Brasil e Médio Oriente impactam negativamente resultados da Arcadis
Facturação do grupo holandês no primeiro semestre deste ano sofreu uma ligeira quebra homóloga (-1%) cifrando-se nos 1.256 milhões de euros, enquanto o resultado líquido das operações caiu 14%, para os 47 milhões de euros. Por sua vez, o EBITDA – 100 milhões de euros – registou uma queda de 8% face ao mesmo período do ano transacto.

Pedro Cristino
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O atraso nas decisões de investimento no Brasil e a redução do trabalho no Médio Oriente tiveram impactos negativos nos resultados semestrais da Arcadis.
A facturação do grupo holandês no primeiro semestre deste ano sofreu uma ligeira quebra homóloga (-1%) cifrando-se nos 1.256 milhões de euros, enquanto o resultado líquido das operações caiu 14%, para os 47 milhões de euros. Por sua vez, o EBITDA – 100 milhões de euros – registou uma queda de 8% face ao mesmo período do ano transacto.
Para o CEO da multinacional dos Países Baixos, “começamos a observar os benefícios das iniciativas para posicionar a Arcadis para um crescimento rentável que foram lançadas sob a gestão do director-geral interino, Renier Vree”. Estas iniciativas incluem “um foco maior nos clientes e na redução dos activos correntes, enquanto o modelo simplificado de operações ajuda a reduzir os custos”.
“Observamos uma confiança positiva e uma carteira de encomendas maior na maioria dos nossos negócios, enquanto permanecemos cautelosos relativamente aos mercados do Brasil e Médio Oriente”, explicou Peter Oosterveer, revelando que, neste último mercado, a empresa recebeu “pagamentos em dinheiro atrasados e alcançou importantes conquistas em múltiplos contratos”.
Segundo o CEO da empresa, os resultados e desenvolvimentos da primeira metade do ano dão aos responsáveis da Arcadis “confiança de que continuaremos a fazer progressos na segunda metade”.
O relatório de contas explica que o crescimento orgânico foi nulo durante o segundo trimestre deste ano, com uma tendência positiva após a quebra durante os primeiros três meses. Disto resultou um declínio orgânico de 1% relativamente a receitas líquidas para o primeiro semestre. Enquanto os mercados da América do Norte, Europa Continental, Reino Unido e Austrália representaram um crescimento para o grupo, as receitas na América Latina e no Médio Oriente caíram.
Apesar destes resultados, a carteira de encomendas da Arcadis no final do semestre cifra-se nos 2,2 mil milhões de euros, o que representa “11 meses estáveis de receitas líquidas” e um aumento de 3% face ao período homólogo do ano transacto. Nestes primeiros seis meses de 2017, a carteira de encomendas cresceu de forma particularmente expressiva na América do Norte, Reino Unido, Europa Continental, Ásia e Austrália.