Construção

Empresas reclamam alterações na contratação electrónica

As dificuldades sentidas pelas empresas nos processos de contratação electrónica obrigaram a Associação de Empresas de Construção,

Ricardo Batista
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As dificuldades sentidas pelas empresas nos processos de contratação electrónica obrigaram a Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS) e a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) a remeter ao cuidado do ministro das Obras Públicas, António Mendonça, uma exposição onde solicitam a correcção urgente e imediata de algumas situações relacionadas com o processo electrónico de contratação. Segundo as associações, têm sido variadas e reiteradas as dificuldades sentidas pelas empresas na contratação pública electrónica e alertam para que a manterem-se algumas situações “os objectivos pré-definidos pelo Governo para a contratação por via electrónica, como celeridade, transparência, segurança, simplificação, desburocratização e redução de custos, saem desvirtuados e as empresas prejudicadas”. Fonte da Somague contactada pelo Construir defende que “as grandes dificuldades prendem-se com a pouca rotina ainda possuída no manejo de uma nova ferramenta” e acrescenta que “o facto de existirem no mercado já uma meia dúzia de plataformas. Apesar de todas terem o mesmo objectivo final, apresentam algumas diferenças na sua utilização, o que nesta fase de aprendizagem de todos os intervenientes constitui mais uma dificuldade a ultrapassar”.

Notificações

Entre as críticas apontadas à forma como a contratação por via electrónica está a ser implementada, as associações apontam por exemplo a desconformidade das notificações. A AECOPS e a AICCOPN alertam que as empresas que se vêem perante o facto de “muitas das entidades adjudicantes considerarem que a ‘simples disponibilização da informação na plataforma electrónica equivale a uma forma de notificação’, o que, ao abrigo da lei, não é idêntico e prejudica as empresas”. “Torna-se assim imperioso”, argumentam as duas associações, “que sejam ‘enviados e-mails aos concorrentes com a informação que lhes tem de ser facultada ou, pelo menos, com a indicação de que a mesma se encontra disponível na plataforma electrónica. (…) As notificações implicam uma comunicação dirigida directa e individualmente a cada concorrente, não sendo suficiente a simples colocação da informação nas plataformas electrónicas”, pode ler-se na exposição enviada ao Governo. Para a Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços e para a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas “só com este procedimento estão garantidos os direitos das empresas candidatas a empreitadas de obras públicas, como o de eventual reclamação dos resultados do concurso”, sublinhando que o Código dos Contratos Públicos, “define prazos, geralmente curtos, para apresentação de reclamações ou direito de audição, que começam a contar a partir do dia seguinte ao da referida notificação”. Para o director comercial da Casais, Emanuel Martins, “as notificações de novas mensagens enviadas para o e-mail do utilizador são importantes, para evitar que seja necessário estar sempre a visualizar a caixa de mensagens. A simples disponibilização da informação na plataforma electrónica não equivale a uma forma de notificação. Não é fácil a consulta de novos procedimentos através das plataformas, dado que existem várias e não possuem mecanismos de pesquisa avançada”. Aquele responsável acrescenta que além da dificuldade na gestão de mensagens, há ainda que lidar com “o preenchimento obrigatório do mapa de quantidades na plataforma que complica o processo de apresentação das propostas”, “a cobrança de algumas funcionalidades adicionais nas plataformas” ou mesmo a “necessidade de configurações dos browsers e a necessidade da utilização de certificados, o que dificulta o acesso instantâneo às plataformas”.

