IP conclui reabilitação da Estação da Granja
A requalificação da estação incidiu na sua infraestrutura e no conjunto azulejar de elevado valor

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Foi concluída a reabilitação do edifício de passageiros da Estação da Granja, na Linha do Norte, cuja obra envolveu a sua estrutura mas, também, a conservação e restauro do conjunto azulejar. Esta empreitada teve um investimento de 155 mil euros e dá continuidade à estratégia da Infraestruturas de Portugal (IP) de salvaguarda e preservação do património público ferroviário.
A necessidade de requalificar a infraestrutura deveu-se a algumas patologias ao nível da cobertura, rebocos exteriores, elementos metálicos, caixilharias, fissura estrutural e cantarias. Relativamente ao conjunto azulejar, o mesmo encontrava-se igualmente em mau estado de conservação, com lacunas, fraturas, empolamento, ausência de vidrado e sujidade, provocados não só pelas condições de exposição, mas também por vandalismo.
Para corrigir as anomalias, a IP desenvolveu uma intervenção que contemplou trabalhos de substituição de elementos na cobertura, aplicação de reboco armado à base de cal, limpeza de ornamentos de alvenaria, tratamento de elementos metálicos, consolidação de fissura estrutural e substituição de caixilharia.
A conservação e restauro dos azulejos incidiu na sua remoção em destacamento, limpeza de face nobre e tardoz, colagens, consolidações, tratamento do suporte, preenchimentos, reintegrações cromáticas, dessalinização e assentamento.
Foram ainda desenvolvidos trabalhos no interior do edifício, com renovação da sala de espera, onde foram substituídos pavimentos, reabilitação do teto de madeira, renovação da iluminação e pintura, e reformulação das instalações sanitárias.
A estação ferroviária da Granja, inserida na zona urbana do Porto, possui um elevado valor patrimonial e arquitectónico, sendo as paredes do edifício revestidas, parcialmente, por azulejos figurativos e padrão de valor estético, cultural e histórico, destacando-se no panorama ferroviário português.
Da autoria de Licínio Pinto e Francisco Pereira, o conjunto de azulejos totaliza cerca de 7.700 peças, datadas de 1914, da Fábrica Fonte Nova, em Aveiro. Ao nível do piso térreo os painéis figurativos representam espaços, figuras, monumentos, tradições e trabalhos campestres, assegurando para sempre memórias das realidades regionais.
No nível superior, obedecendo à estética Arte Nova, impera a decoração por frisos e painéis, com elementos inspirados na natureza, tendo os autores criado um estilo muito próprio, não só pelos motivos vegetalistas que usaram – lírios roxos em fundo amarelo -, mas também pelas cores, com predomínio do verde, roxo, amarelo e rosa.