Projecto da Aguirre Newman para a Cepsa
Arquitectura

Consultoras apostam e consolidam Departamentos de Arquitectura

Mas que vantagens trazem em relação a um gabinete de arquitectura? 

Ana Rita Sevilha
Projecto da Aguirre Newman para a Cepsa
Arquitectura

Consultoras apostam e consolidam Departamentos de Arquitectura

Mas que vantagens trazem em relação a um gabinete de arquitectura? 

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 As consultoras imobiliárias têm desde há uns anos a esta parte, vindo a consolidar os seus Departamentos de Arquitectura. De uma forma geral, todos estes departamentos nasceram como uma consequência ou necessidade por parte dos clientes e têm vindo a ganhar expressão dentro dos serviços que as consultoras têm para oferecer e destaque nos portfólios das mesmas.
O Departamento de Arquitectura da B. Prime, “nasceu logo no inicio da empresa em 2009, pois era uma das áreas estratégicas definidas, quando lançamos o projecto”, explica ao CONSTRUIR Jorge Bota, Managing Partner da B.Prime. Uma decisão que, explica o mesmo responsável, “esteve muito ligada ao trabalho que já tinha sido desenvolvido sob a minha liderança, nas anteriores funções na DTZ Portugal”.
O mesmo aconteceu na Aguirre Newman, tendo o Departamento nascido em Portugal há cerca de 13 anos “porque nos fazia sentido complementar os vários serviços que oferecemos como consultora imobiliária com serviços de consultoria para a optimização de espaços, que no inicio se focalizaram mais em espaços de trabalho muito pelo background que quer eu, quer a pessoa responsável pela criação do departamento de Arquitectura em Espanha, tínhamos em Interiorismo e projectos de fit out de escritórios em modelo chave-na-mão”, explica Patrícia Liz, Managing Partner da Aguirre Newman com o Pelouro do Departamento de Arquitectura. Patrícia Liz acrescenta ainda que, “o grande potencial de cross selling com os restantes departamentos esteve também na base da nossa estratégia”.
Também na Worx o Departamento de Arquitectura conta mais de dez anos e nasceu “devido à necessidade de dar apoio ao departamento comercial” e porque “identificámos uma lacuna nos serviços que apresentávamos e, em simultâneo, uma oportunidade de diferenciação e de conseguirmos ter uma oferta mais completa, adequada e rigorosa” “essencialmente no que respeita ao estudo de ocupação de novos espaços de escritórios”, conta ao CONSTRUIR fonte do Departamento de Arquitectura da consultora.
Nuno Gameiro, Associate Director do Departamento de Building Consultancy da CBRE explica ao CONSTRUIR que o Departamento atravessou vários momentos ao nível do formato e da estrutura, tendo sido iniciado em Portugal no ano de 2001. “O seu foco principal começou na prestação de serviços de gestão de projecto aos clientes, assegurando um acompanhamento integrado, apoiando a linha de negócio de Advisory & Transaction na área de escritórios”. Mais tarde, em 2013, “a CBRE investiu nesta área mantendo a prestação de serviços de gestão de projectos, mas apostando também em outras áreas de negócio, como é o caso das Due Diligences Técnicas e Urbanísticas, estudos de consultoria ao nível do best use, mas essencialmente na elaboração de projectos de fit-out de escritórios”.
Na JLL a criação de um Departamento com estas características remonta a 2007, “altura em que também começou a operar na JLL Espanha, na sequência da aquisição de uma empresa especialista neste segmento. A criação desta nova área de actividade, que ocorreu não só em Portugal mas gradualmente por toda a Europa, teve por principal objectivo reforçar a oferta de serviços da JLL e dar resposta às necessidades crescentes dos nossos clientes, acompanhando todo o ciclo imobiliário, além de ser uma área com enorme potencial para impulsionar o crescimento da empresa”, refere ao CONSTRUIR João Marques, director da Tétris Portugal, marca que pertence à JLL. Recorde-se que em 2012 a JLL unificou toda a sua área de arquitectura na Europa sob a marca Tétris, uma empresa de origem francesa especializada neste segmento adquirida pela JLL em 2007 “e que era, desde então, o principal motor de expansão desta área de negócio nos mercados onde a consultora está presente”, explica o mesmo responsável.
No final de 2014, a Tétris Portugal adquiriu a Novo Interior para reforçar a sua capacidade e estrutura de serviços, “impulsionando fortemente o crescimento desta área de actividade no nosso mercado”.
João Marques explica que “diariamente são concluídas operações de arrendamento de lojas e escritórios para empresas nacionais e internacionais que sentem necessidade de apoio para passar à fase seguinte, ou seja, executar o fit-out e a construção destes espaços. É aqui que este departamento intervém e tanto podemos oferecer serviços chave-na-mão, desde a análise dos requisitos do cliente até à entrega do espaço pronto a ser ocupado, como podemos fazer apenas a obra”.
Rita Ribeiro, arquitecta no Departamento de Gestão de Projectos da C&W conta que o departamento de Gestão de Projecto da consultora existe desde 2002 tendo a componente de arquitetura sido introduzida em 2005. “Surge como suporte à área de Gestão de Projecto, bem como aos restantes departamentos da empresa, mas rapidamente começou a desenvolver projectos nomeadamente de escritórios dada a solicitação constante do mercado nesse sentido”.

