Edição digital
Assine já
    PUB
    Opinião

    A Instalação como factor chave

    Numa altura de grande acumulação de projectos, torna-se fundamental garantir que os fornecedores críticos garantam um total alinhamento com as necessidades do projecto. Esta necessidade torna-se particularmente critica no caso nos parceiros tecnológicos, visto que os mesmos têm uma particular importância na execução dos projectos

    Opinião

    A Instalação como factor chave

    Numa altura de grande acumulação de projectos, torna-se fundamental garantir que os fornecedores críticos garantam um total alinhamento com as necessidades do projecto. Esta necessidade torna-se particularmente critica no caso nos parceiros tecnológicos, visto que os mesmos têm uma particular importância na execução dos projectos

    João Rodrigues
    Sobre o autor
    João Rodrigues

    Tendo recentemente participado na Feira ENERH2O, uma Feira dedicada às Energias Renováveis e à Água, na qual fiz uma palestra intitulada “A Instalação como Factor Chave para o Sucesso” e de seguida participado num painel de discussão dedicado à “Formação como Elemento Diferenciador”, parece-me interessante partilhar com os leitores do Jornal Construir as principais mensagens veiculadas.

    Comecei naturalmente por apresentar a APIEE – Associação Portuguesa dos Industriais de Engenharia Energética, que costumo dizer ser a mais representativa associação portuguesa dos instaladores de electricidade, gás e telecomunicações, visto que representamos um conjunto de associados que geram um volume anual de negócios da ordem dos 1.500 M€ e empregam aproximadamente 32.000 funcionários directos e indirectos em permanência.

    Estando numa feira dedicada às Energias Renováveis, suportei a minha comunicação tendo por base a construção de um parque fotovoltaico de grande dimensão, mas salientei que algumas das ideias de força que iria desenvolver seriam, naturalmente, transversais as outras tipologias de projecto.

    De seguida, lancei um desafio à audiência: será que quando começamos a preparar a execução de um projecto, pensamos o suficiente nas necessidades e expectativas do Cliente Final?… aquele que irá investir o seu dinheiro para construir algo? Costumamos, realmente, fazer esse esforço de compreender com detalhe as necessidades desse cliente? Nomeadamente pensando em como ele consegue recuperar o seu investimento e como podemos nós, empresas ligadas à execução dos projectos, contribuir para esse retorno do investimento? Ou será que tendemos a pensar, de forma simplista, que esse cliente pretende simplesmente maximizar o retorno do seu investimento?

    Da minha parte, confesso-vos que sempre preferi tentar entender as profundas expectativas dos clientes e, daí, partir para a tentativa de identificar formas de o ajudar com o meu contributo. Não agindo desta forma, julgo que corremos o risco de pensar que todos os clientes são iguais, o que me parece uma verdadeira perda de oportunidade de estabelecer uma cooperação mais profunda.

    Partindo então das necessidades e expectativas do cliente, com o objectivo de a elas dar o devido contributo e com base na experiência de terreno dos nossos associados, identifiquei 5 questões que consideramos fundamentais. A saber: i. Equilíbrio Contratual, ii. Validação Técnica e Planeamento, iii. Constituição das Equipas de Trabalho, iv. Escolha de Parceiros e, também, v. Diálogo e Cooperação.

    Relativamente ao Equilíbrio Contratual, comentei aquilo que me parece ser básico e que resumo da seguinte forma: se os contratos não forem equilibrados, em que se partilhem benefícios e riscos, corremos o risco de haver uma enorme falta de cooperação na gestão do mesmo, o que sabemos todos não ser a melhor forma de executar os projectos em que nos envolvemos.

    Sobre a Validação Técnica e Planeamento, uma etapa frequente e muito importante, especialmente numa altura caracterizada pela falta de mão de obra disponível e em que se encontram em execução muitos projectos, reforcei da importância de uma total clarificação dos âmbitos de fornecimento e responsabilidade de cada uma das diversas entidades envolvidas.

    Relativamente às Equipas de Trabalho, tendo voltado a referir a actual situação de escassez de mão de obra, enfatizei da importância de garantir a respectiva disponibilidade nos momentos da sua intervenção, tendo salientado da necessidade de que as mesmas tenham as diversas competências técnicas, bem como comportamentais, exigíveis pelas características do projecto. Conclui referindo que na APIEE consideramos fundamental que todos os técnicos que compõe essas equipas de trabalho, sejam certificados para executarem as respectivas tarefas, pois consideramos ser esta a forma de garantir uma concorrência justa e saudável entre as todas as empresas instaladoras.

    Sobre a Escolha do Parceiros, considerei importante que a mesma seja feita equilibrando os factores económicos e os factores qualitativos, sempre devidamente enquadrados com o planeamento do projecto.

    Numa altura de grande acumulação de projectos, torna-se fundamental garantir que os fornecedores críticos garantam um total alinhamento com as necessidades do projecto. Esta necessidade torna-se particularmente critica no caso nos parceiros tecnológicos, visto que os mesmos têm uma particular importância na execução dos projectos.

    Finalmente estimulei que toda a cadeia de construção estabeleça um permanente Diálogo e Cooperação, em que todos os intervenientes se sintam parte de uma equipa única. Pode parecer uma ambição ingénua… eu prefiro considerá-la como absolutamente fundamental para a boa execução de um qualquer projecto!

    Posteriormente a esta palestra e conjuntamente com o Márcio Reis da ATEC, realizámos uma mesa-redonda dedicada à importância da Formação, tendo havido uma grande concordância dos pontos de vista, em especial da necessidade de salvaguardar a superior qualidade das instalações técnicas executadas.

    Convicto que os ideias apresentadas serão partilhadas por uma grande maioria dos intervenientes do nosso ecossistema, convido a que todos contribuamos para o engrandecimento da fileira da construção, onde Construtores Civis, Instaladores das diversas especialidades e Fornecedores Tecnológicos trabalham harmoniosamente, em benefício dos seus Clientes Finais e do desenvolvimento do nosso país.

    A partir da APIEE e em nome de todos os nossos associados, Instaladores de electricidade, gás e telecomunicações, comprometemo-nos em actuar em conformidade com estes objectivos.

    NOTA: O Autor escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico

    Sobre o autorJoão Rodrigues

    João Rodrigues

    director executivo da Associação Portuguesa dos Industriais de Engenharia Energética (APIEE)
    Mais artigos
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB

    Navegue

    Sobre nós

    Grupo Workmedia

    Mantenha-se informado

    ©2024 Construir. Todos os direitos reservados.