Cofina deverá entregar novo projecto para cobertura da obra embargada
“A requerente pretende entregar uma nova solução de tratamento da cobertura, diferente da anteriormente entregue e aceite, por forma a tentar minimizar o impacto visual do executado”
Lusa
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Os responsáveis pela construção do edifício da Cofina, em Benfica, embargado há 15 dias, pretendem entregar novo projecto para a cobertura do edifício, depois de terem desrespeitado a proposta acordada com a autarquia para colocar vegetação na cobertura.
“A requerente pretende entregar uma nova solução de tratamento da cobertura, diferente da anteriormente entregue e aceite, por forma a tentar minimizar o impacto visual do executado”, refere um esclarecimento da Direcção Municipal de Gestão Urbanística.
A obra, junto ao estádio da Luz, foi embargada há duas semanas, depois de elementos da autarquia terem visitado o local e deparado com “um tratamento de cobertura incompatível com os elementos entretanto colocados”.
Segundo a informação da Direção Municipal de Gestão Urbanística, quando visitaram o edifício, os elementos da autarquia repararam que na cobertura estavam instalados vários equipamentos de climatização de elevada volumetria, o que contrariava o projecto aceite pela câmara.
No projecto de especialidade aceite pela autarquia, e negociado por pressão dos moradores daquela rua, previa-se apenas a ocupação “de uma área reduzida” da cobertura, junto à fachada principal, e a colocação de vegetação para atenuar os impactes visuais.
“O tratamento da cobertura não está em conformidade com a comunicação prévia aceite (…) e considera-se que não existem actualmente condições para melhorar a relação do edifício com a envolvente”, porque o espaço disponível na cobertura para colocar vegetação é reduzido , lê-se na comunicação da autarquia que ditou o embargo de dia 22 de Junho.
O edifício da Cofina tem sido alvo de vários protestos dos moradores dos prédios próximos e o historial da obra tem sofrido vários reveses.
O embargo decretado há duas semanas é já o segundo de um processo urbanístico que a própria autarquia já mandou refazer, ordenando a abertura de um inquérito na sequência do desaparecimento do alvará.
O primeiro embargo da obra foi em 2008, após o promotor ter alterado um projecto que já motivou a intervenção do Provedor de Justiça, apontando a nulidade de vários actos administrativos por desrespeito do alvará de loteamento, de 1989.
A construção neste lote foi aprovada em 2001, tendo o projecto de arquitetura sido aprovado em 2004, no tempo em que o PSD liderava a autarquia, com a então vereadora Eduarda Nalopeão à frente do Urbanismo.
Contudo, só em Janeiro de 2008, já com o socialista António Costa à frente da autarquia, é que foi aprovada a licença de construção do edifício, à luz de uma rectificação do alvará de loteamento.