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    Arquitectura

    “O segredo está em surpreender”

    Miguel Câncio Martins prepara-se para se estrear como hoteleiro com dois projectos que agarram conceitos diferentes mas que, como já vem sendo hábito nos seus trabalhos, prometem surpreender

    Ana Rita Sevilha
    Arquitectura

    “O segredo está em surpreender”

    Miguel Câncio Martins prepara-se para se estrear como hoteleiro com dois projectos que agarram conceitos diferentes mas que, como já vem sendo hábito nos seus trabalhos, prometem surpreender

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    Depois de largos anos fora de Portugal, Miguel Câncio Martins está de regresso ao País. O arquitecto prepara-se para se estrear como hoteleiro com dois projectos que agarram conceitos diferentes mas que, como já vem sendo hábito nos seus trabalhos, prometem surpreender – a Quinta da Comporta, na Comporta e o Palácio Ludovice, em Lisboa.

    O facto do seu pai também ser arquitecto influenciou o seu percurso profissional?
    Miguel Câncio Martins: Inconscientemente acho que sim. O facto de ver, em casa, o meu pai a fazer desenhos, a falar e a sensibilizar para a arquitectura e mesmo as visitas que fazíamos, em Portugal e lá fora, para ver edifícios e monumentos, fez com que, ainda que inconscientemente, me tenha levado a seguir o mesmo caminho.

    Nasceu em Lisboa, estudou em Bruxelas, viveu mais anos fora de Portugal do que dentro. Tem obra feita nos quatro cantos do Mundo, mas é na Comporta e seguidamente em Lisboa, que se vai estrear como hoteleiro. O que o levou a escolher Portugal para esta estreia?
    Na verdade, uma parte dessa equação foi uma questão de oportunidade. A determinada altura comecei a vir a Portugal quase todos os meses, para depois passar a vir a cada duas semanas, depois todas as semanas. Até que cheguei a um ponto em que disse para mim mesmo: “Numa altura em que todos os estrangeiros se estão a mudar para Portugal, eu continuo a viver no estrangeiro?”. Achei que aqui havia muito mais oportunidades de trabalho. Por isso, decidi fechar o escritório em Paris e mudar-me para cá em definitivo.

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    O que podemos esperar destas duas novas unidades hoteleiras em termos de arquitectura e design?
    Fundamentalmente, espelham a minha maneira de ver as coisas, uma adaptação aos lugares de cada um dos projectos. No caso da Comporta, eram armazéns de arroz com uma eira junto aos arrozais, situados na aldeia mas perto do mar. Aqui, vou fazer uma unidade hoteleira mesmo ao género da Comporta, à imagem do que se vê nas revistas em termos de casas particulares naquela zona. No fundo, é essa a imagem que queremos transmitir, onde se perceba o espírito Comporta.
    Já em Lisboa, trata-se de um prédio do século XVIII desenhado por Ludovice, que foi o arquitecto do Rei. Aqui, vamos fazer uma unidade hoteleira clássica. Neste momento, estão a abrir em Lisboa muitos restaurantes e hotéis bons e muito giros, mas eu quero fazer uma coisa diferente, clássica, para fazer concorrência aos hotéis clássicos em Lisboa, que já são poucos. A temática do hotel estará ligada ao vinho do Porto.

    Há cerca de sete anos a esta parte, numa entrevista, referiu sobre Lisboa que “gostava de ajudar a melhorá-la”, argumentando que se tratava de uma cidade com imenso potencial mas que “faltava desenvolvê-lo”. Como olha para a cidade hoje?
    Está completamente diferente. Olhando para as coisas boas, acho que a Câmara de Lisboa tem feito um trabalho excelente. As obras chateiam um pouco, mas os resultados têm sido muito bons. Deixo só uma nota de atenção para alguns edifícios que estão a ser demolidos, por facilidade, dando lugar à construção de edifícios muito modernos que depois não estão enquadrados. Faz todo o sentido deixar esta nota de alarme. Embora nesta altura ainda não sejam muitos, importa ter cuidado.

    Por essa altura sublinhou também o potencial do espaço onde antes esteve a Feira Popular, na zona de Entrecampos. O que desenhava para ali?
    Fazia pouca construção e muito jardim. Infelizmente, esse espaço já está tão inflaccionado que, para que o investimento a fazer possa ser rentabilizado, o promotor vai querer construir, o que muitas vezes se traduz num erro.

