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    Miguel Garcia, administrador da construtora (Foto créditos: Anabela Loureiro)

    Construção

    Garcia Garcia leva a construção off-site para o Residencial Hospitality e Retalho

    A construtora está a avançar com um investimento de 13M€ na construção de uma nova unidade industrial, dedicada à construção off-site e modular. Se estes sistemas já não são uma novidade para a construtora nos projectos industriais e logísticos, a Garcia Garcia quer agora dar um passo em frente e levar a modularidade aos segmentos Residencial, Hospitality e Retalho. O primeiro projecto imobiliário residencial da Construtora representará um investimento entre 7 a 9 M€

    Manuela Sousa Guerreiro

    Miguel Garcia, administrador da construtora (Foto créditos: Anabela Loureiro)

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    Garcia Garcia leva a construção off-site para o Residencial Hospitality e Retalho

    A construtora está a avançar com um investimento de 13M€ na construção de uma nova unidade industrial, dedicada à construção off-site e modular. Se estes sistemas já não são uma novidade para a construtora nos projectos industriais e logísticos, a Garcia Garcia quer agora dar um passo em frente e levar a modularidade aos segmentos Residencial, Hospitality e Retalho. O primeiro projecto imobiliário residencial da Construtora representará um investimento entre 7 a 9 M€

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    Manuela Sousa Guerreiro
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    O ano de 2023 foi de forte crescimento para a Garcia Garcia. 2024 também o será, mas as novidades surgirão em 2025, ano em que a construtora irá inaugurar uma nova fábrica em Santo Tirso, concelho para onde se realocou há cerca de dois anos. A nova fábrica marcará a entrada da Garcia Garcia na construção off-site e modular dirigida, em especial, aos segmentos Residencial, Retalho e Hospitality. A nova “linha de montagem”, como Miguel Garcia, administrador da construtora, chamou à nova unidade, representa um investimento de cerca de 13 milhões e meio de euros, aos quais acresce outros 7 a 9 milhões de euros no primeiro projecto residencial imobiliário que será construído com o novo sistema, três torres de sete andares na zona da Asprela, no Porto.

    “O que estamos aqui a tentar transmitir ao mercado é que antes de sermos procurados para fazer residências universitárias, residências seniores, escritórios ou apartamentos vamos, proactivamente, propor aos nossos clientes uma solução de modularidade que permita que esses apartamentos, residências universitárias, residências seniores cheguem ao local perfeitamente concluídos. Estamos a falar numa solução verdadeiramente off-site e não híbrida, cujo lead time do projecto passa de 18 meses para 5 meses, in situ 6 meses. É com isto que queremos brindar o mercado, com essa capacidade e versatilidade”, avança ao CONSTRUIR Miguel Garcia.

    Ao mesmo tempo a Garcia Garcia não descura aquele que é o seu negócio core: o Indústrial&Logístico. A construtora que já assumiu obras para empresas como a Mercadona, Logicor, Kantar, Borgwarner e VGP prepara-se para lançar o seu terceiro parque Industrial&Logístico, o 170P. O novo ecopark ficará localizado em Santo Tirso, onde a empresa já tem o Parque Empresarial da Ermida e, uma vez concluído, será, porventura, o maior parque privado no país. Um novo investimento que só ficará concluído em 2026, mas que já está a chamar a atenção de várias indústrias.

    2023 foi um dos melhores anos de sempre. Como está a correr 2024? Perspectivam crescimento?
    Independentemente do volume de negócios, o que nos interessa é o factor de redistribuição pela nossa equipa e, neste sentido, 2023 foi o melhor ano de sempre. Agora, 2024 também se afigura como um ano de excelência, talvez ainda melhor que 2023.

    Que factores contribuem para os resultados que se advinham?
    Nos últimos anos definimos uma estratégia de forte especialização naquilo que é o nosso core: a indústria logística. Mas nunca parámos de investir naquilo que achamos que é o futuro da construção: o off-site e a modularidade. É o que temos vindo a fazer nos últimos anos, mas estamos a intensificar. Temos umas finanças sólidas, isso também não mudou, temos um mercado que está em crescendo. Infelizmente, e eu reforço infelizmente, as guerras que o mundo atravessa estão-nos a ajudar, criado oportunidades. Temos assistido a uma forte demanda de investimento directo estrangeiro em Portugal, sobretudo alicerçada na estabilidade que o país oferece, na qualidade e preço da mão de obra que o país oferece. Portugal, a Península Ibérica, é um refúgio e como estamos no centro do core de tudo que é indústria logística e actividades complementares, temos sido contemplados com projectos de referência.

    De que forma é que têm vindo a desenvolver a construção off-site e modular?
    Na realidade já fazemos construção off-site desde o tempo do meu pai. Por exemplo, quando desenvolvemos o primeiro tecto falso para as indústrias de fiação têxtil. De certa forma já faz parte do nosso ADN. Agora estamos a transferir tudo o que é pré-fabricação e construção off-site para as áreas de negócio que têm actualmente um carácter residual no nosso volume de negócios e onde estamos a entrar, que são: Hospitality, Retalho e Residencial.
    Nunca vamos querer uma exposição marcante nestes segmentos, mas queremos, uma vez que estamos presentes, aportar soluções que sejam do off-site. O que estamos aqui a tentar transmitir ao mercado é que antes de sermos procurados para fazer residências universitárias, residências seniores, escritórios ou apartamentos vamos, pro-activamente, propor aos nossos clientes uma solução de modularidade que permita que esses apartamentos, residências universitárias, residências sénior cheguem ao local perfeitamente concluídos. Estamos a falar numa solução verdadeiramente off-site e não híbrida, cujo lead time do projecto passa de 18 meses para 5 meses in situ 6 meses. É com isto que queremos brindar o mercado, com essa capacidade e versatilidade.

