Arquitectura

“O segredo está em surpreender”

Miguel Câncio Martins prepara-se para se estrear como hoteleiro com dois projectos que agarram conceitos diferentes mas que, como já vem sendo hábito nos seus trabalhos, prometem surpreender

Ana Rita Sevilha
Arquitectura

“O segredo está em surpreender”

Miguel Câncio Martins prepara-se para se estrear como hoteleiro com dois projectos que agarram conceitos diferentes mas que, como já vem sendo hábito nos seus trabalhos, prometem surpreender

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Ana Rita Sevilha
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Depois de largos anos fora de Portugal, Miguel Câncio Martins está de regresso ao País. O arquitecto prepara-se para se estrear como hoteleiro com dois projectos que agarram conceitos diferentes mas que, como já vem sendo hábito nos seus trabalhos, prometem surpreender – a Quinta da Comporta, na Comporta e o Palácio Ludovice, em Lisboa.

O facto do seu pai também ser arquitecto influenciou o seu percurso profissional?
Miguel Câncio Martins: Inconscientemente acho que sim. O facto de ver, em casa, o meu pai a fazer desenhos, a falar e a sensibilizar para a arquitectura e mesmo as visitas que fazíamos, em Portugal e lá fora, para ver edifícios e monumentos, fez com que, ainda que inconscientemente, me tenha levado a seguir o mesmo caminho.

Nasceu em Lisboa, estudou em Bruxelas, viveu mais anos fora de Portugal do que dentro. Tem obra feita nos quatro cantos do Mundo, mas é na Comporta e seguidamente em Lisboa, que se vai estrear como hoteleiro. O que o levou a escolher Portugal para esta estreia?
Na verdade, uma parte dessa equação foi uma questão de oportunidade. A determinada altura comecei a vir a Portugal quase todos os meses, para depois passar a vir a cada duas semanas, depois todas as semanas. Até que cheguei a um ponto em que disse para mim mesmo: “Numa altura em que todos os estrangeiros se estão a mudar para Portugal, eu continuo a viver no estrangeiro?”. Achei que aqui havia muito mais oportunidades de trabalho. Por isso, decidi fechar o escritório em Paris e mudar-me para cá em definitivo.

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O que podemos esperar destas duas novas unidades hoteleiras em termos de arquitectura e design?
Fundamentalmente, espelham a minha maneira de ver as coisas, uma adaptação aos lugares de cada um dos projectos. No caso da Comporta, eram armazéns de arroz com uma eira junto aos arrozais, situados na aldeia mas perto do mar. Aqui, vou fazer uma unidade hoteleira mesmo ao género da Comporta, à imagem do que se vê nas revistas em termos de casas particulares naquela zona. No fundo, é essa a imagem que queremos transmitir, onde se perceba o espírito Comporta.
Já em Lisboa, trata-se de um prédio do século XVIII desenhado por Ludovice, que foi o arquitecto do Rei. Aqui, vamos fazer uma unidade hoteleira clássica. Neste momento, estão a abrir em Lisboa muitos restaurantes e hotéis bons e muito giros, mas eu quero fazer uma coisa diferente, clássica, para fazer concorrência aos hotéis clássicos em Lisboa, que já são poucos. A temática do hotel estará ligada ao vinho do Porto.

Há cerca de sete anos a esta parte, numa entrevista, referiu sobre Lisboa que “gostava de ajudar a melhorá-la”, argumentando que se tratava de uma cidade com imenso potencial mas que “faltava desenvolvê-lo”. Como olha para a cidade hoje?
Está completamente diferente. Olhando para as coisas boas, acho que a Câmara de Lisboa tem feito um trabalho excelente. As obras chateiam um pouco, mas os resultados têm sido muito bons. Deixo só uma nota de atenção para alguns edifícios que estão a ser demolidos, por facilidade, dando lugar à construção de edifícios muito modernos que depois não estão enquadrados. Faz todo o sentido deixar esta nota de alarme. Embora nesta altura ainda não sejam muitos, importa ter cuidado.

Por essa altura sublinhou também o potencial do espaço onde antes esteve a Feira Popular, na zona de Entrecampos. O que desenhava para ali?
Fazia pouca construção e muito jardim. Infelizmente, esse espaço já está tão inflaccionado que, para que o investimento a fazer possa ser rentabilizado, o promotor vai querer construir, o que muitas vezes se traduz num erro.

