Miguel Garcia, administrador da construtora (Foto créditos: Anabela Loureiro)
Construção

Garcia Garcia leva a construção off-site para o Residencial Hospitality e Retalho

A construtora está a avançar com um investimento de 13M€ na construção de uma nova unidade industrial, dedicada à construção off-site e modular. Se estes sistemas já não são uma novidade para a construtora nos projectos industriais e logísticos, a Garcia Garcia quer agora dar um passo em frente e levar a modularidade aos segmentos Residencial, Hospitality e Retalho. O primeiro projecto imobiliário residencial da Construtora representará um investimento entre 7 a 9 M€

Manuela Sousa Guerreiro
Miguel Garcia, administrador da construtora (Foto créditos: Anabela Loureiro)
Construção

Garcia Garcia leva a construção off-site para o Residencial Hospitality e Retalho

A construtora está a avançar com um investimento de 13M€ na construção de uma nova unidade industrial, dedicada à construção off-site e modular. Se estes sistemas já não são uma novidade para a construtora nos projectos industriais e logísticos, a Garcia Garcia quer agora dar um passo em frente e levar a modularidade aos segmentos Residencial, Hospitality e Retalho. O primeiro projecto imobiliário residencial da Construtora representará um investimento entre 7 a 9 M€

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Manuela Sousa Guerreiro
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O ano de 2023 foi de forte crescimento para a Garcia Garcia. 2024 também o será, mas as novidades surgirão em 2025, ano em que a construtora irá inaugurar uma nova fábrica em Santo Tirso, concelho para onde se realocou há cerca de dois anos. A nova fábrica marcará a entrada da Garcia Garcia na construção off-site e modular dirigida, em especial, aos segmentos Residencial, Retalho e Hospitality. A nova “linha de montagem”, como Miguel Garcia, administrador da construtora, chamou à nova unidade, representa um investimento de cerca de 13 milhões e meio de euros, aos quais acresce outros 7 a 9 milhões de euros no primeiro projecto residencial imobiliário que será construído com o novo sistema, três torres de sete andares na zona da Asprela, no Porto.

“O que estamos aqui a tentar transmitir ao mercado é que antes de sermos procurados para fazer residências universitárias, residências seniores, escritórios ou apartamentos vamos, proactivamente, propor aos nossos clientes uma solução de modularidade que permita que esses apartamentos, residências universitárias, residências seniores cheguem ao local perfeitamente concluídos. Estamos a falar numa solução verdadeiramente off-site e não híbrida, cujo lead time do projecto passa de 18 meses para 5 meses, in situ 6 meses. É com isto que queremos brindar o mercado, com essa capacidade e versatilidade”, avança ao CONSTRUIR Miguel Garcia.

Ao mesmo tempo a Garcia Garcia não descura aquele que é o seu negócio core: o Indústrial&Logístico. A construtora que já assumiu obras para empresas como a Mercadona, Logicor, Kantar, Borgwarner e VGP prepara-se para lançar o seu terceiro parque Industrial&Logístico, o 170P. O novo ecopark ficará localizado em Santo Tirso, onde a empresa já tem o Parque Empresarial da Ermida e, uma vez concluído, será, porventura, o maior parque privado no país. Um novo investimento que só ficará concluído em 2026, mas que já está a chamar a atenção de várias indústrias.

2023 foi um dos melhores anos de sempre. Como está a correr 2024? Perspectivam crescimento?
Independentemente do volume de negócios, o que nos interessa é o factor de redistribuição pela nossa equipa e, neste sentido, 2023 foi o melhor ano de sempre. Agora, 2024 também se afigura como um ano de excelência, talvez ainda melhor que 2023.

Que factores contribuem para os resultados que se advinham?
Nos últimos anos definimos uma estratégia de forte especialização naquilo que é o nosso core: a indústria logística. Mas nunca parámos de investir naquilo que achamos que é o futuro da construção: o off-site e a modularidade. É o que temos vindo a fazer nos últimos anos, mas estamos a intensificar. Temos umas finanças sólidas, isso também não mudou, temos um mercado que está em crescendo. Infelizmente, e eu reforço infelizmente, as guerras que o mundo atravessa estão-nos a ajudar, criado oportunidades. Temos assistido a uma forte demanda de investimento directo estrangeiro em Portugal, sobretudo alicerçada na estabilidade que o país oferece, na qualidade e preço da mão de obra que o país oferece. Portugal, a Península Ibérica, é um refúgio e como estamos no centro do core de tudo que é indústria logística e actividades complementares, temos sido contemplados com projectos de referência.

De que forma é que têm vindo a desenvolver a construção off-site e modular?
Na realidade já fazemos construção off-site desde o tempo do meu pai. Por exemplo, quando desenvolvemos o primeiro tecto falso para as indústrias de fiação têxtil. De certa forma já faz parte do nosso ADN. Agora estamos a transferir tudo o que é pré-fabricação e construção off-site para as áreas de negócio que têm actualmente um carácter residual no nosso volume de negócios e onde estamos a entrar, que são: Hospitality, Retalho e Residencial.
Nunca vamos querer uma exposição marcante nestes segmentos, mas queremos, uma vez que estamos presentes, aportar soluções que sejam do off-site. O que estamos aqui a tentar transmitir ao mercado é que antes de sermos procurados para fazer residências universitárias, residências seniores, escritórios ou apartamentos vamos, pro-activamente, propor aos nossos clientes uma solução de modularidade que permita que esses apartamentos, residências universitárias, residências sénior cheguem ao local perfeitamente concluídos. Estamos a falar numa solução verdadeiramente off-site e não híbrida, cujo lead time do projecto passa de 18 meses para 5 meses in situ 6 meses. É com isto que queremos brindar o mercado, com essa capacidade e versatilidade.