    Ao nível da Reabilitação Urbana, recordou alguns edifícios de valor que estão a ser demolidos para, no lugar deles, surgirem edifícios modernos e pouco enquadrados. Para além disso, ao nível das políticas de intervenção no Centro Histórico de Lisboa, como olha para esta dinâmica que já se sente também em outras cidades europeias e, em algumas, delas com resultados menos positivos?
    Acho que acaba por ser a “lei da vida”. É lógico que todos gostamos do pequeno comércio, mas também somos pressionados a modernizar a cidade. Antes, as grandes marcas não estavam cá e, hoje em dia, também é interessante que não só essas marcas estão cá, como as pessoas vêm cá para as comprar. Isso é importante para a dinâmica de uma cidade. Também acho muito interessante os comércios típicos que estavam a desaparecer e que renascem agora modernizados, como o caso d’A Vida Portuguesa, que é um sucesso. Quando refiro a “lei da vida” é porque se perde de um lado mas ganha-se do outro. Esta dinâmica transformou Lisboa num ponto vital na Europa e no Mundo, como era no tempo das Descobertas. Temos de salvaguardar a nossa identidade, porque também é isso que torna Lisboa única. As pessoas procuram Portugal pela nossa diferenciação, pela autenticidade, pela gastronomia…Estamos num período da vida do País como não existia há muito tempo. São oportunidades que temos de aproveitar. Espero que o nosso Governo, que até aqui tem dirigido bem o barco, não faça disparates.

    Já desenhou restaurantes, bares, hotéis, lojas, barcos, casas…há algum programa que ainda não tenha feito e que gostasse muito de fazer?
    É lógico que depois de fazer tantos restaurantes e bares, apeteça fazer coisas novas. É um bocado à imagem da minha história com a hotelaria: sempre disse que queria desenhar hotéis e acabei por conseguir e trabalhar com quase todas as cadeias hoteleiras grandes e independentes. Neste caso, sempre acompanhei os meus clientes para além do projecto de arquitectura. Sempre me interessei pela parte operacional, de gestão, de eventos, sempre participei muito. Foi isso que me fez crescer no meio hoteleiro. Agora, gostava de fazer uns quantos hotéis meus, embora tenha todo o prazer em trabalhar para outros grupos.

    A luz é, muitas vezes, referida em artigos e descrições sobre projectos da sua autoria.  É uma marca no seu trabalho? Existe uma linguagem Miguel Câncio Martins?
    Acho que não desenvolvi nenhum estilo muito preciso. Gosto de me adaptar a cada projecto, a cada cliente, a cada história. É uma espécie de estudo de psicologia que cruza o meu cliente, o programa de projecto e o lugar. Com estas três coisas, faço a minha cozinha mas depois existem os ingredientes com que gosto de trabalhar e é aí que entra a luz, os materiais naturais e a simplicidade. No caso da luz, trabalhei muitos projectos de restaurantes, projectos onde é preciso diferenciar os clientes do dia dos da noite. É importante distinguir os diferentes ambientes e aqui a luz é muito importante.

    Por causa dos seus projectos, da luz e da forma como transforma espaços já lhe chamaram mágico. O Le Figaro, por causa do projecto para o Bar Dobbies , referiu: “Como pode uma varinha mágica transformar uma simples cantina num bar tão extravagante?”. O segredo do sucesso está em surpreender?
    Sim, completamente! Costumo contar esta história: quando fiz o Barfly, em Paris, toda a gente adorou e ficou surpreendida porque era algo completamente diferente do que se fazia na altura. Depois, as pessoas começaram a comentar: “Era tão bom se tivéssemos isto na nossa cidade…”. Então, replicámos quase a mesma coisa em Los Angeles. Foi um sucesso. Mas quando lá fui, achei que era como beber uma garrafa de champanhe que já está aberta, faltava-lhe o gás, perdeu o interesse. Foi uma experiência para mim e fez-me perceber que não o voltarei a fazer.

