene Museum: Exhibit 3.0 Obsidian Rain”, criado por Kabage Karanja, e Stella Mutegi, com a colaboração de Densu Moseti.
A Bienal de Arquitetura de Veneza 2021 decorre até 21 de novembro, essencialmente nas zonas dos Giardini, no Arsenale e no Forte Marghera, em Veneza.