Estudo da CBRE revela crescimento de 50% na promoção de centros comerciais na Europa
Turquia e Rússia são os mercados de promoção de centros comerciais mais activos
Ana Rita Sevilha
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De acordo com o mais recente estudo da consultora imobiliária CBRE, uma área sem precedentes de 11,9 milhões de metros quadrados (m²) de espaço de centros comerciais, encontra-se neste momento em construção na Europa, representando este valor um aumento de 50% em variação homóloga (7,2 milhões de metros quadrados em 2012). Segundo a consultora, Turquia e Rússia são os mercados de promoção de centros comerciais mais activos.
Segundo as conclusões do estudo a que o Construir teve acesso, a actividade de promoção de centros comerciais está amplamente concentrada nos mercados emergentes, com uma larga percentagem (74%) na Europa de Leste.
À semelhança do que aconteceu em 2012, a CBRE revela que a Turquia deverá manter-se o mercado mais activo com cerca de 3,7 milhões de metros quadrados de espaço de centros comerciais em construção. Istambul será mesmo o mercado mais activo em desenvolvimento nos próximos anos, com 37 centros comerciais actualmente em construção, incluindo o Axis Eyüp AVM, com uma Área Bruta Locável (ABL) de 150.000 metros quadrados, e o Yeni İstanbul (ABL de 137.684 m²).
Outro mercado em desenvolvimento e fortemente activo na Europa no que diz respeito a centros comerciais é a Rússia (2,88 milhões de m²) que, segundo a consultora, tal como a Turquia, beneficia de um forte crescimento económico e rendimentos crescentes. No caso da Rússia, a maioria das promoções está concentrada em Moscovo, com 1,4 milhões de metros quadrados de espaço com previsão de abertura nos próximos dois a três anos.
Ucrânia (789.888 m²), Polónia (750.467 m²), Itália (665.779 m²) e França (648.200 m²) têm também uma quantidade significativa de espaço de centros comerciais em construção. Porém em Itália, a actividade de promoção está a desacelerar, explica a CBRE, o que se reflete no abrandamento da conclusão de projectos já em construção e na falta de novas aberturas no primeiro semestre de 2013. Para a Ucrânia, o espaço actualmente em construção representa 38% do espaço total de centros comerciais, acrescentando assim uma área significativa ao mercado de retail após a sua conclusão.
No entanto, a CBRE sublinha que, embora o espaço projectado para construção de novos centros comerciais nos próximos três anos seja considerável, a realidade é que, tal como em Itália, a conclusão do seu desenvolvimento está a demorar mais tempo do que o previsto e, consequentemente, é provável que haja atrasos na conclusão dos projectos.
De acordo com dados da consultora, na Europa, 100 centros comerciais num total de 3,44 milhões de metros quadrados de espaço abriram em 2012, sendo Espanha e Turquia os mercados mais activos em termos de projectos concluídos. Deste número, 9% foram extensões de projectos existentes. As principais aberturas de centros comerciais em 2012 incluíram o Puerto Venecia, em Espanha, que consistiu na extensão de um retail park existente, e o Megamall, na Turquia.
Para a CBRE 2013 está bem encaminhado para ser um ano igualmente activo, com 1,5 milhões de metros quadrados de espaço de centros comerciais já concluído, estando contudo praticamente 60% deste total na Turquia e embora 10% do espaço total concluído no primeiro semestre de 2013 também se tenha tratado de extensões de projectos existentes.
Espanha que foi um mercado atractivo em 2012, este ano fica aquém uma vez que apenas 38.000 metros quadrados foram concluídos até ao momento, prevendo-se mais 135.216 metros quadrados no segundo semestre de 2013. E tem ainda, um considerável pipeline de espaço em construção (469.000 metros quadrados).
Neville Moss, Diretor do Departamento de Retail Research da região EMEA da CBRE, comenta os dados do estudo: “O rápido crescimento de centros comerciais em desenvolvimento em mercados emergentes, é atribuído a uma crescente classe média, à urbanização das grandes cidades e à procura de retalho com melhor qualidade por parte dos consumidores. Os retalhistas competem para tirar partido destas novas oportunidades. Também se registou uma forte tendência para a renovação e reposicionamento dos activos existentes, com os proprietários a actualizar a variedade de retalho de forma a tornar o seu centro mais atractivo para os retalhistas, em particular em Itália e na Polónia”.