    Nova fábrica representa um investimento superior a 13 milhões de euros

     

    Como é que o vão fazer? O que está na base desta solução?
    Estamos a arrancar com a nossa fábrica, em Vila das Aves, no concelho de Santo Tirso de onde a família é originária. Há uns dois anos transferimos a sede da empresa do Concelho de Guimarães para Santo Tirso e na ocasião disse que isto é um “back to the future”, porque quer o meu bisavô, o meu avô e o meu pai eram naturais de Vila das Aves.

    Qual é o investimento nessas instalações e na nova fábrica?
    A nova fábrica representa um investimento de cerca 13,5 milhões de euros. Estará concluída no final de 2025. Basicamente será uma linha de fabrico. Temos de mudar o modus operandi do sector da construção e igualar a indústria automóvel. Para este projecto contratamos uma pessoa da indústria automóvel e estamos em via de contratar uma segunda.
    Este processo envolve quase que uma desconstrução do projecto até ao parafuso e ter todos os materiais em stock antes de o projecto entrar na linha de montagem. A nossa fábrica terá cerca de 12 estações, que nos permitiram fazer à razão de 1,66 módulos/dia e todos os materiais têm que estar em stock de forma a alimentar as diferentes secções. Estamos a falar de tudo: tecto, fachadas, armários, parte eléctrica, AVAC, hidráulica…
    Isto de inovação tem zero, é o copy-paste da indústria automóvel. Mas implica, isso sim, uma mudança de mentalidade na indústria da construção.

    Residencial em destaque

    Que projectos vão alimentar essa linha de montagem?
    Vamos começar com projectos próprios. Temos consciência que é um investimento arrojado, diferenciador e, como tal, quando quero fazer experiências, não as devo fazer na casa dos outros. Temos um projecto de três torres de seis, mais um recuado, pisos. Iremos iniciar a construção da primeira torre em 2025, com o sistema modular que estamos a desenvolver na nossa fábrica.

    Será um projecto residencial?
    Exactamente, porque se fossem projectos destinados aos segmentos de residenciais de estudantes ou senior living já não estaria a provar nada. O desafio é provar que podemos ter modularidade em projectos residenciais. Que o segmento residencial suporta facilmente, e com qualidade, um sistema modular. E, nesse sentido, este é um duplo desafio já que é também um mercado onde somos insignificantes e não fazemos a diferença, sendo um mercado de alguma forma desconhecido para a Garcia Garcia. Hoje o residencial deve representar entre 7,5% a 10% do nosso volume de negócios. E, depois, também é um desafio na abordagem a um segmento/mercado cujos conceitos são algo retrógradas e conservadores. É arriscado. Mas o mercado é soberano.

    Fale-me um pouco deste primeiro projecto residencial: onde está localizado? Qual a dimensão? Para que segmento se destina?
    Será construído junto ao campus da Asprela da Universidade de Porto. Representa um investimento de cerca 7 a 7,5 milhões de euros, talvez um pouco mais, mas nunca será superior a 9 milhões de euros, que serão financiados com recurso à nossa tesouraria, porque os empréstimos vêm em tranches e quando a primeira tranche viesse já este projecto estaria concluído. Prevemos o início de construção no terceiro trimestre de 2025.

    A vossa perspectiva com este investimento é crescer no sector residencial?
    A nossa directriz interna diz-nos que o sector Industrial e Logístico tem de ter um peso superior a 50%. O que temos conseguido e queremos manter. Contudo, numa óptica de dispersão do risco queremos ter uma carteira de investimentos minimamente repartido. A nossa abordagem no mercado é exactamente essa: crescer noutros mercados, sem nunca perder a preponderância do Industrial e Logístico. E queremos crescer na modularidade e na construção off-site, que no fundo é o que já oferecemos ao sector Industrial e Logístico. Só queremos avançar para o Residencial e Hospitality de uma forma consistente quando a nossa solução estiver comprovada e o mercado a tiver aceitado.

    Novo investimento pode duplicar número de colaboradores da Garcia Garcia rapidamente

    Quanto tempo é que acha que isso vai demorar?
    Eu acho que muito rapidamente, acho que no final do próximo ano vamos começar a ter uma noção rápida e muito concreta de como é que o mercado está a receber este produto.

    A Garcia Garcia não é a única empresa que está a avançar na modularidade.
    Temos de olhar para o que está a acontecer no nosso planeta e esta coisa do ESG não pode ser uma “conversa” para vender. É uma preocupação. Assim como nos preocupamos com as nossas pessoas, temos de nos preocupar com o ambiente e, portanto, temos que afectar de forma eficaz os nossos recursos e a construção on-site é muito pouco eficiente, cria muito desperdício. Não há outra solução, os nossos recursos têm de ser alocados de uma forma muito mais eficaz. Eu acho que só há este caminho, que é o caminho da eficiência e do rigor e isso não se fará com construção on-site e sim off-site. Portanto, acho que o mercado vai ser obrigado a adoptar essas soluções e temos de educar as pessoas nesse sentido. É um caminho das pedras, temos consciência, que tem de ser percorrido por toda a indústria da construção, incluindo os fornecedores de materiais. Sozinhos não conseguimos fazer nada.

