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Colecção de vídeos capta atmosfera dos projectos seleccionados para a Habitar Portugal 12-14

Cada vídeo tem a mesma duração (3 minutos), e nos mesmos procura-se evidenciar a identidade de cada projecto e a sua atmosfera específica

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Colecção de vídeos capta atmosfera dos projectos seleccionados para a Habitar Portugal 12-14

Cada vídeo tem a mesma duração (3 minutos), e nos mesmos procura-se evidenciar a identidade de cada projecto e a sua atmosfera específica

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Com o objectivo de capturar e traduzir a atmosfera dos projectos seleccionados para a exposição Habitar Portugal 12-14, nasceu o “Specific Atmosphere”, uma colecção de vídeos que pretende através de imagens e sons apresentar uma itinerância atmosférica.

O objectivo do projecto é o de produzir uma colecção de cerca de 80 vídeos, dando a conhecer cada um dos projectos seleccionados para a exposição itinerante, os seus programas, características e propósitos específicos.

Cada vídeo tem a mesma duração (3 minutos), e nos mesmos procura-se evidenciar a identidade de cada projecto e a sua atmosfera específica (privada ou pública, urbana ou rural, calma ou agitada). O resultado permite apresentar os projectos em conjunto, sem interrupções, em que cada projecto é um capítulo ou de uma forma independente.

Recorde-se que a exposição Habitar Portugal está patente até ao próximo dia 29 de Janeiro no Palácio de Pombal, em Lisboa.

 

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Larry Yuen (Midea) e Oliver Müller-Marc (Teka)
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Asiática Midea conclui aquisição do Grupo Teka

Esta transacção permitirá o reforço da estrutura organizacional e das três marcas registadas do Grupo Teka: Teka, Küppersbusch e Intra, enquanto alavanca operações globais e a capacidade de investigação e desenvolvimento da Midea

O Grupo tecnológico Midea concluiu o processo de aquisição do Grupo Teka (com excepção da Teka Rússia LLC). Esta operação, inicialmente comunicada em Junho de 2024, “fortalece a competitividade global” do Grupo Teka e posiciona-o para uma “rápida expansão” em novas categorias de produto e mercados.

Esta aquisição combina a liderança tecnológica, inovadora e a escala industrial do Grupo Midea, com a herança centenária das marcas do Grupo Teka e a sua robusta presença na Europa, Ásia e América Latina. “Juntas, estas duas organizações disponibilizarão aos consumidores em todo o Mundo soluções ainda mais abrangentes e inovadoras para a casa”, indica o Grupo em comunicado.

Esta transacção permitirá o reforço da estrutura organizacional e das três marcas registadas do Grupo Teka: Teka, Küppersbusch e Intra, enquanto alavanca operações globais e a capacidade de investigação e desenvolvimento da Midea, de forma a criar sinergias.

Esta transacção “solidifica”, também, a estabilidade financeira do Grupo Teka, a sua “eficiência” operacional e liderança de mercado, factores cruciais no actual contexto económico.

O Grupo Midea, fundado em 1968, ocupa o 277º lugar na lista Fortune Global 500 de 2024, sendo, por isso, uma das maiores empresas fabricantes de equipamentos para a casa, cujos negócios vão para lá dos electrodomésticos inteligentes.

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Palácio Fronteira (Fundação das Casas de Fronteira e Alorna)
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Open House mostra os espaços e infraestruturas que fazem “A Invenção de Lisboa”

O tema convida a uma reflexão sobre a cidade que se habita e se vive, mas também sobre tudo o que está por trás desta, ou seja, as suas infraestruturas, os espaços habitualmente invisíveis, os bastidores. A 14ª edição terá lugar nos dias 10 e 11 de Maio

Decorreu esta quarta-feira, dia 30 de Abril, na Casa Ásia – Coleção Francisco Capelo, a apresentação da 14ª edição do Open House Lisboa, que terá lugar nos dias 10 e 11 de Maio, e que tem como tema “A Invenção de Lisboa”. A apresentação contou com a participação dos comissários,  a dupla de arquitectos Daniela Sá e João Carmo Simões, fundadores da editora Monade, e do presidente da Trienal de Arquitectura de Lisboa, José Mateus.

Durante um fim-de-semana, a iniciativa, organizada pela Trienal de Arquitectura de Lisboa, abre ao público espaços de diferentes naturezas, através de visitas e passeios gratuitos. Este ano, apresenta uma lista de 72 espaços, dos quais 23 em estreia absoluta; quatro novos Percursos Urbanos, apresentados e desvendados por especialistas; as Visitas Acessíveis, os Passeios Sonoros, o Programa Plus e o Programa Júnior, com actividades desenhadas pelo serviço educativo da Trienal e parceiros do Open House.

“A cada edição, o Open House Lisboa mostra-nos até que ponto esta cidade continua a surpreender-nos. Este ano, voltámos a convidar uma equipa de comissariado que nos pudesse revelar um olhar diferente sobre a cidade, a sua visão da cidade”, referiu José Mateus, presidente da Trienal de Arquitectura de Lisboa, no início da conferência de imprensa.

O tema deste ano convida a uma reflexão sobre a cidade que se habita e se vive, mas também sobre tudo o que está por trás desta – as suas infraestruturas, os espaços habitualmente invisíveis, os bastidores -, lugares que unificam as cidades e as ligam aos seus habitantes. É nestas ligações que está a base da invenção da arquitectura da cidade, esse sistema complexo de camadas de que nem sempre existe uma consciência, mas que determina decisivamente o dia-a-dia de quem a habita e a forma como se vivem e se sentem os espaços.

