Proposta de Frederico Martinho vence C.A.S.A. pós-catástrofe
O objectivo do concurso era a implementação de uma unidade polivalente com funções administrativas e sociais num cenário pós-catástrofe que considerasse a realidade e as condicionantes intrínsecas destas situações

Ana Rita Sevilha
PRIME investe 100M€ na construção de “ATÓLL”
Grupo Preceram promove Workshop e Demonstração Prática na Tektónica 2025
Brasileiros da CSN entram em Portugal com aquisição da Gramperfil
Autarquia de Santiago do Cacém vai investir 7,2M€ em habitações a custos controlados
Câmara de Gaia adjudica construção do Pavilhão de São Félix da Marinha
José Pedro Lima vence 2ª edição do Prémio Manuel Graça Dias DST
Carmo Wood desenvolve solução mista para guardas rodoviárias
MAP Engenharia e Construção reforça equipa
Apresentação do sistema SKINIUM na Tektónica
Corum Origin vende imóvel em Itália e gera mais valia 10M€
A proposta assinada por Frederico Martinho foi a vencedora do Concurso C.A.S.A. pós-catástrofe. O júri justificou a escolha referindo que apresenta uma “ideia original, com grande versatilidade para as colinas e os possíveis condicionamentos topográficos. Processo de montagem pouco complexo e acessível à mão-de-obra não especializada, facilidade de montagem e desmontagem, transporte, reutilização e baixo custo. Objecto iconográfico, referencial no cenário urbano”.
Recorde-se que, ao Concurso – o segundo concurso temático de ideias do programa Escolha-Arquitectura -, concorreram 38 propostas. O objectivo do concurso era a implementação de uma unidade polivalente com funções administrativas e sociais num cenário pós-catástrofe que considerasse a realidade e as condicionantes intrínsecas destas situações, e que respondesse eficazmente a factores psicológicos e sociológicos associados à catástrofe, tal como a questões relacionadas com a escassez de recursos, durabilidade, preço, transporte e sustentabilidade. Como já havia sido noticiado pelo CONSTRUIR, o programa não considerou uma área específica, contudo a ideia era prever que fosse implementada na área metropolitana de Lisboa.
Por altura do lançamento do concurso, em nota de imprensa enviada ao CONSTRUIR, a Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos recordou que, na sequência de uma catástrofe, a perda da habitação constitui uma das maiores preocupações, logo após a perda de vidas, sendo uma das primeiras exigências dos sobreviventes desalojados. Por este motivo, a importância significativa da arquitectura que decorrerá num cenário de escassez de recursos.
No Concurso foi ainda premiado com o segundo lugar a proposta de César Augusto Costa Marques, que de acordo com o júri tem uma “expressão formal interessante, praça octogonal em torno de uma antena de comunicação, que funciona como referencial de maior alcance em termos da sua percepção na paisagem.”
O trabalho de Simão Silveira Botelho obteve o 3.º prémio e segundo a organização do concurso, “pela identificação de lugares para a região de Lisboa onde pode ser construída, mostra grande flexibilidade e visão territorial. Explora com algum arrojo um sistema de paredes em fole e consegue, como resultado conjunto, um espaço visualmente marcante”.
O concurso de ideias C.A.S.A. pós-catástrofe (centro de apoio social e administrativo) foi promovido pela AML (Área Metropolitana de Lisboa) em coorganização com a Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos.