Venda de casas recupera 23% em Maio
Em Maio, primeiro mês de desconfinamento, a venda de casas em Portugal aumentou 23% face ao mês anterior. Tal reanimação fez com que o mês de Maio reduza para 41% o declive face aos níveis de actividade registados em Janeiro
CONSTRUIR
Portugal no centro do design global na Maison&Objet 2025
Dstgroup lança LYRICAL Design Windows
Stoneshield Investments reforça em Lisboa
Portal Poupa Energia com mais de 1,6M de visitas
Aquisição da Hempel Industrial reforça presença europeia da CIN
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Em Maio, primeiro mês de desconfinamento, a venda de casas em Portugal aumentou 23% face ao mês anterior. Tal reanimação fez com que o mês de Maio reduza para 41% o declive face aos níveis de actividade registados em Janeiro, numa clara recuperação face à queda de 53% que se observou em Abril. Os dados reflectem os primeiros resultados do Índice de Volume de Vendas de Habitação, uma nova métrica lançada pela Confidencial Imobiliário para acompanhar o comportamento das vendas de habitação em Portugal (Continental). Baseando-se numa série iniciada em Setembro de 2019, o novo Índice é apurado com base nas transacções residenciais reportadas pelos mediadores imobiliários ao SIR-Sistema de Informação Residencial.
“O lançamento deste novo índice não podia ser mais oportuno, pois os seus primeiros resultados permitem já perceber o impacto da pandemia na dinâmica de transacções e, quase em tempo real, acompanhar também os efeitos do desconfinamento”, sublinha Ricardo Guimarães, director geral da Confidencial Imobiliário.
Abril foi o mês com maior perda de actividade face a Janeiro, considerado o mês de referência pré-Covid, embora seja notória uma redução na dinâmica de vendas desde Fevereiro. Nesse mês, as transacções recuaram 6% face a Janeiro, descida que se agravou para 17% em Março, o primeiro período a integrar medidas de confinamento. Também em termos mensais, a maior retracção verificou-se em Abril (-43%), num forte agravamento face à variação mensal de -12% registada em Março, mas agora invertida pela subida de 23% verificada em Maio.
“No início do ano, o mercado exibia uma dinâmica de vendas estável que, sem surpresas, a pandemia veio inverter. A quebra na actividade sentiu-se logo em Março, mas Abril foi o mês mais gravoso, como seria expetável, com uma queda de 53%. Ainda assim, isso significa que, em pleno confinamento, o mercado conseguiu manter um nível de atividade de cerca de metade do pré-Covid, o que não deixa de ser assinalável. É um sinal da sua resiliência, agora confirmada pelos resultados de maio, um mês que, com apenas alguns dias de desconfinamento, já apresenta recuperação mensal das vendas e reduz o declive face ao patamar pré-Covid”, refere Ricardo Guimarães.
Preços sobem 0,9% em Maio
Também o comportamento dos preços corrobora a resiliência do mercado. Em linha com os resultados de Março e Abril, o Índice de Preços Residenciais exibiu uma variação mensal de 0,9% em maio, mantendo o registo de estabilidade desde início da pandemia. Não obstante, as variações mensais observadas nestes últimos três meses desaceleram a trajectória de valorização sentida ao longo de 2019 e início de 2020, quando as subidas mensais oscilaram entre 1,5% e 2,0%. Como seria de esperar, em termos homólogos, o preço de venda das casas começa a apresentar uma clara desaceleração, fruto da estagnação dos últimos meses, apresentando uma variação de 14%, um número que fica 4 pontos percentuais abaixo do pico de 18% registado em Janeiro.
“O mercado exibe uma clara redução de actividade, mas isso não se reflecte numa descida nos preços. Sendo esta a variável que faz a síntese de todas as pressões, tal sugere que o mercado está a resistir à estratégia de redução de preço em reacção à quebra nas vendas, pois existe uma forte convicção de que os níveis de preços praticados no mercado têm uma forte probabilidade de virem a ser observados novamente após o fim da crise pandémica”, comenta ainda Ricardo Guimarães.