    Pegando ainda no factor surpresa, num dos seus projectos de restauração, colocou a cozinha na montra…
    Foi um restaurante que fiz para um grande profissional da restauração, o proprietário dos Hippopotamus, um senhor com muita experiência em restauração e que concebeu diversos conceitos. Isto passou-se na altura das “vacas loucas” e ele teve a ideia de fazer um conceito só com carnes brancas. O espaço era, como se diz em Paris, um “sítio maldito”, que nunca funcionou. Tudo o que se abria lá acabava por falir. Ele pegou naquilo e veio ter comigo com ideias muito específicas do que queria. Eu agarrei e fiz completamente o oposto do que ele estava a pensar, ou seja, fiz o restaurante ao contrário: a cozinha e o bar na fachada e a zona de estar lá dentro. Quando nos sentámos para lhe mostrar, ele ficou a olhar para mim, e disse: “Não foi nada disto que eu pedi”. Mas, depois, começámos a falar e no fim disse-me: “Tens razão, eu sei contar até ao último cubo de açúcar e ganhar dinheiro, mas disto percebes tu”. Foi um sucesso e existe até hoje.
    Também fiz outro projecto, num lugar semelhante, onde tudo o que abria parecia não dar certo. Uns amigos meus pegaram naquilo e chamaram-me. Neste caso, parte do edifício era em tambor e tinha uma cúpula em betão. Quando vi aquilo decidi: “Vamos já partir esta cúpula”. Os proprietários, ao princípio, ainda resistiram mas depois concordaram. “Vamos pôr um telhado de vidro”, disse-lhes. Aquilo tornou-se o evento da noite durante o jantar. Quando começava a música e abria a cúpula era um espectáculo.
    Dá-me especial prazer ver um edifício que parece que não vai dar em nada e colocá-lo a funcionar. É desafiante.

    Neste momento, quantos projectos tem em desenvolvimento e quantos deles são em Portugal?
    Os trabalhos que tenho em mãos, são quase todos em Portugal. Vim para cá para me concentrar por cá. Estou a fazer um projecto muito giro, de um hotel, numa ilha que era uma fortaleza, à entrada de Montenegro. É uma pequena jóia. É um projecto bastante exigente, porque não se pode construir praticamente nada. Só havia quartos nas celas, sem luz e estamos no meio do mar, logo temos de fazer quartos com vista. Como é que abordámos o assunto? Fizémos uns quartos rasgados, muito bem escondidos e confundidos na paisagem e tudo o resto enterrado. A ilha fica quase sem intervenção visível. É um projecto que está a correr muito bem. Depois, temos habitação, uma residência de estudantes e, claro, os dois hotéis: o Palácio Ludovice, em Lisboa, e a Quinta da Comporta, na Comporta.

     

    Sobre o autorAna Rita Sevilha

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    As implicações da nova directiva EPBD em debate no Tagus Park

    O Instituto de Soldadura e Qualidade, ISQ, no Tagus Park, recebe dia 15 de Janeiro um workshop sobre políticas publicas sobre Renovação Energética de Edifícios. A organização do encontro é do grupo coordenador do projecto SUREFIT

    A coordenação do projecto SUREFIT organiza um Workshop de Políticas sobre Renovação Energética de Edifícios no dia 15 de Janeiro, no Instituto Soldadura e Qualidade, ISQ, Tagus Park. O evento reunirá decisores políticos, investigadores e especialistas do sector para debater as oportunidades e desafios associados à renovação energética profunda do parque edificado nacional, estimulando o debate sobre as implicações de futuros desenvolvimentos tecnológicos e políticos neste domínio.

    O workshop pretende debater, entre outros, os desafios legais, institucionais, financeiros e técnicos para a renovação energética de edifícios, com destaque para a nova Directiva sobre o Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD, na sigla inglesa). Assim, a primeira parte da manhã é dedicada à “Revisão da EPBD: Quais as alterações previstas para Portugal?” e contará com a participação de Ricardo Frutuoso Aguiar, Direcção-Geral de Energia e Geologia, de Rui Fragoso, ADENE e de Hélder Gonçalves, do LNEG, num debate moderado por Sérgio Tadeu do ISQ.

    A segunda parte da manhã é dedicada à “Descarbonização do sector dos edifícios em Portugal” num debate que contará com a participação de Eduardo Maldonado, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, José Dias, da SEL, e Vanessa Tavares do BuiltColab.

    O encontro terminará com uma mesa-redonda que reunirá todos os participantes, com moderação de João Safara, do ISQ, e participação de Rita Moura, presidente da PTPC.

