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    Carlos Mineiro Aires, bastonário da Ordem dos Engenheiros

    Engenharia

    Engenheiros serão os “actores principais desta década de investimentos”

    O Dia Nacional do Engenheiro 2020 decorreu, este ano, em formato online, fruto das contigências pandémicas em que vivemos e a fechar o ano quisemos saber como o sector da engenharia perspectiva um 2021 com grandes desafios ao nível das obras públicas. Carlos Mineiro Aires, bastonário da Ordem dos Engenheiros, acredita que “o futuro já não vai ser o mesmo”, já que a pandemia veio “criar novas exigências e impor competividade”

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    Engenheiros serão os “actores principais desta década de investimentos”

    O Dia Nacional do Engenheiro 2020 decorreu, este ano, em formato online, fruto das contigências pandémicas em que vivemos e a fechar o ano quisemos saber como o sector da engenharia perspectiva um 2021 com grandes desafios ao nível das obras públicas. Carlos Mineiro Aires, bastonário da Ordem dos Engenheiros, acredita que “o futuro já não vai ser o mesmo”, já que a pandemia veio “criar novas exigências e impor competividade”

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    Engenharia

    Carlos Mineiro Aires, bastonário da Ordem dos Engenheiros

    O Plano Nacional de Investimentos 2030 e o Plano de Recuperação e Resiliência, pensado em plena pandemia, assenta os seus alicerces em grandes obras de engenharia, o que constitui uma “oportunidade” para as empresas portuguesas a vários níveis. E se a descarbonização é a regra de ouro, Mineiro Aires congratula-se pela aposta efectiva na ferrovia, uma forma de transporte mais limpa e que irá contribuir para atingir os objectivos propostos

    Apesar da situação pandémica em vivemos o sector da engenharia e da construção mantém o seu ritmo de trabalho, ainda que com algumas restrições. Ainda assim, do seu conhecimento e percepção, de que forma é que a Covid-19 impactou a engenharia nos seus vários âmbitos?

    Volvendo uma década atrás, tenho de recordar a crise que Portugal atravessou na sequência da crise do subprime, que levou ao resgate financeiro do país e a perda temporária da nossa soberania que passou para as mãos da troika.

    Durante este período, encerraram a actividade mais de 65.000 empresas e estima-se que mais de 300.000 trabalhadores tenham abandonado a profissão.

    As empresas que sobreviveram, sem mercado nacional e com as obras públicas praticamente paralisadas, foram forçadas a procurar trabalho no estrangeiro, arrastando os quadros nesta cruzada de internacionalização. Não fora a iniciativa privada, nomeadamente com a aposta na reabilitação urbana, muitas delas não teriam sobrevivido.

    Quando começámos a sair desta crise, fomos confrontados com a pandemia COVID 19, que, felizmente, não teve até ao momento grandes impactos nas actividades ligadas à engenharia.

    Desde logo, porque foi uma excelente decisão não parar a actividade da construção civil, que na sua fileira emprega cerca de 600.000 cidadãos, e que prosseguiu o seu trabalho, agora com uma esperança renovada com a década de levados investimentos que se estenderá para além de 2030.

    Por outro lado, como é público, muitas das empresas industriais reinventaram-se, o que permitiu que Portugal mostrasse a sua capacidade inovativa e tecnológica, pois existem muitos bons exemplos e casos de sucesso que permitiram aumentar as exportações, sendo notável a aceleração digital que o nosso país soube assegurar.

    O futuro já não vai ser o mesmo, e a pandemia veio criar novas exigências e impor competitividade e capacidade de resposta se queremos manter a nossa economia em níveis aceitáveis.

    É certo que, pontualmente, podem existir casos de empresas que foram afectadas, mas tanto quanto sabemos, serão relativamente poucos os casos das que se encontram seriamente ameaçadas.

    Falou no DNE2020 que é tempo de Portugal se afirmar como um pólo tecnológico e que apoios como os novos quadros comunitários e o Plano Nacional de Resiliência poderão e deverão servir este objectivo. De que forma e em que áreas?

    Até 2030 Portugal tem nas mãos a sua última grande oportunidade para resolver os problemas fundamentais do País, urgindo, obviamente, uma mudança na nossa economia, tornando-a competitiva e capaz de assegurar o equilíbrio das contas públicas e a redução da nossa elevada dívida pública. Este tem de ser o principal objectivo da conjugação de planos e financiamentos.

    Uma década que vai ser marcada pelos últimos grandes quadros de apoio comunitário: o PT2020, que se estenderá até 2022, o Plano de Recuperação e Resiliência, com apoio do Plano de Recuperação Europeu, e o Plano Nacional de Investimentos 2030 (PNI 2030).

    Alerto, contudo, para a necessidade de revisitar o PNI2030, que foi desenvolvido num período pré-pandémico, pelo que, entretanto, muitos dos cenários foram alterados.

    A oportunidade e os objectivos não podem ser perdidos, exigindo-se planeamento adequado, transparência e acesso público à monitorização da sua execução.

    Uma oportunidade única para as empresas portuguesas, o que exige um adequado e atempado planeamento e calendarização exacta dos investimentos, para que as empresas que sobreviveram à crise de 2009 se possam dimensionar e organizar, para que não estejamos a criar oportunidades e a endividarmo-nos para favorecer a concorrência, como referiu o Senhor Primeiro Ministro aquando da apresentação do PNI2030.

