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    Arquitectura

    “A arquitectura de um País é tão boa quanto melhor for a sua identidade histórica”

    O arquitecto Frederico Valsassina recebeu a TRAÇO no seu atelier, na Graça, para uma conversa informal, sem rumo predefinido, impelida pela vontade e curiosidade em torno dos vários projectos de reabilitação que lhe passam pelas mãos. E são muitos, já que cerca de 80% do trabalho do atelier são intervenções deste tipo, destinadas a variados usos, de diferentes dimensões e de épocas distintas. E, por vezes, tudo isto num só projecto. Por entre as palavras e as estórias que conta, constatámos o enorme respeito pela história da cidade, o profundo sentido de família e o prazer que a prática da arquitectura lhe dá

    Manuela Sousa Guerreiro
    Arquitectura

    “A arquitectura de um País é tão boa quanto melhor for a sua identidade histórica”

    O arquitecto Frederico Valsassina recebeu a TRAÇO no seu atelier, na Graça, para uma conversa informal, sem rumo predefinido, impelida pela vontade e curiosidade em torno dos vários projectos de reabilitação que lhe passam pelas mãos. E são muitos, já que cerca de 80% do trabalho do atelier são intervenções deste tipo, destinadas a variados usos, de diferentes dimensões e de épocas distintas. E, por vezes, tudo isto num só projecto. Por entre as palavras e as estórias que conta, constatámos o enorme respeito pela história da cidade, o profundo sentido de família e o prazer que a prática da arquitectura lhe dá

    Sobre o autor
    Manuela Sousa Guerreiro
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    Há 20 anos que cerca de 80% dos projectos que entram no atelier de Frederico Valsassina são projectos de reabilitação. Com eles, aprendeu a amar a história da cidade e, acima de tudo, a fazê-la respeitar nos inúmeros projectos que já lhe passaram pelas mãos. Mas esta é apenas uma parte, ainda que bastante significativa, do seu trabalho. Outra das suas paixões são as Casas, projectos à primeira vista menos complexos, mas que lhe exigem uma relação mais íntima.

    O que tem neste momento o seu atelier em mãos, em especial no domínio da reabilitação?
    Estamos a transformar o antigo quarteirão da Caixa Geral de Depósitos, no Rua do Ouro, que será convertido num hotel, de cinco estrelas, para o Grupo Sana. Estamos também a trabalhar para este grupo hoteleiro, na reconversão do Convento da Graça. Dentro de dias, vai começar a reconstrução do Palacete de Alves Machado, antiga sede da Fundação Oriente, que foi reconhecido como monumento de interesse nacional, e que inclui também os seus jardins. Estamos a terminar a Casa do Lavra, que será um prolongamento do Torel Palace. Estamos também a acabar o Palácio de Mendonça, na Marquês de Fronteira, onde será a sede mundial do Ismaili Imamat e que terá como complemento o Palacete Leitão, cujo concurso para os novos escritórios também foi ganho por nós.

    Está também a trabalhar no quarteirão do Cais do Sodré, que será transformado num hotel…
    E que tem uma história engraçada, porque aquele quarteirão, no princípio do século, era um hotel, onde o Eça de Queirós escreveu ‘Os Maias’ e cuja acção decorre também naquele hotel.

    E isso inspirou-o?
    Não sei. É um projecto com alguma dimensão, carregado de história e, além disso, implicou um trabalho de análise muito criterioso. O edifício sofreu, desde a sua origem até aos dias de hoje, imensas alterações, tanto a nível de fachadas como dos seus usos. Houve um trabalho de marcar as épocas que o edifício viveu. Não se trata só de o colocar como ele era originalmente. A sua história foi também marcada por um incêndio e, ultimamente, era uma babilónia de usos, escritórios, habitação, comércio…enfim, uma confusão. Foi um projecto realmente difícil desse ponto de vista.
    Depois, temos a reabilitação da fábrica Napolitana. Fizemos a reabilitação de um lagar do século passado, no Algarve, e a sua reconversão em turismo de habitação. Vamos entrar em obra no quarteirão da Fontes Pereira de Melo. São três edifícios, também para o Grupo Sana.