    E qual tem sido a resposta por parte da indústria?
    Excepcional. Individualmente Portugal não tem dimensão e efectivamente, temos de dar as mãos entre nós. Estamos a falar com a indústria de materiais no sentido desenvolver parcerias. Se quero reduzir os nossos lead times para um terço é preciso que a indústria parceira incorpore igualmente soluções que possibilitem visar a obtenção de um produto de valor acrescentado com qualidade não só do ponto de vista arquitectónico, mas também do ponto de vista da operação e que reduzam estes timings para aquilo que o mercado espera. Na Indústria e Logística seis meses é uma coisa normal, mas no Residencial estamos a falar, normalmente, de 18, 20, 24 meses, fora os atrasos. Um chão de fábrica não está sujeito a condições climatéricas, não está sujeito a nada, eu posso ter umas condições de climatização com temperatura controlada humidade relativa controlada e os meus efectivos são efectivos numa fábrica quando falha, falha um. Já numa obra quando falha um, falha uma equipa.

    Qual a dimensão da nova unidade e quantas pessoas irá empregar?
    A unidade terá uma área de cerca de 12 mil metros quadrados. Iremos iniciar a actividade com 50 postos de trabalho, mas podemos chegar aos 200. E este é um número que me assusta, porque 260 ou 270 é o número de pessoas que fazem parte da Garcia Garcia hoje. Depois temos quase 1000 pessoas em outsourcing, que são as que trabalham nas nossas obras habitualmente. Assusta-me pensar que numa fábrica que vai arrancar com 50 postos de trabalho posso, num curto espaço de tempo, chegar ao mesmo número de pessoas que estão hoje na Garcia Garcia. O mercado efectivamente tem de existir. Mas a unidade por si é modulável, ou seja podemos arrancar com 12 estações que nos permite o tal ratio de 1,66 módulos/dia, mas posso arrancar com seis estações e consoante a demanda de trabalho vamos crescendo. A estratégia passa por chamar os nossos parceiros que estão hoje nas nossas obras, para o chão de fábrica, até porque não temos intensão de verticalizar tudo, porque como se costuma dizer: “quanto maior a nau maior a tormenta”.

    Para além da indústria automóvel existem exemplos europeus a servir de modelo a esta unidade?
    Reforço: não estou a inovar nada, o que eu gosto é de copiar bem! Tenho observado exemplos no mercado inglês, que está muito mais evoluído que nós. E tive oportunidade de privar com uma empresa que faz off-site desde 2006 ou 2007. Tentámos fazer uma joint venture com eles, mas não conseguimos. Fizemos então um short cut: fomos observar as empresas que trabalham com eles. Visitei torres com 37 pisos e 42 pisos nos arredores de Londres. Levei equipes de engenharia, de arquitectura e direcção de obra e disse-lhes “ponham defeitos nisto” e a surpresa foi total, pela qualidade que oferecia.

    Além do projecto na Asprela no Porto, já tem mais algum outro? Tem falado com promotores? Como espera que seja a reacção do mercado?
    Temos tido uma procura imensa. Os prazos impostos pelo PRR fazem com que haja uma forte demanda por soluções off-site. Há muitos pedidos, mas temos vindo a declinar porque não podemos fazer a experiência nas “casas dos outros”, conforme lhe falei há pouco.
    A Garcia Garcia é sobretudo uma construtora. Há muitos fundos de investimento que acham que somos concorrentes. Não quero ser e nunca serei. Se eu quisesse ser um promotor eu fechava a empresa de construção civil amanhã. Não preciso de uma empresa de construção para ser um developer. Mas não. A Garcia é uma construtura e será sempre. O que nos diferencia das outras é a nossa capacidade conceptual que já é muito antiga.

    Industrial&Logística são core

    Mas desenvolvem parques empresariais e logísticos.
    Fazemos o chamado land banking. Aliás, comprámos em Novembro do ano passado uma outra parcela de terreno onde vamos desenvolver um novo ecoparque Industrial e Logístico, sobretudo, mas também terá outras valências. Está localizado em Santo Tirso, onde já temos 111 hectares perfeitamente consolidados [Parque Empresarial da Ermida] e ocupará uma área de 170 hectares. Será o 170P, ainda que possa crescer e ter outra dimensão, essa será a sua denominação. Terá um conceito mais ESG também. Queremos que seja verdadeiramente eco-friendly. Mais uma vez, não estamos a inovar nada.

    Já tem clientes?
    Já. Curiosamente. Está numa fase muito embrionária. Muito, muito embrionária. Estamos a falar sempre já da sua conclusão no segundo/terceiro trimestre de 2026. Já temos potenciais clientes, clientes que nos vêm visitar… E estamos ainda na fase de desenvolvimento do projecto. É preciso alterar ainda a utilização de solos, criar acessibilidades, movimentar cerca de 3 a 4 metros cúbicos de terra, que é uma coisa absurda. Mas já temos potenciais clientes. Houve um interesse das autoridades locais, do município local, em que a Garcia continuasse a desenvolver a indústria logística e industrial em Santo Tirso e metemos os “pés à estrada”, conseguimos adquirir estes 170 hectares que, julgo, será o maior parque industrial do país, pelo menos privado. Será, com certeza, o maior projecto que a Garcia está a fazer.

