Concreta 2017: APCMC desenvolve modelo de previsões para acabar com o “achismo”
O modelo econométrico promovido pela associação vai assentar em tendências estatísticas e científicas sobre a realidade do sector que definem uma série de comportamentos mais rigorosos para aferir o futuro

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“Andamos há muitos anos a fazer previsões baseadas em palpites e no que vamos conhecendo, do que vamos sabendo. Até não tem fugido muito ao que acaba por se verificar, mas a base não deixa de ser o ‘achómetro’”. É desta forma que o secretário-geral da Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção introduz a importância de haver um modelo científico mais rigoroso que possa funcionar como ferramenta de trabalho a que as empresas recorre para sustentar as suas estratégias. José de Matos falava durante a primeira sessão pública de apresentação do Modelo Econométrico de Previsão para a Fileira da Construção, ferramenta que a associação está a desenvolver com um conjunto de parceiros, e que no entender de José de Matos é um modelo que “não é perfeito mas que vai ao encontro do que são as necessidades das empresas por ser mais rigoroso”. A apresentação foi feita por ocasião da Concreta, a Feira de Construção, Reabilitação, Arquitectura e Design que decorre até dia 26 na Exponor, no Porto. Em breve, garante, os dados apurados semestralmente vão poder ser utilizados e filtrados por categoria de materiais ou por região, por exemplo. Manuel Nogueira, consultor de gestão e membro do Observatório de Economia e Gestão de Fraude reconhece que se avançou agora para um trabalho que nunca foi feito. “O que havia era baseado em percepções que podem ou não falhar. Não quer dizer que este modelo não possa ter também falhas, mas há um maior rigor na definição de previsões a dois anos, baseadas em estudos do passado longínquo, usados para a definição de padrões e de tendências sustentadas “.
Segundo aquele responsável, focam consideradas noticias, estudos, publicações mais ou menos científicas que atestam variáveis que podem influenciar, directa ou indirectamente, o modelo de previsão e de produção da industria. Manuel Nogueira sublinha que o estudo da evolução do PIB, o volume de crédito concedido, o rendimento disponível, o número de famílias, os vistos Gold ou mesmo os impostos sobre o património foram algumas das variáveis analisadas naquilo que é um conjunto de dados que influenciam a actividade.
O modelo vai incidir sobre construção nova e reabilitação da construção habitacional e não habitacional, assim como sobre trabalhos na área da Engenharia Civil. Para a elaboração do estudo foi considerado o modelo adoptado pelo Euroconstruct – do qual fazem parte 19 países europeus – ou seja, uma perspectiva alargada e real do volume de construção, abarcando o valor de construção gerado pelas empresas de Construção, o valor de construção gerado por outros sectores, o valor de construção não declarada e o valor dos subcontratos.
José de Matos assegura ainda que uma das variáveis com influência sobre a produção do sector diz respeito à carga fiscal sobre o património. No entender do secretário geral da APCMC, “os dados permitem aferir em que medida é que as mexidas na carga fiscal têm influência na Construção e permite quantificar esses efeitos”.