Salvaguardar a normalidade

Ao Construir, o presidente da AICCOPN, Reis Campos, diz que o objectivo foi a “a necessidade de salvaguardar que os concursos públicos decorram com a maior normalidade possível e que não sejam postos em causa por regras e procedimentos relativos ao funcionamento das Plataformas Electrónicas que são desadequadas e que, em nosso entender, desvirtuam os objectivos da própria contratação pública electrónica”. Reis Campos admite que “são muitas as dificuldades que nos têm sido reportadas por empresas nossas associadas, não só de ordem legal, mas também de ordem prática, colidindo com os anunciados objectivos de simplificação, desburocratização, celeridade, transparência e segurança afirmados pelo Governo quando aprovou o Código dos Contratos Públicos”. Fonte da Somague adianta que “o facto de algumas entidades fazerem a publicação da informação sem qualquer alerta para os utilizadores é, de facto, um problema que temos sentido e que nos obriga a uma atenção redobrada na visita às diferentes plataformas”, defendendo que “deveria ser institucionalizada a informação complementar (ex: e-mail ) alertando os interessados de alguma novidade, o que de resto, refira-se, alguns já fazem”. Fonte da Construlink, uma das plataformas certificadas de contratação electrónica, garante ao Construir que “segundo o CCP as notificações devem ser realizadas através de correio electrónico ou de outro meio de transmissão escrita e electrónica de dados. Ora, o meio electrónico utilizado é, neste caso, a plataforma. Mais, o disposto no n.º 1 do Artigo 13º da Portaria 701-G/2008 de 29 de Julho dispõe que todas as notificações e comunicações são realizadas por via de envio automático de mensagens electrónicas, não exigindo qualquer notificação via e-mail”. A empresa, uma das que está certificada nos mercados electrónicos, garante que “nesta medida, se entende que a disponibilização da informação (envio automático de mensagens electrónicas) na plataforma (meio de transmissão escrita e electrónica de dados) é a notificação exigida legalmente”. Miguel Sobral, vice-presidente executivo da Vortal lembra que “o reforço das mensagens de notificação através do envio de correio electrónico (e-email) é já hoje uma prática corrente nas plataformas operadas pela Vortal para uma grande parte das transacções”, mas sublinha que “as empresas devem, contudo, evitar confiar apenas no e-mail uma vez que não é um meio legal de prova devido aos constrangimentos a este associados como a possibilidade de intercepção / manipulação e a não garantia de recepção do mesmo (capacidade da caixa de e-mail esgotada, controlo anti-spam, etc.)”.

Constrangimentos de datas

As associações revelam também alguns constrangimentos ao nível das datas fixadas pelas entidades adjudicantes que, respeitando um processo contínuo, apontam como datas limite para a apresentação de propostas sábados, domingos ou feriados.

Entre os problemas que têm surgido ao longo dos sete meses de vigência obrigatória das plataformas electrónicas, as duas associações apontam as datas e horas que são fixadas como limites para apresentação das propostas, quando “as empresas interessadas em submeter propostas já não conseguem apoio técnico por parte das entidades que gerem as plataformas electrónicas”, as quais funcionam de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h. Daí resulta, para as empresas, a impossibilidade de esclarecerem dúvidas ou resolverem dificuldades na utilização das plataformas fora do horário de atendimento, o que, de acordo com a AECOPS e a AICCOPN, “se revela inquestionavelmente condicionador de uma mais ampla concorrência e contrário ao legalmente previsto”, pelo que defendem que “nos procedimentos de empreitadas de obras públicas, as entidades adjudicantes só possam indicar, como dia e hora limites para apresentação de propostas, dias úteis e até às 19h00”. Para o vice-presidente executivo da Vortal, Miguel Sobral, “o estabelecimento de prazos para a submissão de propostas em horário útil é uma boa prática, recomendada pela Vortal junto das entidades adjudicantes. Ficará sempre salvaguardada a possibilidade das empresas poderem submeter as suas propostas fora desse horário, sendo essa uma das vantagens da utilização das plataformas electrónicas de contratação”. Ao Construir, fonte da Construlink lembra que “segundo a Portaria nº 701-G/2008, de 29 de Julho a Plataforma não poderá ter qualquer tipo de automatismo, nem interferir no procedimento de formação de contratos como entidade autónoma”. Nesse sentido, em todo o procedimento “será o utilizador o responsável pela condução de todo o processo e a tomar todo o tipo de decisões, não existindo qualquer intervenção da plataforma”. “No exemplo dos prazos que terminam em dias não úteis, a Portaria define claramente que as datas e horas de termo dos diversos prazos são introduzidas pela entidade adjudicante, não podendo estas depender de qualquer automatismo da plataforma electrónica. Caberá portanto à entidade adjudicante, e não à plataforma, decidir da conveniência do término do prazo em fim-de-semana e da aplicação do disposto na alínea c) do nº1 do art. 72º CPA”, garante a mesma fonte. Os responsáveis da Construlink defendem-se também das observações apontadas pelas associações à contratação pública, nomeadamente ao nível da falta de publicitação atempada das listas de concorrentes e propostas. “Uma vez que as plataformas electrónicas não podem interferir enquanto entidade autónoma no procedimento de formação de contratos, a publicação na plataforma Compras Públicas da lista de concorrentes e das respectivas propostas está unicamente dependente da acção do júri. No caso da Plataforma Compras Públicas, a publicação atempada da lista de concorrentes e da publicação das propostas dependerá do tempo que o Júri leva entre o início da sua sessão e o início do processo de abertura de propostas, sendo que após a sua ordem, a publicação será realizada de forma automática pela plataforma e disponibilizada a todos os interessados. Sendo esta a estrutura da nossa plataforma, consideramos que, salvo nos casos em que existam limitações de acesso justificadas por razões de manutenção, qualquer atraso nas referidas publicações não deverá ser imputado à Construlink”, consideram.