    Este projecto já está a arrancar?
    Já arrancou agora no primeiro trimestre deste ano. E no Q1 de 2025 ou Q2 o início do Q2 de 2025 estará pronto. Estará pronto isto é. Estará desenhado a alteração dos usos de solos estará pronto para a fase de terraplanagem por assim dizer.

    Que indústrias é que irá atrair?
    Diria que pela amostragem que eu tenho na Ermida poderá ter logística, poderá ter aeronáutica, poderá ter indústria de papel da madeira do plástico eu acho temos um parque perfeitamente equilibrado e com um mix product muito bom. Diria que o P170 será um prolongar daquilo que é o Ermida fases 1, 2 e 3. Portanto não terá com certeza sobretudo logística ou sobretudo uma unidade única digamos, terá sempre um mix product, que é isso que defendemos. Seleccionamos o tipo de investimento que chega à Garcia e Garcia no âmbito dos parques industriais. Ou seja, se acharmos que esta indústria está a ter um peso muito expressivo baixamos a exposição e declinamos projectos.

    O grupo já vai na quarta geração. Já estão a preparar a quinta?
    Já. Já tenho dois miúdos comigo a trabalhar. O filho do meu irmão mais velho, o Rui Garcia, que também é Rui Garcia. Eu fico irritado com esta coisa de copiar os nomes, mas é mesmo assim. O Rui Garcia, tem um enfoque particular em tudo o que é economia circular, sustentabilidade e certificação dos edifícios. E o meu sobrinho mais novo, Gonçalo Garcia, 26 anos está na parte de Recursos Humanos e Comunicação. E muitas das coisas que têm acontecido também é com ele. Portanto, é sangue novo. É sangue novo a chegar. O que me tranquiliza porque eu já tenho cabelos brancos e preciso começar a descansar. E já estamos a preparar a quinta geração e a sexta e a sétima porque isso é o que nos move.

    A empresa é totalmente familiar?
    Totalmente familiar. Não temos capital disperso por nenhum membro alheio. E totalmente familiar e num núcleo restrito, muito duro.

     

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Município de Tavira avança para construção de Centro de Saúde

    A autarquia liderada por Ana Paula Martins explica, em comunicado, que se trata de uma unidade de consultas externas de alta resolução e diagnóstico ambulatório. Investimento ascende a 9,9M€

    CONSTRUIR

    A Câmara de Tavira acaba de lançar um procedimento concursal com vista à execução da empreitada de execução de edifícios de serviços de saúde naquela cidade algarvia, num investimento estimado em 9,9 milhões de euros.

    A autarquia liderada por Ana Paula Martins explica, em comunicado, que se trata de uma unidade de consultas externas de alta resolução e diagnóstico ambulatório e sede do ACES do Sotavento, num espaço que procura resolver carências de serviços no atual Centro de Saúde de Tavira.

    A unidade de saúde, além de responder às necessidades em termos de consultas externas de especialidades, exames e medicina dentária, vai também permitir cirurgias de ambulatório, TAC, raio X, análises laboratoriais e fisioterapia.

    No sentido de dotar toda esta zona com acessibilidades, será criada uma plataforma que incorporará as circulações viárias, pedonais e estacionamentos.

    A todos estes espaços juntam-se as dependências complementares como vestiários, salas de recobro, instalações sanitárias e material de limpeza. A par destas, estão previstas salas polivalentes/biblioteca/formação/reuniões.

    A aposta na construção de infraestruturas na área saúde é vital para garantir o acesso das populações a cuidados diários e essenciais, assim como na prevenção de doenças

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    Grupo Greenvolt garante tarifa de longo prazo para projecto agrovoltaico em França

    Grupo Greenvolt assegura tarifa de 20 anos atribuída pela Comissão Reguladora de Energia de França para um projecto agrovoltaico de 26,8 MWp, que contará com cerca de 40.000 painéis bifaciais, capazes de gerar 40,67 GWh anuais, o equivalente ao consumo eléctrico de aproximadamente 10.000 famílias francesas

    CONSTRUIR

    O Grupo Greenvolt, através da Greenvolt Power, empresa especializada em projectos eólicos, solares fotovoltaicos de Utility-Scale e de armazenamento de energia, foi um dos vencedores das mais recentes licenças atribuídas pela Comissão Reguladora de Energia de França (CRE – Commission de Régulation de L’Énergie), tendo assegurado uma tarifa de 20 anos para um dos seus projectos mais inovadores em França, uma central agrovoltaica que compatibiliza a produção de energia solar com as melhores práticas agrícolas e agropecuárias.

    O projecto, desenvolvido em parceria com a NovaFrance Energy, especialista em bem-estar animal, terá uma capacidade instalada de 26,8 MWp, compatibilizando a produção de energia solar com a actividade agropecuária, especificamente a criação de 500 ovelhas de raça Romane. A central solar contará com 39 400 painéis fotovoltaicos bifaciais, instalados em estruturas metálicas reguláveis que seguem a trajectória do sol, maximizando assim a produção de energia que será de 40,67 GWh por ano, o equivalente ao consumo eléctrico de cerca de 10.000 famílias francesas.

    A exploração está situada numa área de 25,25 hectares em Montesquieu-Volvestre, a sul de Toulouse, na região francesa de Ocitânia e distingue-se pela capacidade de adaptar a produção de energia aos pastos extensivos de ovinos.