    A necessidade de respeitar a arquitectura existente

    Isto é um leque de projectos de diferentes épocas, com programas distintos. O que é comum para o arquitecto que os reabilita?
    Um ponto comum é o respeito integral pela arquitectura existente. É o fundamental. Um projecto é quanto melhor, quanto não se perceber onde está a nossa intervenção. Claro que há edifícios destes muito degradados. Estamos a fazer a reabilitação do Palácio do Conde Barão do Alvito, para um grupo holandês, que tem uma história incrível. Nos anos 90, entrei no concurso jovens arquitectos que a companhia de seguros Lusitânia lançou para escolher a sua sede e o local onde iria albergar a sua colecção de arte. Foi lançado um concurso para dois palácios em que num deles ficaria a sede. Um era este do Conde Barão do Alvito e o outro o Palácio Porto Covo, na Lapa. Acabaram por escolher o segundo. Mais de 30 anos depois, voltei a trabalhar nele e de palácio tinha muito pouco. O antigo proprietário teve imensas dificuldades em aprovar os projectos e o edifício foi-se degradando. Quando começámos o nosso trabalho no palácio, este não era mais que uma ruína. Isto para lhe dizer que estes edifícios têm um tempo para serem reabilitados.

    O que demorou neste caso? Presumo que não estiveram 30 anos à espera de licenciamento…
    Especulação imobiliária. Há muitas pessoas que estão no mercado não para fazer coisas, mas para especular. E esta décalage entre um espaço e outro é terrível.

    Observando o percurso e a história destes edifícios o que é o arquitecto preserva?
    Acho fundamental preservar a identidade e preservar conceptualmente o edifício como foi desenhado na sua origem. Depois, uma criteriosa escolha dos materiais que se identifiquem com a época, mas também que mantenham a contemporaneidade da sua renovação.

    Acresce só depois o programa?
    Acho que sim, e isso depende muito do arquitecto. Hoje, os licenciamentos são sempre normalmente difíceis porque, para além do programa de arquitectura, há também um estudo dos bens arquitectónicos e um estudo de conservação e restauro. Nós, aqui, temos a mania de começar com as sondagens arqueológicas muito cedo, que é para elas não virem a condicionar a obra.

    A escolha da reabilitação

    E, nesse percurso, quem trabalha consigo é esta equipa que aqui está?
    São cerca de 25 pessoas, muitas delas já estão habituadíssimas. Há 20 anos que cerca de 80% dos nossos projectos são reabilitação.

    Isso é uma escolha sua?
    Por acaso não. Gosto, mas é o mercado que define estas coisas. E ainda bem porque Lisboa está a ficar uma cidade impecável. Estamos aqui em Alfama e, há uns anos, olhava e via os telhados todos a cair. Depois, houve uma altura em que só havia gruas e agora vejo tudo isto restaurado. E isso é bom porque eu acho que a arquitectura de um país é tão boa quanto melhor for a sua identidade histórica.

    Faz uma crítica positiva àquilo que vem sendo feito em Lisboa, de uma forma em geral?
    Como tudo. Há coisas que são bem feitas e há coisas que são mal feitas mas, no global, acho que o trabalho que tem sido feito tem sido positivo. Há uma coisa que me preocupa, e que já nos aconteceu, que é o roubo do património arquitectónico do nosso País. Quando começamos a intervencionar um edifício, fazemos os relatórios prévios, os levantamentos e depois começam as sondagens arqueológicas. A partir do momento em que estas começam e a obra está aberta há, insistentemente, roubos de pedras, azulejos… é uma brutalidade, há um mercado paralelo inacreditável e é uma coisa que é difícil de parar mesmo fazendo queixas à policia.
    O interessante disto [reabilitação] é que nós adaptamos estes edifícios a usos completamente díspares do que o foram na sua origem e isto é um desafio acrescido, o de pensar como é que o edifício vai viver com outros usos.