Ao nível da Reabilitação Urbana, recordou alguns edifícios de valor que estão a ser demolidos para, no lugar deles, surgirem edifícios modernos e pouco enquadrados. Para além disso, ao nível das políticas de intervenção no Centro Histórico de Lisboa, como olha para esta dinâmica que já se sente também em outras cidades europeias e, em algumas, delas com resultados menos positivos?
Acho que acaba por ser a “lei da vida”. É lógico que todos gostamos do pequeno comércio, mas também somos pressionados a modernizar a cidade. Antes, as grandes marcas não estavam cá e, hoje em dia, também é interessante que não só essas marcas estão cá, como as pessoas vêm cá para as comprar. Isso é importante para a dinâmica de uma cidade. Também acho muito interessante os comércios típicos que estavam a desaparecer e que renascem agora modernizados, como o caso d’A Vida Portuguesa, que é um sucesso. Quando refiro a “lei da vida” é porque se perde de um lado mas ganha-se do outro. Esta dinâmica transformou Lisboa num ponto vital na Europa e no Mundo, como era no tempo das Descobertas. Temos de salvaguardar a nossa identidade, porque também é isso que torna Lisboa única. As pessoas procuram Portugal pela nossa diferenciação, pela autenticidade, pela gastronomia…Estamos num período da vida do País como não existia há muito tempo. São oportunidades que temos de aproveitar. Espero que o nosso Governo, que até aqui tem dirigido bem o barco, não faça disparates.

Já desenhou restaurantes, bares, hotéis, lojas, barcos, casas…há algum programa que ainda não tenha feito e que gostasse muito de fazer?
É lógico que depois de fazer tantos restaurantes e bares, apeteça fazer coisas novas. É um bocado à imagem da minha história com a hotelaria: sempre disse que queria desenhar hotéis e acabei por conseguir e trabalhar com quase todas as cadeias hoteleiras grandes e independentes. Neste caso, sempre acompanhei os meus clientes para além do projecto de arquitectura. Sempre me interessei pela parte operacional, de gestão, de eventos, sempre participei muito. Foi isso que me fez crescer no meio hoteleiro. Agora, gostava de fazer uns quantos hotéis meus, embora tenha todo o prazer em trabalhar para outros grupos.

A luz é, muitas vezes, referida em artigos e descrições sobre projectos da sua autoria.  É uma marca no seu trabalho? Existe uma linguagem Miguel Câncio Martins?
Acho que não desenvolvi nenhum estilo muito preciso. Gosto de me adaptar a cada projecto, a cada cliente, a cada história. É uma espécie de estudo de psicologia que cruza o meu cliente, o programa de projecto e o lugar. Com estas três coisas, faço a minha cozinha mas depois existem os ingredientes com que gosto de trabalhar e é aí que entra a luz, os materiais naturais e a simplicidade. No caso da luz, trabalhei muitos projectos de restaurantes, projectos onde é preciso diferenciar os clientes do dia dos da noite. É importante distinguir os diferentes ambientes e aqui a luz é muito importante.

Por causa dos seus projectos, da luz e da forma como transforma espaços já lhe chamaram mágico. O Le Figaro, por causa do projecto para o Bar Dobbies , referiu: “Como pode uma varinha mágica transformar uma simples cantina num bar tão extravagante?”. O segredo do sucesso está em surpreender?
Sim, completamente! Costumo contar esta história: quando fiz o Barfly, em Paris, toda a gente adorou e ficou surpreendida porque era algo completamente diferente do que se fazia na altura. Depois, as pessoas começaram a comentar: “Era tão bom se tivéssemos isto na nossa cidade…”. Então, replicámos quase a mesma coisa em Los Angeles. Foi um sucesso. Mas quando lá fui, achei que era como beber uma garrafa de champanhe que já está aberta, faltava-lhe o gás, perdeu o interesse. Foi uma experiência para mim e fez-me perceber que não o voltarei a fazer.