    Este workshop visa promover o intercâmbio de conhecimento e a cooperação a longo prazo, contribuindo para uma política de renovação energética mais eficaz e alinhada com os objectivos de neutralidade carbónica.

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    AEP: BOW arranca 2025 com presença na Alemanha

    Primeira feira de 2025 do calendário de acções de internacionalização da AEP leva sector da construção à Alemanha. Em 2024, o projecto BOW promoveu a participação de 180 empresas em 20 mercados

    Em 2024, o projecto BOW, Business on the Way ,promoveu a participação de 180 empresas em 27 acções, entre participações em feiras internacionais e missões empresariais, em 20 mercados distintos. O balanço do principal programa de internacionalização da Associação Empresarial de Portugal, AEP, é feito a propósito do arranque da BAU, a feira do sector da construção e materiais de construção que arranca hoje em Munique, na Alemanha, e decorre até dia 17.

    Com a AEP vão cinco empresas nacionais: Castelhano & Ferreira, (indústria de tectos falsos e divisórias); Fatimastones Marsefal, (fabricação de artigos de mármore e de rochas similares); Mvc Mármores de Alcobaça, (indústria de transformação de calcário); Polo JCP (fabricação de artigos de arte em madeira e seus derivados e fabricação de azulejos); e RCN Innovation In Aluminium Systems, (criação, desenvolvimento, produção e instalação de sistemas de alumínio).

    A feira BAU, acontece de dois em dois anos em Munique e é considerada uma referência a nível mundial para o sector da construção e materiais de construção. “Em 2024, o projeto BOW promoveu a participação de 180 empresas em 27 acções, entre participações em feiras internacionais e missões empresariais, em 20 mercados distintos. A participação na BAU tem como objectivo proporcionar às empresas oportunidades de negócios num mercado exigente, mas muito atractivo e com um potencial ainda por explorar. Apesar da Alemanha apresentar oportunidades em diferentes áreas e de ser um dos principais parceiros de Portugal, obriga a uma abordagem estruturada e persistente e é aqui que a AEP tem um papel importante no apoio à internacionalização, nomeadamente através do projeto BOW”, explica Luís Miguel Ribeiro, presidente do Conselho de Administração da AEP.

    Esta é a quarta participação na feira BAU. A primeira foi em 2017. Mas no mercado alemão a AEP já organizou várias participações coletivas de empresas para os setores médico e hospitalar (Feira Medica, em Dusseldorf), componentes automóveis (Feiras IZB, em Wolfsburg, IAA, em Frankfurt, GACS, em Stuttgart), construção e equipamentos para a construção (Feira BAUMA, em Munique) e retalho (Feira EUROSHOP, em Dusseldorf).
    A Alemanha é uma das mais desenvolvidas economias do mundo, altamente inovadora e voltada para a exportação. O ano passado, foi o terceiro cliente das exportações portuguesas de bens, com uma quota de 10,8%, ocupando a segunda posição ao nível das importações (11,5%). É o segundo maior cliente da indústria de componentes automóveis, com uma quota correspondente a 22,6 %.

    Líder a nível mundial para as áreas da arquitectura, materiais e sistemas de construção, a BAU é um certame onde está representada toda a tecnologia de ponta da indústria da construção internacional, permitindo a entrada em novos mercados. Em 2023, esgotou os 19 pavilhões do recinto da feira, com mais de 200 mil m² de exposição e um total de 2260 expositores. No total, a BAU contou com 190 mil visitantes, sendo 40% oriundos do estrangeiro. Países como a Áustria, Itália, Suíça, Polónia e Turquia estão na lista dos Top 5 em participação.

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    Portugal no centro do design global na Maison&Objet 2025

    O design português dá o seu primeiro grande passo de 2025 nos palcos internacionais com a presença de 57 marcas portuguesas na Maison&Objet, uma das mais prestigiadas feiras globais de design, decoração e lifestyle. O evento decorre em Paris, de 16 a 20 de Janeiro, sob o tema Sur/Reality

    A Maison&Objet, reconhecida por moldar as tendências globais da indústria, está de regresso de 16 a 20 de Janeiro. Atraindo um público diversificado e altamente qualificado: dois terços são retalhistas e um terço são profissionais da área, como arquitectos e designers de interiores, o certame é uma plataforma única para promover o design português a nível global.