Medidas necessárias

Para Reis Campos, importa “avaliar o impacto de todos os aspectos que referi e, com base na experiência recolhida ao longo destes últimos sete meses, implementar as medidas e regras necessárias para assegurar que a opção pelo actual modelo de contratação pública electrónica não põe em causa o princípio do acesso universal aos concursos públicos, promovendo uma efectiva adequação da contratação electrónica à realidade do mercado”. O também presidente do Instituto da Construção e do Imobiliário entende que “é fundamental uma efectiva regulação das plataformas electrónicas habilitadas a dar suporte a processos de contratações públicas, sendo certo que na base da sua actuação não poderá estar uma lógica puramente comercial, mas também de prestação de serviço público”.


Ganhos na contratação, segundo a Vortal

Quando comparados os custos suportados pelas empresas antes da utilização de Plataformas Electrónicas de Contratação previstas pelo novo Código dos Contratos Públicos (CCP) e os custos suportados até então com o acesso às peças procedimentais e à preparação e entrega de propostas, candidaturas e soluções, a poupança é de 88%. Antes da entrada em vigor do novo CCP, as empresas gastaram cerca de 12 milhões de Euros por ano para terem acesso às peças procedimentais que garantiam acesso às oportunidades de negócio da administração pública. A estes tiveram que somar os custos com a preparação das propostas nos formatos tradicionais e a entrega das mesmas, com os conhecidos constrangimentos logísticos. No total, os custos estimados com a apresentação de propostas, candidaturas e soluções foram de 49 milhões de euros por ano. O novo CCP e as plataformas electrónicas de contratação tornaram mais simples e mais económico o acesso às oportunidades de negócio da administração pública. Os custos associados à utilização das plataformas electrónicas de contratação resumem-se à utilização de um certificado digital qualificado de representação de forma a “relacionar directamente o assinante com a sua função e poder de assinatura” e ao serviço de validação cronológica que visa a “aposição de selos temporais emitidos por uma entidade certificadora que preste serviços de validação cronológica” e que contribui de forma relevante para o incremento da segurança e não repúdio das transacções realizadas nas plataformas.

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Lionesa Business Hub celebra o Dia Mundial da Arte com galeria a céu aberto no campus

Centro empresarial assinala data com exposições a céu aberto, ofertas culturais aos colaboradores e parcerias locais, demonstrando que a arte no quotidiano potencia criatividade, produtividade e bem-estar

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No próximo dia 15 de Abril, para celebrar o Dia Mundial da Arte, o Lionesa Business Hub (Lionesa BH) vai transformar o seu campus numa verdadeira galeria de arte a céu aberto. A iniciativa Open Air Gallery, já implementada como política activa de bem-estar corporativo e atracção de talento, ganha destaque com uma programação cultural especial para colaboradores e comunidade. A arte e a cultura, presentes no dia a dia deste hub empresarial, são colocadas no centro das atenções, reforçando a aposta em proporcionar um ambiente de trabalho inspirador e criativo.