    “Este projecto, um dos últimos a ser licenciado pelas autoridades francesas, destaca-se pela sua total compatibilidade entre a produção de energia renovável, a preservação da biodiversidade e as actividades agrícolas e pecuárias. Assegurar uma tarifa de longo prazo para um dos maiores projectos a concurso é extremamente positivo, pois garante previsibilidade e estabilidade de receitas para este ativo”, adiantou o CEO do Grupo Greenvolt, João Manso Neto.

    O projecto integra um sistema inovador de pastagem rotativa, ajustável em função das variações sazonais, estando ainda equipado com um sistema de abastecimento de água.

    Esta gestão optimizada dos recursos contribui para o bem-estar animal, para a melhoria da qualidade e quantidade da produção de forragem, para a extensão do período de coberto vegetal e, por conseguinte, para a preservação da integridade das terras agrícolas, com as estruturas fotovoltaicas a proporcionar ainda sombra e protecção ao pastoreio.

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    Alberto Couto Alves assegura construção de novo Hotel Radisson em Gaia

    A ACA Engenharia e Construção tem um prazo de 20 meses para concluir a obra, “garantindo os mais altos padrões de qualidade e eficiência”

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    A Alberto Couto Alves vai ser responsável pelos trabalhos de construção de uma nova unidade hoteleira da cadeia Radisson em Vila Nova de Gaia.

    Em comunicado, a construtora adianta que o novo Three Star Hotel Radisson Red Gaia, que conta com projecto de arquitectura da equipa da Saraiva + Associados, terá 250 quartos, distribuídos por oito pisos acima do solo, ocupando uma área bruta de construção superior a 12.200 metros quadrado. As especialidades ficam a cargo da Enes – Consulting Engineering.

    A ACA Engenharia e Construção tem um prazo de 20 meses para concluir a obra, “garantindo os mais altos padrões de qualidade e eficiência”. Esta obra “destaca-se pela sua escala, inovação e impacto económico, sendo mais um exemplo da confiança que investidores internacionais depositam na ACA para materializar projetos estratégicos”, detalha a empresa famalicense.

    Esta empreitada vem, assim, reforçar “a capacidade de executar empreitadas de grande dimensão e complexidade, em prazos curtos, contribuindo para o desenvolvimento da infraestrutura turística da região do Porto”, completa na mesma nota.

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    Grupo VGP investe em quarto projecto em Portugal

    O quarto parque logístico e industrial do Grupo VGP em Portugal ficará localizado, em São Pedro de Penaferrim, em Sintra. O VGP Park Sintra terá uma área de implantação com 59.178 m2 e uma área locável de 30.040. O projecto está em fase de licenciamento

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    De acordo com a informação disponibilizada no site do grupo, a nova plataforma ficará localizado em São Pedro de Penaferrim, Mem Martins, no concelho de Sintra, tem uma uma superfície total de construção de 30.040 m² dividida em duas unidades, sendo o seu fim adequado para logística e industrial tipo 3. No site o promotor realça a proximidade às auto-estradas A16 e A37, vias que servem de ligação à cidade de Lisboa, ao aeroporto, e ao porto marítimo, para além de uma boa conectividade com os transportes públicos à cidade de Sintra e envolventes, e uma grande oferta de mão-de-obra.

    O VGP Park Sintra é o quarto investimento do grupo VGP em Portugal, depois de Santa Maria da Feira em 2019, arrendado à Radio Popular, do VGP Park Loures, projecto 100% dedicado à logística de last mile, arrendado à DPD e DHL e do VGP Park Montijo que deverá estar concluído no segundo semestre deste ano e que já está totalmente arrendado.

    O novo parque oferece áreas que podem ir dos 5.500 m² (superfície mínima) até à totalidade do parque para soluções personalizadas às grandes operações. As instalações proporcionam condições adequadas, e de elevada qualidade, para os serviços de logística, armazenagem, actividade comercial e indústria ligeira.

    A VGP opera com cerca de 370 funcionários a tempo inteiro em 17 países europeus, directamente e através de várias joint ventures 50:50. Em Junho de 2024, o valor bruto dos activos da VGP, incluindo as joint ventures a 100%, ascendia a 7,4 mil milhões de euros e a empresa tinha um valor líquido dos activos de 2,3 mil milhões de euros.

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    Terminal Intermodal Campanhã (foto retirada do site da CMP)

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    Terminal Intermodal de Campanhã recebe primeira certificação ambiental Ouro

    O TIC obteve o nível de Certificação LEED, com 60 pontos, o que corresponde ao grau Gold, num núcleo de quatro níveis possíveis (Certified, Silver, Gold e Platina), tornando-se, assim, no primeiro edifício público a obter este nível de certificação no País

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    O Terminal Intermodal de Campanhã (TIC) obteve o nível de Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), com 60 pontos, o que corresponde ao grau Gold, num núcleo de quatro níveis possíveis (Certified, Silver, Gold e Platina). O hub de ligações de transportes torna-se, assim, o primeiro edifício público a obter este nível de certificação no País.

    A certificação LEED é o sistema de avaliação de mérito ambiental de edifícios com maior reconhecimento internacional, actualmente em aplicação em mais de 150 países.

    Inaugurado a 20 de julho de 2022, o TIC transformou-se num importante hub de ligações de transportes, com um grande impacto na cidade do Porto e na região Norte, dando origem à primeira infraestrutura em Portugal a ligar todos os meios de transporte de forma simples e eficiente.