    São sobejamente conhecidas as áreas prioritárias do investimento, mas saliento alguns aspectos que se me afiguram prioritários, tais como o apoio ao ensino e à investigação, o combate às vulnerabilidades sociais, a coesão territorial, o aumento da competitividade da economia, tornando-a produtora de bens transaccionáveis com alto valor acrescentado, fixando no País os gigantes tecnológicos, pois temos todas as condições para o fazer.

    Para tal, são fulcrais a digitalização e a descarbonização como componentes do combate às alterações climáticas, apostando na economia circular, nas energias renováveis, na eficiência material, na eficiência hídrica e na eficiência energética, na mobilidade sustentável e no desenvolvimento de soluções limpas como resposta ao desafio da energia do futuro, como é o caso do hidrogénio verde, sem esquecer o regadio e a construção da barragem do Pisão, que tanta falta faz para regularizar os caudais do rio Tejo no troço a seguir à fronteira.

    O Estado, que reconhecidamente se deixou enfraquecer, encontra-se numa situação em que os donos de obra pública hoje não dispõem de quadros em número suficiente e com habilitações e experiência adequadas para, na maior parte dos casos, poderem dar resposta a um volume tão grande de investimentos.

     Grandes obras públicas foram anunciadas para os próximos anos. Como vê os planos de investimento anunciados tanto ao nível da ferrovia como do aeroporto?

    Intencionalmente não me referi a estes dois investimentos, porquanto merecem uma abordagem separada. Quanto à ferrovia e material circulante, todos conhecemos o estado a que chegaram, bem como os hiatos nas ligações existentes, o que se deve a um desinvestimento e falta de visão de décadas, onde as prioridades apontaram para as soluções rodoviárias, o que agora, finalmente, irá ser invertido, com vantagens para todos e para o ambiente.

    O simples anúncio da construção de uma linha férrea dedicada entre Lisboa e Porto, que permita velocidades adequadas, que não serão forçosamente a designada “alta velocidade”, até porque vão existir estações intermédias e o nosso País não é assim tão extenso, é uma excelente notícia, pois irá acabar com deslocações rodoviárias mais poluentes e mais morosas.

    Repare que o facto de, segundo tudo indica, irem acabar os voos aéreos em distâncias inferiores a 600kms, também obrigará a estender uma solução ferroviária entre Lisboa e Madrid.

    A par, as instalações portuárias também serão servidas por ferrovia, o que será importante para a nossa economia, mas a nossa localização periférica não perspectiva as vantagens que muitos anunciam.

    Caso queiramos ser competitivos, necessitaremos de uma infraestrutura aeroportuária adequada e moderna e, embora a incerteza do futuro e da recuperação do tráfego aéreo possa constituir um risco, não deixa de ser uma oportunidade, pois teremos algum tempo para repensar a solução complementar do Montijo que para nada servirá. Não serão “soluções complementares”, que todos já percebemos que jamais serão uma solução de futuro e funcional, que resolverão o problema.

    Temos, pois, de ser exigentes e, tal como foi decidido fazer uma ligação ferroviária dedicada entre Lisboa e Porto, também haverá capacidade para resolver o problema aeroportuário, já que a agora esperada realização de uma Avaliação Ambiental Estratégica não deixará de concluir o que sempre foi óbvio, ou seja, que a localização natural será no Campo de Tiro de Alcochete, muito embora lamentavelmente tenha caducado no início de Dezembro a Declaração de Impacte Ambiental, o que obrigará a voltar a fazer um nono processo de AIA, mais facilitado, mas incontornável.

    Ao nível da engenharia, não só civil mas também, quais os principais desafios que se colocam, nomeadamente quando sabemos que é da parte da engenharia que dependem muitas soluções que vão ao encontro de um futuro mais sustentável?

    A Ordem dos Engenheiros (OE) teve uma actuação muito responsável quando em 2018 declarou o Ano OE das Alterações Climáticas, em 2019 o Ano da Eficiência Material, 2020 da Eficiência Hídrica e, agora em 2021, o ano da Eficiência Energética, tudo sob a capa dos 17 ODS das Nações Unidas.

    A actividade da construção civil, como é sabido, é altamente consuntiva de recursos naturais e muitas outras actividades de outras áreas da engenharia são responsáveis por uma quota significativa de emissões de GEE, e com elevados consumos energéticos.

    Nesses aspectos relacionados com a descarbonização, com a aceleração digital e com o desenvolvimento de soluções tecnológicas, o fortalecimento e as novas consciências e posturas ambientais, forçadas ou naturais, farão a mudança.

    Iremos passar de uma economia linear que consome sem parar e que atenta contra o ambiente, para um modelo tendencialmente circular e assente na eficiência e protecção ambiental.

    Lamentavelmente, numa época e com um Governo que tando aposta no digital, é lamentável que a 12.ª revisão do CCP, que foi vetada pelo Senhor Presidente da República, não tenha feito qualquer alusão à obrigatoriedade de progressiva incorporação de modelos BIM em todas as obras públicas, o que é um mau sinal para tão grandes ambições. 

    No DNE 2020 falaram na ‘Hora da Engenharia’. Efectivamente, a próxima década será da engenharia tendo em conta todos os planos de investimento previstos. Não tendo tido a oportunidade de assistir ao debate de que forma é que os especialistas vêem esta oportunidade?

    Na altura referi-me ao que tenho vindo a designar pela “Década 2030: A última oportunidade”, por muitas das razões que já citei.

