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Preços das casas na AML sobem mais de 10% no último ano
No total do País, o preço de venda das casas registou um crescimento homólogo de 15,6% em Setembro. Em cerca de um terço dos concelhos monitorizados pelo Índice de Preços Residenciais da Ci, o crescimento homólogo manteve-se acima dos 10% no trimestre e, destes, cerca de duas dezenas, apresentam valorizações superiores à média nacional
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De acordo com os últimos dados do Índice de Preços Residenciais para o terceiro trimestre de 2018, da Confidencial Imobiliário (Ci), o preço das casas na Área Metropolitana de Lisboa (AML) registou um aumento de cerca de 10% no último ano, tendo em alguns casos verificado variações de até 25%. “Embora se denote agora uma tendência de suavização do crescimento em Lisboa, Cascais e Oeiras, os mercados com os níveis de preço mais elevados e onde, não obstante, a valorização se mantém em níveis muito expressivos (respectivamente, 18,6%; 24,9% e 16,7%)”, indica a Ci em comunicado.
Em todos os outros mercados da região, e fruto da crescente dispersão do investimento na construção de nova habitação para a segunda coroa de Lisboa, as subidas anuais continuam em aceleração, tendo acentuado em 12 dos 15 mercados e estando agora entre os 21,6% (Odivelas) e os 9,7% (Setúbal). Já no curto-prazo, o comportamento dos preços na AML exibe uma tendência generalizada de suavização da subida.
Com excepção de Sesimbra e Sintra, todos os restantes mercados metropolitanos (incluindo Lisboa) exibiram taxas de variação trimestral abaixo ou em linha com as verificadas no trimestre anterior, com este indicador a situar-se, no terceiro trimestre, entre os 0,5% de Cascais e os 7,1% de Sintra. Na maioria dos concelhos, a subida trimestral está no patamar de 3% a 4%.
“Já na Área Metropolitana do Porto (AMP) regista-se uma intensificação transversal das subidas homólogas, as quais se posicionam no trimestre entre os 13% e os 29%. O Porto, onde o ritmo de valorização esteve bastante abaixo de Lisboa nos últimos dois anos, chega ao terceiro trimestre como o mercado em que os preços mais crescem a nível nacional (28,8%, em termos homólogos), após uma forte aceleração desde o final de 2017, quando a subida anual se fixava em 11,4%”, lê-se no comunicado.
Nos restantes mercados da AMP, com excepção de Matosinhos onde a subida se mostrou ligeiramente mais contida no terceiro trimestre (mas mesmo assim situando-se em 18,4%), observou-se uma subida anual em alta face aos patamares atingidos no trimestre anterior, oscilando agora entre os 12,9% de Espinho e os 22,9% de Vila do Conde. Na variação trimestral, a nota predominante foi igualmente de aceleração, embora alguns mercados já evidenciem um ligeiro abrandamento na subida, sendo novamente Matosinhos o concelho onde a taxa trimestral mais contraiu (cerca de 4,5 pontos percentuais). De resto, na variação em cadeia as subidas mantêm-se fortes em toda a região, variando entre os 9,5% (Vila do Conde) e os 3,4% (Matosinhos). Na maioria dos concelhos, a subida trimestral está no patamar de 5% a 7%.
No total do País, o preço de venda das casas registou um crescimento homólogo de 15,6% em Setembro. Em cerca de um terço dos concelhos monitorizados pelo Índice de Preços Residenciais da Ci, o crescimento homólogo manteve-se acima dos 10% no trimestre e, destes, cerca de duas dezenas, apresentam valorizações superiores à média nacional.
O Índice de Preços Residenciais da Ci é um indicador que acompanha a evolução dos preços de venda da habitação em Portugal Continental e que monitoriza 278 municípios, além de apurar resultados nacionais agregados.