    As marcas nacionais, 57, estarão integradas numa estratégia coordenada pela Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins, APIMA. Este esforço conjunto destaca o papel do design português no cenário global, reforçando a ligação histórica com o mercado francês, o principal destino das exportações da Fileira Casa Portuguesa.

    Esta edição explora fantasia, distorção, humor e poesia para responder ao crescente apetite dos consumidores pelo estranho e pelo surpreendente. Com uma programação que inclui as 100 melhores moradas de design de Paris, e 45 conferências, a feira, que reúne 2.400 marcas e espera atrair mais de 70 mil visitantes de 145 países, é uma plataforma de interacção criativa e oportunidades de negócio.

    Após a edição de Janeiro, a Maison&Objet voltará a fazer de Paris o centro internacional do design entre os dias 4 e 8 de Setembro. Além disso, ao longo do ano, o hub digital MOM (Maison&Objet and More), conecta marcas, designers e compradores e destaca mais de 30.000 produtos.

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    Dstgroup lança LYRICAL Design Windows

    Tendo como palco a BAU, em Munique, a Dstgroup lança LYRICAL Design Windows a nova marca de caixilharia minimalista, que arranca com um investimento de 15 milhões de euros. Este é primeiros dos produtos desenvolvidos no âmbito da agenda mobilizadora R2U Technologies | modular system

    O grupo de Braga escolheu a BAU, que decorre até 17 de Janeiro em Munique, para fazer o lançamento mundial da sua nova marca de janelas. A LYRICAL Design Windows, arranca com um investimento de 15 milhões de euros e é o primeiro do conjunto de produtos desenvolvidos no âmbito da agenda mobilizadora R2U Technologies | modular system.

    Com know-how da bysteel fs, empresa do grupo na área da concepção, engenharia e execução de fachadas e envelopes arquitectónicos para edifícios, “LYRICAL oferece, um conceito de janelas minimalistas de alta performance, personalizável, de design exclusivo e elevado sentido estético”, anuncia o grupo em comunicado.
    A LYRICAL tem como alvo o segmento alto, composto por “consumidores finais premium e prescritores como arquitectos e designers”, dos mercados europeu, americano e no Médio-Oriente, e tem como meta atingir um volume de negócios de 30 milhões de euros num prazo de cinco anos.

    A unidade de produção da LYRICAL com aproximadamente 10.000 m² está localiza-se no campus do dstgroup, em Braga, e conta com um projecto de arquitectura a cargo do Pritzker Eduardo Souto Moura. Até ao final de 2025 prevê contratar 75 trabalhadores e duplicar este valor até 2030.

    “A LYRICAL concebeu uma linha de obras de arte minimalistas capazes de acrescentar valor ao espaço, suportadas em tecnologia avançada e valores de sustentabilidade, dividida em duas séries: a LYRICAL MUSE e a evolutiva LYRICAL ODE”, explica André Gonçalves Pereira, director geral da LYRICAL.

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    Mafalda Barreto, managing partner do escritório de Lisboa da GA_P

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    Stoneshield Investments reforça em Lisboa

    A Stoneshield Investments, investidor activo no sector do alojamento estudantil, adquiriu dois SPVs, Proud Coast, Lda. e Integral Equation, Lda., cada um proprietário de uma residência de estudantes na Alta de Lisboa

    Fundo gerido peça Stoneshield Investments, European Student Accommodation I S.à R.L, adquiriu dois SPVs, Proud Coast, Lda. e Integral Equation, Lda., cada um proprietário de uma residência de estudantes na Alta de Lisboa. O negócio contou com a assessoria Gómez-Acebo & Pombo (“GA_P”), que prestou apoio ao comprador.

    A Stoneshield Investments, empresa líder em investimentos imobiliários com foco no mercado ibérico, tem-se destacado, nos últimos anos, como um investidor activo no sector do alojamento estudantil, gerindo um dos maiores portfólios do sul da Europa, com cerca de 50 residências e 10 mil camas, em duas dezenas de localizações diferentes.

    A operação contou com o apoio de uma equipa multidisciplinar, coordenada por Mafalda Barreto, managing partner do escritório de Lisboa da GA_P e coordenadora da área de Comercial, Societário e M&A, e composta pelos advogados Susana Morgado, João Bento Cardoso e Matilde Menezes de Melo (Comercial, Societário e M&A), Madalena Caldeira (Direito do Trabalho), Filipe Santos Barata e Matilde de Sousa Marto (Bancário e Financeiro), Sofia Rodrigues Nunes, Afonso Scarpa, João Marques Rodrigues e Mariana Machado de Oliveira (Imobiliário), Ana Paula Basílio e Catarina Rosa (Fiscal).

