Investimento na Construção atinge valor mínimo dos últimos 18 anos
A carteira de encomendas aponta presentemente para os 6,8 meses de produção assegurada, o que, por um lado, contrasta com a média de 10,2 meses obtida para os 22 anos terminados em 2011

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Os valores de investimento no sector da construção registaram o valor mais baixo das últimas duas décadas, ao decrescer 20,1% no segundo trimestre, face ao que havia sido registado em igual período do ano passado.
“Já não há palavras que descrevam a situação de crise que atinge o sector da Construção”, revela a Federação Portuguesa da Industria da Construção e Obras Públicas na mais recente análise de conjuntura. “Na actividade que em tempos foi responsável por 7,3% do produto interno bruto registou-se, no segundo trimestre de 2012 e relativamente a igual período do ano passado, uma redução no investimento de 20,1%, atingindo-se o valor mais baixo dos últimos 18 anos”, pode ler-se no documento.
Com origem numa procura reduzida, a quebra da FBCF em Construção contribuiu, por seu turno, para uma diminuição da produção do Sector da ordem dos 49% entre finais de 2001, altura em que este indicador atingiu o seu máximo, e o segundo trimestre de 2012, momento em que, ao invés, se regista o seu mínimo.
Na sequência deste facto, o peso do Sector no PIB nacional, que tem vindo a decair, é agora de apenas 5,0%, caracterizando-se a actualidade da Construção por diversos indicadores que apresentam em comum uma tendência negativa.
Assim, a carteira de encomendas aponta presentemente para os 6,8 meses de produção assegurada, o que, por um lado, contrasta com a média de 10,2 meses obtida para os 22 anos terminados em 2011 e, por outro, condiciona as perspectivas de evolução do emprego.
Em retrospectiva, enquanto o número de desempregados oriundos do Sector atingiu o máximo histórico de 96.442 em Julho e o número de trabalhadores da construção regrediu para um mínimo de 374.500 pessoas no segundo trimestre do ano, cerca de duas mil empresas entraram em insolvência, desde Janeiro de 2011.
O licenciamento de fogos para habitação caiu 33%, em termos homólogos nos primeiros sete meses do ano, e 90%, em termos acumulados desde 2000, tendo as quebras nos fogos concluídos atingido respectivamente, 19,3% e 77%, nos mesmos períodos.
Resultado directo e imediato da contracção do investimento público, o montante das obras a concurso nos primeiros oito meses de 2012 caiu 56% (1,3 mil milhões de euros) e as adjudicações efectuadas no mesmo período também registaram uma quebra homóloga de 52,3% (905 milhões de euros).
No conjunto, todos os indicadores analisados pela Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas na sua mais recente análise de conjuntura retratam um Sector em que a única tendência de aumento detectada é a da sua deterioração.