Daniela Sá, da dupla de comissariado, justificou esta escolha como o querer revelar a arquitectura além do que está visível. “Quisemos ir ao centro da arquitectura como sistema capaz de interligar, de nos interligar, para vivermos em conjunto, viver em comunidade. E a expressão máxima da arquitectura é a cidade. É a maior construção colectiva”, disse na apresentação.

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Nova edição do Prémio Secil Engenharia abre candidaturas

Nesta edição podem concorrer obras concluídas entre 2022 e 2024, realizadas em qualquer país da União Europeia e cuja solução estrutural tenha sido concebida por engenheiros portugueses. As candidaturas estão abertas até 30 de Junho de 2025

A Secil acaba de lançar a XII edição do Prémio Secil de Engenharia Civil, que distingue a excelência, a inovação e o talento nacional. Instituído em parceria com a Ordem dos Engenheiros, este galardão premeia uma obra que se destaque pela qualidade da concepção técnica, pela inovação e execução e pela utilização do betão estrutural como material essencial.

Nesta edição podem concorrer obras concluídas entre 2022 e 2024, realizadas em qualquer país da União Europeia e cuja solução estrutural tenha sido concebida por engenheiros portugueses. As candidaturas estão abertas até 30 de Junho de 2025. O prémio inclui um valor monetário de 50 mil euros e a atribuição de diploma e troféu aos autores da solução técnica, bem como ao dono de obra, projectista e construtor. A obra vencedora será ainda assinalada com uma placa comemorativa.

Ao longo das suas edições, o Prémio Secil de Engenharia Civil tem contribuído para afirmar o papel da engenharia como motor de desenvolvimento e de modernização do país. Esta distinção constitui, por isso, um estímulo ao reconhecimento público de obras que se destacam não apenas pela sua qualidade técnica, mas também pelo seu contributo para o bem comum, a sustentabilidade e o progresso das comunidades.

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Arquitectos lançam apelo aos partidos candidatos às eleições legislativas

O manifesto, intitulado ‘Arquitectura como Solução 2025’, surge na sequência do debate com arquitectos candidatos à Assembleia da República, promovido pela OA, e incide sobre propostas “concretas” para habitação, território, simplificação administrativa e profissão

Convocar a arquitectura para a resolução dos problemas actuais da sociedade é o propósito do manifesto apresentado pela Ordem dos Arquitectos (OA). O documento, que surge na sequência do debate com arquitectos candidatos à Assembleia da República, promovido pela OA, e incide sobre propostas “concretas” para habitação, território, simplificação administrativa e profissão.

A ideia era perceber o que pensa cada um dos partidos relativamente aos problemas que afectam a arquitectura e relativamente às questões onde a arquitectura é parte interessada e no qual participara candidatos de todos os partidos / coligações com representação no parlamento, nomeadamente André Castanho (CDU), Lia Ferreira (PS), Margarida Saavedra (AD), Marta Silva (Chega), Marta Von Fridden (IL), Patrícia Robalo (Livre), Ricardo Gouveia (BE).

O manifesto “Arquitetura como Solução 2025”, disponibilizado online no site da Ordem e que será enviado aos partidos políticos, aborda problemas “prementes e emergentes” da sociedade portuguesa, directa ou indirectamente ligados ao domínio da arquitectura, e avança com propostas concretas para os solucionar.

Mais do que um mero diagnóstico, “Arquitetura como Solução 2025” configura-se como um manifesto da disponibilidade dos arquitectos portugueses para serem parte activa na resolução de constrangimentos sociais importantes.

“Este documento é um roteiro detalhado e um convite ao diálogo e à acção”, sublinha Avelino Oliveira, presidente da Ordem dos Arquitectos. “Apelamos aos partidos políticos e ao futuro Governo que reconheçam o papel estratégico da arquitectura. As soluções que propomos não representam um custo acrescido, mas sim um investimento no futuro de Portugal, na qualidade do ambiente construído, na sustentabilidade das nossas cidades e territórios, na eficiência da administração e na dignificação de uma profissão essencial ao desenvolvimento do País”, afirma.

De forma a contribuir para um diálogo “profícuo” e para a construção de um “futuro melhor para todos os portugueses”, assente num ambiente construído mais qualificado, sustentável e inclusivo, a Ordem tem expectativa de que “este apelo seja acolhido pelos partidos políticos e pelo futuro executivo”.

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Fornecimento de energia no Hospital Lusíadas
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LoxamHune dá resposta a falhas de energia durante apagão

Desta forma, passou a fornecer energia para cobrir necessidades imediatas em diferentes zonas da Península, nomeadamente, Valência, Corunha, Sevilha, Madrid e em Portugal. O volume total de energia fornecido, 10 MVA (milhões de volt-amperes), equivale ao consumo diário de uma cidade de 20 mil habitantes, indica a empresa

A LoxamHune, fornecedora de aluguer de máquinas e de energia para vários sectores, forneceu os seus equipamentos para cobrir serviços básicos em grandes áreas de Espanha e Portugal durante a falha geral de energia da passada segunda-feira. O volume total de energia fornecido, 10 MVA (milhões de volt-amperes), equivale ao consumo diário de uma cidade de 20 mil habitantes, de um grande centro comercial ou de mais de 21 mil lares.

Após o apagão, a LoxamHune começou a responder a chamadas que solicitavam equipamento para reabastecer vários centros e instalações na Península, dando prioridade aos serviços de fornecimento com base no nível de urgência.

