Falta de stock motiva ligeira descida na venda de casas
De acordo com a APEMIP, no 2º T de 2019 venderam-se 42.590 alojamentos familiares, registando-se um decréscimo de 2,8% face ao trimestre anterior

CONSTRUIR
Lionesa Business Hub celebra o Dia Mundial da Arte com galeria a céu aberto no campus
SunEnergy conclui projecto de autoconsumo com painéis solares em Idanha-a-Nova
Quelfes integra Rede Espaço Energia
Castelo Branco acolhe Observatório sobre futuro da habitação no interior de Portugal
Herdade em Mourão vai a leilão por 2,8 M€
VIC Properties homenageia legado fabril de Marvila em novo edifício
As diferentes “Formas (s)” da RAR Imobiliária
Metropolitano de Lisboa lança novo concurso para a construção da Linha Violeta
Krest investe 120 M€ no novo empreendimento Arcoverde
Consórcio do TGV equaciona construção de duas novas pontes sobre o Douro
De acordo com os dados oficiais recolhidos pelo Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), no segundo trimestre de 2019 venderam-se 42.590 alojamentos familiares, registando um decréscimo de 2,8% face ao trimestre anterior. No entanto, quando feita uma análise ao primeiro semestre deste ano, a variação homóloga é de apenas -0,1%, tendo-se registado um total de 86.416 casas vendidas.
Os números não surpreendem o Presidente da APEMIP, Luís Lima, que já esperava este reajuste do mercado. “No início deste ano recusei dar expectativas para 2019, por saber a dificuldade que seria monitorizar um mercado com muita procura e pouca oferta. Este ligeiro arrefecimento não é uma surpresa, aliás, já o tinha anunciado na altura, e deve-se sobretudo à diminuição do stock disponível. Há poucas casas no mercado, e muitas das que existem não correspondem às necessidades e possibilidades das famílias portuguesas” , declara Luís Lima, que alerta, ainda, para “a necessidade de haver um reajuste dos preços”.
E explica: “Há muitos proprietários que têm à venda cobre ao preço do ouro, convencidos de que tudo se vende, mas não é bem assim. Os potenciais compradores, mesmo os estrangeiros, começam a ser mais cautelosos e a pensar duas vezes antes de avançar com o negócio. Há que haver algum realismo e ajustar os preços à realidade do mercado e do activo que se tem a carteira. Por outro lado, tal só acontece porque há falta de casas no mercado. É cada vez mais gritante a necessidade de introduzir stock novo, dirigido para as classes média e média-baixa. Só assim se poderá aliviar preços e dar resposta às necessidades da procura, e não adianta dizer que há muitas casas vazias se estas se localizam onde não há procura”.