Nova fábrica representa um investimento superior a 13 milhões de euros

 

Como é que o vão fazer? O que está na base desta solução?
Estamos a arrancar com a nossa fábrica, em Vila das Aves, no concelho de Santo Tirso de onde a família é originária. Há uns dois anos transferimos a sede da empresa do Concelho de Guimarães para Santo Tirso e na ocasião disse que isto é um “back to the future”, porque quer o meu bisavô, o meu avô e o meu pai eram naturais de Vila das Aves.

Qual é o investimento nessas instalações e na nova fábrica?
A nova fábrica representa um investimento de cerca 13,5 milhões de euros. Estará concluída no final de 2025. Basicamente será uma linha de fabrico. Temos de mudar o modus operandi do sector da construção e igualar a indústria automóvel. Para este projecto contratamos uma pessoa da indústria automóvel e estamos em via de contratar uma segunda.
Este processo envolve quase que uma desconstrução do projecto até ao parafuso e ter todos os materiais em stock antes de o projecto entrar na linha de montagem. A nossa fábrica terá cerca de 12 estações, que nos permitiram fazer à razão de 1,66 módulos/dia e todos os materiais têm que estar em stock de forma a alimentar as diferentes secções. Estamos a falar de tudo: tecto, fachadas, armários, parte eléctrica, AVAC, hidráulica…
Isto de inovação tem zero, é o copy-paste da indústria automóvel. Mas implica, isso sim, uma mudança de mentalidade na indústria da construção.

Residencial em destaque

Que projectos vão alimentar essa linha de montagem?
Vamos começar com projectos próprios. Temos consciência que é um investimento arrojado, diferenciador e, como tal, quando quero fazer experiências, não as devo fazer na casa dos outros. Temos um projecto de três torres de seis, mais um recuado, pisos. Iremos iniciar a construção da primeira torre em 2025, com o sistema modular que estamos a desenvolver na nossa fábrica.

Será um projecto residencial?
Exactamente, porque se fossem projectos destinados aos segmentos de residenciais de estudantes ou senior living já não estaria a provar nada. O desafio é provar que podemos ter modularidade em projectos residenciais. Que o segmento residencial suporta facilmente, e com qualidade, um sistema modular. E, nesse sentido, este é um duplo desafio já que é também um mercado onde somos insignificantes e não fazemos a diferença, sendo um mercado de alguma forma desconhecido para a Garcia Garcia. Hoje o residencial deve representar entre 7,5% a 10% do nosso volume de negócios. E, depois, também é um desafio na abordagem a um segmento/mercado cujos conceitos são algo retrógradas e conservadores. É arriscado. Mas o mercado é soberano.

Fale-me um pouco deste primeiro projecto residencial: onde está localizado? Qual a dimensão? Para que segmento se destina?
Será construído junto ao campus da Asprela da Universidade de Porto. Representa um investimento de cerca 7 a 7,5 milhões de euros, talvez um pouco mais, mas nunca será superior a 9 milhões de euros, que serão financiados com recurso à nossa tesouraria, porque os empréstimos vêm em tranches e quando a primeira tranche viesse já este projecto estaria concluído. Prevemos o início de construção no terceiro trimestre de 2025.

A vossa perspectiva com este investimento é crescer no sector residencial?
A nossa directriz interna diz-nos que o sector Industrial e Logístico tem de ter um peso superior a 50%. O que temos conseguido e queremos manter. Contudo, numa óptica de dispersão do risco queremos ter uma carteira de investimentos minimamente repartido. A nossa abordagem no mercado é exactamente essa: crescer noutros mercados, sem nunca perder a preponderância do Industrial e Logístico. E queremos crescer na modularidade e na construção off-site, que no fundo é o que já oferecemos ao sector Industrial e Logístico. Só queremos avançar para o Residencial e Hospitality de uma forma consistente quando a nossa solução estiver comprovada e o mercado a tiver aceitado.

Novo investimento pode duplicar número de colaboradores da Garcia Garcia rapidamente

Quanto tempo é que acha que isso vai demorar?
Eu acho que muito rapidamente, acho que no final do próximo ano vamos começar a ter uma noção rápida e muito concreta de como é que o mercado está a receber este produto.

A Garcia Garcia não é a única empresa que está a avançar na modularidade.
Temos de olhar para o que está a acontecer no nosso planeta e esta coisa do ESG não pode ser uma “conversa” para vender. É uma preocupação. Assim como nos preocupamos com as nossas pessoas, temos de nos preocupar com o ambiente e, portanto, temos que afectar de forma eficaz os nossos recursos e a construção on-site é muito pouco eficiente, cria muito desperdício. Não há outra solução, os nossos recursos têm de ser alocados de uma forma muito mais eficaz. Eu acho que só há este caminho, que é o caminho da eficiência e do rigor e isso não se fará com construção on-site e sim off-site. Portanto, acho que o mercado vai ser obrigado a adoptar essas soluções e temos de educar as pessoas nesse sentido. É um caminho das pedras, temos consciência, que tem de ser percorrido por toda a indústria da construção, incluindo os fornecedores de materiais. Sozinhos não conseguimos fazer nada.

E qual tem sido a resposta por parte da indústria?
Excepcional. Individualmente Portugal não tem dimensão e efectivamente, temos de dar as mãos entre nós. Estamos a falar com a indústria de materiais no sentido desenvolver parcerias. Se quero reduzir os nossos lead times para um terço é preciso que a indústria parceira incorpore igualmente soluções que possibilitem visar a obtenção de um produto de valor acrescentado com qualidade não só do ponto de vista arquitectónico, mas também do ponto de vista da operação e que reduzam estes timings para aquilo que o mercado espera. Na Indústria e Logística seis meses é uma coisa normal, mas no Residencial estamos a falar, normalmente, de 18, 20, 24 meses, fora os atrasos. Um chão de fábrica não está sujeito a condições climatéricas, não está sujeito a nada, eu posso ter umas condições de climatização com temperatura controlada humidade relativa controlada e os meus efectivos são efectivos numa fábrica quando falha, falha um. Já numa obra quando falha um, falha uma equipa.