“Face à inundação de necessidades, decidimos de imediato dar prioridade a setores críticos como os hospitais, as empresas de electricidade e os fornecedores de água”, explica José Bolaños, director da divisão de Energia da LoxamHune. Após a prestação dos primeiros serviços, a empresa alargou o seu fornecimento a outros sectores importantes, como laboratórios e centros logísticos agroalimentares.

Bolaños sublinha a “importância de contar com a colaboração e os recursos das empresas privadas em momentos críticos para fazer face às necessidades mais urgentes e ajudar a repor a normalidade o mais rapidamente possível”.

Desta forma, passou-se a fornecer energia para cobrir necessidades imediatas em diferentes zonas da Península. Em Valência, tal como na DANA, a prioridade foi servir a Iberdrola. Outro cliente importante em Valência foi a Red Eléctrica Española (REE), a quem forneceu energia a uma subestação eléctrica.

Na Corunha foram entregues 3 MVA ao Hospital Chuac, que ali se mantém como reforço de segurança, e em Sevilha foram transportados de urgência 750 kVA para o terminal de contentores de Algeciras.

Houve menos actividade em Madrid, uma vez que as comunicações foram interrompidas após as 14h00. Ainda assim, um gerador de 500 kVA foi entregue no centro logístico da Eroski em Ciempozuelos, e foi fornecido combustível para um gerador que estava a ficar sem energia num lar de idosos na mesma cidade.

Em Barcelona, ​​foi dada prioridade ao serviço à empresa pública de água do Governo catalão, e foi também fornecido um grupo para uma subestação da REE e foi satisfeita uma necessidade crítica devido à potencial perda de medicamentos e vacinas nos laboratórios Almirall.

Por fim, em Portugal, foi prestado serviço ao Hospital dos Lusíadas, no Porto.

“Além disso, estamos a auxiliar na reposição de serviços nos equipamentos de backup em mais de 40 subestações e centros eléctricos, como o Media Markt, ambos clientes com os quais temos contratos activos para estes serviços, caso haja necessidade”. Acrescenta Bolaños.

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Drones e câmaras 360º ao serviço da TPF Consultores

TPF Consultores

Num setor cada vez mais exigente, onde os prazos são curtos e a eficiência é essencial, tornou-se evidente a necessidade de adotar tecnologias que acelerem tarefas tradicionalmente realizadas de forma manual.

Neste contexto, a TPF Consultores tem vindo a incorporar soluções tecnológicas avançadas, como drones e câmaras 360º, para transformar a forma como realiza inspeções e capta a realidade nos seus projetos. Esta aposta estratégica permite aumentar significativamente a eficiência operacional, reforçar a segurança no terreno e disponibilizar soluções técnicas inovadoras, capazes de responder aos desafios atuais da engenharia e da construção civil.

 

Desde 2022, a TPF Consultores utiliza drones regularmente para executar levantamentos topográficos, medição de volumes em obra, produção de ortofotomapas, geração de nuvens de pontos e modelos digitais do terreno. Estes equipamentos, integrados com plataformas na nuvem, permitem o planeamento e a execução de voos automatizados, bem como o processamento e a análise dos dados recolhidos. Complementarmente, a utilização de câmaras 360º, aliada a ferramentas de comparação com modelos BIM, oferece uma experiência imersiva que possibilita inspeções mais completas e um acompanhamento detalhado da evolução das obras.

A aplicação destas tecnologias tem-se revelado eficaz em projetos de grande complexidade e dimensão, como o Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL) e a monitorização de barragens de rejeitados. Nestes contextos, os drones e as câmaras 360º permitem um acompanhamento contínuo e rigoroso, reduzindo a necessidade de deslocações em ambientes de risco, promovendo a segurança das equipas no terreno.

Atualmente, a TPF Consultores está registada como operador de UAS (sistemas de aeronaves não tripuladas) na plataforma da ANAC (Autoridade Nacional da Aviação Civil) e conta com quatro drones operacionais, operados por uma equipa qualificada de quatro pilotos remotos. Esta capacidade interna permite à TPF integrar de forma consistente e eficiente o uso de drones nos seus projetos, garantindo elevados padrões de qualidade, segurança e inovação.

A TPF Consultores mantém um compromisso firme com a inovação contínua, investindo em tecnologias que impulsionam a qualidade, a segurança, a sustentabilidade e a eficiência dos seus serviços. A adoção de drones e outras ferramentas digitais é um exemplo claro deste compromisso, assegurando soluções modernas que respondem às exigências crescentes do mercado e que promovem o desenvolvimento sustentável.

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André Caiado, arquitecto e fundador da Contacto Atlântico
Arquitectura

O caminho do Simplex é “dar-nos liberdade, com responsabilidade”

Fundou a Contacto Atlântico há quase 30 anos e orgulha-se por ser um dos ateliers com mais “caminho” feito no mundo da arquitectura e com um conjunto de trabalhos assinados que vão desde a loja, ao escritório, à reabilitação de edifícios icónicos como o Quarteirão do Rossio ou o antigo edifício sede do Diário de Notícias. Acredita que o Simplex veio para ajudar e não complicar e com uma maior “liberdade, vem, também, uma maior responsabilidade”

O arquitecto André Caiado é o rosto à frente do atelier. O antigo espaço do estirador deu lugar a ecrãs onde se imaginam e desenham, tecla a tecla, os “sonhos” dos clientes. E não há mal nisso. A tecnologia está aí e é preciso aproveitar e tirar o melhor partido desta. “O arquitecto adapta-se a tudo”, diz e avança, mesmo que para isso tenha que, por vezes, recuar e relembrar que é no esquiço que nasce a ideia

Que balanço faz do vosso percurso?

