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    Opinião

    A eficiência energética dos edifícios: como construir em 2025?

    “Hoje constrói-se com a preocupação da redução da pegada de carbono. Como? Através da incorporação de materiais reciclados e recicláveis, mas também da utilização de materiais que se possam encontrar ou produzir em círculos de 100, 200 ou 300 quilómetros do local da obra, com o intuito de evitar os custos energéticos de transporte”

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    A eficiência energética dos edifícios: como construir em 2025?

    “Hoje constrói-se com a preocupação da redução da pegada de carbono. Como? Através da incorporação de materiais reciclados e recicláveis, mas também da utilização de materiais que se possam encontrar ou produzir em círculos de 100, 200 ou 300 quilómetros do local da obra, com o intuito de evitar os custos energéticos de transporte”

    André Caiado
    Sobre o autor
    André Caiado

    A recuperação dos edifícios é uma forma elementar de proteger o património existente, de manter de pé legados arquitetónicos capazes de alcançar distintas gerações. A cidade é, a meu ver, o objeto de maior valor da humanidade.

    Perante a urgência de a preservar, é preciso considerarmos que, cada vez mais, a pegada de carbono é um fator fundamental no exercício da atividade de produção da própria cidade. E, ao nível da construção, estamos finalmente nesse caminho.

    A reabilitação é uma prioridade face à nova construção, uma vez que reduz a pegada de carbono. Hoje, a casca exterior dos edifícios é reabilitada de forma modular, com novos isolamentos e impermeabilização adequados. Sendo que a camada exterior é, em muitos casos, um coletor solar.

    Longe estão os tempos em que os painéis solares só se instalavam nas coberturas como elementos adicionais sobre estruturas de suporte, o que visualmente tinha quase sempre um resultado estético muito duvidoso.

    Hoje, temos telhas que incorporam coletores solares em barro ou em metal, entre outros materiais. Soluções que foram desenvolvidas com preocupações estéticas ou com o objetivo de mimetizarem a cobertura – estruturas muitas vezes irreconhecíveis para quem não for especialista interessado neste tipo de tecnologias.

    Já nos revestimentos verticais, a tendência é a produção de painéis. Os painéis verticais podem, hoje, ter todos os tipos de cores e acabamentos metálicos, acabamentos semelhantes a tinta ou serigrafias de pedra, idênticos ao que encontramos nos cerâmicos de grandes dimensões. Claro que a eficiência destes painéis é inferior aos “puros e duros painéis solares”, mas, a cada ano que passa, esta eficiência melhora.

    Hoje constrói-se com a preocupação da redução da pegada de carbono. Como? Através da incorporação de materiais reciclados e recicláveis, mas também da utilização de materiais que se possam encontrar ou produzir em círculos de 100, 200 ou 300 quilómetros do local da obra, com o intuito de evitar os custos energéticos de transporte.

    Vivemos numa realidade onde o cuidado em produzir edifícios com objetivos de certificação LEED ou BREEAM muito elevados é real. Edifícios cujo consumo energético seja nulo ou até positivo ao final do ano, sendo que a produção adicional pode ser sempre utilizada para carregar carros elétricos e, no limite, vendida à rede.

    Em resumo: as fachadas e cobertura expostas ao sol devem ser coletores solares ou estar cobertas por vegetação. Os edifícios devem ser corretamente isolados, térmica e acusticamente, para além de impermeabilizados.

    Tendo em conta o custo atual das soluções de painéis solares para uma moradia, por exemplo, este é um investimento que se paga em seis anos, e produz riqueza por um período de pelo menos 20 anos – tal faz deste um dos melhores investimentos em 2025.

    É bom para nós, e bom para o planeta.

    NOTA: O Autor escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico

    Sobre o autorAndré Caiado

    André Caiado

    André Caiado, fundador da Contacto Atlântico Arquitectura, Arq. Msc. PhD.
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