Edição digital
Assine já
    PUB
    Construção

    Nature Based Solutions em conferência

    Arranca hoje a NBS Summit Urban Edition. O evento trará ao Porto especialistas, investigadores e profissionais. Durante dois dias (23 e 24 de Maio) o debate e a partilha irão centrar-se nas soluções baseadas na natureza (Nature Based Solutions, NBS) e a sua importância no desenvolvimento urbano sustentável e no combate às alterações climáticas. A organização é da Associação Nacional de Coberturas Verdes, com o apoio do município através da Águas e Energia do Porto

    Manuela Sousa Guerreiro
    Construção

    Nature Based Solutions em conferência

    Arranca hoje a NBS Summit Urban Edition. O evento trará ao Porto especialistas, investigadores e profissionais. Durante dois dias (23 e 24 de Maio) o debate e a partilha irão centrar-se nas soluções baseadas na natureza (Nature Based Solutions, NBS) e a sua importância no desenvolvimento urbano sustentável e no combate às alterações climáticas. A organização é da Associação Nacional de Coberturas Verdes, com o apoio do município através da Águas e Energia do Porto

    Sobre o autor
    Manuela Sousa Guerreiro
    Artigos relacionados
    Metro de Lisboa: Ministro admite atrasos irrecuperáveis e ajustes do programa
    Construção
    Dstgroup vence concurso para construção de 5 centrais fotovoltaicas flutuantes
    Construção
    Iberdrola recebe luz verde para avançar com “maior parque eólico” em Portugal
    Engenharia
    Startup portuguesa Bandora integra Agenda ILLIANCE
    Empresas
    Lisboa é a 100.ª cidade mais cara do mundo para expatriados
    Imobiliário
    Maior projecto de hibridização do país com luz verde para avançar
    Engenharia
    Expansão da Vista Alegre e Bordallo Pinheiro na Ásia com ajuda de Cristiano Ronaldo
    Empresas
    “Trabalhamos para que a CONSTRUMAT seja um ponto de encontro para mostrar o presente e vislumbrar o futuro”
    Empresas
    Industrialização com forte presença num evento onde portugueses marcam pontos
    Empresas
    Century 21 Portugal no Rock in Rio com “casa ecológica”
    Empresas

    O NBS Summit Urban Edition pretende ser um palco para a partilha de conhecimento, de práticas e de exemplos de soluções para tornar as cidades mais sustentáveis. A urgência é real e este é um momento decisivo para começar a delinear cidades mais resilientes e capazes de se adaptar às alterações climáticas como nos conta Ana Mesquita, membro da direcção da Associação Nacional de Coberturas Verdes (ANCV), que em conjunto com o município do Porto, através da Águas e Energia do Porto organiza o encontro que durante dois dias reúne especialistas, investigadores e profissionais em torno de um tema cada vez mais vital.

    Ana Mesquita, , membro da direcção da Associação Nacional de Coberturas Verdes

    Como é que surge a NBS Summit e qual a sua relevância para o momento actual?
    Este encontro nasce da relevância do tema para as cidades, que têm de se adaptar às alterações e ao stress que terão nas próximas décadas. A intenção é a de criar um evento que agrega todas as partes interessadas: os municípios, os projectistas, a indústria e os centros de investigação e as universidades. Surge também em sequência de um outro evento que realizámos com a Câmara do Porto, o Internacional Green Infrastructure Conference, em 2018, que contou com a presença de uma série de especialistas internacionais.

    Agora, seis anos depois, o palco do debate é o Superbock Arena, podemos fazer a analogia com o significado e a importância destes temas no momento actual?
    Estes temas estão no centro do debate e da discussão de hoje sobre as cidades do futuro e o futuro da urbanização. Estamos todos muito felizes por ir à praia em Abril, mas não temos noção do que é que isso significa, na verdade, não é? Há uma certa ingenuidade da nossa parte, quando estas situações devem-nos alertar.
    As coisas estão a mudar a uma velocidade maior do que aquela que era o expectável, e temos de alterar a forma como pensamos as cidades e desenhamos os edifícios, temos de perceber que já não é uma questão de combate às alterações climáticas, mas é uma questão de tentar adaptar-nos. De sermos resilientes. Este termo que está muito na moda, mas que é uma propriedade física dos corpos de sofrer um impacto, um stress, e voltar à sua forma original. E é isso que as cidades vão ter de conseguir fazer. Vão ter de conseguir lidar com temperaturas extremas e, de alguma forma, conseguir manter algum microclima dentro das ruas. Vão ter de conseguir lidar com grandes volumes de água em curtos períodos de tempo, sem riscos de inundações.

    Como é que em Portugal é percepcionada esta questão?
    Está a demorar a ser percepcionado quer pelas cidades, pelas entidades públicas e também pelos projectistas. E já nem falo pelos donos de obra.
    Eu diria que a indústria e os centros de investigação, as universidades, estão um passo mais à frente. A indústria está preparada para fornecer esse tipo de soluções, para dar apoio técnico à instalação desses materiais. Os grupos de investigação têm já dados e estudos que comprovam os benefícios e a viabilidade económica das nature based solutions. Onde é que esbarramos? Muitas vezes nos municípios, que estão a começar a acordar para o assunto, nos projectistas e profissionais que ainda têm algum receio, ou falta de conhecimento, mas sentimos que as coisas estão a mudar. O caminho que percorremos nos últimos 10 anos foi gigante, claro que ainda há um caminho a percorrer.

    Para além das coberturas verdes

    Que soluções falamos quando falamos em soluções baseadas na natureza? Em coberturas verdes?
    O summit não irá falar só de coberturas verdes, soluções de base natural são soluções que tentam simular e mimetizar os processos naturais, trabalhando com a natureza e não contra a natureza. Podemos usar as soluções de base natural em conjunto com as soluções de engenharia estática, que são aquelas que estamos mais habituados a fazer. Por exemplo, os túneis de drenagem que Lisboa está a construir. As soluções de base natural não são a única solução ou uma solução no singular, mas têm de entrar para a ordem do dia quando planeamos as cidades e, sobretudo, quando desenhamos edifícios.
    Porque se pensarmos no que vai acontecer nos próximos 30 a 40 anos e nos desafios que as cidades vão ter, que os edifícios vão ter, e se pensarmos que estamos a construir hoje os edifícios que vão existir daqui a 30 anos, percebemos que estamos a agir demasiado tarde. É hoje que temos de agir, não é daqui a 20 anos que vamos começar a pensar nisso, quando sentirmos os problemas na pele. É hoje porque estes são os edifícios que vão estar cá nas próximas décadas.