Ao longo de 29 anos, quase 30, a Contacto Atlântico tem trazido imensa satisfação e eu diria quase felicidade durante o seu desenvolvimento como gabinete de arquitectura. Os projectos são entidades autónomas e são todas diferentes.

Portanto, o que acontece é que a probabilidade de termos projectos repetitivos é muito reduzida porque ou muda o cliente, ou muda o local, ou muda a condição da envolvente e, portanto, é um trabalho que é sempre novo. É um trabalho que se reinventa diariamente.

Ou seja, não há rotinas na vida de um arquitecto…

Sim, por outro lado as interacções entre as várias pessoas envolvidas também são diferentes porque um projecto, actualmente, é conciliar muitos interesses, entre o interesse do promotor que procura criar algo que lhe traga satisfação e o seu resultado económico.

O arquitecto acaba por ser um coordenador de vários intervenientes importantes durante o seu ciclo, entre o primeiro acto criativo de representação da intenção do cliente e a ter que um bocadinho de muitas coisas, a relacionar-se com conjuntos de realidades muito diversas ao longo do qual.

“O que o Simplex vem dizer é que, em determinadas situações, podes começar a construir desde que te responsabilizes por aquilo que estás a fazer. Acho que isso é importantíssimo numa sociedade onde o tempo de contexto representa mais de 30% do custo de um novo apartamento”

De que forma tem o atelier conseguido inovar e crescer? Qual o factor distintivo do vosso trabalho?

Há sempre um conjunto de pessoas que trazem consigo uma atitude muito curiosa. E, portanto, sempre que aparece qualquer coisa diferente, nós vamos tentar experimentar. Há uma vontade de experimentar o diferente e, quando ela é executada, há vezes que esse diferente é irrazoável e irrealista, mas há muitas vezes que esse diferente de facto tem uma componente de novidade, mas também de tecnologia e também de sucesso.

Eu lembro-me que começámos a trabalhar com um estirador e com tinta da China. Hoje não há estiradores, há computadores e há ferramentas tridimensionais fabulosas. Mas, por outro lado, não se perdeu o bloco com o papel vegetal, com o esquiço, para representar à mão as primeiras ideias do projecto.

Neste aspecto, a Contacto Atlântico foi-se adaptando aos tempos, sempre com a perspectiva de utilizar as últimas ferramentas tecnológicas, mas sem deixar de parte o traço criativo. Portanto, a primeira ideia, o primeiro esboço, o gabinete trabalha em todas as áreas de projecto e procura atribuir ao cliente o melhor que o cliente possa esperar em termos de soluções para o desafio que nos é apresentado.

Por outro lado, o facto de trabalharmos em todas as áreas da arquitetura, desde a industrial, a logística, a hospitais, restaurantes, de habitação a escritórios, de lojas, hotéis de luxo, permite-nos encaixar os diferentes ciclos do mercado. Se tivermos 15% de uma coisa, 20% de outra, 9% de outra, 14% de outra, as coisas conseguem acontecer de uma forma muito suave, é muito perigoso e às vezes é fácil deixar a empresa ir por um caminho, digamos, de monoproduto.

Acredito que esta é a aposta que leva a que o atelier tenha uma longevidade não muito comum neste tipo de negócio que é, pura e simplesmente, ser muito cuidadoso, dar os passos correctos, mas perceber, acima de tudo, que o objectivo é a satisfação do cliente e o sucesso do cliente, quer seja um sucesso emocional, como uma casa para um casal, quer seja um sucesso económico, como um promotor que pretende vender apartamentos ou explorar um hospital ou um restaurante.

Quais os principais desafios?

Acho que o desafio mais divertido é manter sempre na memória as palavras do Charles Darwin na evolução das espécies, quando ele escreve: “O mundo não é dos mais fortes. O mundo é daqueles que se adaptam mais depressa às alterações”. Nós fomos das primeiras equipas a adoptar o BIM em Portugal, há já uma década, e hoje acompanhamos as ferramentas de inteligência artificial todas que vão aparecendo e fomentamos na equipa esse acompanhamento e o aprofundar desses conhecimentos, nomeadamente, nos mais novos.

E depois é proporcionar à equipa a oportunidade de testar tudo. Nós estamos num momento onde, e eu já defini isto há algum tempo, onde eu começo a ver que começar a ter situações onde vamos ter um sistema automático com incorporação de inteligência artificial a aprovar projectos. É uma questão de tempo. É introduzir um conjunto de regras ao sistema, associar um modelo BIM e deixá-lo decidir se estão a ser respeitadas todas as regras. Em vez de termos um colega, um humano com uma lista, a fazer uma checklist a verificar se respeitámos todas as regras.

“Hoje com a IA a criação projectual representada verbalmente é, depois, representada não pelo esquiço, resultado do desenho manual ou da maqueta, mas pela imagem produzida por uma máquina que responde ao meu texto. Houve uma altura que eu pensei que isto podia destruir a profissão, mas hoje está claríssimo que não vai acontecer. Isto porque cada humano tem uma percepção da realidade envolvente de uma determinada maneira e vai deixar características suas no objecto criativo”

Estamos num caminho em que vimos a evolução da tecnologia em cada década, não é?

Absolutamente. Em cada década os saltos são gigantes, multiplicam-se várias vezes. O multiplicador é do para a tecnologia. Portanto, eu acho que não abraçar a tecnologia é suicido. Eu não diria o princípio do fim. É o fim do fim. É o suicídio directo. Já não há espaço para pôr as mãos nos olhos e não querer ver.

Que projectos foram mais marcantes?