    Neste aspecto é de salientar que as visões e as expectativas foram e espero que continuem a ser unânimes, porque estes planos exigem pactos de regime em relação aos objectivos e prioridades do enorme volume de investimentos.

    A presença no debate dos dois Ministros do XXII Governo que concentram o maior volume de investimentos foi um sinal evidente da importância que o Governo e a própria Comissão Europeia reconhecem à engenharia no desenvolvimento, na redução das desigualdades e oportunidades e na proteção do ambiente.

    O tema “A hora da engenharia” surge naturalmente, porque vai ser uma década em que os engenheiros vão sobressair pelo conhecimento e experiência que concentram e pela sua imprescindibilidade.

    Só falta que os salários acompanhem e dignifiquem o papel dos actores principais desta década de investimentos, os engenheiros.

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    Colt e Ciena estabelecem novos standards de conectividade transatlântica
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    Colt e Ciena estabelecem novos standards de conectividade transatlântica

    As duas empresas alcançaram um novo marco histórico ao ultrapassarem os limites de velocidade e de capacidade de rede em cabos submarinos transatlânticos de 6.400 km, ao concluírem com sucesso o primeiro teste do mundo de transmissão de comprimento de onda de 1,2 terabits por segundo (Tb/s) através do Atlântico e ao reduzirem em 50% o consumo de energia

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    A Colt Technology Services (Colt), empresa líder mundial em infraestruturas digitais, e a Ciena (NYSE: CIEN), líder global em sistemas, serviços e software de rede, acabam de anunciar um novo marco na conectividade transatlântica ao concluírem com sucesso o primeiro teste de transmissão de dados em comprimento de onda de 1,2 Tb/s através do Atlântico, usando o cabo submarino Grace Hopper da Colt. O teste recorreu à tecnologia avançada, coerente e programável de 1.6Tb/s da Ciena WaveLogic 6 Extreme (WL6e) e teve como principal objectivo estabelecer novos standards de desempenho e eficiência energética nas redes submarinas transatlânticas.

    O sucesso desta transmissão assinala uma evolução determinante na infraestrutura de telecomunicações à escala mundial, já que ao utilizar a tecnologia WL6e, a Colt conseguiu duplicar a capacidade de comprimento de onda por comparação com os resultados obtidos nos testes com a tecnologia coerente da geração anterior, reduzindo adicionalmente o consumo de energia em 50%. Este avanço estabelece um novo marco nas redes transatlânticas, não só melhora os níveis de eficiência espectral (quantidade de informação transmitida através da rede), mas também otimiza a capacidade total da rota em cerca de 15%.

    Buddy Bayer, chief operating officer da Colt Technology Services, referiu a este propósito: “temos um longo histórico em testes e no fornecimento de tecnologias pioneiras de infraestrutura digital. É fantástico podermos ampliar estas valências aos nossos recursos submarinos com este teste. Actualmente é essencial que disponibilizemos tecnologias capazes de equilibrarem menores consumos de energia e níveis mais elevados de desempenho. Ao fazê-lo, estamos a capacitar as empresas para prosperarem na economia digital, sem deixarem de ser ambientalmente responsáveis”.

    O cabo submarino Grace Hopper, assim apelidado em homenagem à cientista pioneira em computação e oficial da marinha dos EUA, liga o Reino Unido aos EUA, através de uma estação de amarração em Bude, na Cornualha, e desembarca em Nova York. Este é um dos dez sistemas submarinos e as doze estações de amarração que a Lumen EMEA detinha e que integram agora os activos da Colt, após a conclusão da aquisição em Novembro de 2023.

    A significativa capacidade de comprimento de onda na rota Grace Hopper da Colt, oferece aos clientes a possibilidade de acederem a serviços comerciais de 400Gbe, e está pronta para serviços de 800Gbe com potencial para incluir ofertas Optical On Demand no futuro. As melhorias alcançadas na largura de banda e na eficiência espectral em toda a rede, também permitiram operar a rede de forma mais económica, reduzindo os custos dos clientes finais.

    “A colaboração entre a Colt e a Ciena neste teste de transmissão através do Grace Hopper produziu resultados sem precedentes no que diz respeito ao desempenho da rede transatlântica e à eficiência energética. Ao duplicarmos a capacidade e reduzirmos para metade o consumo de energia, elevámos a fasquia no fornecimento de soluções inovadoras e sustentáveis que respondem às necessidades das empresas em constante evolução”, sublinhou  Jamie Jefferies, VP and general manager, international, da Ciena, sublinhou

    O WL6e da Ciena é a primeira solução ótica coerente de banda larga da indústria. Usando a mais avançada tecnologia de silício 3nm de última geração, tem capacidade para transportar até 1,6 terabits por segundo.

    O sucesso deste teste da Colt numa das rotas submarinas mais populares do mundo demonstra a viabilidade da tecnologia WL6e no mercado e sublinha as capacidades de transporte de largura de banda larga na rota transatlântica, introduzindo os melhores recursos da rede de fibra óptica da Colt para ligar os mercados europeu e norte-americano.

    Após o teste bem-sucedido, a Colt planeia implementar o WL6e na sua rede de produção para que os clientes possam aceder aos vários serviços de 400Gbe e aos de 800Gbe no futuro, acelerando assim os planos de transformação dos seus negócios.