Qual a dimensão da nova unidade e quantas pessoas irá empregar?
A unidade terá uma área de cerca de 12 mil metros quadrados. Iremos iniciar a actividade com 50 postos de trabalho, mas podemos chegar aos 200. E este é um número que me assusta, porque 260 ou 270 é o número de pessoas que fazem parte da Garcia Garcia hoje. Depois temos quase 1000 pessoas em outsourcing, que são as que trabalham nas nossas obras habitualmente. Assusta-me pensar que numa fábrica que vai arrancar com 50 postos de trabalho posso, num curto espaço de tempo, chegar ao mesmo número de pessoas que estão hoje na Garcia Garcia. O mercado efectivamente tem de existir. Mas a unidade por si é modulável, ou seja podemos arrancar com 12 estações que nos permite o tal ratio de 1,66 módulos/dia, mas posso arrancar com seis estações e consoante a demanda de trabalho vamos crescendo. A estratégia passa por chamar os nossos parceiros que estão hoje nas nossas obras, para o chão de fábrica, até porque não temos intensão de verticalizar tudo, porque como se costuma dizer: “quanto maior a nau maior a tormenta”.

Para além da indústria automóvel existem exemplos europeus a servir de modelo a esta unidade?
Reforço: não estou a inovar nada, o que eu gosto é de copiar bem! Tenho observado exemplos no mercado inglês, que está muito mais evoluído que nós. E tive oportunidade de privar com uma empresa que faz off-site desde 2006 ou 2007. Tentámos fazer uma joint venture com eles, mas não conseguimos. Fizemos então um short cut: fomos observar as empresas que trabalham com eles. Visitei torres com 37 pisos e 42 pisos nos arredores de Londres. Levei equipes de engenharia, de arquitectura e direcção de obra e disse-lhes “ponham defeitos nisto” e a surpresa foi total, pela qualidade que oferecia.

Além do projecto na Asprela no Porto, já tem mais algum outro? Tem falado com promotores? Como espera que seja a reacção do mercado?
Temos tido uma procura imensa. Os prazos impostos pelo PRR fazem com que haja uma forte demanda por soluções off-site. Há muitos pedidos, mas temos vindo a declinar porque não podemos fazer a experiência nas “casas dos outros”, conforme lhe falei há pouco.
A Garcia Garcia é sobretudo uma construtora. Há muitos fundos de investimento que acham que somos concorrentes. Não quero ser e nunca serei. Se eu quisesse ser um promotor eu fechava a empresa de construção civil amanhã. Não preciso de uma empresa de construção para ser um developer. Mas não. A Garcia é uma construtura e será sempre. O que nos diferencia das outras é a nossa capacidade conceptual que já é muito antiga.

Industrial&Logística são core

Mas desenvolvem parques empresariais e logísticos.
Fazemos o chamado land banking. Aliás, comprámos em Novembro do ano passado uma outra parcela de terreno onde vamos desenvolver um novo ecoparque Industrial e Logístico, sobretudo, mas também terá outras valências. Está localizado em Santo Tirso, onde já temos 111 hectares perfeitamente consolidados [Parque Empresarial da Ermida] e ocupará uma área de 170 hectares. Será o 170P, ainda que possa crescer e ter outra dimensão, essa será a sua denominação. Terá um conceito mais ESG também. Queremos que seja verdadeiramente eco-friendly. Mais uma vez, não estamos a inovar nada.

Já tem clientes?
Já. Curiosamente. Está numa fase muito embrionária. Muito, muito embrionária. Estamos a falar sempre já da sua conclusão no segundo/terceiro trimestre de 2026. Já temos potenciais clientes, clientes que nos vêm visitar… E estamos ainda na fase de desenvolvimento do projecto. É preciso alterar ainda a utilização de solos, criar acessibilidades, movimentar cerca de 3 a 4 metros cúbicos de terra, que é uma coisa absurda. Mas já temos potenciais clientes. Houve um interesse das autoridades locais, do município local, em que a Garcia continuasse a desenvolver a indústria logística e industrial em Santo Tirso e metemos os “pés à estrada”, conseguimos adquirir estes 170 hectares que, julgo, será o maior parque industrial do país, pelo menos privado. Será, com certeza, o maior projecto que a Garcia está a fazer.

Este projecto já está a arrancar?
Já arrancou agora no primeiro trimestre deste ano. E no Q1 de 2025 ou Q2 o início do Q2 de 2025 estará pronto. Estará pronto isto é. Estará desenhado a alteração dos usos de solos estará pronto para a fase de terraplanagem por assim dizer.

Que indústrias é que irá atrair?
Diria que pela amostragem que eu tenho na Ermida poderá ter logística, poderá ter aeronáutica, poderá ter indústria de papel da madeira do plástico eu acho temos um parque perfeitamente equilibrado e com um mix product muito bom. Diria que o P170 será um prolongar daquilo que é o Ermida fases 1, 2 e 3. Portanto não terá com certeza sobretudo logística ou sobretudo uma unidade única digamos, terá sempre um mix product, que é isso que defendemos. Seleccionamos o tipo de investimento que chega à Garcia e Garcia no âmbito dos parques industriais. Ou seja, se acharmos que esta indústria está a ter um peso muito expressivo baixamos a exposição e declinamos projectos.

O grupo já vai na quarta geração. Já estão a preparar a quinta?
Já. Já tenho dois miúdos comigo a trabalhar. O filho do meu irmão mais velho, o Rui Garcia, que também é Rui Garcia. Eu fico irritado com esta coisa de copiar os nomes, mas é mesmo assim. O Rui Garcia, tem um enfoque particular em tudo o que é economia circular, sustentabilidade e certificação dos edifícios. E o meu sobrinho mais novo, Gonçalo Garcia, 26 anos está na parte de Recursos Humanos e Comunicação. E muitas das coisas que têm acontecido também é com ele. Portanto, é sangue novo. É sangue novo a chegar. O que me tranquiliza porque eu já tenho cabelos brancos e preciso começar a descansar. E já estamos a preparar a quinta geração e a sexta e a sétima porque isso é o que nos move.