Projecto da Worx para a Bold

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Consolidação

Os desempenhos e balanços da actividade dos Departamentos de Arquitectura das consultoras são unânimes: “bastante positivo”. Esta é uma área que segundo os responsáveis contactados pelo CONSTRUIR se tem vindo a consolidar e a revelar de extrema importância na forma como trabalha lado a lado com as outras áreas de negócio. No caso da JLL, esta é uma área que tem vindo a registar um crescimento contínuo ao longo dos anos, tendo crescido 20% no seu volume de negócios em 2015 e em 2016 22%, com um total de 128 projectos intervencionados no último ano. Facto que tem levado as consultoras a especializarem-se nas várias vertentes da arquitectura, como é o caso da Aguirre Newman, que segundo Patrícia Liz, Managing Partner da consultora, assegura que o Departamento “está capacitado para a execução de projectos de reabilitação”, bem como de “planeamento, licenciamento, e execução, direcção e coordenação de projectos”. Esta consolidação é também espelhada nos clientes e projectos que cada uma das consultoras tem no seu portfólio, destacando a B.Prime o estudo e implementação das necessidades de clientes como a Elevo ou a Apple Portugal. No caso da CBRE, Nuno Gameiro, Associate Director do Departamento de Building Consultancy sublinha as várias áreas de actuação como o Project Management, Arquitetura, Especialidades, Auditorias Técnicas (Urbanísticas e Técnicas), Projectos de Gestão de Mudança, Worplace, entre outros, destacando a execução de projectos de “fit-out” de escritórios ou a execução de remodelação de interiores de Centros Comerciais.
João Marques, director da Tétris Portugal aponta clientes como os retalhistas e ocupantes corporativos, mas também operadores hoteleiros e investidores/proprietários. “Realizamos projectos nas áreas de escritórios e lojas, mas a experiência e track record da empresa a nível internacional abrange também a hotelaria e indústria & logística”, explica. No caso específico do segmento de escritórios, João Marques explica que “a nossa intervenção passa também por criar espaços de trabalho que ajudem a empresa a optimizar custos, a fomentar o conforto e a produtividade dos seus colaboradores e a fortalecer a coerência da sua marca, respeitando sempre os prazos de execução e os orçamentos”.
Elegendo o “fit-out” de escritórios como o core business do Departamento da AN Arquitectura, Patrícia Liz destaca do portfólio alguns nomes com quem a Aguirre Newman está a trabalhar ou trabalhou recentemente, entre eles a Chanel, Emirates Airlines, L`Oréal, ou Nike, entre outros.
Como principais clientes, a Worx destaca a PwC, a KPMG e a Generali, entre outros, lembrando que “os nossos projectos são projectos muito completos, no sentido em que cobrimos todas as necessidades do cliente”, do “fit-out” ao desenvolvimento do layout final, passando pelo acompanhamento e gestão de obras.
Rita Ribeiro, arquitecta no Departamento de Gestão de Projectos da C&W também faz um balanço positivo. “É um motor de angariação não só para projectos de Arquitectura como para Gestão de Projecto, tendo também tido um papel relevante para a concretização de negócios de outros departamentos da Cushman & Wakefield”. Escritórios, licenciamentos e remodelações de edifícios estão entre os projectos que costumam desenvolver.