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    Portal Poupa Energia com mais de 1,6M de visitas

    Portal Poupa Energia com mais de 1,6 milhões de visitas permite poupança anual de 207 euros por adesão. Para a ADENE os números reflectem o impacto crescente da plataforma na poupança energética dos consumidores

    O portal Poupa Energia da ADENE encerrou o ano com mais de 1,6 milhões de visitas e 1,17 milhões de simulações realizadas até Dezembro de 2024. Estes números reflectem o impacto crescente da plataforma na promoção de escolhas informadas e na poupança energética dos consumidores.

    “O Poupa Energia destacou-se também pela sua capacidade de gerar poupanças significativas. A poupança média por utilizador que alterou de tarifário através do portal foi de 207 euros/ano, contribuindo para reduções significativas no orçamento das famílias e empresas”, acrescenta nota da ADENE.

    Entre os resultados mais relevantes, destacam-se: “456 tarifários activos, oferecendo uma diversidade robusta de escolhas para diferentes perfis de consumidores; desde o lançamento do Poupa Energia, foram registadas 11.862 adesões a novos tarifários energéticos, um resultado direto da utilização do simulador; 90,6% das adesões feitas através de simulações simples, comprovando a eficácia e acessibilidade desta ferramenta”, inúmera a ADENE.

    No último trimestre de 2024, o portal Poupa Energia registou um aumento de 14,9% nas simulações, com o mês de Outubro a destacar-se como o mais activo do ano. Além disso, as simulações avançadas e empresariais evidenciaram um crescimento expressivo, sublinhando o valor do Poupa Energia para diferentes públicos, desde famílias a empresas.

    Relativamente ao mercado regulado e mercado livre, os dados recolhidos sobre os tarifários disponíveis no mercado energético indicam que o mercado regulado se mantém competitivo em várias categorias, especialmente no que diz respeito ao gás natural, já o mercado livre oferece tarifas mais vantajosas em determinados perfis de electricidade, permitindo aos consumidores adaptarem as suas escolhas às suas necessidades específicas.

    O sector energético foi também marcado por novidades legislativas no último trimestre de 2024, que terão impacto direto junto dos consumidores, refere a ADENE. Nesse sentido, está fixada a tarifa social de electricidade para 2025, foi simplificado o quadro regulatório das energias renováveis, promovendo a produção descentralizada de energia e realizados novos ajustamentos à tarifa social, reforçando a protecção às populações em situação de maior fragilidade económica.

    “Estes resultados demonstram que estamos no caminho certo, contribuindo para uma sociedade mais informada e sustentável”, sublinhou o presidente da ADENE, Nelson Lage, reforçando o compromisso da plataforma em ser uma ferramenta prática e indispensável na transição energética.

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    Aquisição da Hempel Industrial reforça presença europeia da CIN

    CIN compra Hempel Industrial B.V. nos Países Baixos e reforça presença europeia no sector das tintas e vernizes. Esta aquisição aumenta a capacidade de produção da CIN, a qual passa a deter 11 fábricas a operar em sete países

    A CIN adquiriu a Hempel Industrial B.V., com sede nos Países Baixos. Esta aquisição consolida a posição da CIN no mercado europeu, “amplia o seu portfólio de produtos e reforça o seu compromisso em tornar-se líder global na indústria de tintas e vernizes”, avança e empresa em comunicado. A transacção adiciona uma nova unidade industrial ao grupo CIN, contribuindo com um volume de negócios anual de aproximadamente 15 milhões de euros.

    Fundada em 1830, a Schaepman Lakfabrieken B.V. conquistou uma reputação distinta pela inovação no setor de revestimentos industriais, tornando-se um nome de referência nos Países Baixos e além-fronteiras. Em 2014, a Hempel adquiriu a empresa, retirando a marca Schaepman e operando o negócio como parte do Grupo. “Com esta aquisição, a CIN planeia reavivar o histórico nome Schaepman como parte da sua estratégia para honrar o legado bicentenário da empresa, ao mesmo tempo que reforça a sua ligação aos mercados e clientes locais”, justifica em comunicado a CIN.