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    ‘Brick to Innovation’ desafia futuro da habitação 

    Competição criada pela OERS incentiva estudantes de engenharia civil a desenvolver soluções inovadoras para a habitação sustentável, com recurso a tecnologias avançadas como impressão 3D, inteligência artificial ou realidade aumentada

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    A Ordem dos Engenheiros – Região Sul (OERS) lança a ‘Brick to Innovation’, uma competição desafia estudantes de engenharia civil a “pensar e a construir” o futuro da habitação, com foco na “sustentabilidade e na inovação”. A sessão de apresentação desta competição vai decorrer no dia 19 de Novembro, às 18 horas, no auditório da OERS.

    ‘Brick to Innovation’ oferece aos estudantes a oportunidade de aplicar os seus conhecimentos académicos e desenvolver competências essenciais para o mercado de trabalho, como análise de custos, colaboração interdisciplinar com arquitectos, engenheiros e profissionais de áreas relacionadas, bem como apresentação de projectos.

    Com recurso a diversas tecnologias avançadas como impressão 3D, inteligência artificial ou realidade aumentada, esta competição visa encontrar soluções energeticamente eficientes e económicas para a habitação, desenvolver ambientes interiores mais saudáveis e reduzir a pegada de carbono comparativamente às soluções tradicionais.

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    Canal condutor geral do Mira

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    Reabilitação de canal de rega no Alentejo a cargo da Sotecnisol

    A obra, com um valor de 4,1 M€, contempla a impermeabilização do canal condutor geral, numa extensão de 18 km, o que corresponde a uma área total de intervenção de 180 mil m2

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    A Sotecnisol Engenharia & Ambiente foi a empresa vencedora do concurso público para a reabilitação do canal de rega e abastecimento para águas públicas do Alentejo, um projecto da responsabilidade da Associação de Beneficiários do Mira.

    A obra, com um valor de 4,1 milhões de euros, contempla a impermeabilização do canal condutor geral, numa extensão de 18 km, o que corresponde a uma área total de intervenção de 180 mil metros quadrados (m2).

    O projecto, que teve início em Setembro de 2024, apresenta um prazo de execução de oito meses, prevendo-se a sua conclusão em Abril de 2025. A reabilitação deste canal é fundamental para garantir a eficiência e a sustentabilidade do sistema de rega, que irá contribuir para a otimização dos recursos hídricos na região.

    “Estamos muito orgulhosos por contribuir para a modernização da infraestrutura hídrica do Alentejo. Esta obra permitirá uma gestão mais eficiente e sustentável da água, um recurso tão precioso para a região. Trabalharemos em estreita colaboração com a Associação de Beneficiários do Mira para garantir que esta obra seja concluída dentro do prazo e com os mais elevados padrões de qualidade”, comenta José Luís Castro, CEO do Grupo Sotecnisol.

    A obra terá um impacto significativo na região ao contribuir para o aumento da eficiência do sistema de rega uma vez que irá reduzir as perdas de água, melhorar a qualidade da água fornecida aos agricultores, promover a sustentabilidade ambiental, através da preservação dos recursos hídricos e dinamizar a economia local, com a criação de emprego na região.

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    José Eduardo Martins

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    José Eduardo Martins é o novo Provedor da Ordem dos Engenheiros

    O Provedor dos destinatários dos serviços da Ordem dos Engenheiros é uma personalidade independente, não inscrita na Ordem e cuja função é a de defender os interesses dos destinatários dos serviços profissionais de engenharia

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    José Eduardo Martins tomou posse como Provedor dos Destinatários dos Serviços da Ordem dos Engenheiros, numa cerimónia que decorreu na Sede nacional desta associação pública e que contou com a presença do Bastonário, Fernando de Almeida Santos, do presidente do Conselho de Supervisão, António Saraiva, dos vice-presidentes nacionais e de vários outros membros eleitos.

    José Eduardo Martins é Sócio da Abreu Advogados desde 2005, trabalhando essencialmente nas áreas de Direito do Ambiente, Comercial e Imobiliário. Conta, também, com uma vasta experiência no sector público, tendo exercido funções de Secretário de Estado do Ambiente no XV Governo Constitucional Português, entre 2002-2004, e tendo sido membro do Parlamento Português entre 1999 e 2012. Mais recentemente, em 2021, foi nomeado Presidente da Comissão de Ambiente e Energia da Câmara de Comércio Internacional Portugal (ICC Portugal).

    “É uma enorme honra assumir este cargo, é uma carreira de mais de 30 anos quase sempre em contacto com a Engenharia, é dos momentos de que mais me orgulho na minha carreira, assumir esta responsabilidade”, sublinhou o novo Provedor dos Destinatários dos Serviços da Ordem dos Engenheiros.

    O Provedor dos destinatários dos serviços da Ordem dos Engenheiros é uma personalidade independente, não inscrita na Ordem, designada pela mesma, sob proposta do órgão de supervisão, e cuja função é a de defender os interesses dos destinatários dos serviços profissionais de engenharia.

    Sem prejuízo das demais competências previstas na lei ou nos estatutos, compete ao Provedor analisar as queixas apresentadas pelos destinatários dos serviços e fazer recomendações para a sua resolução, bem como em geral para o aperfeiçoamento do desempenho da Ordem.