No Dia Mundial da Arte, o Lionesa BH preparou uma programação especial que convida a comunidade a mergulhar na experiência artística do campus e da região envolvente. Ao longo do dia, será distribuído um roteiro ilustrado que destaca as principais obras e instalações artísticas espalhadas pelo espaço, incentivando colaboradores e visitantes a explorarem este verdadeiro museu a céu aberto. Para além do campus, e em parceria com a Área Metropolitana do Porto, serão também oferecidos cartões Andante com duas viagens incluídas, permitindo aos membros da comunidade descobrir uma rota de arte pública pela cidade, que inclui museus de referência e intervenções artísticas emblemáticas na região. Como gesto simbólico e inspirador, cada uma das 120 empresas presentes no Lionesa BH receberá ainda um exemplar do livro “Happy Hour is 9 to 5”, de Alexander Kjerulf, uma obra que reforça a importância da felicidade no local de trabalho, lembrando que um ambiente criativo e positivo é essencial para o bem-estar e a produtividade.

“A celebração do Dia Mundial da Arte é mais um capítulo da constante integração entre cultura e vida empresarial promovida pelo Lionesa BH”, diz António Pedro Pinto, head of marketing & mood lab. “Diversos estudos comprovam a relação positiva entre o acesso à arte/cultura e a produtividade, criatividade e bem-estar dos colaboradores. Uma revisão internacional recente quantificou melhorias significativas na qualidade de vida e na produtividade associadas à participação em actividades culturais. (The Guradian). No contexto empresarial, a presença de arte nos locais de trabalho está associada a aumentos de produtividade de até 35% e de bem-estar dos colaboradores em até 42%”, adianta.

De salientar que o campus já conta com exposições permanentes que fazem parte do seu quotidiano: o Gate Gallery – instalação artística de grande escala na entrada principal –, o Mural da Rua da Lionesa (com cerca de 1400 m², considerado o maior mural de arte urbana no norte do país e o espaço expositivo The Museum, onde regularmente se apresentam obras e colecções. Além destas, o Lionesa BH organiza exposições temporárias e pop-up em colaboração com parceiros de renome, como a Ferrari, a marca Tashan, a agência criativa The Martin Agency, a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e o Museu Nacional Soares dos Reis.

Essas parcerias permitem trazer ao campus desde arte contemporânea e design automóvel até projectos académicos e acervo museológico, num intercâmbio cultural único entre o mundo empresarial e as instituições artísticas. A estratégia cultural do Lionesa BH estende-se também para lá do seu recinto, através de parcerias com instituições emblemáticas da região. A colaboração com a histórica Livraria Lello e com a Torre dos Clérigos reforça a ligação entre a comunidade empresarial do Lionesa BH e a riqueza cultural local. Estas parcerias visam democratizar o acesso à cultura, oferecendo experiências exclusivas e benefícios aos colaboradores e residentes do campus, e criando uma ponte entre o ambiente de trabalho e a herança cultural da cidade.

 

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SunEnergy conclui projecto de autoconsumo com painéis solares em Idanha-a-Nova

O projecto, para a Associação de Regantes e Beneficiários de Idanha-a-Nova (ARBI) consistiu na instalação de quatro unidades de produção em autoconsumo, que contemplou a instalação de 796 painéis solares fotovoltaicos de 550W para produção de energia eléctrica a partir do sol

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A SunEnergy, especialista em soluções de produção de energia eléctrica a partir do sol, conclui mais um projecto de autoconsumo fotovoltaico, desta vez para a Associação de Regantes e Beneficiários de Idanha-a-Nova (ARBI), responsável pela gestão e manutenção do Aproveitamento Hidroagrícola da Campina de Idanha-a-Nova, localizado no distrito de Castelo Branco.

Este projecto consistiu na instalação de quatro unidades de produção em autoconsumo, que contemplou a instalação de 796 painéis solares fotovoltaicos de 550W para produção de energia eléctrica a partir do sol.
Com uma potência de 550 kW, este projecto vai permitir à ARBI reduzir de forma significativa a sua factura energética e a nível ambiental irá permitir, também, uma redução de emissões de CO2 em 350 toneladas por ano, totalizando 9.000 toneladas ao longo de 25 anos.