Projecto B.Prime para Panalpina

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Departamento versus Atelier

A determinada altura, a pergunta acaba por se impor: Porquê escolher o Departamento de Arquitectura de uma consultora em vez de um gabinete de arquitectura? “A grande vantagem, é que a B. Prime já tem um conhecimento prévio sobre a empresa, uma vez que esteve envolvida na procura das novas instalações. Por isso encontra-se numa posição vantajosa, porque conhece os verdadeiros pontos críticos para o funcionamento do cliente”, explica Jorge Bota, Managing Partner da consultora. “Um gabinete de arquitetura, também o fará, mas necessitará de mais tempo para fazer essa análise e avaliação”, sublinha. Por outro lado, continua, “empresas como a B. Prime que estão em contacto mais regular com o mercado das empresas internacionais acabam por ter um conhecimento mais profundo sobre novas tendências, o que melhor funciona e o que, apesar de ser “de moda” não teve os resultados pretendidos. Um projeto de interiores de uma empresa, para além da estética, tem factores críticos muito relevantes sobre a funcionalidade. Funciona também como alavanca de desenvolvimento de cultura de grupo e da própria empresa, que para um gabinete de arquitetura, poderá ser mais difícil de apurar”.
Segundo Nuno Gameiro, Associate Director do Departamento de Building Consultancy da CBRE, “Os gabinetes de arquitectura possuem valências específicas ao nível da concepção de espaços, criação de lugares e no desenho das cidades, é uma profissão milenar, que impacta com a vida de todos os dias. O trabalho que desenvolvemos, ao nível da arquitectura de interiores, principalmente escritórios, é diferenciado da arquitectura vista num plano geral. Criamos ambientes, estudamos a cultura das empresas e os seus valores, estudamos o perfil dos seus colaboradores, tentamos entrar na sua filosofia e nos seus hábitos, procuramos conhecer as suas ambições, receios e expectativas de futuro. Desenhamos espaços de trabalho, cada vez mais caracterizados como espaços de colaboração, inovação e transparência, indissociáveis da grande mudança operada a partir do novo milénio: a tecnologia e o digital”.
Para João Marques, director da Tétris Portugal, “uma das nossas mais-valias está na nossa extensa gama de serviços, que vai muito além do projecto de arquitectura. Como já referido anteriormente e sobretudo na área de escritórios, abrangemos todas as fases do processo, desde a concepção do projecto até à entrega da obra, através de um único ponto de contacto. Além disso, temos o nosso departamento de pós venda que garante a todos os nossos clientes o apoio necessário depois da entrega da obra. Outra grande vantagem é o facto de sermos uma empresa internacional, que além disso faz parte de outro grande grupo global que é a JLL, beneficiando de uma experiência e de um track record inigualáveis em todos os sectores em que operamos. Partilhamos experiências, boas práticas e não são poucas as vezes em que um grande grupo internacional escolhe a Tétris para executar os seus escritórios nos diversos países em que essa empresa está presente. Nestas situações trabalhamos como se fossemos uma única equipa através dos nossos vários escritórios e países onde actuamos.
No entanto, gostaria de ressalvar que os gabinetes de arquitectura são nossos parceiros em diversos projectos, sobretudo de retalho, e a colaboração entre todos é fundamental”.
Patrícia Liz, Managing Partner da Aguirre Newman assume que “é sempre uma pergunta difícil de responder, pelo enorme respeito que temos pelos gabinetes de Arquitectura tradicionais. É por essa razão que sempre digo que a AN não tem um Gabinete de Arquitectura mas sim um Departamento de consultoria e optimização de espaços, para quem procura este tipo de abordagem mais ampla somos sem dúvida uma mais valia, pela nossa experiência alargada, tendo em conta as várias vertentes que caracterizam a vida de um imóvel. Pensar um projecto no qual estudamos todo o ciclo de vida/utilização do imóvel/espaço, a sua funcionalidade, a sua constante valorização e manutenção é algo que requer um vasto leque de especialistas nas diferentes áreas de actuação que abarcamos, só com a intervenção de vários departamentos em boa interacção com o Departamento de Arquitectura se consegue chegar a esse grau de especialização e detalhe”.
De acordo com o Departamento de Arquitectura da Worx, a consultora “tem um profundo conhecimento dos imóveis e das necessidades específicas de cada um dos nossos clientes, uma vez que valorizamos estabelecer uma relação de proximidade, representando uma grande mais-valia na relação custo-tempo de realização. Acreditamos que é importante definir conceitos, apostando numa estratégia de espaço de trabalho apropriado a cada cliente e projecto, dando resposta às suas necessidades. Fazemos parte de uma estrutura experiente com diferentes valências. Estas traduzem-se em vantagens competitivas perante o mercado, no sentido em que conseguimos actuar de forma diferenciada e completa em áreas que claramente não são dominadas pelos gabinetes de arquitectura tradicionais”.
Rita Ribeiro, arquitecta no Departamento de Gestão de Projectos da C&W, destaca a “eficiência que a exclusividade que um serviço interno proporciona, não só na articulação permanente entre os diversos sectores da Cushman & Wakefield como na comunicação e divulgação da consultora junto dos clientes. É também uma forma de ajustar a arquitectura a uma realidade empresarial”.

Projecto CBRE para Forum Aveiro

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Futuro

Para o futuro, as consultoras vão continuar a apostar nesta área com o objectivo de continuar a crescer, “não só comercialmente na captação de novos clientes que aproveitem a nossa experiência alargada neste nicho de mercado e que por isso, não pretendem correr tantos riscos, preferindo soluções já verdadeiramente testadas; como no ponto de vista técnico com a implementação de cada vez melhores ferramentas tecnológicas, que auxiliem os nossos clientes a tomar as suas decisões com maior facilidade e menor risco”, conclui Jorge Bota, Managing Partner da B.Prime.
A mesma tendência de crescimento é a expectactiva da CBRE para o seu Departamento de Building Consultancy, que segundo Nuno Gameiro, tem “uma equipa multidisciplinar de arquitectos e engenheiros, com elevado nível de experiência, que cada vez mais têm o seu foco no cliente e nos seus objectivos. Queremos diversificar as nossas áreas de actuação, aumentar a nossa capacidade de resposta e fazer mais e cada vez melhor”.
Na Aguirre Newman, Patrícia Liz refere que a aposta da consultora é a de “consolidar a liderança de mercado, como a consultora imobiliária que mais experiência tem em Serviços de Arquitectura e Interiorismo Corporativo, crescer nos serviços ligados à consultoria para a reabilitação de imóveis e na realização de projectos no sector da hotelaria”.
Para o Departamento de Arquitectura da Worx, de futuro o objectivo é “assegurar o sucesso alcançado no mercado actual, pelas vantagens competitivas que apresentamos. Queremos continuar a apostar no desenvolvimento e inovação e, desta forma, continuar a crescer enquanto departamento e criar uma estrutura experiente e muito profissional englobando também a realização de obra e efectuarmos o projecto de forma total, de A a Z”.
Por último, João Marques, director da Tétris Portugal, refere que na empresa “queremos continuar a trabalhar com o profissionalismo que nos caracteriza, fazendo uso da nossa experiência para tornar os projectos dos nossos clientes uma realidade. Aquilo que distingue a nossa equipa é o facto de estar permanentemente motivada para fazer cada vez melhor na busca de soluções construtivas e de design inovadoras, cumprindo prazos e orçamentos”.
De futuro a C&W pretender “dar continuidade ao trabalho desenvolvido até agora aumentando a escala dos projectos. Ter um papel cada vez mais determinante nas soluções multi-departamentais apresentadas aos clientes, incrementando desta forma a qualidade dos serviços da Cushman & Wakefield, quer pela maior abrangência que a linha de serviços de Arquitectura faculta,  quer pela viabilidade que proporciona a um negócio”, conclui Rita Ribeiro, arquitecta no Departamento de Gestão de Projectos da C&W.