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    Prospectiva e VN2R constituem consórcio BIM Portugal

    Numa comunicação conjunta, as companhias lideradas por Luís Brito e Vítor Carvalho explicam que a constituição do consórcio BIM Portugal assenta na experiência de ambas as empresas e na necessidade oferecer uma solução holística ao problema que resulta da falta de preparação, sobretudo de organismos públicos, para lidar com um conjunto de novas práticas, nomeadamente os processos digitais

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    A Prospectiva, liderada por Luís Brito, e a VN2R, que tem Vitor Carvalho como CEO, juntaram esforços para constituir o consórcio BIM Portugal. A experiência acumulada pelas duas companhia permite perceber um conjunto de fragilidades no mercado, que se vão agudizar com a obrigatoriedade do recurso ao BIM. Para responder a esses desafios formaram esta parceria

    CONSTRUIR: O que é a BIM Portugal?
    BIM Portugal: O consórcio BIM Portugal resulta de uma parceria frutífera e duradoura entre o grupo Prospectiva e a VN2R na área do BIM. Ao perceber a dimensão dos desafios que se avizinham para a administração pública e seus fornecedores no contexto do Urbanismo e a inexistência no mercado de soluções que respondam por completo aos problemas que já existem e que se agudizarão, decidimos juntar recursos e capacidades complementares das nossas empresas e criar uma oferta integrada nesta área, focada principalmente em responder aos desafios que a administração pública, particularmente a administração local, já está a enfrentar. Ambas as empresas têm uma vasta experiência na grande maioria das especialidades de engenharia civil, em processos de arquitectura e urbanismo, bem como em BIM. As equipas estão habituadas a trabalhar em colaboração e ambas as empresas têm uma presença muito considerável na administração local, conhecendo os seus problemas). Este consórcio surgiu naturalmente, impulsionado pela visão comum de promover e constituir uma referência no contexto da adopção do BIM em Portugal, mas com o objectivo de resolver os problemas concretos e de curto e médio prazo dos seus clientes, nas suas várias vertentes.

    Dentro dos enormes desafios que se avizinham com a nova legislação e mudança de paradigma no contexto dos projectos de engenharia, dos próprios processos de gestão urbanística e de gestão e manutenção do edificado, como é que a BIM Portugal se posiciona e como consegue ajudar os seus clientes e parceiros nestas novas áreas?
    O pacote legislativo que já foi aprovado, em particular pela Lei 10/2024, vai requerer uma mudança cultural e organizacional considerável na administração local. É necessário formar os colaboradores, actualizar procedimentos e adaptar fluxos e ferramentas de trabalho. No entanto, se bem estruturada e implementada, esta transformação organizacional que se impõe poderá acelerar consideravelmente a análise dos projectos, contribuir para maior conformidade e eficiência, reduzindo custos diversos para todas as partes.

    O Building Information Modelling (BIM) revoluciona a forma como os edifícios e infraestruturas são concebidos, projectados, construídos e geridos. Baseia-se na desmaterialização de processos, permitindo uma utilização colaborativa da representação digital de activos de construção em todas as fases do ciclo de vida do projecto. O BIM oferece oportunidades em diversas áreas, desde o licenciamento à gestão e manutenção de edifícios. A submissão electrónica de projectos, a coordenação e compatibilização durante a obra, e a monitorização do desempenho são apenas algumas das vantagens que o BIM pode trazer para as autarquias.

    Neste sentido, desenhámos o consórcio BIM Portugal de início para ser capaz de oferecer uma solução holística ao problema. A experiência da VN2R em transformação digital, o conhecimento da Prospectiva em obras públicas e urbanismo e o departamento de I&D criado especificamente para o desenvolvimento de tecnologias e ferramentas BIM para a administração pública, permitem que a BIM Portugal ofereça um conjunto integrado de serviços que se estende da definição de regulamentos e processos até à operação, integrando o BIM em todas as fases do ciclo de vida do projecto com a capacitação de todos os seus intervenientes. A BIM Portugal oferece soluções integradas de consultoria personalizada com vista à conformidade legal e regulamentar suportada nas boas práticas BIM, apoio na aquisição e implementação de ferramentas BIM, culminando na formação adaptada às necessidades específicas de cada entidade e apoio ao arranque. Desde o diagnóstico inicial até ao projecto piloto e acompanhamento da implementação, estamos formatados para ajudar a administração local a desbloquear todo o potencial do BIM.
    Acreditamos que a implementação de BIM nas organizações, se bem realizada, resultará sempre em mais eficiência e transparência, menor retrabalho e melhores resultados. Não temos dúvida de que o futuro das autarquias será cada vez mais digital, e estamos aqui para ser o parceiro da administração pública nessa (r)evolução.

    O BIM não é algo assim tão recente no mercado internacional. Que obstáculos consideram que mais têm abrandado o crescimento do BIM em Portugal?
    BIM Portugal: Um dos principais desafios que enfrentamos é, sem dúvida, a mudança de mentalidade. Embora o BIM esteja a ganhar terreno em Portugal (fruto do novo pacote legislativo), ainda há uma necessidade contínua de educar o sector sobre os seus benefícios e potencial. É por essa razão que as nossas direcções e administrações, em conjunto com os nossos parceiros, têm estado comprometidas em promover workshops, seminários e sessões práticas para disseminar conhecimento sobre BIM e as vantagens na sua adopção.

    Consideramos que a interoperabilidade é também um desafio constante. A comunicação e compatibilidade entre sistemas informáticos sempre foi um problema na administração local e a adopção do BIM pressupõe o trabalho com várias ferramentas e plataformas. Garantir que estas consigam trocar informações entre si de forma eficiente é fundamental. Investimos em normas e formatos abertos e colaboramos com outros players do sector para superar essas barreiras. Contudo, consideramos que o mais importante é a mudança cultural. Convencer as partes interessadas de que o BIM não é apenas uma tecnologia, mas uma mudança fundamental na forma como projectamos, construímos e gerimos activos é um processo contínuo.

