Número de imóveis transaccionados por compradores estrangeiros reduz 50%
Os imóveis vendidos em Lisboa a estrangeiros reduziram de 466 no 1º trimestre para 233 no 2º trimestre do ano

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No segundo trimestre de 2020 foram adquiridos 233 imóveis residenciais no centro de Lisboa por compradores oriundos de 31 países estrangeiros num total de 112,3 milhões de euros. Tal representa uma redução de 50% em número de imóveis adquiridos e de 53% em montante investido face ao trimestre anterior, além de apresentar um leque de nacionalidades investidoras mais reduzido. No primeiro trimestre do ano, contabilizaram-se 466 imóveis adquiridos num total de 238,8 milhões de euros no centro de Lisboa, com 49 nacionalidades activas.
Os dados são apurados pela Confidencial Imobiliário no âmbito do SIR-Reabilitação Urbana, o qual abrange 17 freguesias centrais da cidade, e consideram operações de aquisição de imóveis residenciais concretizadas por compradores particulares internacionais
“Este forte abrandamento do investimento internacional em habitação nas zonas mais centrais de Lisboa reflete, sobretudo, o impacto da pandemia nos fluxos de capital internacional direccionados ao mercado português. Contudo, o Índice de Volume de Vendas a Internacionais, que a Confidencial Imobiliário apurou para este território, mostra que este mercado dava já sinais de alguma perda de força no momento pré-Covid. No 2º e 3º trimestres de 2019 observaram-se quebras trimestrais de 9,5% e 14,1%, respectivamente, nas vendas a estrangeiros, com o primeiro trimestre deste ano a evidenciar nova queda, de 9,1%. Tal poderá ter sido uma reacção ao anúncio de novas medidas fiscais e legais referentes aos programas de captação de investimento estrangeiro”, nota Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.
No segundo trimestre, os compradores oriundos da China foram os mais dinâmicos, com uma quota de 33% no volume de investimento internacional. Seguiram-se os franceses, com um peso de 13%, os brasileiros, com 7%, os norte-americanos, com 6%, e os britânicos, com uma quota de 5%.
Ao nível das freguesias, a Estrela, com cerca de 25,4 milhões de euros investidos, e Santa Maria Maior, com 23,5 milhões de euros, foram os principais destinos de investimento estrangeiro no segundo trimestre, evidenciando-se ainda a freguesia de Santo António, com um investimento de 17,8 milhões de euros. As restantes freguesias receberam menos de 10 milhões de euros de investimento internacional em habitação neste trimestre.
O abrandamento do investimento estrangeiro entre os dois trimestres foi transversal a todas as freguesias, sendo a Estrela uma das que menos perdeu dinâmica, com uma queda de apenas 12% no montante transacionado. Em Santa Maria Maior, a queda foi de 50% e em Santo António de 63%.