Pegando ainda no factor surpresa, num dos seus projectos de restauração, colocou a cozinha na montra…
Foi um restaurante que fiz para um grande profissional da restauração, o proprietário dos Hippopotamus, um senhor com muita experiência em restauração e que concebeu diversos conceitos. Isto passou-se na altura das “vacas loucas” e ele teve a ideia de fazer um conceito só com carnes brancas. O espaço era, como se diz em Paris, um “sítio maldito”, que nunca funcionou. Tudo o que se abria lá acabava por falir. Ele pegou naquilo e veio ter comigo com ideias muito específicas do que queria. Eu agarrei e fiz completamente o oposto do que ele estava a pensar, ou seja, fiz o restaurante ao contrário: a cozinha e o bar na fachada e a zona de estar lá dentro. Quando nos sentámos para lhe mostrar, ele ficou a olhar para mim, e disse: “Não foi nada disto que eu pedi”. Mas, depois, começámos a falar e no fim disse-me: “Tens razão, eu sei contar até ao último cubo de açúcar e ganhar dinheiro, mas disto percebes tu”. Foi um sucesso e existe até hoje.
Também fiz outro projecto, num lugar semelhante, onde tudo o que abria parecia não dar certo. Uns amigos meus pegaram naquilo e chamaram-me. Neste caso, parte do edifício era em tambor e tinha uma cúpula em betão. Quando vi aquilo decidi: “Vamos já partir esta cúpula”. Os proprietários, ao princípio, ainda resistiram mas depois concordaram. “Vamos pôr um telhado de vidro”, disse-lhes. Aquilo tornou-se o evento da noite durante o jantar. Quando começava a música e abria a cúpula era um espectáculo.
Dá-me especial prazer ver um edifício que parece que não vai dar em nada e colocá-lo a funcionar. É desafiante.

Neste momento, quantos projectos tem em desenvolvimento e quantos deles são em Portugal?
Os trabalhos que tenho em mãos, são quase todos em Portugal. Vim para cá para me concentrar por cá. Estou a fazer um projecto muito giro, de um hotel, numa ilha que era uma fortaleza, à entrada de Montenegro. É uma pequena jóia. É um projecto bastante exigente, porque não se pode construir praticamente nada. Só havia quartos nas celas, sem luz e estamos no meio do mar, logo temos de fazer quartos com vista. Como é que abordámos o assunto? Fizémos uns quartos rasgados, muito bem escondidos e confundidos na paisagem e tudo o resto enterrado. A ilha fica quase sem intervenção visível. É um projecto que está a correr muito bem. Depois, temos habitação, uma residência de estudantes e, claro, os dois hotéis: o Palácio Ludovice, em Lisboa, e a Quinta da Comporta, na Comporta.

 

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Credito imagem Nuno Moreira. Modulo Residência de Estudantes
Construção

De Veneza a Milão: Dois eventos, uma visão transformadora

O dstgroup, presidido por José Teixeira, pretende marcar uma presença disruptiva e estratégica na Bienal de Arquitectura de Veneza e na Trienal de Milão, assumindo-se como dinamizador de um novo pensamento internacional para o sector da construção

Com participação nestes dois eventos, a Bienal de Veneza que inaugura este Sábado, dia 10 de Maio, e a Trienal de Milão que abre três dias depois, o grupo português propõe uma nova cultura construtiva, com ambição de manifesto europeu, inspirada num modelo social inclusivo e comprometido com a coesão urbana, ecológica e comunitária.
Na Bienal de Arquitectura de Veneza, o dstgroup apoia o projecto “Obra Aberta” da Santa Sé, comissariado pelo Cardeal José Tolentino de Mendonça.

Trata-se de uma intervenção simbólica e concreta num bairro popular veneziano, onde o restauro de uma estrutura existente, um altar do século XVIII, se torna ponto de partida para uma reflexão profunda sobre reuso, partilha e regeneração. O trabalho de restauração ocorrerá dia após dia, sob os olhos do público. Além disso, um papel especial foi reservado à música: muitos espaços serão dedicados a jovens músicos de Veneza e de todo o mundo que visitarão o Pavilhão

Esta presença liga-se à encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, e convoca uma “nova inteligência colectiva” sobre os lugares que habitamos.

Três dias depois, a 13 de Maio, o dstgroup apresenta na Trienal de Milão, dois módulos de construção industrial integrados na exposição “Inequalities” da Fundação Norman Foster.
Estes protótipos traduzem um novo paradigma construtivo, que funde a precisão da produção industrial com a expressão poética da arquitectura de autor.

“Esta nossa presença em Itália tem subjacente o desejo de voltar a ter alguém com um pé na lua para o sector da construção, pois acreditamos que é tempo de lançar um novo movimento europeu — quase um novo Bauhaus — que coloque a arquitectura ao serviço da dignidade humana, da sustentabilidade e da justiça social”, defende José Teixeira.