    E por isso o summit foca-se em soluções para as cidades.
    Porque são as cidades que vão sofrer esse impacto. Até 2050 estimamos que mais de 70% da população viva nas cidades e 2050 é quase amanhã. As cidades têm um impacto muito grande na natureza, são paisagens altamente artificializadas. Pegamos nas paisagens naturais e artificializamos em cidades. Para quê? Porque precisamos de um ambiente construído, para aquilo que são as nossas actividades económicas, sociais… e acabamos por ter um impacto muito grande nos ecossistemas, na natureza…

    Os casos práticos
    O NBS Summit irá focar-se muito em exemplos, que soluções nacionais estarão em destaque?
    Em termos de exemplos do que temos em Portugal, teremos o novo Terminal Intermodal da Campanhã
    É um excelente case study. Estamos a falar de uma zona da cidade que estava degradada e muito esquecida e o projecto alavancou toda uma nova urbanidade e mobilidade urbana, unindo ali três tipos de transporte públicos e isso também é um factor importante. Estamos a falar de perto de 13 mil m2 de cobertura verde, para além do parque urbano que não está sobre o edifício.
    Aliada à componente ambiental, o projecto teve também uma componente social e até estratégica para a cidade e para aquilo que é a vivência na cidade e a movimentação da população, da sua mobilidade.

    Que outros exemplos serão debatidos e estudados?
    Teremos várias visitas nestes dois dias de encontro que se irão centrar no Porto, que é a cidade onde o summit se realiza. Teremos a Praça de Lisboa, junto aos Clérigos, que é outro exemplo de uma área que esteve degradada e ao abandono e que mudou por completo com a instalação de uma cobertura verde que devolveu a natureza ao centro consolidado do Porto. Se perguntasse há uns anos, “é possível ter um jardim ao lado dos Clérigos, ao lado da reitoria, no meio da Praça dos Leões quase, um jardim com árvores, com oliveiras, com relevado, onde as pessoas possam estar?”. A resposta seria “não é possível”, a cidade do Porto está consolidada, a malha urbana está já completamente definida, portanto, não há espaço para trazer a vegetação. Mas, de facto, houve espaço, houve espaço para uma nature based solution. Lá está, uma cobertura verde. E isso também é algo importante, ou seja, em muitos locais, onde já não é possível pôr jardins e parques, as coberturas verdes podem ser a solução. Não queremos que seja percepcionada de alguma forma que as coberturas verdes são a única solução. De todo!
    Outro exemplo bastante emblemático da cidade do Porto, é a Escola do Falcão, que é uma escola que foi também renovada no ano passado e que tem uma série de nature-based solutions.

    Depois teremos também os exemplos internacionais. (Ver mais à frente)
    O nosso convidado mais especial é o Kongjin Yu, o reconhecido arquitecto chinês, criador do conceito das Sponge Cities, e que nos vem falar exactamente sobre este conceito e sobre a forma como nós lidamos com a água. Yu é reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho inovador na criação de espaços urbanos que harmonizam de forma única a natureza e a função humana nomeadamente pelo conceito Sponge Cities que visa enfrentar os desafios de inundações urbanas e escassez de água por meio de infraestruturas naturais e sustentáveis.

    Este evento irá chegar a quantas pessoas?
    Esperamos casa cheia, cerca de 400 a 500 participantes. É essa a nossa expectativa. Não vamos abrir streaming, porque o objectivo foi trazer os especialistas, os profissionais, os investigadores ao local, para uma experiência muito mais imersiva.

    Os últimos dez anos foram importantes, mas como vê que estas questões venham a evoluir nos próximos cinco anos?
    Eu quero acreditar que daqui a cinco anos estamos a lidar com estas temáticas – com a vegetação, com as coberturas, com as paredes, com as soluções para a água – como quem lida com o resto das componentes de um edifício. Tem de ser. Como é que vamos lidar com a água neste edifício? Como é que vamos conseguir reter a água no edifício? Além da eficiência energética os edifícios têm de ser hidricamente eficientes e isso não é só focarmos na torneira, mas temos de pensar na grande torneira que vem do céu. Como é que aproveitamos a água? Como vamos retê-la para depois reutilizá-la? Como vamos reciclá-la? São grandes desafios!

     

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

    Mais artigos
    Artigos relacionados
    Metro de Lisboa: Ministro admite atrasos irrecuperáveis e ajustes do programa
    Construção
    Dstgroup vence concurso para construção de 5 centrais fotovoltaicas flutuantes
    Construção
    Iberdrola recebe luz verde para avançar com “maior parque eólico” em Portugal
    Engenharia
    Startup portuguesa Bandora integra Agenda ILLIANCE
    Empresas
    Lisboa é a 100.ª cidade mais cara do mundo para expatriados
    Imobiliário
    Maior projecto de hibridização do país com luz verde para avançar
    Engenharia
    Expansão da Vista Alegre e Bordallo Pinheiro na Ásia com ajuda de Cristiano Ronaldo
    Empresas
    “Trabalhamos para que a CONSTRUMAT seja um ponto de encontro para mostrar o presente e vislumbrar o futuro”
    Empresas
    Industrialização com forte presença num evento onde portugueses marcam pontos
    Empresas
    Century 21 Portugal no Rock in Rio com “casa ecológica”
    Empresas
    PUB
    Construção

    Metro de Lisboa: Ministro admite atrasos irrecuperáveis e ajustes do programa

    “A tuneladora não faz mais do que aqueles metros por dia. E, portanto, não é fácil recuperar o atraso. Está atrasado, e não se vai recuperar o atraso”, assegura o ministro da Coesão

    CONSTRUIR

    O ministro da Coesão admite que o Metropolitano de Lisboa está a trabalhar no reajustamento do programa das obras da Linha Circular, atendendo a que os trabalhos estão atrasados “e não se vai recuperar o atraso” a tempo de assegurar que a intervenção tenha financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

    Em entrevista ao Jornal de Notícias e à radio TSF, Castro Almeida admite que trabalhos como os do Metro “são obras que estão atrasadas, e é o tipo de obras onde não é fácil acelerar o ritmo”. “A tuneladora não faz mais do que aqueles metros por dia. E, portanto, não é fácil recuperar o atraso. Está atrasado, e não se vai recuperar o atraso”, assegura o governante, admitindo que “apesar disso, a Metropolitano de Lisboa está a ajustar o programa para que nós possamos fazer uma pequena reformulação no PRR de forma a não perder dinheiro”.

    Na entrevista, Castro Almeida salienta que “há essa preocupação de não perder dinheiro, e se não fizermos quatro estações, vamos fazer duas estações. Desde que estejam a operar, serão financiadas pelo PRR. Não queremos fazer grandes reformulações no PRR. Tenho a ideia que o Governo anterior desenhou PRR, e a este Governo compete-lhe executar. Não vamos estar sempre a pensar no que está pensado e a dar passos atrás e à frente. O País não ganha nada com isso. Mas há pequenos ajustamentos que vamos ter que fazer para não perder dinheiro. E estas obras de que lhe falo, estas alterações no programa do Metropolitano de Lisboa, são desses casos. Eu não estou com isto a dizer que as obras vão deixar de ser feitas. A natureza ou a origem do financiamento é podem ter de alteradas”.

