Investigadora da UMinho vence prémio na Techtextil 2017
Luani Costa criou um painel inteligente com as propriedades de uma folha, para aplicar em fachadas e coberturas de construções

Ana Rita Sevilha
Plano de Urbanização de Campanhã avança para discussão pública em Março
Iscte lança pós-graduação em ‘Mediação Imobiliária Profissional’
Lisboa recebe primeira edição da Deco Out
Daikin lança nova gama de unidades ERA
CICCOPN recebe Acreditação Erasmus+
Radisson Hotel Group expande presença na Península Ibérica
Grupo Casais inaugura primeiro hotel híbrido em Espanha
IP lança concurso de 150M€ para alargar ferrovia Contumil-Ermesinde
CCB quer alcançar a neutralidade de carbono até 2030
Trienal: ‘Conversas et Al’ junta fundador da Noarq e ilustrador Gémeo Luís
Uma investigadora da Universidade do Minho, foi distinguida na Techtextil 2017, com o primeiro prémio no concurso “Estruturas Têxteis para Novas Construções”. Luani Costa criou um painel inteligente com as propriedades de uma folha, para aplicar em fachadas e coberturas de construções.
Luani Costa, da Universidade do Minho, recebe esta terça-feira o primeiro prémio do concurso “Estruturas Têxteis para Novas Construções”, na reputada Techtextil 2017 – Feira Internacional de Têxteis Técnicos e Fibras, em Frankfurt, na Alemanha. A autora
“Estou muito honrada e feliz por ter o meu trabalho reconhecido e poder participar desta forma na maior feira têxtil técnica do mundo”, diz Luani Costa. De acordo com a arquitecta, o projecto nasceu no mestrado em Construção e Reabilitação Sustentável da UMinho e resolve alguns problemas da indústria da construção, um dos sectores que mais polui e gasta energia.
Segundo Luani, “só as fachadas implicam 40% da perda de calor no Inverno e aquecimento excessivo no Verão”. Para evitar este tipo de casos, Luani Costa fez um painel com flexão activa e membranas têxteis multifuncionais, que replicam a forma e as características da folha, como a autolimpeza (repele a água), a mudança de cor e emissão de luz (tem polímeros crómicos e luminescentes) e a capacidade de gerar electricidade.
Com a aplicação de células solares orgânicas na superfície, pode-se aproveitar a luz solar para produzir energia eléctrica de um modo eficiente na estrutura do painel. “Procurei também replicar a fotossíntese feita pelas folhas, entre outros aspectos”, diz a arquitecta, que se inspirou na natureza e na capacidade de modificação das folhas das plantas, que têm grande diversidade de formas, cores e tamanhos.
Além disso, o projeto “adapta-se facilmente às condições ambientais, como chuva, vento e incidência solar, e às necessidades do utilizador, pois o comportamento flexível dos materiais permite um melhor desempenho funcional”.
De sublinhar que, o conceito já foi testado no Paço dos Duques, em Guimarães.
Luani Martins Costa, nascida há 25 anos em Santa Catarina (Brasil) e a viver em Guimarães, é investigadora do Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil (2C2T) e do Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Estruturas de Engenharia (ISISE), ambos na UMinho. É licenciada em Arquitectura e Urbanismo pela Universidade do Estado de Santa Catarina, onde esteve ainda ligada ao projecto municipal Memórias de Laguna. Já trabalhou no gabinete de arquitectura Pérgula e nas empresas Concremat e Totale.