    Situado na zona oriental da cidade, todos aqueles que chegam à cidade do Porto através do TIC podem ligar-se rapidamente a qualquer lugar da cidade, utilizando o metro, comboio ou autocarro urbano. O espaço não se limita a ser um equipamento sustentável, promotor de mais e melhor mobilidade. A funcionalidade é outra chave mestra deste projeto. No TIC, não existem cais de embarque pré-definidos para os diferentes operadores. Sempre que um autocarro chega, o sistema de gestão lê a sua matrícula e atribui um posto.

    Desta forma, todos os passageiros podem ver, em tempo real, o cais atribuído à viagem que pretendem fazer. Todos as plataformas têm sensores que permitem monitorizar os espaços disponíveis e optimizar a sua utilização.

    Do ponto de vista arquitectónico e de engenharia, o TIC, com 24 mil metros quadrados de área bruta total de construção, é, ainda, transformador no campo da sustentabilidade ambiental, ao albergar um parque urbano com 4,6 hectares. Na verdade, está localizado por baixo da maior cobertura verde alguma vez implantada num edifício público da cidade, ajudando à absorção da poluição do ar e minimizando o impacto visual do terminal.

    Estima-se que o TIC contribua para uma redução significativa dos gases com efeito de estufa no centro do Porto. A estimativa aponta para que, num período de cinco anos, haja uma diminuição de cerca de 5,2 toneladas de dióxido de carbono (CO2) saídas dos tubes de escape.

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    Preços das casas e rendimentos baixos travam aquisição de casa por jovens

    A Century 21 lança o seu “Observatório do Imobiliário”.  A edição de 2025 o foco centrou-se naqueles que maior dificuldade têm de adquirir um imóvel: os jovens. Para estes a conjuntura marcada pela alta dos preços das casas e por rendimentos baixos travam a primeira aquisição. Apenas 1 em cada 3 jovens acredita que vai comprar casa nos próximos anos

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    O estudo “Habitação para jovens em Portugal: desafios e tendências actuais”, desenvolvido pela Century 21, revela que a independência habitacional em Portugal varia consideravelmente consoante a faixa etária e que os jovens portugueses precisam de mais anos para se conseguirem emancipar.

    Numa altura em que os dados do Banco de Portugal referem que há pelo menos uma década que não havia tantos novos créditos para a compra de casa feitos por jovens, as conclusões desta análise profunda revelam que, ainda assim, ter casa em Portugal continua a ser um percurso cheio de obstáculos.

    Os dados apresentados mostram que os jovens dos 36 aos 40 anos, 88,6% vivem de forma independente, enquanto esse número desce para 76,3% entre os 28 e os 35 anos. No entanto, entre os jovens dos 20 aos 27 anos, 49,5% ainda vivem com os pais.

    Habitação: o sonho da independência dos jovens esbarra nos desafios financeiros
    Entre os jovens que já se emanciparam, 74,8% dos que têm entre 36 e 40 anos alcançaram essa condição há mais de cinco anos. No entanto, para os que ainda não são independentes, o caminho para a emancipação está repleto de desafios.

    Quase 65% dos jovens não independentes planeiam emancipar-se no próximo ano ou no seguinte, e outros 45,4% deste grupo atribuem a pontuação máxima (10 numa escala de 0 a 10) ao desejo de independência, com uma média geral de 8,5 pontos.

    Os principais obstáculos à independência são os preços elevados das habitações (43%) e os rendimentos insuficientes (30%). Entre os jovens de 36 a 40 anos, 31% acreditam que só conseguirão comprar casa dentro de 5 a 10 anos, o que reflecte as dificuldades do mercado imobiliário actual.

    Este desafio é agravado pela forte concentração da oferta de imóveis em valores superiores a 300.000€, que representam a maior parte das casas disponíveis no mercado. Em Lisboa, essa tendência é ainda mais acentuada, com 59% da oferta nessa faixa de preço, enquanto no Porto o valor é de 56%. No segmento acima dos 300.000€, a tipologia disponível no Porto é o T2 (25%), e em Lisboa, o T3 (26%).

    A baixa disponibilidade de imóveis acessíveis é, aliás, um dos factores críticos. Apenas 1% da oferta em Lisboa está disponível abaixo dos 100.000€, e mesmo na faixa até 125.000€, a disponibilidade é praticamente inexistente (1% em Lisboa e 1% no Porto). Essa escassez restringe significativamente as opções para jovens com menor capacidade de financiamento, reforçando a necessidade de políticas públicas que ampliem a oferta de habitação a preços acessíveis.

    “Para muitos jovens, sair de casa dos pais significa dar início a uma vida a dois, mas a verdadeira dificuldade não está na vontade de emancipação e sim na conjugação de rendimentos baixos com a instabilidade profissional. Ter uma casa própria e construir um futuro continua a ser um grande sonho para a maioria dos jovens portugueses. No entanto, para muitos, esse sonho tem sido adiado indefinidamente. Este estudo apresenta uma realidade inquestionável: os jovens não desistiram de sair de casa, mas o sistema tem dificultado que consigam atingir esse objetivo de vida”, afirma Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal.

    Expectativas vs. realidade: o preço da independência habitacional
    Entre os jovens que já são independentes, 59% vivem em arrendamento, enquanto 34% possuem casa com hipoteca. Quase 90% destinam menos de 50% do seu rendimento ao pagamento da habitação, sendo que 42,4% gastam entre 30% e 40% do seu ordenado.