    As alterações podem, no entanto, representar encargos para os cofres públicos, ora porque os trabalhos em falta serão pagos pelo Banco Europeu de Investimento ou com recurso ao Orçamento de Estado.n

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Construção

    Dstgroup vence concurso para construção de 5 centrais fotovoltaicas flutuantes

    ­Através da sua empresa Dstsolar, o grupo  de Braga irá construir cinco novas centrais fotovoltaicas flutuantes para a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, num valor de investimento de quatro milhões de euros 

    CONSTRUIR

    A Dstsolar, empresa do Dstgroup especializada na área da energia solar, acaba de vencer o concurso público lançado pela Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, EDIA , para a construção de cinco centrais fotovoltaicas nas albufeiras do Reservatório de Ferreira, Reservatório 4 Monte Novo, Barragem do Penedrão, Barragem de Pias e Barragem das Almeidas, num valor de negócio de cerca de 4 milhões de euros. Uma empreitada  flutuante, similar à que já realizada para a EDIA, em 2020, no Reservatório de Cuba Este.

    Estima-se que estas cinco centrais fotovoltaicas venham a alcançar uma produção anual de 7.9 gigawatts-hora, evitando a emissão de 1455 toneladas por ano de dióxido de carbono para a atmosfera.

    A obra deste investimento verde, com forte racional económico, ficará concluída em 11 meses e contará com 7864 módulos fotovoltaicos, 1 455 052 kg/ano de emissões de CO2 evitadas, 4 521,8 kWp de potência instalada e 7 907 892 kWh/ano de energia produzida.

    De acordo com Raúl Cunha, director geral da Dstsolar “este novo projecto de solar fotovoltaico flutuante reforça o papel da Dstsolar como uma empresa de referência na energia solar em Portugal, atestando a qualidade e o rigor do nosso trabalho”.

    Esta operação vai contribuir para a redução da incidência da luz nos reservatórios, limitando o crescimento de algas e contribuindo decisivamente para a qualidade da água e para a diminuição dos custos com a limpeza de filtros. De salientar ainda que a cobertura dos reservatórios vai reduzir a evaporação, com impacto na redução dos custos operacionais da distribuição de água.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Engenharia

    Iberdrola recebe luz verde para avançar com “maior parque eólico” em Portugal

    A ser construído nos distritos de Braga e Vila Real, o parque foi concebido para aproveitar o ponto de injecção na rede eléctrica já construído no Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), sendo o primeiro a combinar energia eólica e hídrica

    CONSTRUIR

    A Iberdrola obteve a aprovação ambiental final para a construção do “maior parque eólico do País”. A empresa dá assim mais um passo na expansão em território nacional, impulsionando a transição para um modelo económico baseado na “descarbonização através das energias renováveis e na independência face aos combustíveis fósseis”.

    O novo parque eólico terá uma potência de 274 MW, o equivalente ao consumo de 128 mil habitações, e será construído nos distritos de Braga e Vila Real. Concebido para aproveitar o ponto de injecção na rede eléctrica já construído no Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), este é o maior projecto de hibridização do país, sendo o primeiro a combinar energia eólica e hídrica.

    Concretamente, a empresa obteve o segundo e último parecer ambiental favorável para o projecto dos parques Eólicos Tâmega Norte e Tâmega Sul. Trata-se da denominada DCAPE (Decisão de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução).

    Este passo implica a aprovação pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ao projecto de construção, cumprindo todas as condições e medidas incluídas na Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável, recebida em Março de 2023 pela Iberdrola.

    Desta forma, a energética continua com o processo de instalação, sendo que o próximo passo consiste na solicitação da licença de produção à Direção-Geral de Energia e Geologia de Portugal (DGEG). O objectivo da Iberdrola é obter todas as autorizações e começar as obras no início de 2025.

    A incorporação de energia eólica no Sistema Eletroprodutor do Tâmega aumenta a sua contribuição de “energia limpa, acessível e competitiva” para o sistema eléctrico, garantindo o fornecimento da quantidade máxima de energia verde autorizada, originalmente, para cada projecto, durante o maior tempo possível.

    Ao contar com duas tecnologias que funcionam em alternância, reduz-se significativamente a dependência da variação das condições ambientais e das limitações pela possível falta de recursos como o vento, facilitando uma produção renovável mais estável e permitindo optimizar a infraestrutura eléctrica de transporte.

    As centrais de geração híbrida utilizam o mesmo ponto de conexão à rede e partilham infraestruturas, como a subestação que, neste caso, requererá a construção de uma ampliação, já prevista no projecto inicial, e a linha de evacuação da electricidade produzida, o que também resulta num impacto ambiental “consideravelmente menor” quando comparado com o impacto que teriam duas centrais independentes.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Empresas

    Startup portuguesa Bandora integra Agenda ILLIANCE

    A Agenda ILLIANCE integra 29 entidades, lideradas pela Bosch Termotecnologia, que colaboram para criar “Edifícios saudáveis, confortáveis e sustentáveis”. A Bandora contribuirá para o desenvolvimento de soluções inovadoras para o mercado B2C, adaptando a sua plataforma para edifícios residenciais

    CONSTRUIR

    A Bandora, empresa portuguesa especialista em tecnologia de eficiência energética para edifícios inteligentes, foi convidada pela Bosch Termotecnologia, para integrar a Agenda Mobilizadora “ILLIANCE”, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência.

    “Estamos entusiasmados com a oportunidade de explorar novas fronteiras tecnológicas no mercado de casas inteligentes”, revela a CEO da Bandora, Márcia Pereira. “Acreditamos que a Agenda ILLIANCE é um passo importante para alcançar a neutralidade carbónica no sector dos edifícios. Para uma startup portuguesa, este compromisso representa uma oportunidade única de liderança e inovação para contribuir para um futuro mais sustentável. Esta iniciativa só reforça o nosso compromisso nesse sentido. Estamos confiantes de que, ao adoptar medidas concretas para reduzir as emissões de carbono, não só estaremos a ajudar o planeta, mas também a fortalecer a nossa posição no mercado e a aprofundar o nosso impacto positivo na sociedade”, acrescenta a responsável.

    No âmbito do projecto ILLIANCE a Bandora desenvolverá uma plataforma digital para gerir a operação energética de edifícios residenciais, tanto individualmente quanto em Comunidades de Energia, integrando sistemas IoT (Internet das Coisas) e aplicando machine learning para a automação e optimização do consumo. A inteligência artificial será utilizada para responder às necessidades dos utilizadores de forma eficiente e sustentável.

    A Agenda ILLIANCE é composta por um consórcio de 29 entidades lideradas pela Bosch Termotecnologia, que colaboram para promover a inovação e a competitividade com a visão de criar “Edifícios saudáveis, confortáveis e sustentáveis”. Como parte da Agenda ILLIANCE, a Bandora contribuirá para o desenvolvimento de soluções inovadoras para o mercado B2C, adaptando a sua plataforma para edifícios residenciais. Esta integração permitirá à startup portuguesa expandir a sua equipa de engenharia e explorar o crescente mercado de casas inteligentes, respondendo aos desafios actuais e futuros do sector da energia aplicada aos edifícios.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Imobiliário

    Lisboa é a 100.ª cidade mais cara do mundo para expatriados

    Estudo “Custo de Vida” da Mercer aponta inflação, tendências económicas incertas, factores geopolíticos, guerras/crises locais e custos com habitação como os principais factores com impacto na decisão de seguir uma carreira internacional

    CONSTRUIR

    Lisboa é a 100.ª cidade mais cara do mundo para expatriados, de acordo com a edição de 2024 do ranking “Custo de Vida”, divulgado pela consultora Mercer. A subida de 17 posições no ranking global em 2024 por comparação com o ano anterior revela um agravamento do custo de vida para quem decide vir trabalhar para a capital portuguesa. Atendendo apenas ao panorama europeu, Lisboa ocupa a 39.ª posição.