A empresa é totalmente familiar?
Totalmente familiar. Não temos capital disperso por nenhum membro alheio. E totalmente familiar e num núcleo restrito, muito duro.

 

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

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Ordem dos Engenheiros analisa “apagão” eléctrico que afectou Península Ibérica

A conferência dedicada ao tema “Estratégia e Segurança Eléctrica para Portugal”, acontece no dia 20 de Maio, na Sede Nacional da Ordem dos Engenheiros, em Lisboa. Depois do ‘apagão’ de 28 de Abril, especialistas debatem qual a estratégia que Portugal deverá seguir em matéria energética

O Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Engenheiros (OE) promove, no dia 20 de Maio, na sua Sede Nacional, em Lisboa, com início pelas 14h15, uma conferência dedicada ao tema “Estratégia e Segurança Eléctrica para Portugal”. Este será o primeiro grande debate técnico nacional sobre este assunto, após o chamado “apagão” eléctrico que afectou a Península Ibérica.

Face à inesperada interrupção no fornecimento de energia eléctrica que afetou Portugal e Espanha no passado dia 28 de Abril, especialistas em energia, bem como responsáveis políticos e técnicos, vão juntar-se numa discussão sobre a estratégia que Portugal deverá seguir em matéria energética, de modo a garantir a segurança no fornecimento deste recurso.

Com esta iniciativa, a Ordem pretende, igualmente, contribuir para o esclarecimento da opinião pública e dos cidadãos, tendo em conta a muita desinformação que tem sido difundida relativamente a esta temática.

O debate divide-se em três momentos principais – Políticas Públicas no Sector Energético, Resiliência e Sustentabilidade do Sistema Eléctrico e Mercado e Operação do Sistema Eléctrico – que será antecedido pela apresentação de José Pimenta Machado, engenheiro e presidente da APA, sobre “A Importância do Investimento em Centrais Hidroeléctricas” e pelas intervenções de Fernando de Almeida Santos, bastonário da Ordem dos Engenheiros e de Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia. O encerramento caberá a Jorge Liça, vice-presidente Nacional da Ordem dos Engenheiros.

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Exponor recebe EMAF de 27 a 30 de Maio

Naquela que é a sua 20ª edição, a feira internacional de máquinas, equipamentos e serviços para a indústria, EMAF, esgota os seis pavilhões da Exponor e reúne mais de 400 empresas 

De 27 a 30 de Maio, na Exponor, 438 empresas vão responder aos desafios de digitalização rápida e integração das tecnologias inteligentes da indústria 4.0, abraçando a ideia de um futuro mais sustentável. As propostas estendem-se pelos seis pavilhões do recinto, completamente lotados, com a presença de empresas, vindas de paragens tão diferentes como Alemanha, China, Dinamarca, Espanha, Itália, Reino Unido ou Coreia do Sul.

“O elevado número de pedidos de convite já registado demonstra o entusiasmo que a EMAF 2025 está a gerar. Esta será, sem dúvida, uma edição marcante, que permitirá aos expositores não só potenciar oportunidades de negócio, como também estreitar relações e consolidar parcerias com impacto no futuro da indústria”, destaca Diogo Barbosa, director-geral da Exponor.

As empresas expositoras também terão ofertas de trabalho na Bolsa de Emprego da EMAF, que vai para a sua terceira edição. As propostas já disponíveis podem ser consultadas no website da exposição.

Do programa da EMAF constam três conferências que abordarão temas prementes da indústria nacional.

No dia 27 realizar-se-á o seminário «Manutenção Industrial e Gestão de Activos», cuja sessão de abertura estará a cargo de Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) e João Domingues Cruz, presidente da Associação Portuguesa de Manutenção e Gestão de Activos (APMI).

No dia 28 de Naio, a EMAF recebe a 1.ª edição do Future Summit, numa coorganização da AEP, da AIMMAP, EXPONOR e do CEiiA, Centro de Engenharia e Desenvolvimento, onde temas como a nova ordem mundial e as movimentações geopolíticas estarão em destaque, sobretudo nas implicações que daí podem advir no que respeita ao investimento na área da defesa.

A Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal AIMMAP é a entidade responsável pela conferência «A Transformação Digital da Indústria – Upgrade da Automação Exponenciada pela Inteligência Artificial», que se realiza a 29 de Maio, onde temas como os polos de inovação digital e as tecnologias de produção estarão em destaque. Nesta conferência, será também entregue o Prémio Tecnometal, que pretende distinguir os melhores artigos científicos do ano transacto.

Como é já tradicional, a EMAF também será palco da 12.ª edição do Concurso de Inovação, uma coorganização da Exponor e da revista Robótica, que premeia trabalhos que reforcem as componentes de investigação e desenvolvimento (I&D) e inovação, tornando as empresas mais competitivas na área das tecnologias de produção. Destinado aos expositores inscritos no evento, o concurso avalia factores como a concepção, originalidade e operacionalidade dos produtos apresentados.

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Kronos Homes inicia comercialização das branded residences da Marriott no Salgados Resort

Apenas 96 residências, distribuídas por dois empreendimentos, estão agora disponíveis como habitação principal ou casa de férias, apontando o Algarve como destino popular para visitantes e investidores internacionais

O promotor ibérico Kronos Homes anunciou o lançamento de um número limitado de residências para aquisição privada no Salgados Resort (Herdade dos Salgados) no Algarve, após um extenso rebranding conduzido pela empresa de gestão hoteleira Highgate Portugal, que ficará responsável pela gestão turística destes empreendimentos.

