LaSalle prevê “ano difícil” para sector do imobiliário em Portugal
“O ano de 2010 fechou a porta e deixou para trás um cenário pouco animador. Não foi o ano da retoma, nem de viragem de um ciclo que teima em permanecer”, declarou Manuel Puig

Pedro Cristino
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O relatório “OnPoint-Portugal – Mercado Imobiliário 2010, Perspectivas para 2011”, da Jones Lang LaSalle estima que o ano corrente será “mercado pela dificuldade e pelos diversos obstáculos que será necessário superar nos diferentes segmentos” do mercado imobiliário nacional.
O comunicado da consultora revela também que o ano passado foi um dos que “menos boa memória” trará a este sector no país.
“O ano de 2010 fechou a porta e deixou para trás um cenário pouco animador. Não foi o ano da retoma, nem de viragem de um ciclo que teima em permanecer”, declarou Manuel Puig, explicando que, a vontade de progredir foi, “em muito, travada pela atitude de precaução exigida pelo contexto económico, pelo que os resultados alcançados em 2010 foram tímidos, atingindo mesmo mínimos históricos de performance em alguns sectores”.
O director-geral da consultora em Portugal acrescentou também que o ano em vigor “será difícil para o sector imobiliário, com muitos obstáculos por ultrapassar em todas as áreas de negócio, as quais terão de encontrar novas estratégias e adaptar-se às condições de mercado”. Contudo, Manuel Puig espera “uma dinâmica e ritmo de recuperação diferentes, tendo em conta os sinais de maior recuperação, ainda que lenta, revelados no final do ano passado”.
O relatório refere que o segmento de escritórios foi um dos mais penalizados em 2010, com uma absorção anual total de 105.056 metros quadrados, “a mais baixa dos últimos anos”. O retalho ficou marcado por “um ritmo de inaugrações muito abaixo da média dos últimos anos, com apenas quatro projectos, num total de 69.568 metros quadrados de área bruta locável”.
“Em 2010, o sector de retalho foi o mais expressivo no investimento realizado em imobiliário, captando 58% do total transaccionado, no valor de 438 milhões de euros”, conclui o estudo da Jones Lang LaSalle.