    Algumas destas reabilitações o surpreendeu?
    A fábrica da Napolitana surpreendeu-me imenso pela qualidade original de construção que tem a assinatura da empresa francesa Vieillard & Touzet. É uma construção metálica, com as fachadas forradas a tijolo maciço e tem umas condições estruturais fantásticas. Isso surpreendeu-me imenso. É um requinte de construção, dos pormenores muito idênticos aos edifícios industriais que vemos em Londres ou em Paris.
    Outros projectos que surpreenderam, sobretudo pela sua riqueza de ornamentos, foram o Alves Machado, o Alto Meirim e a Casa do Lavra. Trabalhei com o historiador José Sarmento de Matos, um historiador de Lisboa fantástico, e tenho trabalhado muito com o Galvão Telles. Eles levam-nos a entender o porquê desta riqueza. Eram pessoas que tinham muito dinheiro, proveniente das roças de cacau de São Tomé e Príncipe, com recurso a trabalho quase escravo, e a maneira de eles se apresentarem à sociedade era convidarem o melhor que havia de artistas e arquitectos. Por isso são casas com uma riqueza ímpar.

    Enquanto arquitecto o que é que lhe dá mais gozo fazer: reabilitação ou construção nova, e estou a recordar-me do projecto da Herdade do Freixo, por exemplo?

    Quando são desafios novos divirto-me imenso. Foi o caso também do hospital Cuf Tejo, que era uma área que eu não dominava muito. Tinha feito algumas coisas, mas não daquela dimensão e estudei aquilo a fundo. Um dos grandes atractivos da profissão do arquitecto é que aparecem desafios que são uma oportunidade para estudar assuntos novos, o que me diverte imenso. Foi um programa muito interessante e partiu de um concurso. Às vezes gosto de entrar em concursos, mas já não entro em muitos. Já desenhei outras adegas. Por exemplo, estou a fazer uma outra para o Grupo Libertas, ali no distrito de Setúbal, com o mesmo princípio que a do Freixo, mas não tão enterrada. Outra coisa é que nestes projectos o arquitecto volta à obra, que é onde se decidem muitos dos imprevistos que vão surgindo.
    A luz é uma coisa que me interessa na arquitectura, e na reabilitação surgem-me edifícios muito bem implantados, com um grande respeito pela luminosidade, o que é uma coisa muito interessante.

    Falou há pouco que participa pouco em concursos, o que o leva então a entrar?
    O que me leva a participar é uma pessoa perceber como é que o atelier está a funcionar. Um atelier, para poder entrar num concurso, tem de ter alguma dimensão de trabalho, que é para uns poderem estar a ganhar dinheiro, enquanto outros estão a fazer concursos. Não entro em muitos porque felizmente consigo ter algum trabalho. Tenho o atelier sempre a produzir e não vou parar para um concurso. Só o faço quando o programa me é extraordinariamente apetecível, como foi o caso da Herdade do Freixo. O local era fantástico, apesar de eu achar que é o arquitecto é que faz o sítio e não o contrário, mas era um sítio lindíssimo fiquei logo apaixonado … e eu gosto de vinho (risos).

    Pelo oposto…
    Há outros concursos que não me despertam o mínimo interesse. O facto de a maior parte dos concursos não serem pagos é um abuso. Os jovens arquitectos muitas vezes não podem entrar porque não podem suportar os custos. Uma pessoa escolhe o arquitecto porque gosta da maneira dele trabalhar, porque gosta da sua arquitectura, tem boas referências… mas há outras pessoas que estão indecisas e eu percebo perfeitamente que façam um concurso. Eu gosto imenso de fazer casas. Havia uma pessoa que queria fazer uma casa e não sabia muito bem o que é que queria e convidou cinco arquitectos, pagando-lhes um estudo prévio. Acho lindamente. Na arquitectura, uma pessoa é sempre um eterno insatisfeito, nunca está contente com o trabalho que tem e está sempre aflito a ver se vai ter mais trabalho. Muitos promotores e investidores acham que podem tirar partido da incerteza que é o meio da arquitectura nacional para fazer concursos. Mas só pedem, não oferecem nada. Como costumo dizer “já dei para esse peditório”.