    O que motivou a constituição da iniciativa BIM Portugal e o que a destaca no mercado?
    A constituição da iniciativa BIM Portugal foi motivada pela necessidade de apoiar a administração pública e os seus fornecedores na adopção do BIM, um desafio que requer uma abordagem integrada e especializada. A união das empresas Prospectiva e VN2R resulta de uma visão comum e complementar nas áreas da consultoria, engenharia, tecnologias de informação e BIM. Esta colaboração permite-nos oferecer uma solução abrangente e focada nos desafios específicos da administração pública. O que realmente destaca a BIM Portugal é a combinação de competências e experiência das empresas fundadoras. Com mais de 40 anos de experiência acumulada em engenharia civil, construção, e transformação digital, as nossas equipas estão bem preparadas para enfrentar os desafios do BIM. Além disso, temos uma forte presença em projectos de engenharia civil, fiscalização e gestão de obras, tanto a nível nacional como internacional. A nossa equipa é composta por técnicos altamente qualificados e especializados em I&D de ferramentas BIM, o que nos permite estar na vanguarda das inovações tecnológicas e oferecer soluções personalizadas aos nossos clientes. A abordagem prática e adaptada às necessidades específicas de cada autarquia garante que a transição para o BIM seja eficiente, eficaz e sustentável. A BIM Portugal foi criada com o objectivo de oferecer uma oferta integrada que suporte a administração pública nos vários desafios e receios que a mudança para o BIM implica. A nossa principal força reside na capacidade de combinar recursos e know-how direccionados para este contexto específico, proporcionando um apoio próximo e contínuo que promove a modernização digital de forma segura e confiável.

    Referiram as Autarquias e Administração local. Quais os principais desafios que estas enfrentam na adopção do BIM?
    A obrigatoriedade dos processos de licenciamento em BIM está prevista para 2030. Embora esta data possa parecer distante, é crucial compreender que a transição não é imediata e requer um amadurecimento progressivo dentro das equipas das autarquias. Esta mudança não é apenas tecnológica, mas uma transformação cultural que promove a digitalização e desmaterialização de processos, exigindo acompanhamento e experiência prática na implementação destes métodos.
    Para que as autarquias possam enfrentar este desafio, a adopção do BIM de forma obrigatória nos processos de licenciamento impõe a definição clara de um plano estratégico e de requisitos a nível nacional. Contudo, este processo pode e deve ser iniciado de imediato através da contratação pública com requisitos BIM e da capacitação das autarquias e das suas equipas. É fundamental que estas entidades compreendam as potencialidades e limitações do BIM para estabelecer requisitos pertinentes para cada obra ou processo urbanístico, avaliando se conseguem utilizar e extrair valor da informação obtida.

    Outro desafio crucial é a transmissão de conhecimento técnico especializado. É sabido que isto é feito pelo legado de experiência dos colaboradores, não se apoiando apenas nos conhecimentos de formação de base. Desta forma, são evitados erros e é transmitida a confiança necessária para a correcta tomada de decisões. No que diz respeito ao BIM, não existe essa experiência nas autarquias, ou é muito reduzida, ficando os processos de implementação sujeitos a experimentalismos e incertezas que não se coadunam com a necessidade actual de digitalização e urgência do processo de transição. Torna-se, portanto, essencial o acompanhamento especializado e experiente, com base na implementação prática e real.

    Este acompanhamento assegura que as autarquias não só recuperem o tempo perdido, mas também se posicionem na vanguarda da modernização digital na administração pública. Com a nossa abordagem prática e adaptada às necessidades específicas de cada autarquia, garantimos que a transição para o BIM seja eficiente, eficaz e sustentável.

    De que forma a iniciativa BIM Portugal pode ajudar as autarquias a superar esses desafios?
    BIM Portugal: A iniciativa BIM Portugal foi preparada com este propósito e reúne técnicos especializados em vertentes complementares nas áreas de engenharia, arquitectura e digitalização, com experiência comprovada e perfeitamente capacitados para este desafio. Prestamos apoio próximo e consultoria especializada para a definição estratégica da adopção e implementação do BIM, bem como para o desenvolvimento técnico de recursos e a promoção sustentada de uma cultura de digitalização dentro das autarquias.

    Além disso, proporcionamos programas de capacitação para as equipas das autarquias, com base na experiência prática e adaptados aos diferentes perfis de função. Dotamos as equipas não só da capacidade de compreensão, mas também de uma perspectiva de aplicação em processos de verificação e validação, gestão e coordenação BIM.

    Apoiamos os processos de avaliação detalhados e o desenvolvimento de recursos, acompanhando cada etapa do processo de contratação, avaliação e gestão de obra. O nosso apoio técnico especializado permite assegurar que as decisões tomadas são informadas, adaptadas às melhores práticas e à normalização existente, e adequadas à realidade do mercado. Isso promove resultados realistas e úteis, bem como um crescimento sustentado das capacidades das autarquias.

    O nosso acompanhamento próximo e personalizado permite desenvolver o processo de transição de forma confiável, reduzindo a incerteza e o erro, e assegurando que as autarquias possam extrair o máximo valor da informação e dos processos digitais. Implementamos as melhores práticas em processos de implementação BIM, baseando-nos em experiências e aprendizagens resultantes de outros processos e adaptando-as às necessidades específicas de cada autarquia.