Recentemente inauguradas, estas residências proporcionam um estilo de vida exclusivo, combinando a qualidade e o serviço de excelência de um hotel com o conforto de um lar. Agora disponíveis para venda privada pela Kronos Homes, as residências foram remodeladas para reflectir os elevados padrões das prestigiadas marcas da Marriott – Westin e Marriott Residences.

As propriedades, situadas no mesmo resort, incluem apenas 42 residências no The Westin Salgados Beach Resort, compostas por espaçosos apartamentos de dois e três quartos, e 54 unidades no Marriott Residences Salgados Resort, com opções que vão de apartamentos de um quarto a amplas habitações de três quartos.

A Praia dos Salgados, a escassos 100 metros das residências de primeira linha do The Westin Salgados Beach Resort, apresenta uma vasta extensão de areia dourada, enquadrada pela pitoresca Reserva Natural da Lagoa dos Salgados e pelo prestigiado Salgados Golf Course, que se revela numa vista privilegiada a partir do Marriott Residences Salgados Resort.

Cada uma das residências das marcas Westin e Marriott vem totalmente mobilada e equipada, com varandas amplas, ideais para momentos de lazer ao ar livre. Representam a solução perfeita para compradores que procuram uma propriedade pronta a habitar, com todo o conforto e tranquilidade, valorizando uma localização privilegiada e a experiência sem preocupações, garantida pelo serviço distintivo da marca Marriott.

“Portugal mantém-se como um destino de investimento de excelência, impulsionado pela forte procura no sector turístico e pelo elevado potencial de valorização. A zona da Galé, onde se situam as The Residences no The Westin Salgados Beach Resort e as Marriott Residences Salgados Resort, destaca-se pela oferta limitada de propriedades e temos sentido uma crescente procura por residências de marca com serviço de hotelaria integrados. As Branded Residences com assinatura Marriott, vêm responder a essa tendência, oferecendo uma oportunidade exclusiva e limitada”, destaca Alda Filipe, sócia e directora regional da Kronos Real Estate Group

Há muitos anos que o Algarve se tem tornado popular entre visitantes internacionais e compradores de propriedades, graças às suas praias, campos de golfe de classe mundial  e estilo de vida vibrante. Julien Laloye, Senior Director – Mixed-Use Development (EMEA) no Marriott International, refere que “Portugal continua a ser um destino atractivo pela sua história e cultura, experiências gastronómicas, paisagens naturais e um clima agradável durante todo o ano. Com uma localização prime na costa algarvia, os proprietários destas residências irão desfrutar de um estilo de vida paradisíaco e criar memórias inesquecíveis, com uma variedade de comodidades e serviços.”

As propriedades recentemente renovadas apresentam designs contemporâneos e acabamentos aprovados pela Marriott. Vendidas totalmente mobiladas e equipadas, os preços das Westin Salgados Beach Resort Residences começam nos 675.000 € para apartamentos com dois quartos, enquanto as Marriott Salgados Resort Residences estão disponíveis a partir de 330.000 € para apartamentos com um quarto.

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Nova Placa GYPCORK Protect

A Solução Gyptec que traz Conforto e Eficiência à sua obra.

No Grupo Preceram, a inovação contínua e a procura por soluções que respondam eficazmente aos desafios da construção e reabilitação modernas são mais do que um objetivo – são o nosso ADN. O setor exige, cada vez mais, materiais que combinem desempenho técnico superior, sustentabilidade e eficiência em obra.

É com entusiasmo que apresentamos a mais recente resposta da Gyptec Ibérica a estas preocupações, lançada oficialmente na recente edição da Tektónica 2025, a placa GYPCORK Protect.

Esta nova solução representa uma evolução significativa em relação à placa Gypcork comercializada desde 2012 e já reconhecida no mercado pelas suas propriedades de isolamento térmico e acústico conferidas pela incorporação de cortiça.

 

A nova GYPCORK Protect eleva o desempenho a um novo patamar ao incluir a placa de gesso de alto desempenho Gyptec Protect, desenvolvida para responder a requisitos técnicos mais exigentes, como sejam os da aplicação em fachadas: resistência mecânica, proteção à humidade e ao fogo.

A placa Protect, composta por gesso no seu interior tratado com agente hidrorrepelente para diminuir a absorção de água, é revestida com uma tela especial em fibra de vidro em vez do tradicional papel, o que lhe confere uma excelente resistência à humidade e classificação de reação ao fogo A1.

Sendo uma solução dois-em-um, que alia revestimento a isolamento complementar contínuo que minimiza as pontes térmicas da estrutura de suporte, a GYPCORK Protect simplifica a aplicação em obra, poupando tempo e recursos. Ao incorporar cortiça, um recurso natural, renovável e português, a GYPCORK Protect é uma escolha consciente para projetos que valorizam a construção sustentável.

 

A relevância técnica da GYPCORK Protect é sublinhada pela sua integração como componente no SKINIUM The Wall System, um sistema construtivo completo para fachadas exteriores, igualmente apresentado na Tektónica 2025. Este sistema, que redefine a “pele” dos edifícios, resulta de uma parceria entre empresas de referência nos seus setores: PERFISA (estruturas em aço leve), GYPTEC e VOLCALIS (placas de gesso e lã mineral, Grupo Preceram), AMORIM CORK SOLUTIONS (cortiça) e MAPEI (argamassas e produtos químicos para construção). O SKINIUM visa oferecer uma solução de fachada leve, modular, sustentável, de montagem rápida e com elevado desempenho global.

O reconhecimento desta abordagem integrada e inovadora materializou-se na distinção atribuída nos Prémios Inovação Construção Tektónica 2025.

 

 

Com o lançamento da GYPCORK Protect, a Gyptec Ibérica procura disponibilizar ao mercado da construção e reabilitação uma solução tecnicamente avançada, que contribui para a melhoria do desempenho, do conforto e da segurança dos edifícios, alinhada com as práticas de construção mais eficientes e sustentáveis.

