Archi Summit 2018: Carrilho da Graça realça diálogo com população sobre espaço público
Carrilho da Graça destacou a importância de conhecer profundamente o local onde se vai intervir, de forma a não desvirtuar a sua história e sua identidade própria
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O diálogo sobre o espaço público, entre a autarquia e as populações, tem transformado a cidade de Lisboa. A ideia foi defendida pelo arquitecto Luís Carrilho da Graça na conferência que abriu, esta quinta-feira, a quarta edição do Archi Summit, a decorrer até dia 13 de julho, na sala XL do LX Factory. «É muito interessante a aposta deliberada da Câmara Municipal de Lisboa (CML) na valorização do espaço público», afirmou Carrilho da Graça, destacando o interesse e a adesão das pessoas na discussão do tema, nomeadamente o grande número de participantes no debate do Archi Summit.
Carrilho da Graça, responsável pelo projecto de requalificação do Campo das Cebolas e da criação do novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa, destacou a importância de conhecer profundamente o local onde se vai intervir, de forma a não desvirtuar a sua história e sua identidade própria. O arquitecto revelou que o maior valor destes projectos «é evidenciar o que já existe, que é fantástico.
Pedro Dinis, director do Departamento de Espaço Público da Câmara Municipal de Lisboa (CML) confirmou que «faz sentido ouvir quem habita e frequenta os espaços, que é quem sabe o que lá quer ver. Trabalhar o espaço público da cidade é um processo complexo e demorado, mas, de facto, a cidade está diferente».
O responsável exemplificou o trabalho de diálogo que a CML tem desenvolvido com a população com o projecto “Uma praça em cada bairro”, que tem permitido requalificar vários espaços públicos da cidade de Lisboa, partindo da auscultação de associações locais e juntas de freguesia, através da dinamização de sessões abertas aos munícipes, presenciais e online.
Pedro Dinis revelou ainda que 90% das intervenções levadas a cabo pela CML são requalificações de espaço já existente, e, dos restantes 10%, correspondentes a construções novas, várias passam pela transformação de “não espaços” em espaço público, como a praça do Fonte Nova, que partiu da «redução do parque de estacionamento, onde havia grande afluência de pessoas».