Reabilitação da Quinta da Mitra vai resultar num Centro de Inovação Social
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem em mãos o projecto de reabilitação da Quinta da Mitra, em Lisboa, para a criação de um pólo de inovação social, económico […]
Marina Bertolami
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A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem em mãos o projecto de reabilitação da Quinta da Mitra, em Lisboa, para a criação de um pólo de inovação social, económico e ambiental – o MITRA.
A equipa projectista da SCML para este projecto é constituída pelas arquitectas Maria Cruz e Rute Ribeiro que conceberam uma nova organização espacial para o terreno da Quinta da Mitra, que compreende uma área total de 7255, 86 m2.
Este projecto pretende explorar as vertentes já referidas como um Centro de Inovação Social, assente nos princípios da sustentabilidade material e do aumento da resiliência pessoal e social dos utentes e participantes que irão usufruir deste Pólo.
Para o alcance deste plano está a decorrer uma reestruturação e reabilitação do edificado e da quinta da Mitra, que visa conciliar novas funções e integrar os Projectos NAU. Projectos estes que procuram a dinamização e a integração social. Neste espaço, as pessoas poderão desenvolver competências e integrar redes sociais que contribuam para a sua respectiva autonomia. Todas as pessoas que demonstrem interesse e capacidade poderão participar e agregar actividades protegidas na MITRA.
Este processo encontra-se em execução e passa por elementos como a fachada norte do edificado, onde será adicionada vegetação “que contribui para a qualidade de vida das pessoas e para a resiliência urbana”, lê-se no projecto definido pelas arquitectas da SCML.
Será instalado um sistema de aproveitamento de águas pluviais, de maneira a que a água da chuva caia nas coberturas e seja reaproveitada, com o devido tratamento, para funções que não careçam de água potável e por um sistema adaptado. A instalação de um esquema de aproveitamento de água que tenha origem na mina, um veio natural no seio da terra da Quinta, também faz parte do projecto mestre, para que se faça a reutilização da água em sistemas de rega e na lavagem de espaços exteriores.
A máxima deste projecto está igualmente assente numa estratégia de energia térmica renovável e de edifício auto-sustentado, que contribua para a resiliência deste espaço, nomeadamente em termos de salubridade, conforto das pessoas, sem que se desvalorizem aspectos como a segurança no abastecimento das energias, a minimização dos custos de operação durante o ciclo de vida do edificado e a incorporação de sistemas flexíveis que se adaptem a “futuros desenvolvimentos”.
A proposta de desempenho energético para a quinta da MITRA ambiciona a obtenção de uma certificação de Classe Energética A ou A+ , que assente em medidas passivas de optimização da estrutura da envolvente construída, para uma elevada eficiência energética.
Pretendem-se ainda aplicar medidas activas, através de painéis fotovoltaicos, com o objectivo de satisfazer as necessidades energéticas, minorando o recurso a energias não renováveis e poluentes. Esta abordagem está a ser feita no sentido de permitir que a quinta da MITRA seja autónoma e possa suprir as necessidades de todos os seus membros, utentes e participantes.
Este lugar, cuja conclusão das obras de reabilitação e implantação de esquemas energéticos está prevista para o final de 2016, vai ter resultado num Centro Social onde projectos NAU serão inseridos, são eles nomeadamente um Centro Psico-geriátrico, Oficinas Protegidas, Lavandaria, Acolhimento de emergência, Mercado de Santo António, Comércio e Empresas, Quinta, Creche, Residências, Espaço Polivalente, Restaurante e Protecção Civil.