Convidamo-lo a descobrir como a GYPCORK Protect pode valorizar os seus próximos projetos.

Consulte as características técnicas e documentação em: Placas Compostas

 

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Carmo Wood reorganiza-se em duas áreas de negócio

Sob nova liderança, a empresa de soluções de madeira assume as duas áreas de negócio distintas, Agricultura e Engenharia, e dá-lhes identidade e gestão própria. A CW Farm e a CW Form são próxima etapa do crescimento da Carmo Wood

A Carmo Wood, empresa de referência em soluções de madeira tratada, anuncia uma nova etapa na sua história com o lançamento de uma nova identidade corporativa e a reorganização da sua estrutura em duas áreas de negócio distintas: CW Farm e CW Form.

“A Carmo Wood é uma empresa com uma capacidade de adaptação notável. Esta reorganização permite-nos afirmar com mais clareza dois negócios complementares, mas distintos, cada um com identidade própria, sob o mesmo nome de confiança que é a Carmo Wood”, sublinha Diogo Lino, Chairman da Carmo Wood e accionista de referência no grupo.

Esta reestruturação estratégica marca o início de um processo de rebranding que visa reforçar o alinhamento entre a estrutura da empresa, o seu posicionamento no mercado, e os valores que a definem.
Sob a nova assinatura “Wood we are.”, a empresa reformulou a arquitectura da marca corporativa e integrou duas novas marcas endossadas, referente às duas áreas de negócio.

Com raízes profundas na actividade original da empresa, a até então área de Agricultura assume agora uma nova identidade: CW Farm. Especializada em soluções de madeira tratada para vinhas, olivais e fruticultura, a CW Farm comercializa postes, armações e estruturas de protecção.

“A nossa missão é marcar o campo com a qualidade e eficiência da madeira, e continuaremos a apoiar o sector agrícola com soluções duradouras e sustentáveis. Contamos continuar a crescer em Portugal, Espanha, França e outros mercados internacionais com base no nosso profundo conhecimento da madeira”, afirma Ricardo Diz, CEO da CW Farm.

Já a CW Form representa o crescimento contínuo da empresa no sector da construção e arquitectura em madeira, respondendo à crescente procura por soluções técnicas e sustentáveis. Esta área de negócio foca-se em projectos como grandes obras de engenharia em madeira, habitação modular, fachadas em madeira, camping & glamping, mobiliário de exterior, e madeiras para construção.

“Na CW Form queremos dar forma ao dia-a-dia através da industrialização sustentável da madeira. Com a nova marca diferenciadora reforçamos a nossa posição como parceiros de confiança em Portugal e apostamos numa imagem aliada à estratégia para conquistar os mercados europeus na engenharia e construção em madeira.”, afirma João Figueiredo, CEO da CW Form.

Rebranding inspirado pela natureza
A inspiração para o rebranding veio da própria natureza da madeira, um material que resiste ao teste do tempo, que se adapta e perdura, tal como a Carmo Wood. Esta essência foi traduzida numa nova identidade visual e verbal que honra a tradição, mas que se projecta claramente para o futuro.
O logotipo foi pensado para ter flexibilidade, permitindo a sua adaptação a diferentes contextos e áreas de negócio, enquanto as cores vão buscar inspiração às tonalidades da madeira e da natureza. Com logótipos, cores e identidades visuais próprias, as duas novas marcas reflectem as especificidades de cada área de actuação, sem perder a ligação à “marca-mãe” Carmo Wood.
Este trabalho foi desenvolvido em conjunto com a agência DJ, de Diogo Anahory e João Pacheco, a dupla responsável pela criação do conceito, identidade e storytelling da nova marca.

 

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King Street investe 400 milhões de euros na Room00

O financiamento apoia a expansão contínua e reforça a posição de liderança da Room00 no sector da hotelaria urbana europeia, permitindo à empresa continuar o seu crescimento acelerado em mercados-chave como Espanha, Portugal e Itália

A norte americana King Street Capital Management (“King Street”), uma das principais gestoras globais de investimentos alternativos, anuncia um investimento estratégico até 400 milhões de euros no Room00 Group (“Room00”), a principal plataforma de hospitalidade urbana lifestyle no sul da Europa.
O investimento da King Street vai apoiar a estratégia de expansão pan-europeia da Room00, permitindo à empresa continuar o seu crescimento acelerado em mercados-chave como Espanha, Portugal e Itália. Os fundos serão utilizados, sobretudo, para adquirir e reabilitar imóveis hoteleiros em micro-localizações premium em cidades como Madrid, Barcelona, Lisboa, Porto, Milão, Roma e Florença. A Room00 continuará a seguir o seu modelo de crescimento baseado em contratos de arrendamento e gestão hoteleira, passando agora também a ter capacidade para adquirir imóveis directamente. Em Itália, já seleccionou a Kryalos SGR para estruturar um veículo de investimento imobiliário dedicado.

O ecossistema da Room00 conta, actualmente, com mais de 2.500 quartos e 50 activos em operação ou desenvolvimento. Em Portugal tem presença em Lisboa e Porto, sendo que nas duas cidades portuguesas reúne já 10 unidades com cerca de 500 quartos.

Integrados num portefólio de marcas criadas para responder a diferentes perfis do viajante moderno: Room00 Hostels, Toc Hostels, room Select Hotels e LETOH LETOH. Cada marca reflecte uma procura crescente por experiências autênticas, design contemporâneo e localizações urbanas privilegiadas. A Room00 pretende expandir o seu portefólio para 200 activos e 15.000 quartos nos próximos quatro anos no sul da Europa, além de 20 activos e 1.000 quartos em Londres, onde a empresa espera abrir a sua primeira unidade até ao final de 2025.

“Vemos a Room00 como uma das plataformas mais fortes, inovadoras e escaláveis no panorama da hospitalidade europeia”, afirmou Paul Brennan, partner e corresponsável da área de Imobiliário da King Street. “O seu modelo operacional totalmente integrado e a aposta estratégica em localizações centrais tornam-na um parceiro valioso para a nossa estratégia de crescimento no imobiliário europeu.”