É muito complicado conseguir escolher um projecto, mas há um que eu gosto especialmente, por ter sido um dos nossos primeiros projectos, que é o Clube Naval em Cascais, um projecto em betão branco onde nós desenhámos ao detalhe até os caixilhos das janelas. O betão branco requer que toda a infraestrutura seja desenhada e localizada dentro da laje, depois quando a laje é betonada, tudo o que não está feito já não se pode fazer porque o betão não é nem rebocado, nem pintado, como é descofrado, é como fica. Mas, também, porque naquele caso tratava-se de um equipamento público e, portanto, não era necessário ir ao encontro dos objectivos económicos de um cliente.

Um trabalho público, principalmente em termos de equipamentos e situações de concurso, é um trabalho onde a liberdade criativa é muito grande porque a conta é paga pelos impostos de todos e não há ninguém a dizer ao arquitecto que matéria deve ou não utilizar.

Estes projectos são interessantes por essa razão. E, depois, neste caso concreto, o uso do betão branco tornou o projecto extremamente desafiante em termos de metodologia construtiva.

Onde fica hoje o esquiço, o traço à mão? Ainda é valorizado?

Não há ainda outra opção, ou de outra maneira. O arquitecto é alguém que deve ter visto muito dos quatro cantos do Mundo. É importante é criar um universo de conhecimento na cabeça de cada um dos arquitectos. Por isso é que se diz, com uma certa graça, que o arquitecto é o homem velho. Não por ter 99 anos, mas por ter visto tudo. Por ter conhecimento. O arquitecto deve ter conhecido tudo. E, portanto, o arquitecto tem o projecto na cabeça. Como tirar o projecto da cabeça para explicar aos outros? Há dois caminhos. Um, que é perigosíssimo, eu conto uma história, que é a história do projecto. Só que o problema é que quando eu conto uma história, eu vou representar o imaginário e do outro lado as pessoas vão apreender dessa história aquilo que lhes interessa baseada na sua estratégia cultural. A outra alternativa é a passagem do cérebro para uma imagem através de uma representação do desenho.

Portanto, o famosíssimo esquiço do arquitecto, que tem a capacidade única de transmitir o meu sonho de uma forma realista, com menos filtros. Mas o grau de liberdade é muito menor do que uma descrição verbal e ao ser menor não temos o desencanto mais à frente e, portanto, ainda não há outra ferramenta que consiga ter a função do esquiço na representação. E quem diz o esquiço diz uma maqueta.

Portanto, a outra alternativa, para quem não tem jeito para desenhar, é fazer um pequeno modelo do edifício ou do objecto arquitectónico. Agora, no último ano, as coisas modificaram-se brutalmente outra vez e apareceu uma coisa que se chama Prompt. Portanto, há uma quantidade de ferramentas da inteligência artificial que cada dia melhoram, à qual o arquitecto descreve um determinado objectivo e a produção

é uma imagem. E, depois, eu vou produzindo uma nova descrição verbal, neste caso uma descrição escrita, e a ferramenta produz novamente uma imagem melhorada, e uma imagem melhorada, e uma imagem mais afinada, até o momento em que eu digo, ok, é mesmo isto. Isto é o meu objectivo. E nesse momento estou a tratar a IA como se fosse outro humano. Não deixa de ser assustador.

É engraçado termos chegado aqui a este paradigma, onde a criação projectual representada verbalmente é representada não pelo esquiço, resultado do desenho manual ou da maqueta, mas pela imagem produzida por uma máquina que responde ao meu texto. Vale a pena perceber que houve uma altura que eu pensei que isto podia destruir a profissão.

E actualmente já não está convencido disso?

Está claríssimo que não vai acontecer. Isto porque cada humano tem uma percepção da realidade envolvente de uma determinada maneira e vai deixar características suas no objecto criativo. O que nos salva é a nossa subjectividade e a IA poderá fazer sozinho milhares de soluções, mas só uma delas é que será apropriada para cada humano.

Então, face às reivindicações da profissão, umas mais antigas, outras mais recentes, como vê o papel da arquitetura na sociedade e junto de quem quer fazer cidade?

A arquitectura deve ser uma profissão de extrema humildade, porque tem um impacto brutal na cidadania. Quando no universo universitário eu pergunto aos alunos quem foi o maior ditador, normalmente os europeus todos respondem Hitler. O maior ditador para mim é o arquitecto que fez o apartamento onde eu vivo porque ele dita o percurso que eu faço entre a minha cama e a casa de banho todos os dias quando acordo. Por isso, a profissão deve ser olhada com extrema humildade, perceber o impacto da má decisão na vida das pessoas. Se eu fizer um degrau sozinho no meio de uma sala, eu tenho uma probabilidade imensa de provocar contínuas quedas de pessoas que não vêm o degrau.

De facto, a arquitectura é uma profissão que as pessoas abraçam por amor à arquitectura, não é? Aliás, eu acho que o arquitecto não é quem estuda arquitectura. O arquitecto é quem gosta de arquitectura. Eu posso dizer que alguns dos mais famosos arquitectos de sempre não estudaram arquitectura de início. É o caso da Zahid, que era Matemática, ou o mais famoso arquitecto holandês, Ren Koolhaas, que era jornalista ou até o Ricardo Bofill que nunca concluiu o curso de arquitectura.

E digo isto mesmo tendo sido professor catedrático de arquitectura de projectos durante 20 anos, mas acho mesmo que, mais do ter a formação de arquitetura, a chave é querer ser arquitecto.

“O facto de trabalharmos em todas as áreas da arquitetura, desde a industrial, a logística, a hospitais, restaurantes, de habitação a escritórios, de lojas, hotéis de luxo, permite-nos encaixar os diferentes ciclos do mercado”

Na prática, de que forma tem sido aplicado o Simplex e de que forma o arquitecto pode utilizar as novas regras também para se salvaguardar?