Um dos aspectos mais relevantes deste projecto relaciona-se com o facto de uma das quatro unidades de produção, a maior de todas, com 608 painéis, ter sido instalada num lago com estrutura flutuante. Esta solução sustentável, ainda rara em Portugal, permite aproveitar uma área que não serviria para outras aplicações e que permite, inclusivamente, melhorar a qualidade da própria água armazenada no lago e reduzir a sua evaporação durante o Verão. Adicionalmente, o facto de os painéis se encontrarem instalados na água faz com que a temperatura à superfície dos painéis seja mais baixa do que no solo e, como tal, a sua eficiência e, em consequência, a sua produção, serão maiores. Outro dos projectos, com 132 painéis, foi instalado com recurso a uma estrutura desenvolvida à medida sobre um dos canais de distribuição de água.

Paulo Tomé, Presidente da ARBI, sublinha que “temos como missão garantir a melhor gestão possível dos recursos hídricos da nossa região. Com este investimento na produção de energia solar, reforçamos o nosso papel na promoção da sustentabilidade ambiental e asseguramos uma redução significativa dos custos energéticos das nossas operações, o que nos permitirá alocar recursos para prestar um serviço ainda melhor aos nossos beneficiários.”

“Este é um projecto que nos orgulha não só pela sua dimensão, mas sobretudo pela forma inovadora como aliámos a produção de energia solar à optimização dos recursos hídricos. Esta instalação flutuante é também um excelente exemplo de como a agricultura pode beneficiar da energia renovável, contribuindo ao mesmo tempo para a sustentabilidade do nosso planeta”, afirma Paulino Oliveira, responsável técnico da SunEnergy.

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Quelfes integra Rede Espaço Energia

Novo balcão oferece apoio directo à eficiência energética, conforto térmico e acesso a programas de incentivo à reabilitação e uso de energias renováveis

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O novo Espaço Energia de Quelfes, no concelho de Olhão, passa a integrar a Rede Espaço Energia, uma iniciativa coordenada pela ADENE no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com o objectivo de aproximar os cidadãos das soluções de eficiência energética, conforto térmico e uso de energias renováveis.

“A adesão de Quelfes a esta rede é um exemplo inspirador de liderança local, assente na proximidade, inovação e capacitação dos cidadãos. A transição energética não se faz apenas com tecnologia. Exige políticas públicas próximas e territórios capacitados. Com os Espaços Energia, colocamos as pessoas no centro das decisões”, afirmou a ministra Maria da Graça Carvalho, durante a cerimónia de inauguração que contou também com a presença do presidente da Câmara Municipal de Olhão, António Pina, presidente da ADENE, Nelson Lage, e do presidente da Junta de Freguesia de Quelfes, Bruno Alves.

O Espaço Energia de Quelfes oferece atendimento gratuito e personalizado sobre eficiência energética, reabilitação urbana, autoconsumo, energias renováveis e conforto térmico. Está vocacionado para apoiar os cidadãos na adoção de soluções sustentáveis e no acesso a programas de incentivo público, contribuindo para combater a pobreza energética e promover uma verdadeira cidadania energética.

“Estes espaços não são apenas balcões de atendimento, mas sim pontos de transformação comunitária. A ADENE coordena esta rede com o propósito claro de garantir que, em todo o país, os cidadãos têm acesso à informação e às soluções que lhes permitem fazer parte da transição energética. Continuaremos a apoiar, formar e ouvir cada entidade local, porque é com esta proximidade que garantimos uma transição energética para todos”, sublinhou Nelson Lage, Presidente da ADENE.

A Rede Espaço Energia, lançada oficialmente a 29 de Janeiro de 2025, integra a reforma RP-C21-r44 do PRR e já ultrapassou a meta dos 50 balcões com cobertura nacional em todos os distritos de Portugal continental.

Além de apoiar directamente os cidadãos, os Espaços Energia funcionarão como pontos de recolha de dados para o Observatório Nacional da Pobreza Energética e serão canais para a disseminação de programas futuros, como o E-Lar e os Bairros Mais Sustentáveis.

As candidaturas para a criação de novos Espaços Energia, com apoio do Fundo Ambiental, estão abertas até 30 de Maio de 2025.