Reusar. Reconciliar. Reimaginar
A presença do dstgroup nestes dois fóruns de referência internacional dá corpo a um conceito-chave: “reusar”. Não apenas materiais ou estruturas, mas ideias, espaços, tradições e soluções que valorizem o que já foi construído, física e simbolicamente. O reuso é aqui motor de uma nova urbanidade, inclusiva e criativa, que resgata os valores comunitários e integra práticas industriais sustentáveis com pensamento social urbano.

Ao contrário da estandardização despersonalizada, o modelo industrial do dstgroup propõe uma “nova gramática” da construção: modular, acessível, rápida, mas profundamente humana e estética, ou seja, uma abordagem revolucionária que reconcilia eficiência e beleza, escala e singularidade, acessibilidade e excelência.

“Não erguemos meras estruturas. Criamos espaços que elevam a experiência humana enquanto honram os limites planetários”, destaca José Teixeira. Esta visão, já em desenvolvimento no campus do dstgroup em Braga, onde o próprio Norman Foster desenha uma microcidade, o Living Lab, posiciona o dstgroup como referência internacional na construção sustentável, capaz de influenciar políticas públicas, práticas de mercado e modelos académicos.

A Fundação Norman Foster, liderada por Norman Foster, foi convidada a participar na Trienal devido ao seu compromisso com a promoção do pensamento e da investigação interdisciplinar, ligando arquitectura, design, tecnologia e artes para melhor servir a sociedade. Entre as exposições de destaque organizadas pela fundação estão a Exposição Osvaldo Borsani na Trienal de Milão (2018), Motion. Autos, Art, Architecture no Museu Guggenheim (2022), e a Exposição Norman Foster no Centre Pompidou (2023).

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Libertas conclui urbanização Benfica Stadium; Investimento ronda os 100 M€

O Unique Benfica fecha “com chave de ouro” a intervenção e urbanização que o Grupo tem vindo a fazer nesta zona da cidade desde 2007. Com conclusão prevista para o final do mês de Maio, já só restam seis unidades T3 para venda do total de 38 apartamentos

A promotora imobiliária Libertas está prestes a ultimar o empreendimento Unique Benfica, em Lisboa, um projecto que fecha “com chave de ouro” a intervenção e urbanização que o Grupo tem vindo a fazer nesta zona da cidade.

O Unique Benfica é o último projecto da urbanização Benfica Stadium que teve início em 2007 e que inclui, também, o Lux Terrace, o Lux Garden, o Lux Prime e o Upon Lisbon são alguns dos outros empreendimentos desta zona residencial de Lisboa, também assinados pela Libertas, a par do Upon Lisbon, que comprovam o sucesso da aposta nesta localização privilegiada e central na cidade.

Com um investimento de cerca de 100 milhões de euros, a Libertas conclui, assim, em frente ao Estádio da Luz, em Benfica, 435 fracções habitacionais, 129 apartamentos turísticos e dois silos automóveis públicos com capacidade para 600 viaturas, com uma área de construção total de 65 mil metros quadrados (m2).

“O Unique Benfica é a última oportunidade para viver num espaço especial, moderno e com todas as comodidades, num bairro orgulhosamente consolidado com a nossa actuação, ao longo de quase duas décadas, desde o início das obras de urbanização. Queríamos mesmo fechar com chave de ouro e, para isso, tínhamos de apostar num projecto “Unique”, uma chancela de qualidade a que a Libertas já habituou os seus clientes, e o mercado em geral, nos projectos que detêm esta marca distintiva e de qualidade reconhecida”, afirma Pascal Gonçalves, administrador do Grupo Libertas. E acrescenta: “Dentro de portas, este projecto é mesmo muito especial para toda a nossa equipa, já qualquer outro player dificilmente o teria conseguido concluir, dado termos iniciado antes da crise financeira do subprime, que levou à falência da maioria das empresas promotoras portuguesas de grande dimensão”.

Com conclusão prevista para o final do mês de Maio, o Unique Benfica, assinado pelo atelier ARX Portugal, do arquitecto José Mateus, conta sete pisos e tipologias T1 a T4, com áreas que vão dos 70 aos 220 m2. Do total de 38 apartamentos, restam, neste momento, apenas seis unidades T3 para venda.