O Simplex faz todo o sentido na medida em que eu defendo a responsabilização dos profissionais. O que o Simplex vem dizer é que, em determinadas situações, podes começar a construir desde que responsabilizes por aquilo que estás a fazer. Acho que isso é importantíssimo numa sociedade onde o tempo de contexto representa mais de 30% do custo de um novo apartamento.

Na Contacto Atlântico, utilizamos todas as semanas projectos em modo de comunicação prévia para zonas consolidadas dos centros das cidades que não estão protegidas pelo património. Portanto, sim, é uma vantagem brutal. Por outro lado, cria uma muito saudável questão de responsabilidade em que o arquitecto já não vai tentar ver se dá para pôr mais um andar em cima daquilo, porque se correr mal, corre muito mal para ele próprio, por causa da maior responsabilização. Eu sou favorável a que, quando eu cometer o erro crasso de pôr seis pisos, quando o loteamento diz cinco, que venham buscar-me ao escritório e me levem de braço dado com o promotor e com o construtor para a prisão e que haja condenação de quem incumprir brutalmente de uma forma mais do que óbvia com aquilo que são as suas obrigações profissionais. Portanto, eu penso que é altamente positivo. Eu libertaria ainda mais as responsabilidades dos municípios e responsabilizaria ainda mais os engenheiros, os arquitectos, os construtores e os promotores.

Que conselhos daria aos jovens arquitectos que estão a iniciar? 

O conselho é nunca desistir. Never, ever, ever, ever give up. O Mundo é daqueles que não desistem. A pessoa, the only ones that wins, the only one that never gets portanto, quer continuar a insistir no seu sonho. Eu acho que isto acontece em todas as áreas, em todos os assuntos quem nunca desiste acaba por ser bem-sucedido e acaba por chegar a qualquer lado.

Sobre o autorCidália Lopes

Cidália Lopes

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Metropolitan Living
Imobiliário

Alcácer do Sal tem a vantagem de “conseguir disponibilizar oferta para diferentes segmentos”

Nos próximos anos, a Metropolitan Living prevê investir perto de 80 milhões de euros, repartidos pelo pipeline de 200 apartamentos para Lisboa e dois novos projectos de turismo residencial em Alcácer do Sal. Uma nova aposta da empresa e cuja localização, Ricardo Kendall, CEO Metropolitan Living, acredita ter “potencial” e com valores mais adequados ao perfil nacional

Cidália Lopes

Ricardo Kendall e Vera Kendall são o rosto da Metropolitan Living. Depois do sucesso das residências de estudantes Smart Studios e da alienação dos seus activos, estudos e análises de mercado levaram-nos para o mercado turístico. Alguns dos edifícios que já vinham da anterior empresa foram adaptados a este novo negócio.

Depois da venda da Smart Studios centraram a vossa actuação em apartamentos turísticos com a Metropolitan Living, inclusive mantendo alguns dos activos que já vinham da empresa anterior. Qual o motivo para esta mudança de estratégia?

Existe uma série de estudos, sobretudo da consultora McKinsey, altamente especializada em turismo, que mostram que nos próximos 10 a 15 anos vai existir um grande boom no turismo a nível mundial. Países como a India, a China, a Indonésia, que representam mais de 50% da população mundial, vão registar um amento significativo da sua classe média. Esta classe média vai viajar mais, e por isso acreditamos que Portugal estará no radar destas pessoas como um dos destinos turísticos mais procurados na Europa, prevendo-se que o sector do turismo ganhe assim ainda mais robustez do que a tem hoje, em Portugal.

O turismo tem vindo a ganhar grande destaque nas últimas décadas, impulsionado pela diversidade e a oferta de qualidade, faz, por isso, todo o sentido apostar no sector, e os apartamentos turísticos são uma parte importante da indústria de turismo e hospitalidade. A Metropoltan Living dispõe de vários apartamentos, para estadias temporárias ou de longa duração, e têm-se revelado a alternativa de excelência aos hotéis tradicionais. Os turistas procuram nesta solução ter mais conforto, privacidade e flexibilidade, muitas vezes esta é também a resposta mais adequada para turistas que viajem em grupos. Termos mais pessoas e por mais tempo em virtude da oferta e da experiência que conseguimos proporcionar será a tendência.

A Metropoltan Living dispõe de vários apartamentos, para estadias temporárias ou de longa duração e os turistas procuram nesta solução ter mais conforto, privacidade e flexibilidade ou é também a resposta mais adequada para turistas que viajem em grupos

Como olham para o sector e quais as principais tendências que antecipam?

A Metropolitan Living entrou num segmento muito específico com os apartamentos turísticos. A estratégia foi retirar da equação as três áreas onde, se perde mais dinheiro num formato de hotel e que são, tradicionalmente, o restaurante, o bar e a recepção. É tudo feito através das OTA’s, plataformas digitais que ligam os viajantes aos diversos serviços de viagem, como o booking ou o airbnb, e através do seu smartphone têm acesso ao edifício e ao seu apartamento. Outra mudança que adoptámos foi equipar todos os quartos com kitchenette, transformando todas as unidades em formato de apartamento, versátil e prático. Assim, também asseguramos, por exemplo, situações inesperadas, como uma eventual segunda pandemia, ou um downturn na economia em que o turismo estagna, e desta forma é possível alugar estes apartamentos a médio e longo prazo, e não ter um embate tão negativo, como teve a hotelaria tradicional durante o período da pandemia.