    A independência foi alcançada principalmente através de poupanças próprias (49%), mas 22% receberam ajuda dos pais e 23% recorreram a apoios públicos. No entanto, importa ainda sublinhar que 35% dos jovens que tentaram aceder a apoios públicos foram excluídos por não cumprirem os critérios exigidos.

    Para alcançar a independência, 84% dos jovens tiveram de renunciar a algo, destacando-se as poupanças para o futuro (42%) e as viagens (37%). Apenas 18% dos jovens independentes consideram que a habitação actual cumpriu totalmente as suas expectativas, sendo o tamanho (30,9%) a principal fonte de insatisfação.

    No futuro, 64% dos jovens independentes planeiam mudar de habitação, principalmente os que estão em arrendamento (80%). Destes, 63% preferem mudar-se dentro da mesma cidade, enquanto 25% consideram uma mudança de cidade ou país.

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    IP Engenharia assina memorando de cooperação com Infraestruturas de Cabo Verde

    Em 2025, como primeira acção, o Grupo IP irá desenvolver um “Programa de Capacitação” que terá como enfoque principal a transferência de conhecimento técnico nas áreas de gestão de activos e gestão da manutenção

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    A IP Engenharia formalizou um Memorando de Entendimento para cooperação técnica com Infraestruturas de Cabo Verde (ICV). Esta acção enquadra-se nas actividades do Programa Estratégico de Cooperação Portugal – Cabo Verde (2022-2026), que prevê o desenvolvimento de acções de capacitação na área da gestão da rede de estradas e de transportes.

    A cooperação entre o Grupo IP e a ICV centra-se na troca de experiências mútuas, incluindo boas práticas em planeamento, gestão de infraestruturas, soluções para infraestruturas secundárias, adaptação às alterações climáticas, e envolvimento da sociedade, entre outras áreas, tendo como propósito “reforçar a sustentabilidade e a resiliência” das infraestruturas em Portugal e em Cabo Verde.

    Em 2025, como primeira acção, o Grupo IP irá desenvolver um “Programa de Capacitação para o Aumento da Sustentabilidade das Infraestruturas de Cabo Verde”, que terá como enfoque principal a transferência de conhecimento técnico nas áreas de gestão de activos e gestão da manutenção, aproveitando a vasta experiência acumulada.

    A parceria, celebrada no contexto da VII Cimeira Portugal – Cabo Verde, foi também subscrita por Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas de Habitação de Portugal, e Eunice Spencer Lopes, ministra das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação de Cabo Verde.

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    Governo trabalha em modelo de “Affordable housing”

    O Governo está a trabalhar num conceito de “affordable housing” acessível à realidade portuguesa sublinhou esta manhã, 6 de Fevereiro, Patrícia Gonçalves Costa, secretário de Estado da Habitação na apresentação do observatório do imobiliário 2025, da Century 21. Eliminar barreiras e bloqueios à concretização deste segmento é uma prioridade

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    “Este bem universal que é a casa, antes de o ser, ela é um projecto, um orçamento, uma construção, é um produto que tem que efectivamente cumprir requisitos técnicos, ter segurança jurídica, mas ter também segurança financeira. A secretária de Estado da Habitação, Patrícia Gonçalves Costa, que fez a sua intervenção na “Apresentação do Observatório do Imobiliário 2025”, da Century 21 afirmou que é preciso “desconstruir” e reflectir sobre o tema. “Trago aqui esta dimensão do projecto da construção para reflectirmos de que maneira é que conseguimos transformar este paradigma da casa numa resposta de massa. Porque é disto que estamos a falar. Temos que concretizar uma resposta que seja sustentável, num curto espaço de tempo, para muitas famílias”, defendeu Patrícia Gonçalves Costa.

    “Affordable housing” acima de tudo, têm que ser casas que as pessoas possam pagar casas a preços acessíveis e esta noção do preço acessível é completamente diferente em Portugal do que é, por exemplo, noutros estados no norte da Europa, tem que estar linkado aquilo que são os rendimentos nacionais. E para o conseguirmos temos que ser criativos para conseguir entregar um produto de qualidade, mas com um preço compatível com aquilo que são os rendimentos das famílias para quem estamos a trabalhar”, defendeu Patrícia Gonçalves Costa.

    Nas medidas que o Governo tem estado a trabalhar enquadram-se as recentes alterações ao regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial, em que o “que se fez foi uma alteração num procedimento administrativo que permite reclassificação de terrenos rústicos em urbanos desde que 70% sejam para a concretização de soluções habitacionais e 30% para o que se entender necessário para ‘se fazer’ cidade”. Uma alteração à legislação que a responsável política lembrou ser “um regime excepcional”, que permite ultrapassar barreiras e acelerar os tempos de construção.

    “O Governo já investiu cerca de 2.8 mil milhões no reforço deste parque público desde logo por assumir um financiamento de 60% de todas as respostas que foram contratualizadas no âmbito do PRR e que não terminem a tempo, e reforçamos também na subvenção de 10 000 casas para além daquelas que já estavam financiadas pelo PRR”. Mas este é um esforço ainda insuficiente para reverter um problema provocado, em larga medida, por várias décadas de parco investimento, quer público quer privado. Mesmo que o plano de construção de 59 mil habitações se concretize, tal significa um acréscimo de 2 ou 3% do parque habitacional público. “É insignificante e muito abaixo daquilo que os estudos nos indicam que é razoável”, afirmou Patrícia Gonçalves Costa.

