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    Opinião

    Por um diálogo permanente e com impacto

    A partir de uma das nossas comissões de especialidade, identificámos um conjunto de stakeholders aos quais iremos apresentar as nossas preocupações sobre a incapacidade do sector atrair a mão de obra que necessita o que, no nosso entender, pode fazer perigar a capacidade desse sector ser bem-sucedido nos desafios que enfrenta

    Opinião

    Por um diálogo permanente e com impacto

    A partir de uma das nossas comissões de especialidade, identificámos um conjunto de stakeholders aos quais iremos apresentar as nossas preocupações sobre a incapacidade do sector atrair a mão de obra que necessita o que, no nosso entender, pode fazer perigar a capacidade desse sector ser bem-sucedido nos desafios que enfrenta

    João Rodrigues
    Sobre o autor
    João Rodrigues

    Com a aproximação do período do ano mais utilizado para as merecidas e retemperadoras férias, escrevo este artigo de opinião em jeito de reflexão e balanço da primeira parte do ano.

    Não será novidade para aqueles que acompanhem a actividade da APIEE, que temos colocado as nossas atenções num conjunto de causas que consideramos absolutamente fundamentais para o bom desenvolvimento das nossas empresas e da nossa economia.

    Em concreto, temas como a falta de mão de obra devidamente formada e qualificada, a necessidade de simplificação de processos, a necessidade de alteração dos critérios de decisão de curto prazo para longo prazo e ainda a necessidade da existência de um diálogo permanente entre todas as partes do ecossistema que a todos ajude e beneficie, estão no topo das nossas prioridades.

    Aproveito então a aproximação do período de férias para incentivar à reflexão do porquê de em Portugal ser, aparentemente tão baixo, a existência de um permanente diálogo que una todas as partes dos diversos ecossistemas existentes.

    Partindo do princípio, que este tipo de diálogo tem benefícios para todos e portanto para a economia nacional, pergunto-me qual a razão para a existência de tamanha lacuna.

    Alguns poderão ir pelas habituais razões sociológicas, atribuindo essa situação ao típico individualismo e desconfiança própria dos portugueses. Outros, irão por razões de contexto, justificando que o estado de policrise que enfrentamos, obriga as empresas e os seus gestores a uma permanente atenção ao curto prazo.

    Da minha parte, confesso que tenho dificuldade em aceitar ambas as respostas… porque reconhecendo as características que acima referi sobre os nossos concidadãos e reconhecendo também que temos vivido um estado de sucessivas crises, não me consigo conformar à ideia de irreversibilidade desta situação e, por isso, acredito verdadeiramente ser possível alterar tal realidade.

    Porque não aceito estarmos condenamos a uma eterna banalidade e porque, felizmente, bons exemplos vão aparecendo, julgo importante dar-lhes o devido destaque. O recente caso da Declaração Conjunta para a Transição Energética, que contou com a mobilização de 21 associações nacionais, sendo a APIEE uma delas, é um óptimo exemplo.

    Da nossa parte iremos aproveitar esta oportunidade para aprofundar a nossa cooperação com as algumas das outras associações envolvidas, buscando pontos de interesse comum e estimulando a acção conjunta. Algumas iniciativas já foram iniciadas e espero que algumas outras possam, em breve, ser também postas em marcha.

    E porque sempre considero absolutamente fundamental que o exemplo parta de nós, aproveito para partilhar com os leitores uma iniciativa recente da APIEE. A partir de uma das nossas comissões de especialidade, identificámos um conjunto de stakeholders aos quais iremos apresentar as nossas preocupações sobre a incapacidade do sector atrair a mão de obra que necessita o que, no nosso entender, pode fazer perigar a capacidade desse sector ser bem-sucedido nos desafios que enfrenta.

    Está bom de ver que estas iniciativas não terão um impacto imediato, visto que tipicamente tocam em temas complexos, os quais carecem de uma necessária análise e o envolvimento de vários agentes económicos, bem como o necessário envolvimento do poder político.

    É por isso que me pareceu oportuno trazer este tema para a ordem do dia, sugerindo que o período de férias seja utilizado para a realização desta reflexão e que o descanso a que todos temos direito, traga vontade para a acção conjunta, que considero absolutamente necessária e que tipicamente é feito a partir das associações empresariais.

    Quem me conhece, sabe que não confundo associativismo empresarial com altruísmo. Isto porque para mim é muito claro que o associativismo empresarial tem um evidente contributo para o desenvolvimento dos mercados e, como tal, deve ser encarado como uma normal prática empresarial.

    Despeço-me com os votos de um bom descanso para todos.

    Sobre o autorJoão Rodrigues

    João Rodrigues

    director executivo da Associação Portuguesa dos Industriais de Engenharia Energética (APIEE)
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