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Monte da Bica investe 1,5M€ para criar um hotel, dois lagares e uma sala de provas

Sob a liderança de Manuela Pinto Gouveia, a herdade prepara-se para investir mais de 1,5 milhões de euros destinados à construção de um Boutique Hotel, de novos lagares de pisa a pé e uma sala de prova

O Monte da Bica, adega boutique situada no coração do Alentejo, na zona de Montemor-o-Novo, inicia um novo capítulo da sua história que remonta há mais de 100 anos. Sob a liderança de Manuela Pinto Gouveia, que tem como missão elevar o Monte da Bica a referência de sucesso e sustentabilidade, tanto a nível florestal e agrícola como de turismo, a herdade prepara-se para investir mais de 1,5 milhões de euros destinados à construção de um Boutique Hotel, de novos lagares de pisa a pé e uma sala de provas.

“Estamos a dar início a uma nova fase deste projecto de alma portuguesa e tão profundamente alentejana: o Monte da Bica. Temos um novo website com loja online, nova imagem e novas referências de vinhos, irreverentes e audazes como sempre, que continuam a desafiar convenções e a elevar a percepção dos vinhos da região”, afirma Manuela Pinto Gouveia, proprietária do Monte da Bica. “Contamos também com uma nova adega, uma adega-galeria com exposições regulares e novas experiências para quem nos visita. Ainda este ano abriremos dois lagares de pisa a pé – queremos fazer toda a vinificação em casa – e uma sala de provas. Em 2027, concretizamos um sonho antigo dos meus pais: o hotel. Queremos recuperar a hospitalidade da casa, criar uma experiência imersiva e ajudar a fixar gente e talento na região criando oportunidades de emprego”, acrescenta.

Desde 1919, a família Pinto Gouveia orgulha-se de ser proprietária desta herdade, conhecida pela sua longa tradição na produção de cortiça e cereais. Com cerca de 350 hectares de terra, o Monte da Bica é hoje um modelo de gestão sustentável e diversificado, com actividade em áreas como a cortiça, pinhão, eucalipto, mel, sementes e pecuária. Desde 2016 dedica-se também à produção de vinhos, combinando tradição e inovação, com a primeira vinha a ser plantada em 2005.

A empresa está ainda a iniciar os primeiros passos rumo à internacionalização, com planos para começar a exportar ainda em 2025 para mercados como Angola, Irlanda, Brasil, Canadá e Espanha. A estratégia de crescimento inclui também a abertura de novos canais de distribuição e a formação de novas parcerias de negócio.

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Remax lança nova app para “optimizar” procura de casa

Desenvolvida com tecnologia 100% portuguesa, a nova app destaca-se pela integração de virtual staging com Inteligência Artificial (IA) e um interface intuitivo, pensado para oferecer uma experiência rápida e descomplicada ao utilizador

Tendo como objectivo proporcionar a cada utilizador “uma forma mais simples e eficaz de encontrar o imóvel ideal, a Remax lançou uma nova aplicação móvel. Desenvolvida com tecnologia 100% portuguesa, esta nova ferramenta “inteligente, rápida e inovadora” que promete “transformar o processo de compra e arrendamento” de imóveis.

Segundo Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal, “a tecnologia faz parte do dia a dia dos profissionais da marca, que sempre investiu em soluções tecnológicas certas, pelo que o lançamento da nossa nova app representa mais um passo estratégico na transformação digital. Procurar casa pode ser simples, rápido e até divertido. Com esta nova plataforma digital, colocamos o poder da tecnologia ao serviço das pessoas, é como se tivessem um consultor imobiliário no bolso e que as irá ajudar a encontrar a sua próxima casa.”

Disponível para download em dispositivos iOS e Android, a nova app da Remax pauta-se por um conjunto de funcionalidades pioneiras no mercado nacional, nomeadamente a inovação tecnológica, desde logo porque a aplicação integra virtual staging com Inteligência Artificial (IA). Outro dos destaques é a interface intuitiva, através de uma navegação simples e fluida, pensada para oferecer uma experiência rápida e descomplicada ao utilizador.

Notificações inteligentes, com os utilizadores a receberem alertas sempre que surgem imóveis que correspondem às suas preferências, pesquisa no mapa, permitindo desenhar directamente no mapa a área de interesse, possibilitando assim maior controlo a quem utiliza, e acessibilidade e inclusão, com a app a estar disponível em seis idiomas (português, inglês, espanhol, francês, alemão e italiano), ideal para clientes internacionais, são outros dos pontos em evidência na nova app Remax.

