Contratação de escritórios em Madrid e Barcelona decresce para valores do início da década de 90
Ao longo de 2012 registou-se uma contratação bruta em Madrid, de 297.316 m², o que representa um decréscimo de 17% em relação a 2011
Ana Rita Sevilha
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Segundo a mais recente análise da Aguirre Newman Espanha, em 2012 a contratação de escritórios em Madrid teve um decréscimo de 17% e em Barcelona de 23%. Com base nestes números, a consultora afirma que “em ambos os mercados verificou-se o menor nível de contratação de escritórios desde o princípio dos anos 90”.
Segundo a mesma fonte, “os preços médios de aluguer ajustaram-se em 2012 em ambos os mercados, em torno dos 8%, e situam-se agora em níveis muito atractivos que podem ajudar a tomar decisões de mudança de instalações em 2013”.
Segundo a análise da Aguirre Newman a que o Construir teve acesso, ao longo de 2012 registou-se uma contratação bruta em Madrid, de 297.316 m², o que representa um decréscimo de 17% em relação a 2011. E, continua, pese embora o desempenho do mercado tenha sido bom no 3º trimestre de 2012 com 74.000 m², durante o último trimestre a contratação foi bem abaixo das expectativas, o que fez com que a contratação bruta do segundo semestre tenha sido apenas de 142.732 m². Finalmente, conclui a consultora, deve notar-se que a quantidade de absorção de 2012 é a mais baixa desde 1994.
Do lado da oferta, a Aguirre avança que a boa notícia é que os promotores não vão desenvolver novos projectos importantes nos próximos dois anos o que vai ajudar a compensar o excesso de oferta actual no mercado.
Segundo a mesma análise, em 2012, juntaram-se ao mercado de escritórios de Madrid 268.577 m², dos quais 61% entraram no mercado já ocupados. O crescimento do stock de escritórios em Madrid no ano passado foi de 2%, elevando o stock total para 12.632.374 m². Em 2013, o mercado verá apenas 57.845 m² de nova oferta, dos quais 59% já têm ocupantes.
Quanto à taxa de desocupação, manteve-se a tendência de crescimento verificada nos últimos anos e situa-se agora nos 12,5%.
Para os próximos meses as perspectivas, tendo em conta a elevada disponibilidade existente actualmente no mercado, são de que durante o primeiro semestre as rendas se ajustem em torno de 3-4% a nível geral. Além disso, com a procura potencial existente no mercado na segunda metade de 2012, juntamente com a transferência de grandes sedes ao longo de 2013, a Aguirre Newman antecipa um comportamento de mercado mais positivo em 2013.
Quanto a Barcelona, a consultora refere que a contratação diminuiu 23%, atingindo 204.576 m² em 2012. Segundo o relatório, assistiu-se a uma diminuição na área média contratada de 623 para 537 m² por transação, declínio que se deve principalmente à redução significativa no número de operações acima dos 3.000 m².
De acordo com a Aguirre, ao longo de 2012 o stock de escritórios em Barcelona aumentou 0,5% e situa-se agora em 5.865.369 m², dos quais 40% está localizado na periferia da cidade. Espera-se um aumento de stock em 2013 de apenas 62.620 m², dos quais 17% estão já ocupados.
Relativamente à taxa de decosupação durante o ano de 2012, aumentou gradualmente, situando-se em Janeiro de 2013 nos 14,15%. O estudo da Aguirre Newman mostra igualmente uma diminuição dos preços médios de aluguer em todas as áreas de Barcelona, o que representa uma perda média de 5% nos últimos 6 meses e 9% se considerarmos os últimos 12.
Em relação ao comportamento do mercado previsto para os próximos meses, a consultora acredita que a contratação bruta em 2013 praticamente repetirá os registos de 2012, situando-se à volta dos 210.000 m². Em relação ao comportamento dos preços de arrendamento, as previsões para 2013 mostram uma tendência para uma maior estabilidade dos mesmos, embora nas áreas com maior volume de espaço disponível possa continuar a existir ajustes, especialmente durante o primeiro semestre do ano.
Relativamente ao mercado de investimento, a Aguirre Newman pode concluir com o seu relatório que em 2012 realizaram-se apenas 13 operações de investimento em edifícios de escritórios em Madrid e Barcelona, em 2011 foram 16, que representaram um investimento total de 754 milhões de euros, representando um aumento de 40% em relação à atividade registada em 2011.