    O ranking “Custo de Vida” da Mercer, empresa do grupo Marsh McLennan, classifica o custo de vida de 226 cidades do mundo para expatriados a partir da análise do custo comparativo de mais de 200 itens em cada local, incluídos nas categorias de transporte, alimentação, vestuário, produtos domésticos e entretenimento. Este estudo pretende apoiar as empresas multinacionais na definição de políticas de compensação para colaboradores expatriados.

    Hong Kong segura uma vez mais a primeira posição do ranking, seguindo-se Singapura. Zurique, Genebra e Basileia são três das cinco cidades mais caras a nível mundial, podendo o elevado custo de vida da Suíça estar correlacionado com a sua qualidade de vida superior.

    O aumento do custo com habitação verificado em diversas cidades tornou a mobilidade num desafio para as organizações. A inflação é outro factor que está a diminuir o poder de compra e a exercer pressão sobre as políticas de compensação. Esta conjuntura deverá dificultar a atracção e retenção de talentos-chave, podendo aumentar os custos com benefícios/remunerações, assim como os custos operacionais e criando limitações à mobilidade dos colaboradores.

    “Os desafios do custo de vida têm um impacto significativo ao nível da mobilidade nas empresas multinacionais e nos seus colaboradores”, afirma Tiago Borges, Career Business Leader da Mercer Portugal. “É importante que as organizações se mantenham atentas às tendências e que tenham em conta o feedback dos colaboradores, de forma que possam gerir eficazmente o impacto destas questões”.

    “A subida do custo de vida leva a que os colaboradores repensem rotinas e reduzam despesas, podendo mesmo obrigar a um esforço adicional para que consigam satisfazer as suas necessidades básicas”, acrescenta. “Perante estes desafios, as empresas podem repensar a compensação associada à mobilidade, podendo, por exemplo incluir ou reforçar apoios à habitação prestar serviços de apoio ou explorar estratégias alternativas de atracção e retenção de talento”.

    No contexto europeu, além das quatro cidades suíças que surgem nas primeiras posições do ranking – Zurique (3.ª posição), Genebra (4.ª posição), Basileia (5.ª posição) e Berna (6.ª posição) –, as cidades mais caras são Londres (8.ª posição), Copenhaga (11.ª posição), Viena (24.ª posição), Paris (29.ª posição) e Amesterdão (30.ª posição).

    Por outro lado, Minsk, capital bielorussa, é a cidade europeia mais barata, ocupando a 212.ª posição. Outras cidades de baixo custo na Europa incluem Sarajevo (203.ª posição), Escópia (198.ª posição), Cracóvia (175.ª posição) e Breslávia (169.ª posição).

    Apesar de a economia europeia ter abrandado, há já sinais positivos de crescimento na maioria dos Estados-Membros da União Europeia. No Sul da Europa, verifica-se uma expansão económica mais acelerada, prevendo-se que a taxa de inflação anual diminua, o que indica uma maior estabilidade de preços.

    No panorama mundial, as duas cidades com um custo de vida mais elevado situam-se na Ásia, Hong Kong (1º posição no ranking) e Singapura (2º lugar), o que se deve sobretudo ao elevado preço das habitações. Estes importantes centros económicos atraem também um elevado número de colaboradores expatriados, o que também contribui para o aumento do custo dos bens.

    Todas as cidades norte-americanas estão classificadas nas 100 primeiras posições, com sete cidades entre as 20 primeiras. No extremo inferior estão as cidades do Canadá, sendo que a economia canadiana tem demonstrado uma forte resiliência e está a superar as expectativas. Toronto é a cidade canadiana mais cara (92.ª posição), seguida de Vancouver (101.ª posição). Por sua vez, o custo de vida nas cidades mexicanas registou um aumento significativo por comparação com o ano anterior, com a capital a ocupar a 33.ª e Monterrey a 115.ª posição, uma subida de 46 e 40 lugares, respetivamente.

    Na América do Sul, a capital do Uruguai, Montevidéu, é a cidade mais cara para colaboradores expatriados (42.ª posição). Devido às flutuações das taxas de câmbio e ao preço das habitações, v árias cidades sul-americanas registaram um movimento significativo por comparação com o ano anterior – Santiago, no Chile, caiu 73 lugares para a 160.ª posição do ranking, enquanto Bogotá, na Colômbia, subiu 40 lugares para a 174.ª posição.

    Já na região do Pacífico, a inflação deverá continuar a pressionar o poder de compra dos habitantes. Sydney (58.ª posição), na Austrália, é a cidade mais cara da região, ultrapassando Noumea, na Nova Caledónia, que ocupa a 60.ª posição, tendo subido 10 lugares.

    As cidades africanas mais caras são Bangui (14.ª posição), na República Centro-Africana, Djibuti, capital do país com o mesmo nome, (18.ª posição) e Djamena (21.ª posição), no Chade. Lagos (225.ª posição), na Nigéria, desceu 178 lugares desde o ano passado, sendo esta a maior alteração por comparação com o ano anterior. Esta mudança deve-se sobretudo às flutuações cambiais, incluindo as repetidas desvalorizações da naira.

    Na 15.ª posição, o Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, é a cidade mais cara do Médio Oriente, enquanto Bombaim passou a ocupar a 136.ª posição e a ser a cidade mais cara da Índia.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos

    DCIM100MEDIADJI_0492.JPG

    Engenharia

    Maior projecto de hibridização do país com luz verde para avançar

    O governo português deu luz verde ao projecto de construção do parque eólico do 274 MW da Iberdrola, integrado no Sistema Electroprodutor do Tâmega. A infraestrutura vai aproveitar o ponto de injecção na rede eléctrica já construído no complexo para aumentar a produção de energia limpa. As obras deverão arrancar no início de 2025

    CONSTRUIR

    O novo parque eólico terá uma potência de 274 MW, o equivalente ao consumo de 128 mil habitações, e será construído nos distritos de Braga e Vila Real. Concebido para aproveitar o ponto de injecção na rede eléctrica já construído no Sistema Electroprodutor do Tâmega (SET), este é o maior projecto de hibridização do país, sendo o primeiro a combinar energia eólica e hídrica.

    A empresa obteve o segundo e último parecer ambiental favorável para o projecto dos parques Eólicos Tâmega Norte e Tâmega Sul. Trata-se da denominada DCAPE (Decisão de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução). Este passo implica a aprovação pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ao projecto de construção, cumprindo todas as condições e medidas incluídas na Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável, recebida em Março de 2023 pela Iberdrola.

    Desta forma, a energética continua com o processo de instalação, sendo que o próximo passo consiste na solicitação da licença de produção à Direcção-Geral de Energia e Geologia de Portugal (DGEG). O objectivo da Iberdrola é obter todas as autorizações e começar as obras no início de 2025.