    Com a nossa abordagem prática e adaptada às necessidades específicas de cada autarquia, ajudamos a garantir que a transição para o BIM seja não apenas uma obrigação, mas uma oportunidade de modernização eficiente e eficaz. Através deste acompanhamento, as autarquias não só recuperam o tempo perdido, mas também se posicionam na vanguarda da modernização digital na administração pública.

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    Equipa Instituto de Sistemas e Robótica

    Engenharia

    UC integra consórcio internacional que pretende “revolucionar” eficiência energética na Europa

    O foco do projecto ‘BungEES’ é o desenvolvimento de um pacote integrado de serviços de eficiência energética, que combina eficiência no consumo, produção de energia resposta à procura, mobilidade eléctrica e armazenamento

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    O Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), centro de investigação associado da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), pretende “revolucionar” o panorama da eficiência energética, ao “promover o desenvolvimento de novos serviços inteligentes” que visam a “optimização e redução” dos consumos de energia de forma global.

    O projecto ‘BungEES – Building Up Next-Generation Smart Energy Services Offer and Market Up-take Valorising Energy Efficiency and Flexibility at Demand-Side’ foca-se, não apenas na redução de consumos, mas também na integração de benefícios não energéticos, potenciando ainda mais a eficiência no uso de energia.

    “Um dos objectivos iniciais é identificar barreiras, sejam regulamentares, técnicas ou de mercado, que dificultam a aplicação em larga escala de serviços de eficiência energética de forma integrada. Neste âmbito, serão elaboradas recomendações a nível jurídico, financeiro e regulamentar para ajudar a superar estas barreiras e promover um mercado mais competitivo de serviços de energia”, elucida Nuno Quaresma, investigador do ISR

    Este projecto também se debruçará sobre as condições regulamentares que podem libertar o potencial total desses serviços, propondo, se necessário, reformas no mercado energético.

    Segundo Nuno Quaresma, “o principal foco do projecto é o desenvolvimento de um pacote integrado de serviços de eficiência energética, que combina a eficiência no consumo, a produção de energia distribuída, a resposta à procura, a mobilidade elétrica e o armazenamento de energia”.

    Além disso, o BungEES visa integrar diversos sectores energéticos, como a electricidade, aquecimento e arrefecimento, criando assim soluções inovadoras de financiamento e recompensa para os consumidores mais eficientes.

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    Engenharia

    Sacyr Neopul conquista contrato de 76 M€ na Irlanda

    A empresa portuguesa do grupo Sacyr vai ser responsável pela manutenção da rede eléctrica do Dublin Area Rapid Transit (DART), por um período de oito anos, prorrogável por mais dois anos

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    tagsSacyr

    A Sacyr Neopul, empresa portuguesa do grupo Sacyr, acaba de ganhar um contrato de 76,3 milhões de euros para a manutenção da rede eléctrica do Dublin Area Rapid Transit (DART) na Irlanda, por um período de oito anos, prorrogável por mais dois anos.

    A rede DART serve a cidade de Dublin e a costa da capital irlandesa, recebendo anualmente cerca de 20 milhões de passageiros. Desde 2008 que a Sacyr Neopul é responsável pela manutenção de toda a rede electrificada da Irlanda, com cerca de 130km, sendo que o actual contrato conquistado inclui também a renovação de 80 quilómetros de catenária.

    “A vasta experiência da Sacyr Neopul em distintos mercados permitiram a esta empresa portuguesa acumular uma experiência e capacidade únicas no sector ferroviário, fazendo com que a mesma seja hoje em dia a especialista do Grupo Sacyr para trabalhos neste sector em todos os mercados do Grupo”, comenta Marcos Rubio, administrador do Grupo Sacyr em Portugal.

    A Sacyr Neopul actua na manutenção de infraestruturas ferroviárias da rede convencional e de alta velocidade em Espanha, Portugal e Irlanda, tendo também obras ferroviárias noutros mercados como Reino Unido, Brasil e Uruguai.

    A República da Irlanda e a Irlanda do Norte fazem parte dos mercados estratégicos da Sacyr, tendo sido inaugurada, em setembro, a estação intermodal de Belfast, construída pelo Grupo.

    Em Portugal, a Sacyr Neopul e o Parque de Manutenção de Pegões obtiveram a certificação como Entidade Responsável pela Manutenção, de acordo com o Regulamento de Execução (UE) 2019/779 da Comissão Europeia, realizada pela Certifer Belgorail, e que garante a manutenção de todos os veículos e equipamentos ferroviários.

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    Delegação Sul da Ordem dos Engenheiros promove conferência sobre PRR

    O estado da implementação do PRR no distrito de Setúbal e o papel crucial da engenharia para o sucesso do programa na região vai estar em debate no dia 15 de Outubro, às 17h30, no Fórum Cultural de Alcochete

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    A Delegação Distrital de Setúbal da Ordem dos Engenheiros, com o apoio da Ordem dos Engenheiros – Região Sul (OERS), traz a debate o estado da implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no distrito e o papel crucial da engenharia para o sucesso do programa na região. A conferência terá lugar no dia 15 de Outubro, às 17h30, no Fórum Cultural de Alcochete.

    A sessão de abertura estará a cargo de André Vilelas, delegado distrital de Setúbal da OERS, e de António Carias de Sousa, presidente do Conselho Directivo da OERS e será seguida de uma apresentação por parte de Pedro Dominguinhos, presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR. 

