Etermar vence concurso de expansão do segundo maior porto do Peru
A empresa de engenharia e construção é responsável pelo prolongamento do cais marginal do Porto de Paita. Uma intervenção que reforça a presenta da construtora no mercado internacional.
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A empresa sediada em Setúbal, Etermar Engenharia e Construção SA, venceu o concurso público internacional para o prolongamento do cais marginal do Porto de Paita, no Peru, para uma extenção de 360 metros. Em comunicado a empresa refere que esta é “a primeira fase de expansão daquele que é o segundo maior porto peruano em número de contentores movimentados”.
A obra, lançada pela concessionária Terminales Portuarios Euroandinos (TPE) visa permitir que o porto receba navios de maior dimensão beneficiando, assim da exportação agro-industrial do país.
O segundo maior porto peruano tem um terminal de contentores com cerca de 130 mil m2 com capacidade de de 250 mil TEU/ano. Este investimento vem reforçar Paita como alternativa/complemento à oferta do porto de Callao, em Lima.
A Etermar refere que a TPE é uma sociedade detida em partes iguais pela empresa DP World, dos Emirados Árabes Unidos e pela empresa Yilport Holding da Turquia. A primeira é, actualmente, a quarta maior operadora portuária mundial, detida pelo Governo do Dubai, com operação em 78 portos, distribuídos em mais de 40 países. Por sua vez, a Yilport Holding é a 12ª maior operadora portuária mundial, com actividade em 21 terminais nível global. Destes sete são em Portugal, onde a operadora está presente desde 2016, após consumado o negócio com a Mota Engil. No Peru, a DP World detém também a concessão do terminal de contentores de Callao.
A Etermar Engenharia e Construção S.A. tem presença em quatros continentes, com operação, entre outros mercados, em Espanha, França, Marrocos, Tunísia, Guiné Equatorial, Brasil e República Dominicana. Em Portugal a empresa é actualmente líder nos consórcios responsáveis pelas dragagens da Ria de Aveiro e também do canal de acesso aos Estaleiros de Viana do Castelo.
Fundada em 1968, a Etermar tem um capital social de 25 milhões de euros sendo liderada por Álvaro José Gonçalves Mendes. A empresa opera em diferentes segmentos do sector da construção e obras públicas, em especial na vertente marítima: dragagens, obras portuárias, fundações “offshore”, condutas submarinas, entre outras.