Projecto Tétris para Adidas

Projecto Tétris para Adidas

Galeria de Imagens:

Foto: C&W

Foto: C&W

Foto: Worx

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Foto: Worx

Foto: B.Prime

Foto: B.Prime

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Foto: B.Prime

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Foto: B.Prime

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Foto: CBRE

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Projecto Merk

Foto: Tétris

Foto: Tétris

Foto: Tétris

Foto: Tétris

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Sobre o autorAna Rita Sevilha

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Credito imagem Nuno Moreira. Modulo Residência de Estudantes
Construção

De Veneza a Milão: Dois eventos, uma visão transformadora

O dstgroup, presidido por José Teixeira, pretende marcar uma presença disruptiva e estratégica na Bienal de Arquitectura de Veneza e na Trienal de Milão, assumindo-se como dinamizador de um novo pensamento internacional para o sector da construção

Com participação nestes dois eventos, a Bienal de Veneza que inaugura este Sábado, dia 10 de Maio, e a Trienal de Milão que abre três dias depois, o grupo português propõe uma nova cultura construtiva, com ambição de manifesto europeu, inspirada num modelo social inclusivo e comprometido com a coesão urbana, ecológica e comunitária.
Na Bienal de Arquitectura de Veneza, o dstgroup apoia o projecto “Obra Aberta” da Santa Sé, comissariado pelo Cardeal José Tolentino de Mendonça.

Trata-se de uma intervenção simbólica e concreta num bairro popular veneziano, onde o restauro de uma estrutura existente, um altar do século XVIII, se torna ponto de partida para uma reflexão profunda sobre reuso, partilha e regeneração. O trabalho de restauração ocorrerá dia após dia, sob os olhos do público. Além disso, um papel especial foi reservado à música: muitos espaços serão dedicados a jovens músicos de Veneza e de todo o mundo que visitarão o Pavilhão

Esta presença liga-se à encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, e convoca uma “nova inteligência colectiva” sobre os lugares que habitamos.

Três dias depois, a 13 de Maio, o dstgroup apresenta na Trienal de Milão, dois módulos de construção industrial integrados na exposição “Inequalities” da Fundação Norman Foster.
Estes protótipos traduzem um novo paradigma construtivo, que funde a precisão da produção industrial com a expressão poética da arquitectura de autor.

“Esta nossa presença em Itália tem subjacente o desejo de voltar a ter alguém com um pé na lua para o sector da construção, pois acreditamos que é tempo de lançar um novo movimento europeu — quase um novo Bauhaus — que coloque a arquitectura ao serviço da dignidade humana, da sustentabilidade e da justiça social”, defende José Teixeira.

Reusar. Reconciliar. Reimaginar
A presença do dstgroup nestes dois fóruns de referência internacional dá corpo a um conceito-chave: “reusar”. Não apenas materiais ou estruturas, mas ideias, espaços, tradições e soluções que valorizem o que já foi construído, física e simbolicamente. O reuso é aqui motor de uma nova urbanidade, inclusiva e criativa, que resgata os valores comunitários e integra práticas industriais sustentáveis com pensamento social urbano.

Ao contrário da estandardização despersonalizada, o modelo industrial do dstgroup propõe uma “nova gramática” da construção: modular, acessível, rápida, mas profundamente humana e estética, ou seja, uma abordagem revolucionária que reconcilia eficiência e beleza, escala e singularidade, acessibilidade e excelência.

“Não erguemos meras estruturas. Criamos espaços que elevam a experiência humana enquanto honram os limites planetários”, destaca José Teixeira. Esta visão, já em desenvolvimento no campus do dstgroup em Braga, onde o próprio Norman Foster desenha uma microcidade, o Living Lab, posiciona o dstgroup como referência internacional na construção sustentável, capaz de influenciar políticas públicas, práticas de mercado e modelos académicos.

A Fundação Norman Foster, liderada por Norman Foster, foi convidada a participar na Trienal devido ao seu compromisso com a promoção do pensamento e da investigação interdisciplinar, ligando arquitectura, design, tecnologia e artes para melhor servir a sociedade. Entre as exposições de destaque organizadas pela fundação estão a Exposição Osvaldo Borsani na Trienal de Milão (2018), Motion. Autos, Art, Architecture no Museu Guggenheim (2022), e a Exposição Norman Foster no Centre Pompidou (2023).

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Unique Benfica
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Libertas conclui urbanização Benfica Stadium; Investimento ronda os 100 M€

O Unique Benfica fecha “com chave de ouro” a intervenção e urbanização que o Grupo tem vindo a fazer nesta zona da cidade desde 2007. Com conclusão prevista para o final do mês de Maio, já só restam seis unidades T3 para venda do total de 38 apartamentos

A promotora imobiliária Libertas está prestes a ultimar o empreendimento Unique Benfica, em Lisboa, um projecto que fecha “com chave de ouro” a intervenção e urbanização que o Grupo tem vindo a fazer nesta zona da cidade.

O Unique Benfica é o último projecto da urbanização Benfica Stadium que teve início em 2007 e que inclui, também, o Lux Terrace, o Lux Garden, o Lux Prime e o Upon Lisbon são alguns dos outros empreendimentos desta zona residencial de Lisboa, também assinados pela Libertas, a par do Upon Lisbon, que comprovam o sucesso da aposta nesta localização privilegiada e central na cidade.

Com um investimento de cerca de 100 milhões de euros, a Libertas conclui, assim, em frente ao Estádio da Luz, em Benfica, 435 fracções habitacionais, 129 apartamentos turísticos e dois silos automóveis públicos com capacidade para 600 viaturas, com uma área de construção total de 65 mil metros quadrados (m2).

