Bruxelas: Metro do Porto e ligação Madrid-Lisboa recebem 371,95 M€ em investimentos
Um pacote de 1,4 mil milhões de euros de fundos europeus foi aprovado hoje pela Comissão Europeia. São 14 os grandes projectos e 2 afectam Portugal.
CONSTRUIR
Espanhola ARC Homes tem plano de investimento de 180 M€
“Um futuro sustentável para a Construção” domina programação da 31ªConcreta
Casa cheia para a 31ª edição da Concreta
Signify ‘ilumina’ estádio do Sporting Clube de Portugal
Savills comercializa 2.685 hectares de floresta sustentável em Portugal e Espanha
Tecnológica Milestone com 36% de mulheres nas áreas STEM supera média nacional
Sede da Ascendi no Porto recebe certificação BREEAM
KW assinala primeira década em Portugal com videocast
LG lança em Portugal nova gama de encastre de cozinha
CONCRETA de portas abertas, entrevista a Reis Campos, passivhaus na edição 519 do CONSTRUIR
A Comissão Europeia aprovou um investimento de 107 milhões de euros do Fundo de Coesão para a modernização da rede de metropolitano do Porto, o que representa perto de 25% dos custos totais dos projectos. Simultaneamente foi também aprovado a concessão de 264,95 milhões de euros para melhorar a conexão ferroviária de alta velocidade entre Madrid e Lisboa.
Ambos os projectos fazem parte do pacote de investimentos de mais de 1,4 mil milhões de euros de fundos europeus, aprovados hoje pela Comissão Europeia. Num total de 14 grandes projectos de infraestruturas em sete Estados-Membros, a Croácia, a República Checa, a Hungria, a Polónia, Portugal, a Roménia e a Espanha. Os projectos abrangem vários domínios estratégicos, como o ambiente, a saúde, os transportes e a energia para uma Europa mais inteligente e hipocarbónica. Representam um investimento maciço para impulsionar a economia, proteger o ambiente e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e o bem-estar social.
“Em tempos difíceis como os que vivemos no nosso continente, é fundamental que a política de coesão continue a desempenhar o seu papel de apoio à economia, em benefício dos nossos cidadãos. Os grandes projectos que hoje aprovámos mostram que o financiamento da UE, e a política de coesão em particular, produzem resultados concretos, ajudando as regiões e as cidades a tornar-se mais seguras, mais limpas e mais confortáveis para os cidadãos e as empresas”, comentou a comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira.
Segundo a Comissão, o Fundo de Coesão “investirá 107 milhões de euros para modernizar a rede do metropolitano do Porto, o que permitirá tornar os transportes públicos mais apelativos, reduzirá o tráfego e a poluição e garantir viagens mais seguras, mais rápidas e confortáveis para os passageiros”.
O executivo comunitário precisou que mais de 43,3 milhões de euros do Fundo de Coesão são uma contribuição para o projecto de extensão da Linha Amarela entre Santo Ovídio e Vila d’Este (com um custo total estimado de 169 milhões de euros), enquanto cerca de 63,6 milhões de euros visam cofinanciar a criação da Linha Rosa, entre a Casa da Música e São Bento, orçada em 268,3 milhões de euros. O início da fase operacional da extensão da Linha Amarela está prevista para Março de 2023, enquanto o do segundo projecto está agendado para Novembro do mesmo ano.
Conexão ferroviária Lisboa-Madrid
Outros 264,95 milhões de euros irão ser canalizados para melhorar a conexão ferroviária de alta velocidade entre Madrid e Lisboa. O investimento, que se enquadra na rubrica dos Fundos de Coesão, servirá para “melhorar o serviço de passageiros e mercadorias de longa distância e reduzir as emissões de CO2”, afirmou a CE num comunicado.
Segundo o executivo europeu, estima-se que o início das obras ocorra em Dezembro de 2022 e que afectará principalmente a região espanhola da Estremadura.
Especificamente, o investimento afectará 178,6 quilómetros da linha Plasencia-Cáceres-Badajoz, uma das áreas com menos infraestrutura construída nos 715 quilómetros que compõem a rota Madrid-Lisboa. Dois outros sectores que ainda precisam ser ajustados, segundo a Comissão, são os compreendidos entre Plasencia e Madrid e entre Badajoz e a fronteira portuguesa. Uma vez finalizado o trabalho, espera-se que os comboios possam circular no máximo 300 quilómetros por hora entre as duas capitais da Península Ibérica.
A comissária portuguesa acrescentou que “muitos dos projectos aprovados contribuem também para a realização dos objectivos do Pacto Ecológico Europeu”.