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Castelo Branco acolhe Observatório sobre futuro da habitação no interior de Portugal

Intitulado “Que futuro para a habitação no interior”, o Observatório tem como objectivo “fomentar a reflexão e a troca de ideias” entre os principais agentes do sector público e privado. O evento é promovido pela Century 21 Diamond, com o apoio da Century 21 Portugal

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No próximo dia 15 de Abril, o Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco, será palco do evento de debate sobre o futuro da habitação no interior do País. Intitulado “Que futuro para a habitação no interior”, o Observatório é promovido pela Century 21 Diamond, com o apoio da Century 21 Portugal, e tem como objectivo “fomentar a reflexão e a troca de ideias” entre os principais agentes do sector público e privado.

Além disso, promove o diálogo directo entre os territórios do interior, as entidades públicas e os setores financeiro e imobiliário, assim como servirá para lançar pistas concretas para políticas que promovam mais equidade territorial e melhores condições de vida nas regiões do interior.

A iniciativa conta com a presença de representantes de oito municípios da Beira Baixa, da Comunidade Intermunicipal da região e de várias entidades nacionais com responsabilidade directa no planeamento e desenvolvimento territorial. Estarão em destaque temas como o acesso à habitação, o arrendamento, o rendimento das famílias, o custo e tipologia dos imóveis, o crédito à habitação, a nova Lei dos Solos e o impacto da reclassificação de terrenos rústicos em urbanos.

Entre os oradores confirmados, contam-se os presidentes de Câmara de Castelo Branco, Fundão, Penamacor, Oleiros, Vila de Rei, Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão e Idanha-a-Nova. o presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, representantes do IHRU e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional e do Turismo do Centro, entre outros. A sessão de abertura ficará a cargo de Patrícia Gonçalves Costa, secretária de Estado da Habitação.

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Herdade do Canhão
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Herdade em Mourão vai a leilão por 2,8 M€

Com 430 hectares, a Herdade do Canhão caracteriza-se por vinha, olival, cereais, azinhal e duas albufeiras. As licitações podem ser enviadas até 22 de Abril

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A Herdade do Canhão, em Mourão, junto ao Alqueva, encontra-se em leilão electrónico, no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) da Farmácia Alcântara Guerreiro. A Leilosoc.com está a recepcionar licitações até 22 de Abril deste ano. A propriedade, composta por um lote único com nove artigos rústicos e um artigo urbano, contíguos entre si, está avaliada em 2.800.000 euros.

A Herdade do Canhão estende-se por 430 hectares de terreno, caracterizados por vinha, olival, cereais, azinhal e duas albufeiras, cuja captação e uso dos recursos hídricos está atribuída pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo.

O imóvel situa-se no Alqueva, numa das zonas mais valorizadas do território alentejano, cuja localização é reforçada pela proximidade à fronteira com Espanha, a apenas 15 minutos do acesso rodoviário ao país vizinho.

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Prata Riverside Village (Créditos: Ricardo Oliveira Alves)
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VIC Properties homenageia legado fabril de Marvila em novo edifício

Constituído por 53 apartamentos, o Factory vem juntar-se aos restantes oito edifícios do empreendimento projectado por Renzo Piano: The One, Riverside, West, Square, Urban, Park, Art e South

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A VIC Properties iniciou a construção do Factory, o novo edifício do Prata Riverside Village, cujo nome pretende homenagear o legado fabril da freguesia de Marvila. Constituído por 53 apartamentos, o Factory vem juntar-se aos restantes oito edifícios do empreendimento projectado por Renzo Piano: The One, Riverside, West, Square, Urban, Park, Art e South.

Através da construção do Factory, a VIC Properties dá mais um importante passo rumo à finalização do Prata Riverside Village. Neste momento, o projecto conta com seis edifícios completamente construídos e vendidos. Sendo que neste momento estão também a ser desenvolvidos os edifícios Art e South, com conclusão prevista para 2026, e cuja taxa de venda se encontra, respetivamente, em 85 e 65 por cento.

Com tipologias que variam entre o T0 e o T4, o Factory procura, tal como todos os edifícios do Prata, oferecer resposta a clientes com diferentes tipos de perfis e necessidades. No âmbito da promoção de medidas sustentáveis, os moradores do edifício poderão usufruir de um sistema de domótica, através do qual conseguirão tirar mais proveito do ensombramento das janelas, diminuindo a quantidade de energia despendida para regular a temperatura das suas casas.