“O Unique Benfica é a última oportunidade para viver num espaço especial, moderno e com todas as comodidades, num bairro orgulhosamente consolidado com a nossa actuação, ao longo de quase duas décadas, desde o início das obras de urbanização. Queríamos mesmo fechar com chave de ouro e, para isso, tínhamos de apostar num projecto “Unique”, uma chancela de qualidade a que a Libertas já habituou os seus clientes, e o mercado em geral, nos projectos que detêm esta marca distintiva e de qualidade reconhecida”, afirma Pascal Gonçalves, administrador do Grupo Libertas. E acrescenta: “Dentro de portas, este projecto é mesmo muito especial para toda a nossa equipa, já qualquer outro player dificilmente o teria conseguido concluir, dado termos iniciado antes da crise financeira do subprime, que levou à falência da maioria das empresas promotoras portuguesas de grande dimensão”.

Com conclusão prevista para o final do mês de Maio, o Unique Benfica, assinado pelo atelier ARX Portugal, do arquitecto José Mateus, conta sete pisos e tipologias T1 a T4, com áreas que vão dos 70 aos 220 m2. Do total de 38 apartamentos, restam, neste momento, apenas seis unidades T3 para venda.

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Monte da Bica investe 1,5M€ para criar um hotel, dois lagares e uma sala de provas

Sob a liderança de Manuela Pinto Gouveia, a herdade prepara-se para investir mais de 1,5 milhões de euros destinados à construção de um Boutique Hotel, de novos lagares de pisa a pé e uma sala de prova

O Monte da Bica, adega boutique situada no coração do Alentejo, na zona de Montemor-o-Novo, inicia um novo capítulo da sua história que remonta há mais de 100 anos. Sob a liderança de Manuela Pinto Gouveia, que tem como missão elevar o Monte da Bica a referência de sucesso e sustentabilidade, tanto a nível florestal e agrícola como de turismo, a herdade prepara-se para investir mais de 1,5 milhões de euros destinados à construção de um Boutique Hotel, de novos lagares de pisa a pé e uma sala de provas.

“Estamos a dar início a uma nova fase deste projecto de alma portuguesa e tão profundamente alentejana: o Monte da Bica. Temos um novo website com loja online, nova imagem e novas referências de vinhos, irreverentes e audazes como sempre, que continuam a desafiar convenções e a elevar a percepção dos vinhos da região”, afirma Manuela Pinto Gouveia, proprietária do Monte da Bica. “Contamos também com uma nova adega, uma adega-galeria com exposições regulares e novas experiências para quem nos visita. Ainda este ano abriremos dois lagares de pisa a pé – queremos fazer toda a vinificação em casa – e uma sala de provas. Em 2027, concretizamos um sonho antigo dos meus pais: o hotel. Queremos recuperar a hospitalidade da casa, criar uma experiência imersiva e ajudar a fixar gente e talento na região criando oportunidades de emprego”, acrescenta.

Desde 1919, a família Pinto Gouveia orgulha-se de ser proprietária desta herdade, conhecida pela sua longa tradição na produção de cortiça e cereais. Com cerca de 350 hectares de terra, o Monte da Bica é hoje um modelo de gestão sustentável e diversificado, com actividade em áreas como a cortiça, pinhão, eucalipto, mel, sementes e pecuária. Desde 2016 dedica-se também à produção de vinhos, combinando tradição e inovação, com a primeira vinha a ser plantada em 2005.

A empresa está ainda a iniciar os primeiros passos rumo à internacionalização, com planos para começar a exportar ainda em 2025 para mercados como Angola, Irlanda, Brasil, Canadá e Espanha. A estratégia de crescimento inclui também a abertura de novos canais de distribuição e a formação de novas parcerias de negócio.

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Remax lança nova app para “optimizar” procura de casa

Desenvolvida com tecnologia 100% portuguesa, a nova app destaca-se pela integração de virtual staging com Inteligência Artificial (IA) e um interface intuitivo, pensado para oferecer uma experiência rápida e descomplicada ao utilizador

Tendo como objectivo proporcionar a cada utilizador “uma forma mais simples e eficaz de encontrar o imóvel ideal, a Remax lançou uma nova aplicação móvel. Desenvolvida com tecnologia 100% portuguesa, esta nova ferramenta “inteligente, rápida e inovadora” que promete “transformar o processo de compra e arrendamento” de imóveis.

Segundo Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal, “a tecnologia faz parte do dia a dia dos profissionais da marca, que sempre investiu em soluções tecnológicas certas, pelo que o lançamento da nossa nova app representa mais um passo estratégico na transformação digital. Procurar casa pode ser simples, rápido e até divertido. Com esta nova plataforma digital, colocamos o poder da tecnologia ao serviço das pessoas, é como se tivessem um consultor imobiliário no bolso e que as irá ajudar a encontrar a sua próxima casa.”

Disponível para download em dispositivos iOS e Android, a nova app da Remax pauta-se por um conjunto de funcionalidades pioneiras no mercado nacional, nomeadamente a inovação tecnológica, desde logo porque a aplicação integra virtual staging com Inteligência Artificial (IA). Outro dos destaques é a interface intuitiva, através de uma navegação simples e fluida, pensada para oferecer uma experiência rápida e descomplicada ao utilizador.

Notificações inteligentes, com os utilizadores a receberem alertas sempre que surgem imóveis que correspondem às suas preferências, pesquisa no mapa, permitindo desenhar directamente no mapa a área de interesse, possibilitando assim maior controlo a quem utiliza, e acessibilidade e inclusão, com a app a estar disponível em seis idiomas (português, inglês, espanhol, francês, alemão e italiano), ideal para clientes internacionais, são outros dos pontos em evidência na nova app Remax.

