Cozinha do futuro será “um espaço social, de relação e de conexão”
Como será a cozinha do futuro? Foi com o objectivo de responder a essa pergunta que o instituto Silestone realizou o relatório “Global Kitchen: a cozinha doméstica na era da globalização”
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Ana Rita Sevilha
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Como será a cozinha do futuro? Foi com o objectivo de responder a essa pergunta que o instituto Silestone realizou o relatório “Global Kitchen: a cozinha doméstica na era da globalização”, uma publicação que recorre às principais tendências, tanto de design como do seu uso, que a cozinha irá ter no futuro. A conclusão aponta para “um espaço super conectado, de lazer, de trabalho, de saúde e relação” e ainda para a profissionalização de técnicas e aparelhos próprios de cozinhas profissionais, complementados por eletrodomésticos inteligentes.
De acordo com o relatório, a cozinha, além de se consolidar como o centro do lar, está destinada a converter-se, ainda mais, num espaço destinado a outras utilizações.
Tecnologia
“A conectividade e os eletrodomésticos inteligentes irão permitir, não só facilitar as tarefas de compra, cozinhar e lavar, mas falar ao telefone, ou inclusive, ver televisão. Isto irá permitir que se profissionalize a cozinha doméstica, e facilitar o acesso a equipamentos que até agora só são possíveis de comprar na área da restauração, que haja uma extensão de conhecimentos e um interesse cada vez maior pela alimentação, a nutrição e o disfrutar de uma refeição”, conclui o Instituto Silestone.
Em relação ao design, valores como eficiência e poupança energética, a flexibilidade e a sustentabilidade dos materiais – sem ter prejuízo quanto a sua durabilidade, segurança e higiene -, estarão no centro das decisões. “Neste sentido, as bancadas serão multifuncionais, podendo cozinhar diretamente a partir da bancada, sem precisar de uma placa especifica para essa função”.
Concluindo, “a cozinha dentro de 25 anos será um espaço social e de saúde (impulsionado pela generalização de métodos de cozinha mais saudáveis, alimentos cultivados em casa ou de quilómetro zero), de relação com o resto dos habitantes da casa (espaço para socializar, trabalhar, etc.) e conexão com o ambiente (fazer compras online, interatuar com o exterior, etc.)”.
Segundo o relatório, “esta transformação transversal da cozinha vai requerer muito de profissionais de âmbitos como o design, a arquitectura e a decoração de interiores. Mas também de sociólogos, nutricionistas e especialistas do meio ambiente e energético”.
O objetivo do relatório é o de “promover o espaço de reflexão multidisciplinar para analisar o efeito de globalização na cozinha e identificar como evolucionará este espaço nos próximos 25 anos, com o propósito final de estender este conhecimento ao sector da cozinha e da sociedade em geral”, explica o Instituto Silestone.
Opinião
Uma pesquisa realizada a 842 profissionais de lojas de cozinha e casas de banho de oito países (Austrália, Brasil, Espanha, Estados Unidos, Itália, Portugal, Reino Unido e Suécia) complementa a informação Global Kitchen com a sua valorização sobre a evolução do espaço da cozinha no que diz respeito ao uso, design e equipamento, tanto pela sua cerâmica e contacto direto com o utilizador final como pela sua própria experiência e conhecimento do sector.
Segundo 87% dos casos, a cozinha vai ter cada vez mais uma maior relevância como zona de actividade e reunião de casa. De facto, 81% considera que formará um único espaço com um espaço de refeições e um salão, e se utilizará, segundo 92,3% para reunir-se com a família, amigos, para trabalhar ou fazer os trabalhos de casa (60,9%) ou para navegar na Internet (62,4%).
A conexão da cozinha à Internet e dispositivos móveis (Tablet, telemóveis, computadores, wearables…) e os eletrodomésticos inteligentes destacam-se como as principais inovações tecnológicas a curto-medio prazo, por dentro de soluções sustentáveis, quer seja em economizar água e energia, como em gestão de resíduos.
Na análise por países, observam-se, porém, diferenças na hora de seleccionar a inovação mais destacada. Enquanto que na Austrália e no Brasil é dado um maior protagonismo a novas formas de cozinhar, em Itália ou no Reino Unidos, os protagonistas são os eletrodomésticos inteligentes. Por outro lado, em Espanha ou nos Estados Unidos, é a conectividade.
As bancadas do futuro permitirão cozinhar directamente sobre a superfície, apesar de incorporar conectividade e actuar como painel de controlo. Outras tarefas que serão incorporadas são o cálculo do peso e as propriedades nutricionais dos alimentos, absorção de líquidos e autolimpeza.
O Instituto Silestone é uma plataforma de investigação internacional, impulsionada pelo Grupo Cosentino, para difundir o conhecimento em torno da cozinha.