    A paixão pela intimidade

    Gosta de fazer casas?
    Gosto imenso. É uma situação completamente distinta de termos uma encomenda de um fundo, que é uma coisa muito impessoal. Com uma casa é exactamente o contrário. Há uma relação muito íntima com as pessoas, conhecemos a sua maneira de viver, a maneira de estar, como é que se organizam familiarmente, existe uma relação directa e isso é muito interessante. Quanto melhor uma pessoa conhece, melhor projecta.

    Cresceu no meio da arquitectura, os seus filhos crescem no meio da arquitectura, têm hipóteses de fugir a este desígnio?
    Tenho duas filhas e só uma é arquitecta, a Marta. Ela trabalha comigo e tem revolucionado um bocado o atelier com uma maneira de pensar diferente. Na minha família, somos para aí uns 20 e tal arquitectos. O meu avô [Raul Tojal] foi um arquitecto muito importante do modernismo português, eu vivi na Praia das Maçãs, no Bairro dos Arquitectos. Acho que nunca tive dúvidas que era o que queria ser, nunca andei a navegar por outras áreas…

    A Marta seguiu as suas pisadas. Sentiu-lhe esse gosto cedo?
    Acho que é um gosto muito parecido com o meu e eu aconselho-me com ela já há muito tempo. Pergunto se ela gosta, se não gosta, o que é que acha. Ela tem muito jeito para interiores. Quando vejo que o cliente se adapta muito à maneira de viver dela, ela depois é que segue o projecto. Fizemos uma reabilitação de uma casa fantástica, na Rua Garcia da Horta, um palacete antigo, (dizem agora que foi vendido em Lisboa com m2 mais caro), e depois o cliente encomendou-me os interiores todos e foi a Marta que seguiu na obra. Fizemos agora uma recuperação, também de outra casa muito gira, a Quinta Velha, em Sintra, na rampa da Pena e também fizemos os interiores. Quando eu vejo que os clientes querem muito de nós, é a Marta que segue o projecto, porque tem muito bom gosto e há clientes que gostam que o projecto seja todo feito pelo atelier, inclusive o mobiliário.

    Desenhar o mobiliário é algo que faz amiúde?
    Só para projectos nossos. Há clientes, neste tipo de projectos, que nos pedem um apoio directo, que se sentem bem quando o arquitecto se apresenta nas reuniões de obra e que acompanhe e que seja um confidente e isso faz sentido. Às vezes, sinto-me frustrado quando desenho uma casa e depois o interior é feito pelo interior designer. Vou lá ver e depois digo para mim “não foi nada disto que eu pensei” e isso já me aconteceu variadíssimas vezes. Também acontece o oposto. Fizémos uma casa na Rua do Salitre, uma casa engraçada, lixada de se fazer porque era um edifício pequenino, com cinco pisos. Imagine desenvolver uma casa em cinco andares mas muito acolhedora. Foi a Marta que levou esse processo até ao fim. Eu tenho confiança nela e ela desenvolve estes projectos de tal forma que essas casas podiam ser a minha casa. É muito reconfortante entrar numa casa e parecer que é a minha casa. Sinto-me bem. Repare nesta história: desenhei uma casa para uns clientes que não gostam que fale em nomes. Esse terá sido um dos primeiros projectos que fiz com a Marta. A dada altura, o proprietário pediu-nos para fazermos também a decoração dos interiores. No final, fizeram uma festa de inauguração da casa. Às páginas tantas, durante a festa, dei pelos proprietários estarem sentados na sala, a um canto, como se fossem eles os estranhos. Parecia que aquela era a minha casa. Eles depois viveram e gostaram imenso da casa mas, ao princípio, era-lhes estranha porque não a viveram desde o projecto. Quando fazemos os interiores é para pessoas que querem gozar a casa connosco.