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Lionesa Flex by maleo
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Lionesa e Maleo Offices lançam novo espaço de escritórios no Porto

Localizado no coração do Lionesa Business Hub, o “Lionesa Flex by Maleo” disponibiliza soluções personalizadas e adaptáveis, complementando a oferta do Lionesa BH, que agora passa a oferecer desde uma workstation até escritórios corporativos com mais de 10 mil m2

O Lionesa Business Hub e a Maleo Offices anunciam oficialmente a sua parceria estratégica com o lançamento do inovador espaço “Lionesa Flex by Maleo”, o primeiro centro de escritórios da Maleo Offices no Porto.

Com mais de 1.100 metros quadrados (m2) e capacidade para cerca de 200 postos de trabalho, este espaço representa um novo padrão em escritórios flexíveis, projectado especificamente para atender às necessidades dinâmicas e em constante evolução das empresas actuais.

Localizado no coração do Lionesa Business Hub, o “Lionesa Flex by Maleo” disponibiliza soluções personalizadas e adaptáveis, complementando a oferta do Lionesa BH, que agora passa a oferecer desde uma workstation até escritórios corporativos com mais de 10 mil m2. “A integração deste conceito permite-nos responder à crescente procura por soluções ágeis e adaptáveis, capazes de acompanhar a expansão dos negócios dos nossos clientes”, afirma Eduarda Pinto, directora executiva do Lionesa BH.

“Já com sete centros nas principais zonas empresariais de Lisboa a chegada ao Porto e a parceria com a Lionesa Business Hub surgiu da vontade de nos juntarmos ao dinamismo empresarial e espírito de inovação da cidade invicta. No Lionesa Flex by Maleo oferecemos um modelo único, flexível e descomplicado”, afirma Nishel Rajani, CEO da Maleo Offices.

O espaço conta, ainda, com salas de reuniões com diferentes capacidades, desde ambientes mais intimistas para grupos de seis a oito pessoas até salas maiores, ideais para eventos corporativos, com capacidade até 49 participantes. Além disso, clientes e parceiros terão acesso a serviços premium, incluindo pequeno-almoço, snacks e bebidas ao longo do dia, assim como soluções personalizadas para eventos especiais.

De acordo com Maria João Pinto, senior consultant de Office Leasing no Porto, esta parceria com a Maleo “visa, precisamente, integrar mais um serviço de excelência, flexível e integrado na comunidade Lionesa”.

Esta operação esteve a cargo da consultora imobiliária Cushman & Wakefield, que assessorou o Lionesa Business Hub, reforçando a relevância estratégica desta parceria para o mercado de escritórios no Porto.

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Atenor adquire e lança “Oriente”

Depois da venda do WeelBe à Caixa Geral de Depósitos, “Oriente” é o novo projecto da Atenor em Lisboa. Sem revelar o valor do investimento, a promotora belga anunciou o projecto de uso misto que terá aproximadamente 8.500 m², combinando escritórios e espaços comerciais, bem como quase 1.000 m² de área privada ao ar livre

A Atenor anunciou a aquisição de um terceiro projecto em Portugal, localizado em Lisboa, Parque das Nações. Este novo investimento segue-se à venda bem-sucedida da WellBe no ano passado à Caixa Geral de Depósitos. Sobre este a promotora belga está “juntamente com o seu parceiro BESIX RED, a supervisionar a conclusão do WellBe, estando a construção prevista para estar finalizada antes do Verão”.

Oriente, o local recentemente adquirido, beneficia de uma localização excepcional, mesmo junto ao centro de transportes multimodais Oriente, em Lisboa. O projecto irá acolher um projecto de uso misto de aproximadamente 8.500 m², combinando escritórios e espaços comerciais, bem como quase 1.000 m² de área privada ao ar livre. A arquitectura já foi aprovada, permitindo um rápido lançamento das obras.

“O projecto “Oriente” representa um próximo passo entusiasmante para a Atenor em Portugal. Após o sucesso do WellBe, orgulhamo-nos de reforçar ainda mais a nossa presença com um novo empreendimento inovador e inovador num dos bairros mais dinâmicos de Lisboa. Estamos ansiosos por entregar um projecto que combine sustentabilidade, inovação e qualidade de vida para os seus futuros ocupantes”, afirma em comunicado Gregory Van der Elst, director nacional Portugal, da Atenor. O projecto terá como objectivo as mais elevadas certificações ambientais e cumprirá integralmente os critérios técnicos da taxonomia europeia.

Portugal continua, assim, a ser um mercado estratégico para a promotora, “um mercado particularmente dinâmico e resiliente para o desenvolvimento imobiliário”.

“Este projecto ilustra como traduzimos a estratégia da Atenor em conquistas tangíveis: desenvolvendo projectos de primeira linha em localizações urbanas privilegiadas, com um forte foco no desempenho ESG”, refere Alexander Hodac, COO da Atenor.

Parceria estratégica para acelerar o crescimento
Em linha com a ambição da Atenor de se concentrar em activos de escritórios “essenciais” e de construir parcerias fortes, o projecto “Oriente” será desenvolvido em conjunto com investidores financeiros. Esta primeira etapa será implementada com a 3D NV e a Midelco NV (juntas detendo 70%), enquanto a Atenor (30%) se manterá como gestora do projecto.

Esta parceria reforça a posição da Atenor em Portugal e confirma a sua estratégia de criação de valor sustentável nos principais mercados urbanos europeus.

