Portugal regista o maior crescimento económico mas abranda a partir de junho
OPIB nacional cresceu, em termos reais, 15,5% no segundo trimestre de 2021 face ao período homólogo. Mas os indicadores disponíveis para junho e julho revelam abrandamento
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O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu, em termos reais, 15,5% no segundo trimestre de 2021 face ao período homólogo, o crescimento mais elevado nas séries trimestrais disponíveis, e o quarto mais elevado da União Europeia, depois da Espanha (19,8%), França (18,7%) e Itália (17,3%).
Os dados divulgados na estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam ainda, que face ao trimestre anterior, Portugal apresentou um crescimento de 4,9%, mais do que compensando a queda do PIB provocada pela pandemia no primeiro trimestre do ano.
Portugal atinge o nível mais alto do PIB desde o início da pandemia, o que confirma a retoma económica em Portugal e a perspectiva de que com o avanço da vacinação e o controlo da situação pandémica, seja possível o país ultrapassar a estimativa de crescimento de 4% apresentada no Programa de Estabilidade.
Ainda no enquadramento externo, o indicador económico da Área Euro atingiu em julho o valor mais elevado da série (iniciada em 1985), após ter aumentado pelo sexto mês consecutivo, ainda que, desde Maio, a um ritmo mais lento. A evolução do indicador em Julho reflectiu o aumento da confiança nos sectores da indústria e dos serviços, tendo estabilizado no comércio a retalho e diminuído na construção.
Crescimento abranda em Junho
Em Portugal, em Junho os indicadores de curto prazo relativos à actividade económica na perspectiva de produção revelaram um abrandamento em termos homólogos. Apenas o índice de volume de negócios na indústria aumentou, comparativamente a Junho de 2019. “No mesmo sentido”, indica o documento, “o indicador de actividade económica aumentou nos últimos três meses de forma progressivamente menos intensa”.
Na construção o índice de produção registou um crescimento homólogo de 2,9% em Junho, após ter aumentado 7,7% no mês anterior. Comparando com junho de 2019, apresentou uma ligeira diminuição de 0,3%. Este índice apresentou um aumento de 7,7% no segundo trimestre do ano, após ter diminuído 1,1% no trimestre precedente.
Também o índice de volume de negócios nos serviços e do comércio a retalho apresentam crescimentos em Junho, mas o primeiro apresentou uma variação homóloga de 18,1%, após ter aumentado 33,1% em Maio. O comércio a retalho passou de uma variação homóloga de 16% em Maio, para 7,8% em Junho.
Já a actividade turística apresentou em Junho um crescimento acentuado, embora os resultados ainda se mantenham muito aquém do período pré-pandemia. O número de dormidas registou uma taxa de variação de 230,1% face a Junho de 2020 (681,2% em Maio), mantendo-se 52,6% abaixo de Junho de 2019. As dormidas de residentes aumentaram 125,9% (483,1% em Maio) e as de não residentes aumentaram 862,0% (1535,3% no mês anterior)