    Não há esse envolvimento na reabilitação?
    Fizemos agora uma obra de reabilitação, no Porto, no Largo de São Domingues, na Rua das Flores, um hotel de 20 quartos, que resultou na reconversão de seis edifícios, porque estes são edifícios do século XV e XVI muito estreitos. Foi um projecto complicado, mas que correu bem. O interior foi todo decorado por uns arquitectos holandeses e o resultado não tem nada a ver com o que era viver no Porto e eu digo que o hotel está muito giro mas podia ser em Nova Iorque ou em Washington.

    Fazer reabilitação no Porto e em Lisboa é diferente?
    O Porto teve muito melhores artífices, mas não é tão monumental como Lisboa. É completamente diferente. Em Lisboa, há muito mais história e muito mais épocas num único projecto. Aqui à volta do atelier, na reabilitação que fizémos, descobrimos uma Lisboa pré-histórica, romana, muçulmana, idade média, descobrimentos, renascimento, pombalina… Foram descobertos extractos da cidade e o que devemos fazer é a arquitectura mais inócua, mais simples possível, porque isto está carregado de história. O nosso pavilhão fazia parte do Convento de São Vicente, no tempo dos espanhóis, no século XVI. Depois deu-se o terramoto e a cidade transformou-se

    O seu atelier só podia ter esta localização [Graça]?
    Estou aqui há 25 anos. Eu fiquei com o atelier do meu avô, em casa dele. Vivi lá quando me casei e, depois, usei esse atelier. Cresci e passei para a Avenida de Roma. Tive, depois, uma casa na João XXI que era muito grande, mas aquilo sabia-me a pouco. Este espaço era de um amigo, o Gustavo Brito, que é o dono do Paris:Sete, onde ele tinha o stock off. Um dia, já não sei porquê, vim cá. Ele já não estava interessado no espaço e acabei eu por ficar com ele.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Estudo: 50% das empresas estão dispostas a pagar mais por ‘smart buildings’

    Num contexto em que o sector imobiliário enfrenta novos desafios, especialmente em Lisboa, onde cerca de 90% dos edifícios vagos não são classe A, a implementação de tecnologias avançadas surge como um factor diferenciador essencial, de acordo com o estudo ‘Transforming Properties into Smart Buildings’, desenvolvido pela CBRE

    A transformação dos edifícios em estruturas inteligentes para promover a sustentabilidade, a eficiência energética e a valorização dos imóveis está a ganhar cada vez mais importância. Num contexto em que o sector imobiliário enfrenta novos desafios, especialmente em Lisboa, onde cerca de 90% dos edifícios vagos não são classe A, a implementação de tecnologias avançadas surge como um factor diferenciador essencial, de acordo com o estudo ‘Transforming Properties into Smart Buildings’, desenvolvido pela CBRE.

    Os edifícios inteligentes, ou ‘smart buildings’, são concebidos para optimizar o uso de recursos através de sistemas automatizados que ajustam, por exemplo, a climatização e a iluminação com base na ocupação e nas condições ambientais.

    Além de reduzirem o consumo energético e os custos operacionais, estes edifícios oferecem uma melhor experiência para os seus utilizadores, promovendo o bem-estar e a segurança. Estes estão também preparados para as exigências das empresas, como a integração de serviços digitais e o controlo remoto de operações, tornando-se cada vez mais atrativos para ocupantes que valorizam a inovação e a sustentabilidade.

    De acordo com este estudo da CBRE, mais de 50% dos ocupantes de imóveis estão dispostos a pagar um valor superior por edifícios que incorporem estas tecnologias, sobretudo aquelas que reduzem o impacto ambiental.

    “A transformação dos edifícios em activos inteligentes é uma tendência incontornável no mercado imobiliário actual, que vai além da simples eficiência operacional. Trata-se de criar espaços que respondam às novas exigências de sustentabilidade e de conforto dos utilizadores, enquanto se reduzem custos operacionais e se melhora a eficiência energética. Para além disso, as tecnologias inteligentes aumentam significativamente a atratividade dos edifícios para potenciais inquilinos, resultando em taxas de ocupação mais elevadas e num retorno de investimento mais rápido.”, afirma Duarte Cardoso Ferreira, senior director & strategic advisory da CBRE Portugal.

