Falta de medidas levará construção ao colapso, garante a FEPICOP
A FEPICOP sublinha a necessidade premente de “uma nova política e de um programa de emergência”, que, por um lado, promova o investimento e, por outro, contribua para desendividar as empresas de construção

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A Federação Portuguesa da Indústria da Construção revela na sua mais recente análise de conjuntura, que entre 2010 e 2012, o Sector bateu, em todos os segmentos de produção, os recordes de quebra de que há registo. “A procura de Habitação, por exemplo, caiu 50%, o investimento nos edifícios não residenciais protagonizou igual queda e o investimento público reduziu-se 43,5%”, revela a organização liderada por Ricardo Pedrosa Gomes.
Na sequência destes factores, os stocks de casas para venda no mercado dispararam, provocando um aumento substancial do crédito malparado na Banca, licenciaram-se menos 1,6 milhões de m2 de espaços destinados a turismo, comércio, escritórios e outros serviços, equivalentes a uma produção de cerca de 400 milhões de euros, e foram lançados menos 1,7 mil milhões de euros em obras públicas.
Acto contínuo, segundo a Federação,” a crise estrutural do tecido empresarial do Sector piorou”. No período em análise, o número de insolvências duplicou, afectando 1.440 novas empresas, enquanto o desemprego atingiu mais 110 mil trabalhadores.
“Por ter funcionado, durante décadas, como financiador de grande parte das obras realizadas no País, sendo obrigado a garantir para o efeito os meios financeiros necessários junto da Banca, a Construção endividou-se, tendo de lidar, presentemente, com compromissos de cerca de 44 mil milhões de euros”, garante a Federação, que engloba a AECOPS e a AICCOPN.
“Mas, ao aumentar desta forma a sua exposição à crise financeira, o Sector tornou-se igualmente uma das suas maiores vítimas”, diz a Federação. Nos últimos dois anos, a Construção sofreu um corte violento no acesso ao crédito, na ordem dos 2,1 mil milhões de euros, o que coloca problemas acrescidos de tesouraria às empresas, mesmo que ainda economicamente viáveis.
Face ao peso e gravidade dos números apurados e convicta de que o referido colapso pode ser evitado, a FEPICOP sublinha no documento agora divulgado a necessidade premente de “uma nova política e de um programa de emergência”, que, por um lado, promova o investimento e, por outro, contribua para desendividar as empresas de construção.