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Lionesa Flex by maleo
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Lionesa e Maleo Offices lançam novo espaço de escritórios no Porto

Localizado no coração do Lionesa Business Hub, o “Lionesa Flex by Maleo” disponibiliza soluções personalizadas e adaptáveis, complementando a oferta do Lionesa BH, que agora passa a oferecer desde uma workstation até escritórios corporativos com mais de 10 mil m2

O Lionesa Business Hub e a Maleo Offices anunciam oficialmente a sua parceria estratégica com o lançamento do inovador espaço “Lionesa Flex by Maleo”, o primeiro centro de escritórios da Maleo Offices no Porto.

Com mais de 1.100 metros quadrados (m2) e capacidade para cerca de 200 postos de trabalho, este espaço representa um novo padrão em escritórios flexíveis, projectado especificamente para atender às necessidades dinâmicas e em constante evolução das empresas actuais.

Localizado no coração do Lionesa Business Hub, o “Lionesa Flex by Maleo” disponibiliza soluções personalizadas e adaptáveis, complementando a oferta do Lionesa BH, que agora passa a oferecer desde uma workstation até escritórios corporativos com mais de 10 mil m2. “A integração deste conceito permite-nos responder à crescente procura por soluções ágeis e adaptáveis, capazes de acompanhar a expansão dos negócios dos nossos clientes”, afirma Eduarda Pinto, directora executiva do Lionesa BH.

“Já com sete centros nas principais zonas empresariais de Lisboa a chegada ao Porto e a parceria com a Lionesa Business Hub surgiu da vontade de nos juntarmos ao dinamismo empresarial e espírito de inovação da cidade invicta. No Lionesa Flex by Maleo oferecemos um modelo único, flexível e descomplicado”, afirma Nishel Rajani, CEO da Maleo Offices.

O espaço conta, ainda, com salas de reuniões com diferentes capacidades, desde ambientes mais intimistas para grupos de seis a oito pessoas até salas maiores, ideais para eventos corporativos, com capacidade até 49 participantes. Além disso, clientes e parceiros terão acesso a serviços premium, incluindo pequeno-almoço, snacks e bebidas ao longo do dia, assim como soluções personalizadas para eventos especiais.

De acordo com Maria João Pinto, senior consultant de Office Leasing no Porto, esta parceria com a Maleo “visa, precisamente, integrar mais um serviço de excelência, flexível e integrado na comunidade Lionesa”.

Esta operação esteve a cargo da consultora imobiliária Cushman & Wakefield, que assessorou o Lionesa Business Hub, reforçando a relevância estratégica desta parceria para o mercado de escritórios no Porto.

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Atenor adquire e lança “Oriente”

Depois da venda do WeelBe à Caixa Geral de Depósitos, “Oriente” é o novo projecto da Atenor em Lisboa. Sem revelar o valor do investimento, a promotora belga anunciou o projecto de uso misto que terá aproximadamente 8.500 m², combinando escritórios e espaços comerciais, bem como quase 1.000 m² de área privada ao ar livre

A Atenor anunciou a aquisição de um terceiro projecto em Portugal, localizado em Lisboa, Parque das Nações. Este novo investimento segue-se à venda bem-sucedida da WellBe no ano passado à Caixa Geral de Depósitos. Sobre este a promotora belga está “juntamente com o seu parceiro BESIX RED, a supervisionar a conclusão do WellBe, estando a construção prevista para estar finalizada antes do Verão”.

Oriente, o local recentemente adquirido, beneficia de uma localização excepcional, mesmo junto ao centro de transportes multimodais Oriente, em Lisboa. O projecto irá acolher um projecto de uso misto de aproximadamente 8.500 m², combinando escritórios e espaços comerciais, bem como quase 1.000 m² de área privada ao ar livre. A arquitectura já foi aprovada, permitindo um rápido lançamento das obras.

“O projecto “Oriente” representa um próximo passo entusiasmante para a Atenor em Portugal. Após o sucesso do WellBe, orgulhamo-nos de reforçar ainda mais a nossa presença com um novo empreendimento inovador e inovador num dos bairros mais dinâmicos de Lisboa. Estamos ansiosos por entregar um projecto que combine sustentabilidade, inovação e qualidade de vida para os seus futuros ocupantes”, afirma em comunicado Gregory Van der Elst, director nacional Portugal, da Atenor. O projecto terá como objectivo as mais elevadas certificações ambientais e cumprirá integralmente os critérios técnicos da taxonomia europeia.

Portugal continua, assim, a ser um mercado estratégico para a promotora, “um mercado particularmente dinâmico e resiliente para o desenvolvimento imobiliário”.