    Urge, por isso, “conseguir criar alternativas para uma diversidade de soluções de casas”. Num esforço ao qual é preciso juntar o sector privado. “Cada um tem a sua vocação. O sector público centra-se na resposta as famílias que podem pagar entre 5 e os 300€ de renda e o sector privado terá que agarrar as outras pessoas”.

    Mas para isso é preciso dar segurança a quem investe, “eliminar todos os bloqueios e a fazer as alterações necessárias para que todos os projectos tenham uma concretização clara, não passem de projectos, de diplomas fantásticos, que no papel correm bem, mas que depois na prática têm grandes entraves na sua operacionalização”, afirmou Patrícia Gonçalves Costa. “ O foco é este”, concluiu a secretária de Estado da Habitação “ para conseguirmos construir depressa, para conseguirmos transformar este desafio numa oportunidade é preciso uma revolução, um ‘fazer de novo’ e conseguirmos eliminar todas as barreiras, que todos nós sabemos que existem, naquilo que são a concretização de habitações a preços acessíveis”, defendeu.

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    Taga Urbanic anuncia quinto edifício do Sal D’Ouro Collection

    O empreendimento Sal D’Ouro Collection, localizado na zona da Foz-Gaia, terá ao todo seis edifícios, num total de 250 apartamentos e um investimento de 70 M€. A conclusão desta quinta unidade está prevista para o segundo semestre de 2026

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    A Taga Urbanic entrega o primeiro edifício do empreendimento Sal D’Ouro Collection, localizado na zona da Foz-Gaia, e anuncia a quinta unidade do projecto, que no seu todo terá seis edifícios, num total de 250 apartamentos. Trata-se de um projecto estratégico para a Taga Urbanic, que envolveu um investimento de cerca de 70 milhões de euros.

    “O Sal D’Ouro Collection é um dos nossos projectos mais interessantes e um verdadeiro sucesso e qu corresponde à estratégia da Taga Urbanic de fazer empreendimentos em localizações privilegiadas, com elevada qualidade de construção e acabamentos. Logo na abertura das vendas do edifício, já atingimos a venda de quase 30% dos apartamentos do novo edifício, tendo sido vendidos já mais de 120 apartamentos em todo o projecto”, afirma Tzafrir Fiks, director de Marketing da Taga Urganic.

    Com assinatura do atelier Ventura + Partners, cada unidade é construída com materiais de “alta qualidade” e “acabamentos modernos”. As fachadas de vidro características do projeto, presentes em parte do edifício, maximizam a luz natural. O novo edifício tem uma grande diversidade de tipologias, com 62 unidades que variam os 79 e 335 m2, criando soluções ideais para diferentes necessidades. As comodidades de estilo resort melhoram a experiência de luxo, incluindo alguns apartamentos com piscina privada aquecida, jardim e área de fitness privada. A conclusão desta unidade está prevista para o segundo semestre de 2026.

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    Porto acolhe 8ª edição de formação e coaching da iad Portugal

    A oitava edição do encontro, que terá lugar no Auditório Francisco de Assis, na cidade do Porto, e tem como tema “Connected Adventure”, que remete para a “coragem de ir mais além”, com um programa pensado para que os participantes vivam uma experiência “imersiva e interativa”

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    No dia 12 fevereiro realiza-se uma nova edição do CAP Management & Leadership, o evento anual de formação e coaching da iad Portugal, exclusivo para managers da rede de consultores imobiliários independentes. A oitava edição do encontro, que terá lugar no Auditório Francisco de Assis, na cidade do Porto, e tem como tema “Connected Adventure”.

    O CAP ML tem como objectivo global reforçar um dos pilares centrais do modelo de negócio da iad, baseado no conceito de ‘revenue share’, pelo que a iniciativa foca-se em motivar e desenvolver as competências dos managers da empresa, abrangendo áreas como coaching, gestão de equipas, liderança, desenvolvimento pessoal e inteligência emocional.

    Entre os grandes destaques desta edição está Ricardo Mendoza, especialista em estratégias de superação e sucesso empresarial, que já realizou palestras em 35 países para mais de 500 empresas, organizações e universidades, bem como o grupo de teatro nacional “Os Improváveis”, que irá conduzir dinâmicas inesperadas sobre a aplicação de técnicas de improvisação no mundo dos negócios.

    “Celebrar 10 anos da iad Portugal realizando o CAP ML na cidade onde tudo começou é especialmente simbólico. O Porto não só representa as nossas raízes, mas também o ponto de partida de uma visão que se expandiu por todo o País, onde já contamos com uma rede de perto de 1000 consultores imobiliários. É a partir daqui que continuaremos a crescer e a inspirar profissionais do sector a abraçar o nosso modelo de negócio disruptivo e inovador”, afirma Alfredo Valente, CEO da iad Portugal.

    De acordo com Carolina Xavier e Sousa, head of Marketing & Communication da iad Portugal, o conceito deste ano remete para a “coragem de ir mais além”. “Pensámos no programa ao detalhe para que os participantes vivam uma experiência imersiva e interativa e que se sintam parte integrante de cada momento”, refere a responsável.

    Durante o evento será também dado destaque a diferentes managers da iad, apresentadas novidades e iniciativas previstas para 2025, bem como revelado o Manager do Ano da iad Portugal.

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