“Reabilitação urbana tem que ser fundamental no novo ciclo”
País tem “a necessidade absoluta de um plano estratégico a longo prazo” para a reabilitação
Pedro Cristino
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Na apresentação do Caderno de Síntese Tecnológica (CST) da Reabilitação de Edifícios, da Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção (PTPC), Vasco Peixoto de Freitas afirmou que “a reabilitação urbana é fundamental nas sociedades modernas e tem de representar uma percentagem muito significativa do PIB das sociedades desenvolvidas”.
O professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e coordenador do CST destacou que, em alguns países europeus, a reabilitação representa 50% do investimento total no sector da construção e apontou para o facto de Portugal estar “longe dessa meta”.
Na opinião do também director do Laboratório de Física das Construções, o país tem “a necessidade absoluta de um plano estratégico a longo prazo” para a reabilitação urbana. Por outro lado, “a regulamentação existente é um enorme problemna para a reabilitação, pelo que é necessária uma regulamentação específica para esta área, bem como a criação de produtos financeiros de apoio à reabilitação urbana”.
“O investimento em reabilitação na Europa é elevado e terá também de o ser em Portugal”, frisou Vasco Peixoto de Freitas, referindo ainda que “um plano a 10 anos” para a reabilitação é “fundamental”.
O docente da FEUP apresentou, neste contexto, 10 medidas propostas pela PTPC neste caderno, no âmbito da reabilitação urbana. Entre as medidas, conta-se o já referido plano estratégico a 10 anos, “que defina quais as necessidades, quais os custos, qual o planeamento e quais as metas” para este sector.
Por outro lado, o coordenador do CST referiu ainda a necessidade fulcral da criação de regulamentação específica para a área da reabilitação urbana e a compatibilização da mesma num código da construção. Ao mesmo tempo, Peixoto de Freitas exprimiu também a necessidade da criação de produtos financeiros para esta actividade, “sobretudo, o pequeno financiamento que vai permitir, em muito pouco tempo, reabilitar os edifícios”.
“Entendemos que é fundamental que, em 2020, o fundo de reserva anual seja de 0,5% do valor patrimonial”, continuou, apontando, de seguida, para a necessidade da promoção de planos de manutenção de edifícios e também de modelos de ensino superior e de formação especializada ajustados à área da reabilitação urbana.
Por sua vez, a PTPC crê ainda que a eficiência energética deverá constituir-se como “motor” da reabilitação e alude à importância da existência de um modelo de inspecção de edifícios. Por fim, a última medida recai sobre a promoção de um plano de publicação de informação técnica.