“Este investimento da King Street valida o nosso modelo de negócio enquanto plataforma integrada de operação e investimento hoteleiro no sector de hospitalidade urbana lifestyle no sul da Europa, e permitirá acelerar o crescimento através da aquisição de activos estratégicos, atrair os melhores talentos e abrir novas oportunidades de colaboração com investidores que partilham a nossa visão de longo prazo”, acrescentou Ignacio Requena, CEO da Room00.

A Room00 contou com o apoio da GRC IM e da CBRE Investment Banking. Os escritórios de advogados Garrigues, Cuatrecasas e Across Legal prestaram assessoria jurídica à empresa. A Uría Menéndez e a Allen & Overy Shearman prestaram apoio jurídico à King Street. A EY assegurou a due diligence financeira e a PwC assessorou a estruturação fiscal.

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Ponte D. Luis I (Porto) Créditos : DR
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Que contributo nos trazem as nossas elites?

Portugal regista a maior queda de sempre no índice de qualidade das elites segundo a FEP. O resultado reflecte perda de influência económica e fragilidades estruturais

A Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) acaba de divulgar a sexta edição do Índice de Qualidade das Elites (EQx2025), o principal ranking global de economia política, que avalia se as elites de cada país criam valor líquido para a sociedade, significando que há mais para distribuir, ou o extraem em benefício próprio, em detrimento da população. O índice é produzido pela Universidade de St. Gallen, na Suíça, em parceria com instituições académicas internacionais, sendo a FEP responsável por analisar Portugal.

O EQx baseia-se na teoria da elite do desenvolvimento económico, em que as elites são definidas como os modelos empresariais dominantes na economia política das nações. A edição deste ano analisou 151 países, tendo em consideração 149 indicadores agrupados em quatro grandes dimensões: poder económico, poder político, valor económico e valor político.

O índice de Portugal teve a maior descida anual desde a sua criação (em 2020), levando a uma queda de cinco posições no ranking, para o 30.º lugar entre 151 países, que iguala os piores registos (de 2023 e 2021). Apesar de tudo, Portugal manteve-se dentro do primeiro quintil de países.

A deterioração do desempenho português no EQx2025 resultou, sobretudo, da evolução negativa no sub-índice de poder, em especial no que diz respeito ao poder económico das elites. Em destaque está o recuo expressivo no pilar de “destruição criativa” – que avalia a renovação dinâmica do tecido económico –, devido à introdução de dois novos indicadores relativos ao investimento privado em inteligência artificial (IA), uma área em que Portugal surge mal colocado. Tal revela dificuldades na captação de investimento em tecnologias cruciais para a inovação.

Também o sub-índice de valor registou um contributo significativo para a queda geral, representando cerca de 49% da deterioração global. Este resultado traduz, sobretudo, a perda de valor económico, com destaque para um conjunto de fragilidades estruturais persistentes, nomeadamente: fraco crescimento da produtividade laboral, elevada taxa de desemprego jovem, fuga de talento, reduzida participação na força de trabalho e dificuldades no acesso à habitação.

Apesar de as componentes de poder e valor político terem tido pouca influência na descida global (a um nível agregado), verificaram-se movimentos relevantes nos seus indicadores, uns positivos e outros negativos, que acabaram por se compensar. No domínio do poder político, os efeitos negativos da degradação de indicadores ligados à corrupção, desigualdade de rendimento, liberdade académica e complexidade regulatória foram compensados, nos respectivos pilares, por melhorias na liberdade de imprensa, empoderamento feminino, distribuição da riqueza, qualidade da regulação e direitos humanos. Por sua vez, no valor político, destaca-se a evolução negativa nos indicadores de serviços públicos online, taxa de mortalidade por abuso de substâncias e eficácia da cobrança de impostos, bem como a manutenção de uma elevada taxa de IRC (continuação na 114ª posição), que são motivo para preocupação. No entanto, verificaram-se progressos em indicadores como o rácio da dívida pública – com Portugal a subir da 137.ª para a 63.ª posição – e o desempenho ambiental.

Em retrospectiva, a evolução da qualidade das elites de Portugal em 2025 confirma uma tendência de deterioração que se vem acentuando desde o período pré-pandemia, reflectindo perdas significativas na capacidade de geração de valor económico superiores aos ganhos no valor político e, em particular, no poder político e económico, ainda que este último tenha sido bastante penalizado nesta edição, como referido. Conclui-se que a tendência de redução da qualidade das elites – ligada a fragilidades estruturais internas que determinam um modelo económico pouco competitivo – dificulta uma resposta eficaz aos desafios globais cada vez mais complexos.

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Gaia avança com a requalificação da Praceta 25 de Abril por 1,5M€

A intervenção tem uma duração prevista de 15 meses e visa a requalificação do espaço público. Pretende-se criar um espaço de vivência e de estadia das pessoas, dotando a praceta de uma área pública renovada, que funcionará como um elemento de transição

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Arrancam esta terça-feira os trabalhos de requalificação da Praceta 25 de Abril, em Gaia, um investimento estimado em aprocimadamente 1,65 milhões de euros.

A intervenção tem uma duração prevista de 15 meses e visa a requalificação do espaço público. Pretende-se criar um espaço de vivência e de estadia das pessoas, dotando a praceta de uma área pública renovada, que funcionará como um elemento de transição, e integrando, ainda, a praceta no centro cívico, através do desenvolvimento da relação com a Avenida da República.

Durante o período da obra, será garantido o acesso pedonal à galeria, bem como o acesso de veículos de emergência e de veículos para cargas e descargas. Acreditando que será para um futuro melhor, a Câmara Municipal de Gaia agradece a compreensão de todos para os eventuais transtornos decorrentes desta intervenção.