    A incorporação de energia eólica no Sistema Electroprodutor do Tâmega aumenta a sua contribuição de energia limpa, acessível e competitiva para o sistema eléctrico, garantindo o fornecimento da quantidade máxima de energia verde autorizada, originalmente, para cada projecto, durante o maior tempo possível.

    Ao contar com duas tecnologias que funcionam em alternância, reduz-se significativamente a dependência da variação das condições ambientais e das limitações pela possível falta de recursos como o vento, facilitando uma produção renovável mais estável e permitindo optimizar a infraestrutura eléctrica de transporte.

    As centrais de geração híbrida utilizam o mesmo ponto de conexão à rede e partilham infraestruturas, como a subestação que, neste caso, requererá a construção de uma ampliação, já prevista no projecto inicial, e a linha de evacuação da electricidade produzida.

    Além disso, localizam-se em terrenos já destinados à geração renovável e contam com caminhos e instalações comuns para a operação de ambas as tecnologias. Tudo isso resulta num impacto ambiental consideravelmente menor quando comparado com o impacto que teriam duas centrais independentes.

    O Sistema Electroprodutor do Tâmega é um dos maiores projectos hidroeléctricos da Europa nos últimos 25 anos. Com um investimento total de mais de 1.500 milhões de euros, é composto por três centrais: a Central Hidroeléctrica do Alto Tâmega, com uma capacidade instalada de 160 MW, a Central de Armazenamento por Bombagem de Gouvães (880 MW) e a Central de Daivões (118 MW), estas duas últimas em funcionamento desde 2022.

    As três centrais somam uma capacidade instalada de 1.158 MW, que representa um aumento de 6% da potência elétrica total instalada no país. Assim, o complexo tem a capacidade de produzir até 1.766 GWh por ano, suficiente para satisfazer as necessidades energéticas dos municípios vizinhos, bem como das cidades de Braga e Guimarães (440 mil habitações). Adicionalmente, esta infraestrutura renovável tem uma capacidade de armazenamento de 40 milhões de kWh, equivalente à energia consumida por 11 milhões de pessoas durante 24 horas nos seus lares.

    O SET permite eliminar a emissão de 1.2 milhões de toneladas de CO2 anuais e diversificar as fontes de produção, evitando a importação de mais de 160 mil toneladas de petróleo por ano. O impacto positivo para a região permite fomentar a actividade económica e o emprego através da criação de até 3.500 postos de trabalho directos e 10.000 indirectos ao longo da sua construção, 20% dos quais provenientes dos municípios vizinhos através de mais de 100 fornecedores, 75 deles portugueses.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Empresas

    Expansão da Vista Alegre e Bordallo Pinheiro na Ásia com ajuda de Cristiano Ronaldo

    O futebolista português é o novo accionista da Vista Alegre Atlantis e prepara-se, em conjunto com a Visabeira, para criar uma nova empresa para o Médio Oriente e Ásia, visando a expansão das históricas marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro para estes mercados

    CONSTRUIR

    Cristiano Ronaldo adquiriu, através da CR7 SA, 10% do capital da Vista Alegre Atlantis e acordou adquirir, em operação a concretizar nos próximos dias, 30% do capital da Vista Alegre Espanha. Em alinhamento estratégico com o Grupo Visabeira, as partes acordaram ainda a criação conjunta, em partes iguais, de uma nova empresa no Middle East & Asia, cujo objectivo é fazer crescer as marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro naquelas geografias. Esta colaboração entre ambas permitirá acelerar o processo de expansão global das marcas no segmento de prestigio/luxo em vários mercados internacionais, tanto no retalho como na hotelaria premium.

    “A Vista Alegre e a Bordallo Pinheiro são marcas pelas quais sempre tive uma grande admiração e das quais sou cliente assíduo. A possibilidade de apoiar a estratégia de globalização da marca Vista Alegre, como marca de lifestyle de luxo, é um orgulho para mim enquanto português. Faremos juntos tudo o que estiver ao nosso alcance para promover este ícone nacional de excelência e colocá-lo no patamar das melhores marcas do mundo” salientou em comunicado o jogador.

    Fernando Campos Nunes, fundador e accionista do Grupo Visabeira, detentor do Grupo Vista Alegre Atlantis SGPS, fez questão de salientar que “é com grande entusiasmo que recebemos o Cristiano Ronaldo como nosso investidor, representando este momento a união de duas das mais relevantes e unânimes marcas portuguesas. Cristiano Ronaldo é um elemento indissociável de Portugal. Consegue levar o nome do nosso país aos lugares mais recônditos da Terra, com uma imagem de trabalho, dedicação, simpatia e muito talento. É verdadeiramente uma marca planetária. Para além disso, tem um enorme orgulho no seu país e todos o admiram. Assim também são a Vista Alegre e a Bordallo Pinheiro. Por isso, a coordenação de esforços destas que são as marcas portuguesas mais internacionais só pode ser boa para todos: Cristiano Ronaldo, Vista Alegre e Portugal”, afirmou o empresário.

    Este investimento acontece numa altura em que a marca, fundada em 1824, comemora os seus
    200 anos de existência, com várias acções em Portugal e nos mercados externos, entre exposições, publicações, lançamento de peças com artistas e designers nacionais e internacionais, e eventos vários.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos

    Xavier Vilajoana, presidente da CONSTRUMAT

    Empresas

    “Trabalhamos para que a CONSTRUMAT seja um ponto de encontro para mostrar o presente e vislumbrar o futuro”

    Em entrevista exclusiva ao CONSTRUIR, o presidente da CONSTRUMAT explica a importância de uma maior aposta em áreas como a industrialização ou a construção em madeira, atendendo a que Portugal e Espanha estão hoje perante um cenário de transformação. Xavier Vilajoana fala da importância da presença de empresas portuguesas num evento que procura aproximar-se da referência europeia na fileira da construção

    Ricardo Batista

    Ao CONSTRUIR, enquanto decorria a edição deste ano da CONSTRUMAT, o presidente do salão explicou que os expositores marcam presença no evento porque têm a garantia de que se trata de uma iniciativa de negócio, mais do que uma mostra de produtos. Xavier Vilajoana  ainda digere a edição deste ano sem, no entanto, ambicionar que o evento, promovido pela Fira de Barcelona, possa crescer tanto em espaço como qualitativamente.

    Abertas as portas da CONSTRUMAT deste ano, em que ponto do mercado estamos, da economia, no mercado deste negócio de construção?

    Estamos num bom momento. Continuamos a crescer de forma sustentada e, além disso, estamos em plena transformação. Ou seja, estamos em um momento em que é preciso construir mais e de forma mais sustentável. É necessário construir pensando no presente, mas sobretudo no futuro. E, além disso, há muitas necessidades do nosso sector, tanto a nível residencial como a nível de infraestruturas.  Portanto, estamos numa fase particularmente positiva, de crescimento. E mais: estamos numa fase de expansão tanto quantitativamente quanto qualitativamente, o que também é muito importante.