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As diferentes “Formas (s)” da RAR Imobiliária

A43, Correia/Ragazzi Arquitectos, hori-zonte, José Carlos Cruz, Masslab e Nuno Valentim Arquitectura aceitaram o desafio e, a partir, de um conjunto de peças em madeira, apresentaram seis visões “criativas” sobre o espaço e o conceito de habitar

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Um jogo, seis gabinetes de arquitectura, uma exposição e seis visões dão uma nova “Forma” ao stand da RAR Imobiliária no Salão Imobiliário de Portugal (SIL), que se encontra a decorrer na FIL, em Lisboa.

A partir de um kit de materiais composto por 100 peças de madeira, abraçadeiras e cola, a RAR Imobiliário fez a proposta, a seis ateliers, para criarem, a partir desses elementos, um módulo arquitectónico, “habitável e inspirador”, que configurasse uma “verdadeira expressão de criatividade e funcionalidade”.

O jogo, aceite pelos gabinetes de arquitectura A43, Correia/Ragazzi Arquitectos, hori-zonte, José Carlos Cruz, Masslab e Nuno Valentim Arquitectura, resultou na criação de seis visões “criativas” sobre o espaço e o conceito de habitar, dando, assim, origem à primeira exposição de arquitectura da promotora – “FORMA – Expressões de Arquitectura”.

Na resposta ao jogo, cada um dos gabinetes usou os elementos para criar a sua visão “única” sobre a habitação, materializando-a através de maquetes e conceitos que exploram identidade, funcionalidade e expressão artística.

Para Paula Fernandes, CEO da RAR Imobiliária, a exposição representa o “compromisso” da RAR Imobiliária com a inovação e a diversidade na arquitectura. “Queremos promover um espaço de diálogo onde diferentes perspetivas sobre a habitação possam ser exploradas, incentivando a criatividade e novas formas de pensar o espaço habitacional”, refere.

No SIL. a RAR levou também para a ‘exposição’ os projectos, actualmente, em desenvolvimento, tais como o Montebelo Villas e o Boavista 5205.

A RAR Imobiliária está focada na expansão em mercados estratégicos, mantendo a aposta no segmento alto e em localizações de prestígio. Porto e Lisboa continuam a ser as áreas prioritárias.

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Metropolitano de Lisboa lança novo concurso para a construção da Linha Violeta

O Metropolitano de Lisboa lança no dia 15 de Abril novo concurso para a construção do metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures, também designado por Linha Violeta

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A sessão de lançamento no novo concurso para a construção do metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures está agendada para 15 de Abril e contará com a presença do Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.

A linha Violeta resulta de um protocolo de colaboração assinado pelo Metropolitano de Lisboa, a Câmara Municipal de Loures e a Câmara Municipal de Odivelas para o estudo, planeamento e concretização de um projecto de expansão da cobertura intermodal da actual linha Amarela do Metropolitano de Lisboa.

Recorde-se que o primeiro concurso lançado a 15 de Março do ano passado não teve resposta por parte das empresas. Já em Março deste ano o Governo autorizou novo aumento de 150 milhões de euros para a empreitada, face ao investimento previsto, que era de 527 milhões de euros. O custo da linha deverá ascender, assim, a 677 milhões de euros.

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Krest investe 120 M€ no novo empreendimento Arcoverde

O Arcoverde deverá começar a ser construído ainda este ano e arranca, numa primeira fase, com 175 apartamentos, aos quais se juntam mais 45, numa fase posterior

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Entre Quinta da Fonte e Paço de Arcos vai nascer o mais recente projecto da Krest. O Arcoverde deverá começar a ser construído ainda este ano e arranca, numa primeira fase, com 175 apartamentos, aos quais se juntam mais 45, numa fase posterior. O investimento total é de 120 milhões de euros.

Promovido em conjunto com a belga Revive, o Arcoverde tem assinatura do gabinete Saraiva + Associados e pretende dar resposta à “grande falta de habitação” que existe naquela zona.

Pela sua localização, o projecto tem despertado “grande interesse”, revela Claude Kandyoti, CEO da Krest, estando em lista de espera largas centenas de pessoas. O lançamento no Salão Imobiliário de Portugal, que se encontra a decorrer na FIL, em Lisboa, marca, também, o início da comercialização. Logo no primeiro dia, foram assinaladas 15 reservas, revelou Claude Kandyoti.