“Este projecto ilustra como traduzimos a estratégia da Atenor em conquistas tangíveis: desenvolvendo projectos de primeira linha em localizações urbanas privilegiadas, com um forte foco no desempenho ESG”, refere Alexander Hodac, COO da Atenor.

Parceria estratégica para acelerar o crescimento
Em linha com a ambição da Atenor de se concentrar em activos de escritórios “essenciais” e de construir parcerias fortes, o projecto “Oriente” será desenvolvido em conjunto com investidores financeiros. Esta primeira etapa será implementada com a 3D NV e a Midelco NV (juntas detendo 70%), enquanto a Atenor (30%) se manterá como gestora do projecto.

Esta parceria reforça a posição da Atenor em Portugal e confirma a sua estratégia de criação de valor sustentável nos principais mercados urbanos europeus.

“O desenvolvimento do Oriente está perfeitamente alinhado com o nosso plano estratégico de três anos: continuar a reforçar o nosso portefólio de activos de escritórios principais em locais urbanos importantes através de parcerias financeiras”, sublinha Stéphan Sonneville, CEO da Atenor.

A venda do lote de 4.000 m2 no Parque das Nações, que estava na posse de um investidor nacional, foi assessorada pela equipa de Capital Markets da JLL.

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Casas novas representam 20% da facturação residencial da ERA

Foram vendidas cerca de 530 casas novas no 1ºtrimestre de 2025, com o Porto e Lisboa a liderarem as vendas, com as angariações de casas novas a crescerem 4%,  Portugal continua a dominar no que respeita à nacionalidade de clientes compradores, mas em seguida surge o Brasil, Angola, Reino Unido e Israel

A ERA Portugal vendeu cerca de 530 imóveis novos no 1º trimestre de 2025, gerando uma facturação recorde de 4,8 milhões de euros, o melhor trimestre de sempre no segmento de Novos Empreendimentos. Este crescimento reflecte o peso crescente deste segmento na actividade da empresa, que já representa 20% da facturação habitacional da ERA, mais 5 pontos percentuais face ao mesmo período de 2024.

No 1º trimestre de 2025, a ERA Portugal vendeu aproximadamente 530 imóveis novos. Este valor representa um crescimento de cerca de 90% em relação aos primeiros três meses do ano passado.
Em termos de distribuição geográfica, o TOP5 de concelhos com mais casas novas transaccionadas é liderado pelo Porto, seguido de Lisboa, Vila Nova de Gaia, Coimbra e Matosinhos.

Apesar de apenas 5% das casas novas vendidas terem sido T0, a procura desta tipologia tem sido ligeiramente superior e é um tipo de imóveis, muito procurado por investidores, que tem um tempo de absorção muito curto.

O melhor registo de facturação desde que há registo

A facturação gerada pelo segmento de Novos Empreendimentos cresceu 89% neste 1º trimestre face ao período homólogo. No total, o departamento gerou cerca de 4.8 milhões de euros naquele que foi o melhor trimestre de sempre até ao momento. Este valor supera os 4.25 milhões de euros obtidos no último trimestre de 2024.
Nos primeiros três meses de 2025 foram angariadas cerca de 2450 casas novas, o que significa um aumento de +4% face ao período homólogo. A procura de habitação nova por compradores nacionais continua a dominar o mercado. Além dos cidadãos nacionais, o TOP5 de nacionalidades é constituído por brasileiros, angolanos, britânicos e israelitas.

“Estes resultados são fruto de um trabalho estruturado de especialização, integração com a rede ERA e foco na qualidade dos empreendimentos. Crescemos acima da média nacional e atingimos os 20% da facturação habitacional com casas novas, um sinal claro de que este é já um dos pilares estratégicos da marca.”, considera David Mourão-Ferreira, director do departamento de Novos Empreendimentos da ERA Portugal.

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Mercado transaccionou 40.750 casas nos primeiros três meses do ano

Número de vendas mantém-se acima das 40.000 casas no 1º trimestre de 2025, mas cai 5,4% face ao trimestre anterior. Mercado habitacional reage aos fortes níveis de procura registados no final do ano 2024, mostram os dados da Confidencial Imobiliário

No 1º trimestre de 2025 estima-se que tenham sido vendidas 40.750 casas em Portugal Continental, um volume que mantém o mercado a transaccionar acima das 40.000 unidades. As projecções são realizadas pela Confidencial Imobiliário, a partir dos dados de transacção reportados ao Sistema de Informação Residencial (SIR).