    Esta foi há alguns anos uma das melhores e maiores feiras de construção na Europa. Que caminho importa percorrer agora para recuperar esse posicionamento?
    Acho que ainda somos uma feira de referência. O que é certo é que, evidentemente, não estamos nos níveis em que estivemos no início do Século e estou certo de que esses são tempos que não voltarão mais. Mas também porque queremos voltar às origens. Procuramos ser uma Feira muito profissional, onde o networking e as oportunidades de negócio sejam muito fortes, tanto na perspectiva dos expositores como dos visitantes, mas que também seja uma montra de soluções tão transversal como era naquela altura. Aqui pode-se encontrar desde inovação em maquinaria, em materiais, novos sistemas construtivos, novas tecnologias, startups, ou seja, muitos subsectores da construção que são muito importantes estão aqui representados, neste que é um ponto de encontro para todos os que querem ver onde estamos e sobretudo para onde vamos.

    Falando com alguns dos expositores, sublinharam que esta é uma feira muito especial porque, diziam, “aqui não somos meros expositores, somos negociantes. Aqui faz-se negócio”. É assim?

    Exactamente. De facto, é um dos valores acrescentados que tem a CONSTRUMAT. Os expositores, no final, o que vêm procurar é isso. Campanhas de marketing e de promoção de marca quase todas as empresas já o fazem fora das Feiras. Portanto, aqui, principalmente, o que eles vêm procurar é negócio. E se crescemos em relação à edição anterior em 50%, é porque a resposta é muito positiva e a satisfação também. “De boca em boca” é o que melhor funciona quando se trata de uma campanha de marketing. E esperamos que a edição do próximo ano seja ainda melhor do que foi a deste ano e possamos ocupar, se possível, outro pavilhão maior. No final, se conseguirmos que os expositores e visitantes se sintam bem e estejam, pelo menos, tão satisfeitos quanto na edição anterior, eu acredito que continuaremos a crescer e poderemos voltar a ser o salão de referência de construção em Espanha e, por que não, rivalizar com outras feiras de referência na Europa como a Batimat (Paris, França) ou a Bauma (Munique, Alemanha).

    Xavier Vilajoana, presidente da CONSTRUMAT

    Percorrendo a feira, percebi que há uma mudança efectiva até ao nível dos expositores.
    Falamos de novos sistemas construtivos, construção em madeira, novos métodos de construção, industrialização da construção. Isso é mudança comum tanto em Portugal como em Espanha, desde logo porque partilhamos um problema derivado da falta de mão-de-obra. Seria também uma mudança na forma de fazer construção?

    Sim. Veja: sempre disse que este é um sector muito resiliente. Sempre foi. É um sector que sempre olhou para o futuro, sempre antecipou as necessidades do futuro, tanto da sociedade como do planeta, e a industrialização é uma parte da solução. Além disso, a industrialização pode ter muitos níveis: pode ser na totalidade, pode ser em módulos, pode ser em pequenos detalhes ou espaços como cozinhas, casas-de-banho. Além disso, a industrialização tem uma vantagem, que é permitir a incorporação de mão de obra, por exemplo, do sector feminino, mas, além disso, reduzir tempos de obra. Por outro lado, em cidades muito consolidadas é mais complicado de fazer. Ocupar um espaço entre dois edifícios existentes é difícil recorrendo a um processo industrial. Mas é verdade que é um sector que é uma soma de muitas soluções. Felizmente, aqui na CONSTRUMAT, podemos ver muitas dessas soluções. E há mais: este é um sector onde os diferentes actores colaboram e cooperam muito entre si. Não é a primeira vez que vêm duas empresas diferentes, com produtos diferentes, e se olham, falam, trocam ideias e dessa colaboração surge um novo produto como consequência dessa transmissão de conhecimento. E isso para nós também gera um valor agregado muito alto. Depois, a sustentabilidade. É evidente que agora não só se olha os edifícios pensando no presente, ou seja, quando estiverem construídos, mas também se tem em conta a sua vida útil, o consumo que sustentam, as emissões de CO2, como também ao nível de manutenção. Ou seja, os edifícios têm que ser sustentáveis economicamente, ambientalmente e socialmente.

    Há um ciclo de vida muito longo de um edifício…
    Exactamente. E tem de ser levado em conta. As pessoas já olham quanto vai custar a manutenção e os custos que vai ter esse edifício, ou a casa, ou o apartamento onde vai morar.

    E considerar também o processo de eventual demolição
    A reciclagem e a reabilitação são muito importantes. Actualmente avançou-se muito. Há empresas de demolição que já implementam, no mesmo terreno onde se demoliu, pequenas estações de reciclagem dos materiais, que depois são reutilizados na nova construção. Isso já funciona há algum tempo e cada vez a economia circular na construção está mais difundida.

    Procuramos ser uma feira muito profissional, onde o networking e as oportunidades de negócio sejam muito fortes, tanto na perspectiva dos expositores como dos visitantes, mas que também seja uma montra de soluções tão transversal como era naquela altura

    O que Portugal pode trazer para CONSTRUMAT? Que valor acrescentado podem ter os expositores de Portugal?
    Portugal e Espanha são pontos de união entre a América e a Europa. São pontos de entrada. Além disso, têm muitas semelhanças. Têm o mesmo tipo de cidades consolidadas mas, ao mesmo tempo, têm municípios afastados das grandes cidades que precisam dessa comunicação para que possam crescer de forma sustentável. Acredito que em Portugal também têm um problema de acesso à habitação principalmente em grandes cidades como Lisboa por exemplo, e esse é um problema comum. Isso só se resolve construindo mais e fazendo mais apartamentos, porque se a promoção de novas casas é mais célere que a construção dos mesmos é muito evidente que haverá tensões no mercado. Mas isso não se pode só limitar às grandes cidades. A resposta a estes problemas depende, também, da execução de boas redes de comunicação e de mobilidade.  É importante considerar que o cálculo de distâncias seja feito em minutos e não apenas em quilómetros. Quando conseguirmos isso teremos mais facilidade para crescer.

    Consolidar novas áreas urbanas…
    Exacto, e bem comunicadas. Dou sempre este exemplo: se planificar agora uma viagem a Londres, vou ter vários aeroportos onde aterrar. Seja Luton, Gatwick, Stansted. Para termos uma ideia: Stansted está a uma distância quase equivalente à distância entre Barcelona e Girona. E, no entanto, quando tu vens a Barcelona e aterras em Girona, não pensas que estás a vir para Barcelona. E, no entanto, estás à mesma distância que, por exemplo, o aeroporto de Stansted. De Stansted ao centro de Londres demoras 25 minutos. Quando conseguirmos isso, aliviaremos o peso e a pressão que há nas cidades como Lisboa ou Barcelona, por exemplo, que são tão solidárias e tão maduras.

    Este ano têm um país convidado, Marrocos. O que significa isso? Um piscar de olho ao Mundial, que Espanha organiza em conjunto com Marrocos e Portugal?

