Plano de Pormenor Cais do Ginjal em consulta pública
O Plano de Pormenor, da autoria do Atelier Samuel Torres de Carvalho, visa requalificar a zona do Cais do Ginjal, dando lugar a indústrias criativas, equipamentos culturais, restauração, habitação, complexos turísticos e uma área de espaço público
Ana Rita Sevilha
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Obras da nova residência de estudantes da Univ. de Aveiro arrancam segunda-feira
Worx: Optimismo para 2025
SE celebra a inovação centenária dos TeSys e dos disjuntores miniatura
União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos
Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills
Foi aberto, durante um período de 120 dias úteis, o período de discussão pública da proposta de Plano de Pormenor Cais do Ginjal. Nesse sentido, até 19 de Fevereiro de 2018, o Plano encontra-se aberto aos contributos que os cidadãos entendam.
Recorde-se que o Plano de Pormenor, da autoria do Atelier Samuel Torres de Carvalho, visa requalificar a zona do Cais do Ginjal, dando lugar a indústrias criativas, equipamentos culturais, restauração, habitação, complexos turísticos e uma área de espaço público que triplica a actual.
Segundo o Plano de Pormenor, a estratégia de intervenção assenta principalmente na manutenção da 1ª linha de fachada, de forma a preservar o carácter do Cais do Ginjal, com um conjunto mais expressivo de nova construção a localizar-se na chamada 2ª linha de fachada.
Numa cota mais alta, a antiga fábrica de óleo de bacalhau dará lugar à componente turística do Plano. Na mesma cota ficará também o Centro Cívico do Ginjal e um silo automóvel.
No que diz respeito aos diversos usos previstos para a zona, o motor serão as industrias criativas – que permitem a revitalização e reutilização do património industrial construído. Como usos associados, o Plano propõe Habitação, Hotelaria, Comércio/Serviços, Apartamentos turísticos e residenciais e Espaços Públicos.
A ideia passa por concentrar espaços associativos, exposições, mercados de artes, espaços multimédia e espaços multifuncionais, articulando-os com actividades culturais como cinema, teatro e eventos culturais.
Em números trata-se de uma área de intervenção de 80400 metros quadrados, com uma extensão linear de 970 metros. A população prevista é de 693 habitantes e o número de fogos estima-se em 330. O espaço público passará dos actuais 6800 metros quadrados para 21500 metros quadrados e o estacionamento compreenderá uma área de 24387 metros quadrados, dos quais 11300 serão em silo.
Na apresentação à imprensa, Joaquim Judas, presidente da Câmara Municipal de Almada, lembrou “a importância deste Plano de Pormenor e de outros como de Almada Nascente – Cidade da Água ou da Quinta do Almaraz, na concretização do conceito da cidade das duas margens”.
Joaquim Judas salientou também que o projecto “apresenta importantes mais-valias (aumento do espaço público, a aproximação ao rio Tejo com segurança, a manutenção da memória histórica daquele território, a consolidação da arriba), através de soluções que protegem e requalificam esta área, ao mesmo tempo que valoriza o território e o bem-estar de quem cá vive e trabalha, através da criação de mais postos de trabalho, conseguindo-se também uma maior atractividade para o concelho e para a região”.
O presidente da CMA lembrou ainda que “os grandes projectos são polémicos” e que “é muito difícil alcançar a unanimidade”. Contudo, “a discussão pública é muito importante para mobilizar opiniões”, sublinhou, lembrando que “vivemos uma janela de oportunidade relativamente à atractividade de Lisboa e da freguesia de Cacilhas que temos de aproveitar”.