O padrão de 40.000 casas vendidas por trimestre foi visível entre meados de 2021 e meados de 2022, na reactivação da procura pós-pandemia, tendo sido novamente atingido no 4º trimestre do ano passado, quando se transaccionaram 43.100 fogos. Este foi um pico de actividade que ficou a dever-se à concretização de vendas que tinham sido adiadas durante o decurso do ano, fruto da incerteza que se instalou no mercado até à entrada em vigor das diversas medidas direccionadas ao sector, especialmente as que contemplaram os jovens. Comparativamente ao 4º trimestre de 2024, em que a procura registou uma actividade excepcional, o 1º trimestre reduz a actividade em 5,4%, sinalizando uma tendência para a estabilização do mercado residencial após o pico de procura registado.

“Esta descida trimestral de 5% nas vendas é um movimento que deverá decorrer do volume anómalo de transacções realizadas no 4º trimestre de 2024, eventualmente fruto do adiamento de decisões de compra, quer em geral, quer do lado dos jovens por causa da garantia que entrou em vigor mais no final do ano. Ou seja, sem essa acumulação no final do ano, eventualmente, os números do 1º trimestre já não representariam uma descida”, explica Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.

Recorde-se que os preços de venda das casas não só mantêm a trajectória de crescimento, como estão a crescer mais rapidamente, registando uma variação trimestral de 6,6% e homóloga de 15,8% no 1º trimestre de 2025, de acordo com o Índice de Preços Residenciais. No 4º trimestre de 2024, estes indicadores eram de 4,1% e 11,0%, respectivamente.

No 1º trimestre de 2025, a habitação em Portugal Continental foi vendida por um preço médio de 2.701€/m2, de acordo com os dados do SIR-Sistema de Informação Residencial.

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Apagão ibérico revela “fragilidades” na Europa

O presidente da ADENE, Nelson Laje participou na 13.ª edição da PERÚ ENERGÍA 2025, um dos mais relevantes fóruns sobre energia da América Latina. A aposta do país nas energias renováveis, sem esquecer o apagão ibérico, foram temas centrais

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A ADENE participou, esta quarta-feira, 7 de Maio, na 13.ª edição da PERÚ ENERGÍA 2025, um dos mais relevantes fóruns sobre energia da América Latina que se realiza em Lima. Nelson Lage, presidente do Conselho de Administração da ADENE, foi o orador convidado com a intervenção “Portugal y las Energías Renovables: Una historia de éxito y lecciones aprendidas”, onde partilhou a experiência portuguesa na transição energética e os desafios enfrentados pelo sistema energético europeu.

Logo na abertura da sua intervenção, Nelson Lage destacou o impacto do recente apagão ibérico de 28 de Abril, que afectou milhões de cidadãos em Portugal, Espanha, ao afirmar que “o apagão foi um alerta energético para toda a Europa, e revelou, de forma clara, que a transição energética não pode avançar sem redes modernas, capacidade de armazenamento e verdadeira cooperação entre Estados-Membros”.

Este episódio, disse Nelson Lage, “evidenciou a urgência de alinhar ambição climática com infraestruturas robustas e bem preparadas já que persistem limitações estruturais que comprometem o avanço da transição energética”.

O presidente da ADENE alertou ainda para a necessidade de alinhar o crescimento da geração renovável com investimento em interligações, digitalização e resiliência da rede, destacando que “o verdadeiro sucesso da transição energética se mede pela sua capacidade de chegar a todos, de forma segura, estável e justa”.

Durante a sua passagem por Lima, a ADENE reforçou a cooperação internacional com a assinatura de um protocolo com o CENERGÍA, Centro de Conservación de Energía del Perú, numa cerimónia que decorreu na sede da instituição e que contou com a presença de Jorge Aguinaga Díaz, gerente general do CENERGÍA, Nelson Lage, presidente da ADENE, e Joaquim Moreira de Lemos, Embaixador de Portugal no Peru.
O protocolo com o CENERGÍA estabelece uma base sólida para o desenvolvimento conjunto de projectos e iniciativas em áreas como: formação técnica em eficiência energética e energias renováveis; criação de campanhas de sensibilização para tecnologias limpas; organização de missões técnicas e visitas de intercâmbio; criação de um directório de especialistas para intercâmbio de conhecimento; e a participação conjunta em candidaturas a financiamentos internacionais.

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