    “A aquisição da Hempel Industrial B.V. nos Países Baixos representa mais um passo importante na estratégia de crescimento europeu da CIN, que permite solidificar a nossa presença numa região chave e estabelecer uma base sólida para a expansão e competitividade futuras. Reavivar a marca Schaepman reflecte o nosso respeito pelo seu legado histórico e alinha-se com a nossa visão de inovação e oferta de soluções especializadas de alta qualidade. Estes valores partilhados vão continuar a guiar a CIN à medida que expandimos a nossa presença na Europa”, afirma João Luís Serrenho, vice-presidente da CIN.

    Esta aquisição aumenta a capacidade de produção da CIN, a qual passa a deter 11 fábricas a operar em sete países: Portugal, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Angola e Moçambique. A par dos efeitos operacionais, este negócio reforça também a estratégia de crescimento e internacionalização da CIN, fortalecendo a sua posição como um interveniente chave no mercado global de tintas e vernizes.

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    Porto (imagem cedida pela Remax Portugal)

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    AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros

    Mercado de compra e arrendamento liderado por brasileiros, responsáveis por 44% das transacções, seguindo-se norte-americanos (9%) e angolanos (5%)

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    A Área Metropolitana do Porto (AMP) tem-se afirmado como um polo de atracção de investimento estrangeiro, por se tratar de uma região com características “marcadamente turísticas” e que apresenta “oportunidades” no mercado imobiliário. Segundo dados apurados pela Remax, de Janeiro a Novembro de 2024, a rede registou transacções por parte de clientes estrangeiros em todos os 17 concelhos da AMP, de forma mais acentuada em cinco deles. Em evidência, esteve o concelho do Porto que representou um terço da procura, seguido de Vila Nova de Gaia com um quarto dessa procura. Neste período, estes cidadãos além-fronteiras privilegiaram mais a aquisição de imóveis (51,3%), face ao arrendamento, contudo o equilíbrio foi notório.

    Segundo Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal, “a AMP é uma zona  em expansão que se tem posicionado não só como um destino turístico, mas também na fixação de investimento e residentes não habituais. O segmento habitacional sobressai na procura global de investimento internacional nesta região, pelo que poderá haver um reforço da participação destes clientes durante o ano de 2025, até porque Portugal continua no radar de muitas famílias estrangeiras e investidores”.

    Os dados agora apresentados e relativos aos meses em referência mostram que, por concelho, Porto lidera o ranking da procura estrangeira por imóveis, registando 33,7% do total na região. Seguem-se Vila Nova de Gaia (26,4%), o concelho que mais cresceu nas preferências dos cidadãos além-fronteiras; Matosinhos (11,9%); Maia (7,7%) e Gondomar (6,2%), sendo que este último perdeu a 4ª posição por troca com o concelho da Maia, responsável por uma em cada 13 transacções concretizadas.

     

    Entre os mercados que elegeram a AMP, foram 59 nacionalidades estrangeiras que privilegiaram a aquisição ou arrendamento de imóveis na região. Em destaque os clientes brasileiros, responsáveis por 44% das transacções, um aumento de quase dois pontos percentuais (p.p.) face a igual período 2023. Já os clientes norte-americanos representaram 9% das transacções e os angolanos 5%. Israelitas e ucranianos com cerca de 4% das transacções cada, ocuparam a 4ª e 5ª posição, respectivamente.

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    Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025

    Painel do 72º Barómetro do IPDT prevê até 33 milhões de hóspedes e 6,5 MM€ em proveitos. Segundo Jorge Costa, presidente do IPDT, “Portugal continua a beneficiar da percepção de ser um destino seguro e acolhedor, o que se traduz num activo estratégico para atrair turistas internacionais”

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    Os resultados da 72ª edição do Barómetro do Turismo do Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT) revelam uma expectativa “optimista” para o desempenho do turismo nacional em 2025. Os profissionais do sector apontam para um crescimento sustentado nos principais indicadores, mas destacam adicionalmente desafios que exigem respostas estratégicas.

    Esta nova edição do IPDT decorreu entre 4 e 18 de Outubro de 2024, reunindo 45 respostas válidas, de um painel de 175 profissionais em funções de direcção e administração em várias áreas que integram o sector do turismo.