    O evento contará ainda com um painel de discussão composto por representantes de destaque da região, com a participação da The Navigator Company, Ascenza e do Instituto Politécnico de Setúbal. Estas instituições partilharão as suas experiências e perspectivas sobre a aplicação do PRR e o impacto deste plano estratégico no desenvolvimento local. A moderação estará a cargo de Carlos Mineiro Aires, representante da recém-criada Fundação da Construção.

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    Governo aprova investimento de 83M€ para produção de hidrogénio renovável

    Aprovadas 22 candidaturas, com um total de financiamento de 83 milhões de euros, que permitirão alcançar capacidade total de 178,5 MW na produção de hidrogénio e outros gases renováveis

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    O ministério do Ambiente e Energia, através do Fundo Ambiental, aprovou 22 projectos para a produção de hidrogénio renovável e outros gases renováveis. Este investimento, no valor de 83 milhões de euros, enquadra-se no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e representa um passo importante para a descarbonização da economia portuguesa.

    O financiamento do PRR permitirá a instalação de uma capacidade de produção de hidrogénio renovável e outros gases renováveis de 178,5 MW. A execução destes projectos contribuirá directamente para a meta de 200 MW de capacidade adicional instalada, prevista para ser atingida até ao primeiro trimestre de 2026.

    Em causa estão projectos que abrangem diferentes tecnologias e sectores, desde a produção de hidrogénio a partir de fontes renováveis até à sua utilização nos transportes e na indústria.

    “Com este investimento, estamos a dar um passo decisivo para a transição energética em Portugal, promovendo a produção de hidrogénio renovável e outros gases renováveis, que são essenciais para a descarbonização de diversos setores da economia”, considera a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

    A ministra sublinha a importância de apoiar a inovação e a criação de novas oportunidades de negócio neste setor em crescimento. “O hidrogénio renovável é uma das tecnologias- chave para a transição energética e para a descarbonização da economia. Com este investimento, estamos a criar as condições para que Portugal se posicione na vanguarda deste setor”, afirmou.

    O Governo acredita que a execução destes projetos contribuirá para o cumprimento das metas nacionais de descarbonização e para a promoção de uma economia mais circular e sustentável.

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    Premiar jovens engenheiros para reduzir emigração de talentos

    As candidaturas para os Prémios Excelência na Academia, o Prémio Inovação Jovem Engenheiro (PIJE) e a Bolsa de Mérito OERS/Bankinter decorrem até 31 de Dezembro. Três iniciativas que pretendem incentivar e promover o talento e a dedicação dos jovens engenheiros portugueses e contribuir para a redução da elevada taxa de emigração de talento

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    A Ordem dos Engenheiros – Região Sul (OERS) promove três iniciativas que pretendem incentivar e promover o talento e a dedicação dos jovens engenheiros: o Prémio Inovação Jovem Engenheiro (PIJE), os Prémios Excelência na Academia, e a Bolsa de Mérito OERS/Bankinter.

    Para a OERS “estas iniciativas reforçam o compromisso da OERS no reconhecimento do talento dos jovens estudantes e engenheiros, impulsionando assim o crescimento destes jovens através da inovação, e das ferramentas adequadas para que se possam afirmar como futuros líderes nos mais diversos ramos da engenharia”. Segundo o presidente da Ordem dos Engenheiros Região Sul, António Carias de Sousa, “30% a 40% dos engenheiros civis vão para o estrangeiro”. Pelo que “investir nos jovens engenheiros é investir no futuro da engenharia em Portugal. Através destas iniciativas, pretendemos não só reconhecer e premiar a excelência académica e profissional, mas também proporcionar oportunidades concretas para o desenvolvimento de competências, o contacto com o mundo empresarial e a progressão na carreira”, afirma.

    Os Prémios Excelência na Academia, são dirigidos a membros estudantes, finalistas de licenciatura ou mestrado no ano lectivo de 2023/2024, com média final igual ou superior a 16 valores, e inscritos na OERS. Estes prémios, no valor de 1.500 euros cada, vão distinguir os 12 melhores alunos por especialidade:  Agronómica, Ambiente, Civil, Electrotécnica, Florestal, Geográfica, Geológica e Minas, Informática, Materiais, Mecânica, Naval, Química e Biológica. Está ainda contemplada a possibilidade de estágio profissional numa empresa de engenharia.

    No que toca à Bolsa de Mérito, a parceria entre a OERS e o Bankinter, tem como objectivo a atribuição de três bolsas de mérito no valor de 1.500 euros, 1.250 euros, e 1.000 euros, aos estudantes que fiquem em primeiro, segundo e terceiro lugar. Estas bolsas destinam-se aos membros estudantes inscritos na Região Sul, com melhor aproveitamento e que tenham beneficiado de medidas de acção social no ensino superior, no ano letivo 2023/2024.

    Ao Prémio Inovação Jovem Engenheiro podem candidatar-se jovens engenheiros, estagiários ou efectivos com idade até 35 anos, inscritos na Ordem dos Engenheiros, em qualquer região, com trabalhos individuais ou em coautoria. Através da divulgação dos trabalhos diferenciadores, a OERS pretende potenciar futuros profissionais e reconhecer o desempenho dos membros da Ordem dos Engenheiros. O PIJE vai premiar os primeiros três classificados, com valores de 10.000, 5.000 e 2.500 euros, respectivamente.

    As candidaturas para os três prémios já se encontram abertas e vão decorrer até dia 31 de Dezembro. Os regulamentos com todas as informações podem ser consultados no site da OERS.

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