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    Opinião

    É crucial implementar estratégias de gestão da água adaptativas e sustentáveis

    É crucial implementar estratégias de gestão da água adaptativas e sustentáveis, tanto na vertente da conservação da água, através de práticas de uso eficiente da água, como a nível da diversificação das fontes de água (p.ex. investir em fontes alternativas de água, como dessalinização, reutilização de água, armazenamento de água da chuva…)

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    É crucial implementar estratégias de gestão da água adaptativas e sustentáveis

    É crucial implementar estratégias de gestão da água adaptativas e sustentáveis, tanto na vertente da conservação da água, através de práticas de uso eficiente da água, como a nível da diversificação das fontes de água (p.ex. investir em fontes alternativas de água, como dessalinização, reutilização de água, armazenamento de água da chuva…)

    Sobre o autor
    António Ricardo Oliveira

    A expectativa e o desejo da OLI é que se mantenham os investimentos previstos no país no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, e no Plano Nacional da Água, onde se encerram medidas muito importantes para melhorar a gestão da água em Portugal. Relativamente ao negócio, projetamos que apesar do abrandamento nos mercados do norte e centro da europa, a dinâmica positiva no centro e sul da europa, bem como no médio oriente, permitam atingir os objetivos traçadas que passam por crescer as vendas em 8%, para atingir os 80M€.

    Particularizando o caso do mercado português, que representa 25% das vendas da OLI, a nossa preocupação é oferecer soluções inovadoras e com design diferenciador, com um foco cada vez maior na eficiência hídrica, procurando dar um contributo tangível para a melhoria dos standards construtivos, para a sensibilização dos consumidores sobre a necessidade de uma utilização responsável da água, concretizando esta intenção com lançamentos de produtos que sejam verdadeiras respostas aos desafios que Portugal, como outros países, enfrenta na estratégia de gestão da água.

    Para lidar com esses desafios, é crucial implementar estratégias de gestão da água adaptativas e sustentáveis, tanto na vertente da conservação da água, através de práticas de uso eficiente da água, como a nível da diversificação das fontes de água (p.ex. investir em fontes alternativas de água, como dessalinização, reutilização de água, armazenamento de água da chuva…). Em Portugal essa estratégia está definida no Plano Nacional da Água, e beneficia agora de fortes apoios no âmbito do PRR. Enquanto empresa e no que respeita ao uso eficiente da água, a OLI tem pensado os seus produtos desde a sua conceção à sua produção, para contribuírem para uma efetiva sustentabilidade hídrica. Mais eficiência, menos desperdício e uma utilização mais consciente da água. Exemplo disso é a combinação de um autoclismo regulado para descargas de 4 litros (descarga completa) e 2 litros (meia descarga) com uma sanita eficaz e adequada para o efeito, traduz-se numa poupança imediata de água. A mesma preocupação com a poupança de água teve a OLI com a criação do Sistema Plus, onde as toneiras de boia retardam a entrada de água no tanque para impedir que se gaste água a mais nas descargas. Enquanto a descarga ocorre, não entra água nova no tanque. Isto permite poupar até 9 litros de água por dia, o que corresponde a uma redução de 12% na fatura de água.

    No plano da diversificação das fontes de água, a reutilização de águas residuais em Portugal tem sido uma prática cada vez mais relevante devido aos desafios relacionados com a escassez de água e a necessidade de preservação dos recursos hídricos. Em 2023 foram tratados 684 milhões de m3, pelo que a identificação de possibilidades do uso de águas residuais tratadas para fins não potáveis, segmentando as suas aplicações como na irrigação agrícola, uso industrial e manutenção de espaços verdes, deve ser incentivado e regulamentado.

    De acordo com o mais recente Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal (RASARP) da ERSAR, divulgado em 2023, ainda são poucos os sistemas que produzem águas residuais tratadas para reutilização em Portugal continental. De acordo com o relatório, contabilizando utilizações com licença, em 2022 apenas sete entidades gestoras produziram águas residuais tratadas para reutilização, correspondendo a 2,9 milhões m3, ou seja, a apenas cerca de 0,4 % da água residual tratada em estações de tratamento. Face à escassez de água no país, a ERSAR salienta a necessidade de se criarem sistemas de produção de água residual tratada para reutilização.

    É nesse âmbito que soluções como o OLI74 duas torneiras ganha relevância, por ser um produto concebidos para utilizar águas residuais não tratadas, aproveitando o ingresso de uma fonte alternativa à água da rede, permitindo uma poupança de 50% de água potável.

    Embora Portugal tenha uma elevada qualidade de água para consumo humano e uma percentagem elevada de tratamento de águas residuais, as taxas de reutilização de águas residuais continuam a ser muito baixa.

    Por fim, o investimento em centrais de dessalinização, que à semelhança do que acontece noutros países e apesar do seu consumo energético, poderiam constituir uma solução em zonas particularmente fustigadas pela seca. Neste sentido, é pertinente o investimento na central dessalinizadora no Algarve, mais um investimento relevante apoiado pelo PRR, que prevê converter anualmente 16 milhões m3 de água do mar em água potável. Também aqui, a OLI apresenta soluções como o OLI80 Saltwater que foi concebido para funcionar com água do mar e dessalinizada (não necessariamente potável). Temos assistido à aplicação crescente desta solução em zonas países do Médio Oriente, Gibraltar, entre outros.

    Em suma, a OLI mantem-se muito atenta às medidas tomadas e aos investimentos em curso, que beneficiam de um quadro único como o PRR e que poderão ter um impacto muito positivo e de longo prazo na manutenção da autossuficiência hídrica do nosso país. Enquanto empresa, queremos continuar a dar o nosso contributo, criando soluções eficientes hidricamente como as que foram identificadas acima, e apelando à utilização responsável da água por parte dos utilizadores dos nossos produtos.

     

    NOTA: O Autor escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico

    Sobre o autorAntónio Ricardo Oliveira

    António Ricardo Oliveira

    administrador da OLI
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