“Senior living”: Portugal na corrida pela liderança do mercado europeu
Savills dá a conhecer estudo apresentado em webinar promovido, conjuntamente, pela consultora e pela APR que debateu tema no dia 27 de Abril e que juntou cerca de 200 pessoas
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Operadores privados e novas exigências por parte da “nova geração” sénior estão a impulsionar transformações profundas no mercado português de senior living. Estas são algumas das principais conclusões de um estudo da Consultora
As conclusões do estudo demonstram que o aumento da esperança média de vida aliado ao fornecimento de melhores condições de saúde e alojamentos totalmente pensados para a comunidade sénior são factores-chave do crescimento do investimento no sector de senior living. Também as exigências e necessidades do público sénior, mais activo e informado, actuam como motores da transformação do sector, criando novas oportunidades para expansão e inovação.
O mercado português de residências sénior ainda conta com um leque limitado de operadores privados, mas essa realidade está a mudar, com o mercado português a ingressar cada vez mais na lista de localizações com forte potencial de expansão.
As Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI), os comummente denominados “lares de idosos”, continuam a dominar o mercado português, comparativamente a novos conceitos que integram o universo de senior living, ainda limitados a um nicho da população com maior poder de compra e, em muitos casos, com níveis de autonomia elevados.
Multiculturalidade, sentimento de segurança, custo de vida acessível, qualidade do serviço nacional de saúde e clima ameno todo o ano são algumas das características apontadas pela Savills como principais atractivos o mercado português.
O estudo da Savills refere ainda que, no ano 2080, a população portuguesa com idade superior a 70 anos representará 31% da população total, o que representa uma oportunidade de ouro para o crescimento do mercado português de residências sénior.
Em Portugal, existem cerca de 1.800 instituições públicas e 740 privadas com capacidade para mais de 100.500 utentes, dos quais perto de 93 mil estão integrados em ERPI. Lisboa e Porto concentram o maior número de ERPI a nível nacional, com cerca de 24,7 por cento do total de camas disponíveis.
Para o futuro, o estudo da consultora imobiliária aponta a consolidação de dois conceitos no universo de senior living: residências sénior, para pessoas activas e com um alto nível de independência, e projectos dedicados a utentes que sofram de algum tipo de patologia e que exijam um maior acompanhamento e cuidados especializados.
No sector das residências sénior, entre os principais operadores portugueses, contam-se o Grupo José de Mello Residências, o Grupo Luz Saúde e o Grupo Montepio Residências. Contudo, é o grupo francês Orpea que figura como o maior investidor a operar actualmente em Portugal. A nível europeu, os maiores investimentos comerciais feitos no sector sénior verificam-se em França, Alemanha e Reino Unido, com este último a liderar em termos de volume de activos comercializados neste setor (mais de 2,6 mil milhões de euros em 2019).
A Savills prevê que o mercado nacional de senior living registará um crescimento significativo quando a geração que agora se encontra abaixo dos 40 anos de idade atingir a idade da reforma. Esta geração conferirá um maior valor ao bem-estar e à segurança, e não tanto ao local em que estão instalados. Esta tendência deverá verificar-se entre as próximas duas e três décadas.
Assim, deveremos esperar que o mercado português de senior living seja, pelo menos no futuro próximo, dominado por uma mistura de investidores nacionais e estrangeiros, prevendo-se também um aumento da compra e reposicionamento de residências já existentes.