    Sim, também. É o primeiro ano que temos um convidado de honra. Neste caso, a escolha acabou por ser Marrocos porque na edição anterior da CONSTRUMAT, quase 30% dos visitantes era desse País, naquela que foi a nacionalidade mais representativa entre os visitantes. Além disso, se considerarmos que Espanha passou a ser o primeiro país na relação comercial com Marrocos, ultrapassando a França, também nos fez pensar nesta opção. A isto junta-se, claro, o facto de Espanha, juntamente com Portugal, organizar conjuntamente o Mundial de 2030 de futebol. Então dissemos que este era o melhor momento. Mas evidentemente, nas próximas edições haverá outros países e porque não Portugal? É um dado curioso que muitas vezes olhamos para o perfil do visitante como um perfil europeu por estarmos tão perto. Mas há um número considerável de visitantes de outros continentes. Há uma conexão muito grande com estas feiras. Eles podem trazer e beber muito desta informação que nós partilhamos neste tipo de eventos. De facto, somos a porta de entrada para a Europa para o continente africano e, portanto, eles também têm de aproveitá-lo. Somos a porta de entrada para a Europa e eles são a nossa porta de entrada para África. Portanto, é normal que com os países do norte de África tenhamos este tipo de relação. Além disso, eles também precisam crescer muito em infraestruturas. As empresas europeias, e quase todas espanholas, são especialistas. Temos grandes empresas nacionais que trabalham por todo o Mundo, muito importantes, e, portanto, é um factor a ter em conta. Mas não só o continente africano, o continente asiático também traz muitos visitantes. E o americano. Tanto o norte-americano como o sul-americano. Realmente estamos num lugar, Barcelona neste caso, que é um nexo de união de muitas culturas, de muitos países e de muitos continentes. E temos de aproveitar isso.

    Pode-se saber um pouco mais sobre a próxima edição? O que têm planeado?
    De momento estamos a desfrutar desta. E estamos, felizmente, sobrecarregados porque o sucesso, por enquanto, está a ser muito alto. Está a corresponder às expectativas que tínhamos. E para o ano queremos crescer. Queremos alcançar um volume não só quantitativo, mas qualitativo, para podermos competir com feiras como a Batimat ou a Bauma. Porque se para o ano conseguirmos alcançar o volume que queremos, passaríamos a edições bienais para competir ombro a ombro com estas duas grandes feiras europeias. A intenção da CONSTRUMAT não é que se torne numa feira de mostra de produto. Ou seja, aqui tentamos que todos os expositores acrescentem valor, que apresentem soluções inovadoras, as novidades que saem no mercado, novas formas de construir. Trabalhamos para que a CONSTRUMAT seja um ponto de encontro para mostrar o presente e vislumbrar o futuro. E eu acho que isto é muito importante, porque se não, não te diferencias das outras feiras. É muito importante que haja essa diferenciação, como disse, qualitativamente em relação às outras feiras

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
    Mais artigos
    Empresas

    Industrialização com forte presença num evento onde portugueses marcam pontos

    Novas técnicas construtivas, novos processos. A industrialização enquanto motor de uma construção mais sustentável teve um forte impacto na CONSTRUMAT deste ano, num evento onde as empresas portuguesas procuraram consolidar presença num mercado em crescimento

    Ricardo Batista

    Se há áreas em que Portugal e Espanha estão manifestamente unidos e empenhados é na necessidade de encontrar soluções, emergentes, que respondam de forma eficiente e sustentável à necessidade de colocar mais casas no mercado. Se na falta de oferta de imóveis à venda incidem os elevados custos dos materiais, as dificuldades dos promotores para obter financiamento ou desenvolver as promoções, a burocracia e, fundamentalmente, a escassez de solo e de mão de obra; no caso dos imóveis para arrendamento, a oferta contrai essencialmente devido aos desincentivos dos proprietários para manter essas moradias no mercado, bem como pelas mudanças na legislação.

    Durante três dias, o parque de feiras e exposições da Gran Via, em Barcelona, foi palco de excelência para 314 empresas poderem apresentar soluções que respondem a muitos desses desafios. A construção industrializada, como ferramenta para uma actividade construtiva mais sustentável, foi a grande protagonista da 23ª edição da CONSTRUMAT, que decorreu entre 21 e 23 de Maio e que encerrou portas com um balanço muito positivo depois de três dias de grande actividade, nos quais registou um total de 21.027 visitantes, 40% a mais que na edição de 2023. Dessa forma, a CONSTRUMAT consolida sua reactivação e se reafirma como o grande evento de feira da construção espanhola, procurando espaço para rivalizar com outras feiras de referência no contexto europeu, como afirmou Xavier Vilajoana em entrevista ao CONSTRUIR.

    Na edição deste ano, uma edição marcada pelo crescimento e pela dinamização de negócios, bem como por uma clara aposta do sector na inovação e na sustentabilidade, o destaque foi mesmo a construção industrializada, que consiste na fabricação dos elementos estruturais em fábrica para sua posterior montagem na obra. Esta prática destacou-se no evento como uma das tendências presentes e futuras mais eficazes da indústria, junto com a construção em madeira, novos materiais ou sistemas para tornar os edifícios mais eficientes em termos de economia de energia e água. Além de ser uma das melhores montras comerciais do sector, a CONSTRUMAT contou com um amplo programa de conteúdos e actividades profissionais. Assim, exibiu uma casa de dois andares fabricada em madeira e outros elementos naturais, que foi um dos grandes atractivos da edição deste ano. Além disso, contou com mais de 120 palestrantes no Sustainable Building Congress, onde Marrocos, como país convidado desta edição, apresentou os seus projectos de infraestruturas para acolher o Mundial de Futebol de 2030. Mais de 20 startups na área da construção participaram no PropCon-Hub, realizaram-se 10 workshops práticos e foram entregues os Prémios CONSTRUMAT, comissariados pela Fundació Mies van der Rohe, que reconheceram duas obras, uma em Cornellà (Barcelona) e outra na Alemanha, edificadas sob critérios de sustentabilidade.

    Durante três dias, o parque de feiras e exposições da Gran Via, em Barcelona, foi palco de excelência para 314 empresas poderem apresentar soluções que respondem a muitos desses desafios

    Portugueses em destaque

    Entre os expositores, várias foram as empresas portuguesas que aproveitaram o certame não apenas para apresentar as soluções como para estreitar relações com um mercado que tem mantido um crescimento interno invejável, graças à procura interna, tanto privada como pública, já que resolveu o problema do défice de forma inteligente no período expansivo do ciclo económico. E sendo um País próximo de Portugal, tem a particularidade de funcionar como 18 mercados distintos, tantos quanto as províncias autonómicas.