“Num espaço que apresenta, atualmente, um conjunto de debilidades, de ordem construtiva e de relação com a envolvente, esta obra procurará, igualmente, garantir as melhores condições de segurança de modo a abrir este espaço ao Centro Cívico Municipal. Neste contexto, a intervenção incluirá a requalificação do espaço da praceta, a correção das patologias existentes, a integração do espaço no Centro Cívico, a articulação ao nível funcional, espacial, e dos materiais, bem como a continuidade entre os vários espaços”, informa a autarquia, em comunicado.

“Pretende-se criar um espaço de vivência e de estadia das pessoas, dotando a praceta de uma área pública renovada, que funcionará como um elemento de transição, e integrando, ainda, a praceta no Centro Cívico, através do desenvolvimento da relação com a Avenida da República”, salienta o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues.

A requalificação implicará um investimento de 1,65 milhões de euros e tem como “grande objetivo aumentar o polo de maior centralidade da cidade”.

“A partir do momento em que a Rua Álvares Cabral se transformou numa rua pedonal, em que crescemos com a ‘Praça’ para as traseiras da Câmara Municipal, faz todo o sentido que integremos toda esta área num espaço comum, de convívio, com uma disponibilidade maior para a fruição”, justifica o autarca.

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CBRE assessora a venda de 180ha de olival

A venda de 180ha de olival localizado em Alcanhões, Santarém, à Aggraria, detida pelo fundo de pensões canadiano OTPP, confirma o interesse dos investidores pelo sector agrícola na Península Ibérica. Esta transacção é um dos primeiros investimentos institucionais em culturas permanentes na região do Ribatejo

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A Trilho Saloio anunciou a venda de cerca de 180 hectares de olival localizado em Alcanhões, Santarém. Esta transacção marca uma redefinição estratégica da empresa, que agora focará 100% da sua atenção na produção de nozes de qualidade na região centro do país. A transacção foi assessorada pelo departamento de agribusiness da CBRE, que em Fevereiro passado também foi responsável pela venda da “Herdade da Zambujeira” do grupo Agrihold a um investidor institucional estrangeiro.

Segundo João Sanches, CEO da Trilho Saloio, esta operação representa “um momento determinante para a nossa empresa, pois permite-nos dedicar toda a atenção à nossa actividade principal de produção e transformação de nozes para abastecer o mercado ibérico”. A Trilho Saloio detém uma participação do capital social da GONUTS Sociedade Agrícola, empresa esta que se dedica ao processamento de lavagem, secagem, calibragem e embalagem de nozes.

Esta transacção é particularmente relevante por ser um dos primeiros investimentos institucionais em culturas permanentes na região do Ribatejo. Para Manuel Albuquerque, Head of Agribusiness para o Sul da Europa da CBRE, “é um passo importante para a região e a confirmação de que Portugal não se limita apenas ao Alentejo e ao Alqueva, que apesar de ser o principal hub agrícola nacional, é já um destino muito concorrido para este tipo de investidores. O investimento institucional tem-se diversificado tanto em culturas como em regiões, e Portugal continua a ser um mercado muito atractivo”.

A operação foi concluída com a Aggraria, detida pelo fundo de pensões canadiano OTPP, cuja venda já havia sido assessorada em 2022 pela CBRE. Segundo Rita Barosa, CEO do grupo, “este investimento faz parte de um caminho de crescimento natural da empresa e é o primeiro investimento numa região com muita tradição na produção de azeite. Continuamos focados em crescer no olival, onde actualmente temos cerca de 7000 hectares de área sob gestão.”

O interesse dos investidores nacionais e internacionais pelo sector agrícola na Península Ibérica tem aumentado significativamente. Nos últimos anos, o número de transacções tem crescido, com a maior parte do volume de investimento concentrado nas regiões de Alqueva e Andaluzia. Entre 2022 e 2024, o investimento total na Ibéria atingiu 4.100 milhões de euros. A profissionalização do sector agrícola tem facilitado a entrada de investidores institucionais. O sector atrai a comunidade investidora devido às rentabilidades atractivas e à possibilidade de desenvolver portfólios diversificados, minimizando a volatilidade e reduzindo a relação risco/retorno das carteiras.

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APAL traz a Portugal nomes internacionais da indústria do alumínio

No próximo dia 14 de Maio de 2025, APAL recebe as reuniões internacionais das entidades Qualanod e Qualicoat. O evento acontece no Hyatt Regency Lisbon, situado na Rua da Junqueira, em Alcântara

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A Associação Portuguesa do Alumínio (APAL) vai receber em Lisboa, no próximo dia 14 de Maio de 2025, as reuniões internacionais das entidades Qualanod e Qualicoat, duas das mais relevantes organizações técnicas do sector do alumínio a nível global. Esta iniciativa insere-se nas comemorações dos 200 anos do alumínio, lideradas pela APAL. As reuniões terão lugar no Hyatt Regency Lisbon, situado na Rua da Junqueira, em Alcântara.

Ao trazer este momento internacional a Portugal, a APAL reforça o seu papel enquanto “elo de ligação” entre a indústria portuguesa e os principais fóruns técnicos globais, contribuindo para a “afirmação do alumínio” como um material essencial à arquitectura, engenharia e sustentabilidade.

A Qualicoat é a organização internacional que certifica a qualidade dos revestimentos aplicados ao alumínio, garantindo padrões técnicos exigentes e harmonizados em todo o Mundo. Fundada na Suíça, está presente em mais de 25 países, incluindo Portugal, e tem como missão assegurar a durabilidade e a performance de acabamentos aplicados em componentes arquitetónicos de alumínio. A entidade será representada em Lisboa por Coby Armar, secretário-geral da entidade.

Já a Qualanod, que representada pelo seu presidente, Peter Watts, é responsável por supervisionar e garantir a conformidade da anodização do alumínio com normas técnicas internacionais, promovendo práticas de qualidade e inovação industrial.

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