    Além dos benefícios ambientais e da eficiência, os edifícios inteligentes posicionam-se como activos mais valorizados e desejáveis, atraindo um maior número de inquilinos e investidores. As certificações como, por exemplo, o SmartCore, que avaliam a “inteligência” dos edifícios com base em critérios como a gestão de energia e conectividade, tornam-se um importante selo de qualidade do sector.

    “Neste cenário, zonas como um elevado número de edifícios ainda a necessitar de modernização, como, por exemplo, a cidade de Lisboa, apresentam um grande potencial para esta transformação, especialmente numa altura em que Portugal tenta afirmar-se como um destino global para empresas e talentos internacionais. Na CBRE apoiamos já diversos promotores e investidores imobiliários neste processo de upgrade tecnológico e certificação.”, afirma Duarte Cardoso Ferreira.

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    Hannelore Caenepeel, senior exhibition manager & business developer

    Arquitectura

    Architect@Work cresce em área de exposição e consolida presença em Lisboa

    Nos dias 4 e 5 de Dezembro, a FIL Lisboa, abre as portas para a segunda edição do Architect@Work, onde são esperados 147 expositores e largas centenas de produtos em exposição. Com uma forte componente de seminários e debates, o tema central deste ano tem como foco os ‘Materiais Saudáveis’, onde factores-chave como a pegada de carbono, a reciclabilidade e a energia incorporada são cada vez mais uma preocupação quando se projecta

    Architect@Work 2023 (foto cedida pela organização do evento)

    Depois do “sucesso” da primeira edição e que demonstrou que “os arquitectos e designers de interiores precisavam definitivamente de um evento B2B de alto nível especificamente dedicado à sua profissão”, o Architec@Work (A@W) Lisboa regressa para dois dias de debates e exposições.

    São esperadas um total de 147 marcas que vão apresentar as suas inovações, “representando um crescimento de 21% no número de expositores”, face à edição do ano anterior e mais de 450 inovações em exposição, indica Hannelore Caenepeel, senior exhibition manager & business developer do A@W. A responsável destaca, ainda, a “forte presença de empresas portuguesas”, que representam cerca dos 70% dos expositores.

    No arranque desta segunda edição, a organização confirma, entretanto, a realização de mais uma edição em 2025, nos dias 3 e 4 de Dezembro, também na FIL, em Lisboa.

    Concebido num formato disruptivo, pensado para criar uma conexão “informal” entre os fabricantes, arquitectos e designers, a marca surge em 2003, na Bélgica, depois de se verificar uma lacuna neste tipo de eventos.

    Com o foco na inovação, os expositores são obrigados a trazer para o evento as principais novidades, cujos produtos são primeiramente sujeitos a uma avaliação por parte de um júri de arquitectos e designers de interiores.

    Mais do que um espaço de exposição, o Architect @ Work pretende ser um espaço “único, dinâmico e acolhedor”, semelhante a um lounge. Os corredores tradicionais da FIL são transformados em áreas lounge onde se pode relaxar, ter reuniões de uma forma mais informal e privada e o mais importante: onde se pode desfrutar do catering gratuito que é fornecido durante todo o evento para os visitantes bem como para os expositores.

    Com o tema ‘Materiais Saudáveis’, a organização vai contar com a curadoria da MaterialDriven, que irá focar-se no impacto que os materiais têm no ambiente, tendo em conta factores-chave como a pegada de carbono, a reciclabilidade e a energia incorporada

    Com o olhar nos ‘Materias Saudáveis’

    Tendo como ponto de partida nesta edição os ‘Materiais Saudáveis’, Hannelore Caenepeel reconhece que se trata de um tema que “pode ser interpretado de forma abrangente”.