Esta tendência que estamos a criar, de apartamentos turísticos, com registo destes edifícios em modelo H1, modelo que não tem, por exemplo, obrigatoriedade de ter garagem ou elevador, e que são condições que a generalidade destes edifícios mais antigos da capital não tem, e que são o nosso mercado, para comprar e reformular na totalidade, e depois a superação de expectativas e o pricing são a nossa grande aposta.

Esta tendência que estamos a criar, de apartamentos turísticos, com registo destes edifícios em modelo H1, modelo que não tem, por exemplo, obrigatoriedade de ter garagem ou elevador, e que são condições que a generalidade destes edifícios mais antigos da capital não tem, e que são o nosso mercado, para comprar e reformular na totalidade, e depois a superação de expectativas e o pricing são a nossa grande aposta.

O “potencial” do Alentejo

O Olive Green é o vosso primeiro projecto fora de Lisboa. Apesar de ser também um produto turístico, este apresenta características distintas e um público-alvo diferenciado. Quais as principais diferenças?

O Olive Green é um projecto que se distingue desde logo pela sua essência, por ser uma oportunidade de escolher um estilo de vida equilibrado, consciente e cuidado, num local calmo e envolto na natureza, para tirar proveito das experiências e do momento, e também pela arquitectura, desenhada para se harmonizar e integrar com o ambiente.

Apresenta-se, por isso, como uma escolha ideal tanto para residência permanente como para segunda habitação. Os preços também se distinguem, começam nos 168 mil euros, sendo por isso uma oferta apelativa, acessível e direccionada para o público nacional. O metro quadrado aqui ronda os cerca de 4.700 euros, em contraponto com os cerca de 10 mil a 15 mil euros praticados na vizinha Comporta, preços incomportáveis para a generalidade dos portugueses.

Fruto desta diferenciação, preço, proximidade e qualidade, são já 24 os apartamentos vendidos em planta, ainda sem terem arrancado as obras de construção no terreno. É também um projecto diferenciador que redefine o conceito de habitação sustentável e moderna e se destaca da oferta imobiliária local, como um conceito apelativo para as famílias, com um conjunto de espaços comuns que permitem realizar diversas actividades.

Não sendo um formato turístico puro, a sua génese é residencial, haverá com certeza compradores investidores que poderão desejar rentabilizar o seu investimento, até porque Alcácer do Sal não tem, ainda, restrições para o alojamento local, e neste sentido, se assim houver interesse, a Metropolitan Living assegurará esse serviço aos seus clientes.

Porquê a escolha de Alcácer do Sal?

Alcácer do Sal é uma das cidades mais antigas da Europa, com mais de 3000 anos, uma cidade bonita, com rio, a 85 km de Lisboa, a pouca distância do futuro aeroporto e a cerca de 23 km das praias e da Comporta. A vantagem desta localização privilegiada são também as infraestruturas da cidade, nomeadamente acessos, centro de saúde, escolas, espaços de lazer e cultura e espaços comerciais, e com a chegada de novas famílias jovens haverá lugar para novos negócios e empreendedorismo na cidade, criando também novas oportunidades e um novo mercado, além das inúmeras actividades de lazer que se pode fazer desde canoagem, stand up paddle, golfe,  passeios de barco na Reserva Natural do Estuário do Sado, percorrer os trilhos de bicicleta ou pela ciclovia que liga a cidade às praias.

Por isso, Alcácer do Sal tem muito potencial, com a vantagem de conseguirmos disponibilizar oferta residencial e turística para diferentes segmentos o que, naturalmente, terá maior abrangência em termos de alcance e diversidade dos interessados, quer de nacionais quer de estrangeiros.

O próximo grande investimento será também em Alcácer do Sal, onde comprámos recentemente mais um terreno, e onde vai nascer um segundo projecto na região, o Salt Residences, com características mais exclusivas, mais direccionado para o segmento de luxo

Que outras localizações estão, também, no vosso radar? Que características procuram?

O próximo grande investimento será também em Alcácer do Sal, onde comprámos recentemente mais um terreno, e onde vai nascer um segundo projecto na região, o Salt Residences, com características mais exclusivas, mais direccionado para o segmento de luxo. Nós acreditamos e estamos a apostar muito nesta localização e nesta região porque reconhecemos o seu potencial.

Neste caso será um projecto diferente, composto por 25 moradias/vilas, com um pricing bem distinto, com valores acima de um milhão de euros. Localizado junto à estrada da Comporta, num terreno mais nobre em termos de privacidade e iniciámos agora o processo de licenciamento. Estes dois projectos em Alcácer do Sal, Olive Green Residences e Salt Residences, envolvem um investimento bastante avultado, na ordem dos 60 milhões de euros, por isso, sim, apostamos e acreditamos no potencial da região. Alcácer do Sal vai tornar-se num sítio com muita vida, aprazível e que os portugueses vão conseguir alcançar e onde vão querer estar.

Depois, estamos também a investir em Lisboa, através da Metropolitan Living, com características mais citadinas. Neste momento temos cerca de 80 apartamentos em Lisboa já em operação e mais três prédios, em obras e em licenciamento, o que perfaz um pipeline de 200 apartamentos. A ambição é chegar aos 500 apartamentos, mas há o obstáculo dos preços, que estão demasiado elevados, e por isso esta ambição poderá não ser alcançada já, mas acredito que chegaremos aos 300/350 apartamentos.

Qual a estratégia de crescimento da Metropolitan Living para os próximos anos? Que investimento está previsto?