    No que diz respeito ao número de hóspedes, 56% dos membros do painel antecipam para 2025 um crescimento para valores entre 30,1 e 33 milhões, superando os 30 milhões registados em 2023. As dormidas apresentam igualmente um cenário promissor, com 78% dos inquiridos a projectarem indicadores entre 75,1 e 81 milhões. Este contexto sugere não apenas uma maior procura, mas também uma possível extensão na duração média das estadias. Quanto aos proveitos globais, 80% dos especialistas do IPDT esperam para este ano números entre os 5,6 e 6,5 mil milhões de euros.

    Relativamente aos factores que terão um impacto mais positivo no desenvolvimento do turismo nacional em 2025, a melhoria contínua da oferta e dos serviços foi considerado o mais relevante, com 44% das respostas. Seguem-se a segurança e a estabilidade política e social, referidas por 42% dos inquiridos do IPDT. As infraestruturas, acessibilidades e a mobilidade aérea foram valorizadas por 36% dos inquiridos, sublinhando a necessidade de modernizar e melhorar as redes de transporte e promover uma mobilidade eficiente e sustentável. Por fim, as condições económicas e financeiras favoráveis, também mencionadas por 36% dos especialistas, reflectem a importância de um contexto macroeconómico estável para a atractividade do sector turístico.

    Para Jorge Costa, presidente do IPDT, “a previsão do aumento do número de hóspedes, dormidas e proveitos globais para 2025 reflecte o potencial de crescimento sustentado do turismo nacional. Para concretizar este potencial, será fundamental continuar a investir na qualidade das experiências turísticas, adaptando-as às actuais exigências dos viajantes”. E acrescenta: “Num contexto global marcado por incertezas económicas e geopolíticas, Portugal continua a beneficiar da percepção de ser um destino seguro e acolhedor, o que se traduz num activo estratégico para atrair turistas internacionais”.

    Apesar do cenário encorajador e positivo, o sector enfrenta desafios que podem condicionar o seu desenvolvimento em 2025. A escassez de recursos humanos qualificados destaca-se como o principal desafio, referido por 51% dos inquiridos. Segundo o Barómetro, o aumento dos preços e a inflação, apontados por 40% dos especialistas, representam outro obstáculo relevante. A recessão económica e a conjuntura internacional, identificadas por 33% do painel, e os conflitos internacionais e a instabilidade geopolítica, mencionados por 29% dos respondentes, evidenciam o impacto de fatores externos no desempenho do sector, nomeadamente no que respeita à dependência da mobilidade e das relações globais.

    Os especialistas alertam ainda para desmistificação da percepção de “overtourism”, que começa a ganhar visibilidade em alguns destinos nacionais. Os resultados do IPDT evidenciam que 80% dos inquiridos classificam esta questão como “importante” ou “muito importante”, sublinhando a necessidade de respostas coordenadas e eficazes a curto prazo. Neste ponto, o combate à desinformação, defendido por 58%, surge como a principal prioridade, implementando-se estratégias de comunicação mais transparentes e acessíveis que promovam um entendimento mais realista e contextualizado dos impactos do sector.

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    Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate

    A MAP Real Estate anunciou a nomeação de Matilde Mendes como directora de Desenvolvimento. A empresa é uma das seis entidades que compõem o MAP Group, grupo que assumiu uma nova estrutura empresarial no final de 2024 

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    Com uma sólida experiência em análise e gestão de projectos no sector imobiliário, Matilde Mendes já colaborou com empresas como Norfin, Hipoges, Casavo, CBRE Portugal e Dils. Formada com Mestrado Integrado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico, com especialização no perfil de Construção, Matilde complementou a sua formação com cursos em prevenção de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo na actividade imobiliária, bem como em modelação financeira pela Nova School of Business and Economics, Executive Education.

    A sua experiência, que vai desde a gestão de projectos de construção até à direcção de obra, juntamente com a sua visão estratégica, foram factores determinantes para esta escolha. O MAP Group acredita que a Matilde será uma peça-chave para fortalecer a presença da MAP Real Estate no mercado.

    “A minha missão na MAP Real Estate será a de criar valor e inovação, não apenas nos projectos que lideramos, mas também na forma como impactamos o mercado imobiliário. Estou muito motivada para trazer uma abordagem estratégica e focada em resultados, que permita consolidar a posição da MAP Real Estate como referência no sector”, afirma Matilde Mendes.

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