Investimento comercial deverá chegar aos 3,3 MM€
De acordo com o balanço da JLL para 2018 a ocupação e vendas nos escritórios e na habitação atingem novos máximos. Os portfólios de crédito malparado e o investimento nas áreas da saúde, desporto e residências especializadas vão ser os principais focos dos investidores em 2019
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Com o ano de 2018 terminado, é expectável que o investimento em imobiliário comercial atinja os 3,3 mil milhões de euros. “Um volume nunca antes visto em Portugal e que reforça a posição do país no mapa mundial dos investidores”, considera Pedro Lancastre, director geral da JLL Portugal.
Um cenário que deverá manter-se de forma transversal em 2019, seja pela actividade transnacional e ocupacional que se espera robusta, ou pelos valores de venda e renda com tendência a subir ou o surgimento dos tão aguardados REIT’s. Os portfólios de activos imobiliários e de crédito malparado, assim como o investimento nas áreas da saúde, desporto e residências especializadas vão continuar a ser os principais focos dos investidores, de acordo com a JLL.
Neste momento, “só a oferta é um constrangimento real a uma maior aceleração da actividade, por não conseguir ainda acompanhar a procura latente”, comenta Pedro Lancastre. Além disso, é necessário assegurar a estabilidade fiscal e legal já que “nada tem maior capacidade de afastar o investimento do que a incerteza”.
Ainda sobre os resultados do ano que terminou, a JLL divulgou que a ocupação nos escritórios deverá atingir os 210.000 m2, um máximo nos últimos 10 anos e muito próximo do pico mais alto do mercado em 20 anos (atingido em 2008).
A habitação é outro segmento que surpreende, com o número de casas vendidas em Portugal a crescer 19% e os preços a subirem acima dos 10% no país e dos 20% em Lisboa.
Também a promoção imobiliária registou um ano de elevada dinâmica, em resposta à procura latente que se observa em todos os segmentos; bem como a actividade no imobiliário de retalho e no hoteleiro, com diversas aberturas de novas lojas e hotéis em Lisboa.
Para Pedro Lancastre o mercado é hoje muito mais equilibrado, com maior diversidade e escala e, que por isso, já “não é mais visto como um alvo oportunista”.
“O país provou ter capacidade não só de atrair como de reter o capital estrangeiro, quer estejamos a falar de investimento institucional em activos de grande porte, de investimento em promoção, na ocupação de escritórios ou na compra de casa. Este é um caminho que já não poderá ser desfeito e que permite ao nosso mercado ganhar escala, porque os tickets médios de investimento em qualquer uma destas componentes são mais elevados que os domésticos. Ao mesmo tempo que estas novas fontes de capital entraram e se instalaram em Portugal, os portugueses, investidores, promotores, ocupantes e compradores de imóveis, aceleraram o seu papel no mercado, com maior capacidade de investir e absorver produto, mantendo-se como um motor da actividade”, diz o responsável.