O projecto será desenvolvido numa área exclusiva de 34 mil m2, dos quais 25 mil correspondem aos espaços residenciais e comerciais, rodeados por zonas verdes e áreas comuns, assim como piscinas comuns, jacuzzis privados, áreas desportivas e de fitness, comércio e lazer, parque infantil, estacionamento e arrecadações e, ainda, serviços de mobilidade eléctrica e partilhada.

Os apartamentos são construídos de acordo com mais “elevados” padrões ecológicos e económicos, utilizando materiais locais, de forma a que cada residência mantenha custos de energia baixos e uma pegada de emissões quase nula.

O corredor verde que se desenvolve ao longo da encosta onde o projecto será construído, estratégias de redução de tráfego que minimizam o uso de carros, com uma rua interna apenas acessível a veículos de emergência, recurso a energia renovável, percursos pedonais, iniciativas de envolvimento social, entre os quais agricultura urbana e arte local, assim como uma gestão da água que asseguram a sustentabilidade deste projecto.

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Consórcio do TGV equaciona construção de duas novas pontes sobre o Douro

Quanto à travessia do Rio Douro, “a solução agora apresentada volta a separar, em duas pontes distintas, o modo ferroviário e o modo rodoviário”, pode ler-se em documentos municipais agora conhecidos

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O consórcio LusoLav, responsável pela linha de alta velocidade entre Porto e Oiã, quer mudar em dois quilómetros a localização da estação de Gaia e fazer duas pontes sobre o Douro em vez de uma rodoferroviária.

A proposta consta de um conjunto de documentos que serão apresentados e votados junto das Câmaras de Gaia e Porto, com esta última a manifestar surpresa e desconhecimento sobre qualquer intenção do consórcio.

Relativamente à estação, “é proposta uma alteração da localização anteriormente prevista – Santo Ovídio -, que constava dos estudos elaborados pela IP e que serviram de base ao concurso, deslocando a estação cerca de 2km para sul”.

“A nova localização proposta para a Estação de Vila Nova de Gaia fica compreendida entre a Rua da Junqueira de Cima (a norte e poente), a Rua e Travessa do Guardal de Cima (a sul) e a Travessa de Belo Horizonte (a nascente)”, na zona de São Caetano, em Vilar do Paraíso.

Além de um conjunto de acessbilidades rodoviárias a construir, a proposta inclui “o prolongamento da linha Rubi, desde Santo Ovídio até à Estação de Alta Velocidade (lado poente)”, com custos repartidos entre o consórcio (obra pesada) e a Metro do Porto (instalação da linha e dos respectivos equipamentos).

“Relativamente ao prolongamento da Linha Rubi desde a Estação de Santo Ovídio, importa referir que, dada a elevada densidade e sobreposição de infraestruturas neste local, esta obra afigura-se bastante complexa, obrigando a desviar o acesso rodoviário para poente, sobre um talude ajardinado, adivinhando-se impacto negativo, face à proximidade aos edifícios de habitação existentes”, aponta.

Os serviços municipais dizem ainda que, apesar da estação poder ser retirada de Santo Ovídio, entre as atuais estações de metro Santo Ovídio e D. João II, “o município deverá dar continuidade ao Plano de Pormenor que está em elaboração para o local”.

Quanto à travessia do Rio Douro, “a solução agora apresentada volta a separar, em duas pontes distintas, o modo ferroviário e o modo rodoviário”, pode ler-se em documentos municipais agora conhecidos.

Os mesmos apontam que “o consórcio sustenta essa opção na necessidade de redução do risco de financiamento, redução do risco de incumprimento do prazo e na clara separação das futuras responsabilidades de manutenção de cada uma das pontes”.

A proposta do consórcio implica ainda menos construção em túnel, pois “no projeto que consta do Estudo Prévio, a maior parte da extensão da linha no concelho de Vila Nova de Gaia encontra-se prevista em túnel, feito em escavação subterrânea, com menor impacto à superfície”, com 9,2 quilómetros em túnel do total de 12 quilómetros percorridos no concelho.

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