Aluna da Universidade de Coimbra premiada em Macau
Inês Ribeiro venceu o “Golden Lotus International Design Competition for Students”

Pedro Cristino
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Inês Ribeiro, aluna de mestrado do Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra (UC) venceu o “Golden Lotus International Design Competition for Students”, na categoria de Arquitectura e Paisagem, na Macao International Trade and Investment Fair (MIF).
Segundo a informação avançada pela UC, o projecto da aluna resulta de um ano de investigação desenvolvida na disciplina de Projecto V, no ano lectivo de 2014-2015, e enquadra-se no The Macau-Coimbra Project que promoveu a investigação acerca das metamorfoses do território de Macau.
Para Inês Ribeiro, “é um privilégio e uma honra ver o trabalho de um ano intensivo ser premiado internacionalmente” uma vez que “significa que o esforço que implica a nossa formação é compensatório, e é também uma motivação para continuar o trabalho e dedicação em arquitectura”.
A aluna realçou que é “ainda mais gratificante” para si devido ao facto de o trabalho ter sido desenvolvido em Macau, “implicando uma dificuldade acrescida, que existe sempre que se desenha um projecto arquitectónico para uma comunidade em que não se está inserido, e que compreende vivências e linguagens de cidade muito diferentes das ocidentais”.
O trabalho académico prevê o desenho de uma proposta de linha de metro ligeiro para Macau, como alternativa à solução que se encontra em construção neste momento, bem como um desenho renovado da frente ribeirinha e do “skyline” da Península.
“Tendo em conta as necessidades locais, o projecto M + OO (M+Infinito), que se desemembra em estação de metro, hotel, mercado urbano e espaços comerciais, é uma proposta à histórica conexão com a água que desde sempre existiu em Macau”, refere o comunicado da Universidade de Coimbra.
Desta forma, o objectivo primordial “traduz-se na criação de espaço público e de movimentos urbanos que potenciem a criação de eixos urbanos de conexão no interior da cidade com o aterro sobre a água, onde se localiza o programa principal”.
Ao nível do interior da malha urbana, desenha-se uma estação de metro que incorpora um programa pública, “que potencia a criação de espaços vividos, com vida urbana”. No aterro sobre a água, é desenhado um “complexo amplo, transparente, de linhas rígidas e rectilíneas, rasgadas pela alameda pedona que marca toda a nova “waterfront””. “Como reflexo de todo o conceito explicitado, nasce no interior do complexo um espaço público, denominado Space (Infinite Space) que, simbolizando o infinito, representa um espaço militado mas com infinitos movimentos e encontros urbanos”, continua a mesma fonte.
A descrição deste projecto refere ainda que a configuração espacial, a curva e a diagonal surgem “em resposta provocante à arquitectura megalómana e formatada dos casinos presentes no território, recorrendo à ideia de mega-estrutura, mas desconstruindo-a numa cobertura que cria um objecto marcante mas que, devido à sua transparência permite ao transeunte a percepção da cidade em comunhão com a água”.