    Ao CONSTRUIR, o director Técnico e de Marketing do Grupo Preceram explica que “este evento acaba a ser muito interessante porque congrega muito a arquitectura, os arquitectos técnicos espanhóis, que têm um perfil diferentes dos portugueses, com a distribuição”. Ávila e Sousa acrescenta que a CONSTRUMAT “é uma feira essencialmente profissional, uma feira de três dias, muito concentrados e que apela mesmo ao público profissional. Aqui faz-se negócio”, sublinhando que “mais do que noutros eventos em que muitas vezes nós estamos numa perspectiva mais expositiva ou mais informativa, aqui estamos presentes numa perspectiva de concretizar algumas parcerias ou abrir portas para parcerias”. Para o responsável técnico de marcas como a Gyptec, Nexclay ou Volcalis, é notória uma “grande presença da construção industrializada, da construção em madeira ou em aço leve e de muitas empresas que são integradoras dos vários materiais apresentando soluções”, explicando que materiais como a lã mineral (Volcalis) ou as placas (Gyptec) têm, efectivamente, “um papel importante neste contexto de construção industrializada”. Ávila e Sousa vai, no entanto, ainda mais longe, explicando que o sucesso da feira de Barcelona está, desde logo, ligado ao seu posicionamento geográfico. “É um local da Península Ibérica muito próximo do resto da Europa, ou seja, nós estamos aqui numa zona em que temos muitos clientes e muitos visitantes que vêm de toda esta região, como vêm do País Vasco ou Valência, das Baleares e até das Canárias”. “Há toda uma dinâmica de mercado que torna importante e interessante a nossa presença na CONSTRUMAT, a que acresce o facto de, este ano, Marrocos ser o País convidado. 2030 é ‘já ali’ e há muita obra para ser feita. Mesmo que não sejam necessariamente os estádios do Mundial, há todo um conjunto de infra-estruturas que vão ter de ser construídas tal como alojamento”. “Se olharmos bem, não é necessariamente Marrocos que está a abrir as portas, é Espanha que está a abrir caminhos para Marrocos”, conclui. Não sendo necessariamente novidades, o Grupo Preceram apostou na marca Volcalis, nomeadamente a lã mineral com um coeficiente baixíssimo de transmissão térmica e uma absorção sonora máxima. O incêndio de Valência trouxe para cima da mesa a importância de uma apertada regulamentação em matéria de isolamento do edificado, colocando em evidência, por exemplo, a incombustibilidade da lã mineral enquanto isolamento. “Somos competitivos em termos de preço, temos capacidade de produção, e isso faz com que sejamos também apetecíveis como parceiros em alguns negócios”, refere.

    Entre os expositores, várias foram as empresas portuguesas que aproveitaram o certame não apenas para apresentar as soluções como para estreitar relações com um mercado que tem mantido um crescimento interno invejável, graças à procura interna, tanto privada como pública, já que resolveu o problema do défice de forma inteligente no período expansivo do ciclo económico

    Quem também percebeu a importância de estar presente nesta montra de soluções foi a Efapel. A fabricante de Serpins (Coimbra), especialista em produtos para instalações eléctricas de baixa tensão, telecomunicações, som ambiente e calhas, foi também presença notada. Ao CONSTRUIR, o director comercial da Efapel em Espanha não tem dúvidas de que a CONSTRUMAT  vai voltar a ser uma das feiras de referência na Europa. Eduardo Rincón explica que esse caminho passa também pelas empresas. “A questão está na atitude que nós, enquanto fabricantes, temos perante estas iniciativas e a forma como funcionamos como motores do mercado ou apoiamos esta dinâmica”, diz, acrescentando que “esta é uma feira muito importante para o Sector da Construção e é, também, por isso que marcamos a nossa posição”.  Sobre a presença da empresa na iniciativa, Rincón explica que “a Efapel tem uma presença muito forte no mercado espanhol. Quando, em 2014, a Efapel inaugurou o armazém robotizado em Serpins com capacidade para seis mil paletes, atingiu um salto muito significativo de serviço que nos colocou num patamar muito competitivo. Neste momento temos equipas comerciais em 15 áreas de Espanha e em mais de 400 pontos de venda profissionais”. O director comercial da Efapel em Espanha salienta que ser fabricante com esta capacidade permite uma qualidade-preço impressionante, a que se junta a própria qualidade de fabrico exemplar. Esta combinação de factores permite que possamos ter uma óptima qualidade de serviço em Espanha e responder a encomendas num prazo não superior a 72 horas”, explica. Estes factores, no entender de Eduardo Rincón, representam uma séria diferenciação competitiva naquele mercado. Já Hugo Rodrigues salienta a importância da CONSTRUMAT para reforçar a presença num mercado em crescimento. O director comercial da Bragmaia, empresa com experiência no fabrico e comercialização de soluções para espaços urbanos, explica ao CONSTRUIR que aproveitam a presença na feira promovida pela Fira Barcelona para “consolidar a distribuição na região da Catalunha, além de procurarem novos distribuidores”. O director comercial da empresa explica que o mercado espanhol representa 30% da facturação do grupo, justificando que os números atestam, desde logo, “o reconhecimento de um bom produto, que pode ser customizado e à medida do cliente”.

    *O CONSTRUIR viajou a convite da Fira Barcelona

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
    Mais artigos

    Century 21 Portugal Rock in Rio 2024

    Empresas

    Century 21 Portugal no Rock in Rio com “casa ecológica”

    A construção do novo espaço SIC-Century 21 Portugal ficou a cargo da Blocosystems através do sistema off-site e que reflecte o “compromisso da marca por um futuro mais sustentável”. O espaço é totalmente reutilizável, podendo ser transformada, posteriormente, num T3

    CONSTRUIR

    A Century 21 Portugal é a rede imobiliária oficial do Rock in Rio e, em associação com a SIC, vai celebrar o 20º aniversário do Rock in Rio com a instalação de uma “casa ecológica” na Cidade do Rock, erguida no Parque Tejo, em Lisboa.

    Naquele que será o segundo ano de parceria com a televisão oficial do evento, as duas marcas renovam a vontade de “inovar e voltam a oferecer uma experiência única” aos festivaleiros que se deslocarem ao recinto nos próximos dias 15, 16, 22 e 23 de Junho.

    Para a presente edição do Rock in Rio, a Century 21 Portugal decidiu promover a literacia das famílias sobre a industrialização da construção, eficiência energética e sustentabilidade. Um compromisso por um futuro mais sustentável que será demonstrado através da instalação de uma casa preparada off-site, amiga do ambiente e totalmente sustentável. Toda a montagem e desmontagem será feita sem danificar o solo e sem deixar rasto ambiental.

    A construção deste novo espaço ficou a cargo da Blocosystems, uma empresa especializada na execução de edificações através de um sistema construtivo “inovador e revolucionário”. Esta nova forma de construir permite produzir edificações de “elevada qualidade de conforto, habitabilidade e, sobretudo, de sustentabilidade, preservando a biodiversidade e tornando o seu espaço mais ecológico”, destaca a imobiliária.

    Fabricado nos estaleiros da Ailema, em Setúbal, o edifício foi transportado para o Parque Tejo em módulos pré-fabricados, reduzindo assim as deslocações de pessoal e equipamentos, bem como desperdícios e poluição.

    Toda a iluminação desta casa será suportada por um sistema auto-suficiente, composto por painéis fotovoltaicos e baterias, reduzindo a zero o consumo de electricidade para iluminação do espaço durante todo o evento. Já a sua execução será em LED, resultando num baixo consumo, tendo uma potência total instalada estimada em menos de 1500W.

    Foram, ainda, integradas duas ‘zonas verdes’ no edifício, no sentido de contribuir para a absorção de CO2, criando simultaneamente sombra e espaços mais frescos.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB

    Navegue

    Sobre nós

    Grupo Workmedia

    Mantenha-se informado

    ©2024 CONSTRUIR. Todos os direitos reservados.