Encargos com PPP baixam em 2013 para subirem 79% no ano seguinte
Segundo a previsão do Governo, os encargos continuam em crescendo até 2016, atingindo neste ano o pico de 1.309 milhões de euros
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A previsão dos encargos líquidos com as parcerias público-privadas (PPP) baixa no próximo ano, para 884 milhões de euros, mas em 2014 aumenta 78,8% para 1.581 milhões de euros, com os encargos rodoviários a mais que duplicarem.
De acordo com a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2013 (OE2013), os encargos com as PPP serão de 884 milhões de euros em 2013, sendo mais de metade – 449 milhões de euros – para os contratos rodoviários.
As PPP na saúde representam 377 milhões de euros de encargos para o Estado em 2013, a que acrescem 56 milhões para a área da segurança e 12 milhões para as parcerias ferroviárias.
Mas a partir de 2014, as previsões de encargos disparam 78,8% para 1.581 milhões de euros, pressionados pelas parcerias rodoviárias, cujo valor mais do que duplica de 449 para 1.132 milhões de euros (mais 152,1%).
Segundo a previsão do Governo, os encargos continuam em crescendo até 2016, atingindo neste ano o pico de 1.309 milhões de euros.
Em 2017, as previsões apontam para uma redução de 50 milhões de euros nos encargos com as PPP, devido a uma redução das despesas com a rodovia, decréscimo que se vai acentuando nos anos seguintes.
Na proposta do OE2013, o Governo identifica “riscos orçamentais ou responsabilidades contingentes decorrentes dos concursos suspensos, da execução dos contratos em vigor ou da sua modificação”, nas PPP, à excepção das da saúde, que não têm “riscos orçamentais assinaláveis”.
Em relação às rodoviárias, realça, a existência de um conjunto de litígios pendentes bem como pedidos de indemnizações apresentados pelas concessionárias.
O Governo prevê também “desvios orçamentais com alguma expressão entre as receitas orçamentadas e aquelas que virão de facto a ocorrer, designadamente em virtude da contracção da actividade económica” em relação às receitas da cobrança de taxas de portagem.
No que toca às PPP ferroviárias, o Governo refere a existência de um pedido de reposição do equilíbrio financeiro da concessão ferroviária eixo norte-sul em 2012 e um pedido de indemnização apresentado pela concessionária para o troço da linha ferroviária de alta velocidade Poceirão-Caia.
Ainda assim, ressalva, “não é expectável que estes diferendos sejam dirimidos durante o ano de 2013, pelo que à partida não terão impacto no OE2013”.
O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado de 2013, que prevê um aumento dos impostos, incluindo uma sobretaxa de 4% em sede de IRS.
O orçamento é votado na generalidade no final dos dois dias de debate, 30 e 31 de Outubro.
A votação final está agendada para 27 de Novembro no Parlamento.