“Para a Construção o futuro só pode ser risonho”
Ao CONSTRUIR, o gestor de produto da Augusto Guimarães & Irmão defende que há sempre sinais positivos a extrair da quebra acentuada da produção na Construção nos últimos anos. A AGI, diz Fernando Albuquerque, soube posicionar-se para responder aos desafios, apostando na diferenciação e no design. E explica em que soluções estão a apostar neste momento
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“O mercado tem andado, nos últimos anos, um pouco atípico mas, para a Construção, o futuro só pode ser risonho”. A garantia é dada ao CONSTRUIR por Fernando Albuquerque, gestor de produto da Augusto Guimarães & Irmão que acredita que o mercado não voltará a ser o que foi. “Às vezes, das catástrofes acabam por surgir coisas boas”, refere, acrescentando que em 2017 já se nota uma evolução. “Há uma grande diferença e eu, que estou nesta área há muitos anos constato: houve uma grande dependência do investimento público mas hoje nota-se muita actividade no domínio privado. Para a economia do País isso é bom, não haver dependência de uma fonte que, hoje não apresenta nem de perto a mesma dinâmica”. Olhando para esta perspectiva, Fernando Albuquerque sublinha que “a AGI sempre procura ter na sua carteira produtos que sejam diferenciadores. Somos uma empresa centenária, com 102 anos de existência, e neste período a história sempre foi essa. Fomos pioneiros na área dos plásticos, na maquinaria dos plásticos, do plástico como matéria prima e o departamento dos materiais de construção procura também, não por imposição, ter ligação a plástico ou a resina”. No entender do gestor de produto da AGI, “todos os produtos têm um fio condutor fazendo um aproveitamento do conhecimento e filosofia da empresa. E, depois, procuramos produtos que se distingam tecnicamente, que sejam diferenciadores em termos de design”.
Em declarações recolhidas por ocasião da edição deste ano da Tektónica, Fernando Albuquerque revela que a empresa está a apostar num conjunto de novidades. Uma delas é um pavimento flutuante para interior não melamínico, em que a superfície é vinil e em que o núcleo, em vez de MDF, é um compósito 100% estanque, da marca Faus. Integralmente impermeável, permite que possa estar em zonas húmidas como cozinhas, casas-de-banho, balneários de ginásios, zonas onde há muita humidade e água sem problema”, refere acrescentando que há outras soluções que fogem ao que, por norma, é a filosofia da empresa. Trata-se, segundo Fernando Albuquerque, da parceria com uma empresa holandesa que fabrica painéis da MOSO, a partir do bamboo, caracterizados por serem extremamente estáveis. “Têm o aspecto da madeira natural mas com um comportamento muito mais estável que as madeiras naturais. Em primeiro lugar, por se tratar de uma das características do bambu. Segundo, porque é fácil de perceber, não existem bambus de onde se possam extrair tábuas, estas são feitas por prensagem de segmentos da cana de bamboo”, diz. “Sendo fabricado por este processo, acaba por ser um produto laminado que lhe dá uma resistência e uma estabilidade muito grande. Aliando a característica técnica ao aspecto natural, facilmente percebemos que é diferenciador. O objectivo é integrar este produto naquilo que é já a nossa oferta paras as cozinhas, dirigido a quem pretende um apontamento mais natural. Podemos estar a falar de um tampo de cozinha, revestimentos de paredes ou acessórios”, garante.
Sobre a importância das feiras na estratégia da empresa, Fernando Albuquerque revela que o objectivo da participação da AGI neste tipo de iniciativas passa pela “promoção e divulgação dos materiais, mostrar onde se podem aplicar, em situações que tradicionalmente não são a área onde se aplicam mas é possível entrar em outras áreas, nomeadamente o imobiliário, por exemplo”. “Falamos ainda de áreas mais técnicas como a área hospitalar, farmácias e laboratórios. Temos uma gama de produtos que se enquadra muito nessas áreas. E porque acreditamos no que distribuímos, quisemos apresentar isso mesmo na Tektonica”, acrescenta.