Opinião: A Cidade e o Comércio/Turismo
Quando há uns anos, a esta parte, se debateu um novo modelo organizacional para a cidade de Lisboa, onde estavam e onde ficaram o Comércio e o Turismo?
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Ana Rita Sevilha
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Por JOÃO BARRETA,
autor do livro “Comércio(s)! A que propósito? Conversas (im)prováveis com Fernando Pessoa”
Nos últimos tempos temos assistido, na cidade de Lisboa, mas com fortes probabilidades de se alastrar, muito em breve, também à cidade do Porto, e não só, à discussão, por vezes tão acesa quanto estéril, acerca dos efeitos, supostamente, nefastos do aumento “incontrolável” do turismo no centro da cidade, dos fluxos de turistas e da proliferação de lojas cuja oferta disponibilizada carece de … qualidade, dignidade e … verdade!
São vários os problemas suscitados, apesar das motivações para a sua discussão não aparentar ser tão clara e inequívoca como deveria de facto ser.
Tenho para mim, sabendo que muitos partilharão esta ideia, e lendo tudo aquilo que se tem escrito à volta do “assunto”, que nem a cidade é assim tão … “Bela”, nem o Turismo/Comércio é assim tão … “Monstro”!
Todos sabemos que em torno desta discussão giram muitos interesses, sejam particulares, sejam associativos, sejam corporativos, sejam imobiliários, sejam sérios ou … nem tanto, mas tal não significa que basta “passar culpas” e “argumentar com desculpas” e tudo fica dito e, no caso, mal(dito)!!
Quando há uns anos, a esta parte, se debateu um novo modelo organizacional para a cidade de Lisboa, onde estavam e onde ficaram o Comércio e o Turismo? Quando se reestruturaram os Serviços da Autarquia, onde estavam e onde ficaram o Comércio e o Turismo? Quando se fundiram as Freguesias onde se posicionaram o Comércio e o Turismo? Quando se debate a Cidade, onde ficam o Comércio e o Turismo?
Bem sei que o Comércio (ao contrário da tal marca de refrigerante que Pessoa “ajudou a publicitar”) … “estranha-se”, e muito dificilmente se “entranhará”, mas defendo que a organização, o planeamento e o ordenamento das atividades económicas em contexto urbano (e não só!) continuam a carecer de trabalho político e técnico que está sempre pensado, nunca começado e jamais concluído!
Se não há, nem está pensado, um Plano Estratégico Nacional para a Competitividade do Comércio (PENCC), porque não pensar num Plano Estratégico Municipal para a Competitividade do Comércio (PEMCC).
Quiçá, em, 2017, se volte a abordar este assunto.