“O desenvolvimento do Oriente está perfeitamente alinhado com o nosso plano estratégico de três anos: continuar a reforçar o nosso portefólio de activos de escritórios principais em locais urbanos importantes através de parcerias financeiras”, sublinha Stéphan Sonneville, CEO da Atenor.

A venda do lote de 4.000 m2 no Parque das Nações, que estava na posse de um investidor nacional, foi assessorada pela equipa de Capital Markets da JLL.

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Casas novas representam 20% da facturação residencial da ERA

Foram vendidas cerca de 530 casas novas no 1ºtrimestre de 2025, com o Porto e Lisboa a liderarem as vendas, com as angariações de casas novas a crescerem 4%,  Portugal continua a dominar no que respeita à nacionalidade de clientes compradores, mas em seguida surge o Brasil, Angola, Reino Unido e Israel

A ERA Portugal vendeu cerca de 530 imóveis novos no 1º trimestre de 2025, gerando uma facturação recorde de 4,8 milhões de euros, o melhor trimestre de sempre no segmento de Novos Empreendimentos. Este crescimento reflecte o peso crescente deste segmento na actividade da empresa, que já representa 20% da facturação habitacional da ERA, mais 5 pontos percentuais face ao mesmo período de 2024.

No 1º trimestre de 2025, a ERA Portugal vendeu aproximadamente 530 imóveis novos. Este valor representa um crescimento de cerca de 90% em relação aos primeiros três meses do ano passado.
Em termos de distribuição geográfica, o TOP5 de concelhos com mais casas novas transaccionadas é liderado pelo Porto, seguido de Lisboa, Vila Nova de Gaia, Coimbra e Matosinhos.

Apesar de apenas 5% das casas novas vendidas terem sido T0, a procura desta tipologia tem sido ligeiramente superior e é um tipo de imóveis, muito procurado por investidores, que tem um tempo de absorção muito curto.

O melhor registo de facturação desde que há registo

A facturação gerada pelo segmento de Novos Empreendimentos cresceu 89% neste 1º trimestre face ao período homólogo. No total, o departamento gerou cerca de 4.8 milhões de euros naquele que foi o melhor trimestre de sempre até ao momento. Este valor supera os 4.25 milhões de euros obtidos no último trimestre de 2024.
Nos primeiros três meses de 2025 foram angariadas cerca de 2450 casas novas, o que significa um aumento de +4% face ao período homólogo. A procura de habitação nova por compradores nacionais continua a dominar o mercado. Além dos cidadãos nacionais, o TOP5 de nacionalidades é constituído por brasileiros, angolanos, britânicos e israelitas.

“Estes resultados são fruto de um trabalho estruturado de especialização, integração com a rede ERA e foco na qualidade dos empreendimentos. Crescemos acima da média nacional e atingimos os 20% da facturação habitacional com casas novas, um sinal claro de que este é já um dos pilares estratégicos da marca.”, considera David Mourão-Ferreira, director do departamento de Novos Empreendimentos da ERA Portugal.

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Mercado transaccionou 40.750 casas nos primeiros três meses do ano

Número de vendas mantém-se acima das 40.000 casas no 1º trimestre de 2025, mas cai 5,4% face ao trimestre anterior. Mercado habitacional reage aos fortes níveis de procura registados no final do ano 2024, mostram os dados da Confidencial Imobiliário

No 1º trimestre de 2025 estima-se que tenham sido vendidas 40.750 casas em Portugal Continental, um volume que mantém o mercado a transaccionar acima das 40.000 unidades. As projecções são realizadas pela Confidencial Imobiliário, a partir dos dados de transacção reportados ao Sistema de Informação Residencial (SIR).

O padrão de 40.000 casas vendidas por trimestre foi visível entre meados de 2021 e meados de 2022, na reactivação da procura pós-pandemia, tendo sido novamente atingido no 4º trimestre do ano passado, quando se transaccionaram 43.100 fogos. Este foi um pico de actividade que ficou a dever-se à concretização de vendas que tinham sido adiadas durante o decurso do ano, fruto da incerteza que se instalou no mercado até à entrada em vigor das diversas medidas direccionadas ao sector, especialmente as que contemplaram os jovens. Comparativamente ao 4º trimestre de 2024, em que a procura registou uma actividade excepcional, o 1º trimestre reduz a actividade em 5,4%, sinalizando uma tendência para a estabilização do mercado residencial após o pico de procura registado.

“Esta descida trimestral de 5% nas vendas é um movimento que deverá decorrer do volume anómalo de transacções realizadas no 4º trimestre de 2024, eventualmente fruto do adiamento de decisões de compra, quer em geral, quer do lado dos jovens por causa da garantia que entrou em vigor mais no final do ano. Ou seja, sem essa acumulação no final do ano, eventualmente, os números do 1º trimestre já não representariam uma descida”, explica Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.

Recorde-se que os preços de venda das casas não só mantêm a trajectória de crescimento, como estão a crescer mais rapidamente, registando uma variação trimestral de 6,6% e homóloga de 15,8% no 1º trimestre de 2025, de acordo com o Índice de Preços Residenciais. No 4º trimestre de 2024, estes indicadores eram de 4,1% e 11,0%, respectivamente.

No 1º trimestre de 2025, a habitação em Portugal Continental foi vendida por um preço médio de 2.701€/m2, de acordo com os dados do SIR-Sistema de Informação Residencial.