A estratégia mantém-se no aumento do número de apartamentos turísticos em Lisboa, através da compra de edifícios mais antigos e com boa localização. Como já referi, estamos com um pipeline de 200 apartamentos na capital, há negociações a decorrer para outros prédios, e estamos com uma oferta recente para um prédio com 25 apartamentos no centro da cidade. Acreditamos que a ambição de alcançar as 500 unidades será num horizonte, talvez, a 10 anos, mas nesta fase estamos compradores de mais prédios em Lisboa, embora neste momento os valores estejam tão elevados que está a ser difícil comprar. O investimento envolvido nesta fase para a concluir o pipeline dos 200 apartamentos chega aos 20 milhões de euros.

Sobre o autorCidália Lopes

Cidália Lopes

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CIMPOR conclui investimento de 155M€ no novo Centro de I&D

Segundo os responsáveis da empresa, o novo Centro de I&D da CIMPOR será um polo de inovação em construção sustentável, ciência de materiais e transformação digital, com o objetivo de ser um hub de desenvolvimento de soluções que minimizem o impacto ambiental da construção e contribuam para um futuro mais sustentável

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A CIMPOR anunciou um investimento de 155 milhões de euros nas áreas da inovação e sustentabilidade, através da modernização do Forno 7 e da criação de um Centro de Investigação e Desenvolvimento (I&D). O ministro da Economia, Pedro Reis, visitou o Centro de Produção da CIMPOR, em Alhandra, onde acompanhou os trabalhos e foi apresentado o projeto do futuro Centro de I&D.

O novo Centro de I&D da CIMPOR será um polo de inovação em construção sustentável, ciência de materiais e transformação digital, com o objetivo de ser um hub de desenvolvimento
de soluções que minimizem o impacto ambiental da construção e contribuam para um futuro mais sustentável. O edifício incorporará cimento verde à base de argila calcinada (LC³), que irá
permitir reduzir significativamente as emissões de CO₂, e agregados reciclados, contribuindo para a diminuição da extração de recursos naturais.

Para Cevat Mert, CEO da CIMPOR Portugal e Cabo Verde, “a apresentação destes dois projetos é um momento importante para nós porque evidencia os progressos que levámos a cabo desde que apresentámos o nosso plano de investimento na modernização dos nossos centros de produção. Por outro lado, o futuro centro de R&D é também um sinal da nossa crença no talento português, na força do seu tecido industrial e no papel que Portugal pode desempenhar na transformação do setor da construção por toda a Europa”.

A investigação e desenvolvimento do novo Centro concentrar-se-ão em áreas-chave para a sustentabilidade, incluindo tecnologias de redução de CO₂, como o desenvolvimento de
cimentos com baixo teor de clínquer, captura de carbono e combustíveis alternativos. A reciclagem de betão e a economia circular serão também áreas prioritárias, com a criação de processos para reutilizar betão demolido como matéria-prima. Já a digitalização e a inteligência artificial (IA) serão utilizadas para otimizar a produção, a manutenção e a eficiência energética,
com o desenvolvimento de gémeos digitais e sistemas de monitorização inteligente. No Centro inclui-se ainda investigação da impressão 3D de betão para construção modular, eficiente e
com mínimo desperdício, e a prototipagem rápida de materiais e estruturas.

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Grupo Sanindusa aposta na produção de “energia limpa”

O projecto abrangeu a instalação de 4.733 painéis solares numa área total de 12.206 m2, representando uma potência global de 2,6 MWp. Com esta medida, o Grupo Sanindusa passa a garantir 25% de autoconsumo

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O Grupo Sanindusa, fabricante nacional de soluções para casa de banho e cozinha, concluiu recentemente a instalação de painéis fotovoltaicos nas suas três unidades industriais localizadas em Aveiro, Oiã e Tocha.

O projecto abrangeu a instalação de 4.733 painéis solares numa área total de 12.206 metros quadrados (m2), representando uma potência global de 2,6 MWp. Este investimento tem como principal objectivo “o reforço da produção de energia limpa para autoconsumo, aumentando a eficiência energética e competitividade da empresa”.

Com esta medida, o Grupo Sanindusa passa a garantir 25% de autoconsumo, o que permitirá uma redução significativa da sua fatura energética, bem como a redução de cerca de 1.200 toneladas de CO₂ por ano.

Em comunicado, a Sanindusa, entende que este investimento representa mais um “passo decisivo” na concretização da visão de longo prazo do Grupo. “Acreditamos que o verdadeiro progresso só é alcançado quando há um equilíbrio entre desempenho económico, responsabilidade ambiental e compromisso social. Neste contexto, procuramos constantemente inovar e expandir o negócio de forma sustentável, através da implementação de práticas que minimizem o impacte ambiental, a promoção de um ambiente de trabalho inclusivo e diversificado e a adoção de um modelo de governação assente na transparência e na ética”.

Paralelamente à aposta na energia solar, a Sanindusa tem vindo a implementar diversas iniciativas complementares, nomeadamente, a reutilização e uso eficiente da água nos processos produtivos, reciclagem e incorporação de resíduos industriais, reaproveitamento da energia térmica proveniente de fornos e caldeiras e o desenvolvimento de produtos com base em matérias-primas recicladas, no âmbito da economia circular.

No seguimento da sua participação na Agenda Mobilizadora ECP – Ecocerâmica e Cristalaria de Portugal, o Grupo está, ainda, a desenvolver uma nova linha de produtos sanitários com menor pegada ambiental. Este projecto inclui novas formulações de pastas cerâmicas que integram resíduos industriais em substituição de matérias-primas virgens, bem como novos vidrados que permitem a cozedura a temperaturas mais baixas, reduzindo o consumo energético.

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