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As Legislativas esmiuçadas, a Open House e o ‘novo’ Pavilhão de Portugal em destaque no CONSTRUIR 530

Em véspera do País ir a votos, o CONSTRUIR olhou para as linhas fortes dos programas eleitorais em matéria de investimento público. O renovado Pavilhão de Portugal, a edição deste ano da Open House Lisboa e o novo projecto da Krest em destaque nesta edição. Mas há muito mais para ler no CONSTRUIR 530 e no Suplemento ReCONSTRUIR

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Muitos chavões, poucas medidas. Programas eleitorais para todos os gostos
Percorremos milhares de páginas em torno das medidas mais concretas que os partidos, pelo menos aqueles com assento parlamentar na última legislatura, defendem na área do investimento público. A habitação domina, como seria de esperar, mas estranhamente não há muitos números para apresentar, com metas e orçamentos estimados. A simplificação administrativa também domina os programas para as legislativas de 2025

Os cenários para a BRT da A5
As autarquias de Cascais e Oeiras querem criar um Bus Rapid Transit (BRT) que ligue ambas as autarquias ao centro de Lisboa. A ideia não é nova, mas o primeiro estudo está concluído


Espaços “visíveis e invisíveis” do Open House 2025

“A Invenção de Lisboa” convida a uma reflexão sobre a cidade que se habita e se vive, mas também sobre tudo o que está por trás desta. A 14ª edição terá lugar nos dias 10 e 11 de Maio

“Não temos de estar, podemos criar a localização”
Entre a Quinta da Fonte e Paço de Arcos vai nascer o mais recente projecto da Krest. O ‘Arcoverde’ deverá começar a ser construído ainda este ano e o CEO da promotora explica a estratégia do grupo

SUPLEMENTO ReCONSTRUIR
A vida regressa ao Pavilhão de Portugal

Concebido por Álvaro Siza Vieira para a Expo 98, o Pavilhão de Portugal é um marco da arquitectura portuguesa, prémio Valmor em 1998, cuja reabilitação, concluída em 2025, marca um novo capítulo na história deste ícone. Agora, sob a alçada da Universidade de Lisboa, irá celebrar-se a ciência e a inovação. A sua transformação em centro de congressos, exposições e espaço de divulgação científica foi liderada por Siza Vieira, cuja visão criativa preservou a essência do edifício enquanto o adaptou às exigências contemporâneas

M’AR De AR Auria a síntese entre hospitalidade e a Reabilitação Urbana de Lisboa
Inaugurado no final de 2024, este hotel boutique no coração de Arroios não é apenas um refúgio para viajantes, mas também um símbolo do poder transformador da reabilitação urbana, revitalizando um bairro e contribuindo para redefinir os padrões do turismo sustentável em Portugal

Rebuild 2025 posiciona-se como “capital europeia” da construção industrializada
A industrialização como forma de resolver os actuais desafios sociais, climáticos e sectoriais foi a “espinha dorsal” do Congresso de Arquitectura e Construção Avançada 4.0, um dos pontos altos da feira, do que resultou o “compromisso” de um sector “mais industrializado, circular, digitalizado, adaptado ao meio ambiente e às alterações climáticas”. Estas serão as ferramentas para dar resposta à falta de habitação acessível e concretizar a necessária reabilitação energética do edificado existente. A próxima edição decorre de 24 a 26 de Março de 2026

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Apagão ibérico revela “fragilidades” na Europa

O presidente da ADENE, Nelson Laje participou na 13.ª edição da PERÚ ENERGÍA 2025, um dos mais relevantes fóruns sobre energia da América Latina. A aposta do país nas energias renováveis, sem esquecer o apagão ibérico, foram temas centrais

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A ADENE participou, esta quarta-feira, 7 de Maio, na 13.ª edição da PERÚ ENERGÍA 2025, um dos mais relevantes fóruns sobre energia da América Latina que se realiza em Lima. Nelson Lage, presidente do Conselho de Administração da ADENE, foi o orador convidado com a intervenção “Portugal y las Energías Renovables: Una historia de éxito y lecciones aprendidas”, onde partilhou a experiência portuguesa na transição energética e os desafios enfrentados pelo sistema energético europeu.

Logo na abertura da sua intervenção, Nelson Lage destacou o impacto do recente apagão ibérico de 28 de Abril, que afectou milhões de cidadãos em Portugal, Espanha, ao afirmar que “o apagão foi um alerta energético para toda a Europa, e revelou, de forma clara, que a transição energética não pode avançar sem redes modernas, capacidade de armazenamento e verdadeira cooperação entre Estados-Membros”.

Este episódio, disse Nelson Lage, “evidenciou a urgência de alinhar ambição climática com infraestruturas robustas e bem preparadas já que persistem limitações estruturais que comprometem o avanço da transição energética”.

O presidente da ADENE alertou ainda para a necessidade de alinhar o crescimento da geração renovável com investimento em interligações, digitalização e resiliência da rede, destacando que “o verdadeiro sucesso da transição energética se mede pela sua capacidade de chegar a todos, de forma segura, estável e justa”.

Durante a sua passagem por Lima, a ADENE reforçou a cooperação internacional com a assinatura de um protocolo com o CENERGÍA, Centro de Conservación de Energía del Perú, numa cerimónia que decorreu na sede da instituição e que contou com a presença de Jorge Aguinaga Díaz, gerente general do CENERGÍA, Nelson Lage, presidente da ADENE, e Joaquim Moreira de Lemos, Embaixador de Portugal no Peru.
O protocolo com o CENERGÍA estabelece uma base sólida para o desenvolvimento conjunto de projectos e iniciativas em áreas como: formação técnica em eficiência energética e energias renováveis; criação de campanhas de sensibilização para tecnologias limpas; organização de missões técnicas e visitas de intercâmbio; criação de um directório de especialistas para intercâmbio de conhecimento; e a participação conjunta em candidaturas a financiamentos internacionais.

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