    Para o efeito, a organização vai contar com a curadoria da MaterialDriven, que irá focar-se especialmente neste tema e na importância que a curadoria de materiais tem para qualquer arquitecto ou designer. O impacto que os materiais têm no ambiente, tendo em conta factores-chave como a pegada de carbono, a reciclabilidade e a energia incorporada são cada vez mais uma preocupação antes de estes serem seleccionados para os projectos.

    Além desta componente está previsto uma série de palestras, com temas que vão desde a aprendizagem e prática de arquitectura à ligação entre Espaço, Natureza e Identidade, ou, ainda, da arquitectura das emoções, património e contemporaneidade à profissão do arquitecto.

    O evento conta ainda com uma instalação itinerante temporária. “A cidade imaginária”, da autoria de Raffaele Salvoldi, foi desenhada para “juntar as pessoas” e “provocar emoções” em espaços culturais. Segundo a autora, a peça representa um “horizonte imaginário de uma cidade” com formas “monumentais”, feito de centenas de milhares de blocos de madeira Kapla, colocados “cuidadosamente” uns sobre os outros sem a utilização de cola nem juntas.

    Também, e pela terceira vez, o Mural de Projectos Architect@Work mostra a diversidade do trabalho das empresas membros da World-Architects. Enquanto as duas primeiras edições se centravam, exclusivamente, no trabalho dos arquitectos, a selecção de 60 projectos que vão estar expostos nesta edição reflectem a “orientação multidisciplinar” da World-Architects.

    No arranque desta segunda edição, a organização confirma, entretanto, a realização de mais uma edição em 2025, nos dias 3 e 4 de Dezembro, também na FIL, em Lisboa

    Programa:

    4 de Dezembro

    Materiais Saudáveis em Arquitectura: Criar Espaços de Bem-Estar

    Tiago Rebelo de Andrade – Rebelo de Andrade (foto 1)

    O arquitecto português Tiago Rebelo de Andrade aborda a importância dos materiais saudáveis no design de espaços, explorando a sua influência no bem-estar do Cliente. Na sua apresentação, destacará exemplos práticos de projectos onde a selecção de materiais, com elementos como a iluminação, a ventilação e a acústica, desempenham um papel essencial na criação de ambientes que promovem a tranquilidade e a desconexão. O arquitecto partilhará, também, os desafios e as abordagens utilizadas pelo seu atelier para criar espaços atraentes e saudáveis.

    Aprendizagem e Prática de Arquitectura

    Miguel Marcelino – Atelier Miguel Marcelino (foto 2)

    Numa viagem por vários temas arquitectónicos reflecte-se sobre o processo de aprendizagem de arquitectura por extrospecção. Especula-se a influência que esse mesmo processo estabelece na prática de arquitectura, inflectindo a reflexão num exercício de introspecção. Pelo meio são apresentados alguns projectos.

    Arquitetura Sensível: Ligação entre Espaço, Natureza e Identidade

    Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira – SAMI-arquitectos (foto 3)

    Desde o aclamado Centro de Visitantes da Gruta das Torres, nos Açores, o estúdio adopta uma abordagem sensível e consciente que busca a integração e a coerência em cada projecto. Nesta palestra, partilharão a sua visão sobre como o design pode criar espaços tecnicamente sofisticados e esteticamente intemporais, promovendo uma ligação única entre as pessoas, a arquitectura e a natureza.

    5 de Dezembro

    A arquitectura das emoções

    Paulo Jorge de Bastos Martins – Paulo Martins (foto 4)

    A arquitectura molda as emoções humanas ao responder às necessidades essenciais, desde as fisiológicas até à auto-realização. A utilização de materiais saudáveis, tangíveis e intangíveis — como luz, ar, som, cores, design activo e ligação à natureza — desperta emoções que promovem o bem-estar e criam experiências enriquecedoras. Espaços bem projectados têm o poder de afectar profundamente os sentidos, provocar sentimentos e incentivar interacções significativas. Assim, a arquitectura torna-se um meio de evocar emoções positivas e elevar a qualidade de vida, respondendo de forma harmoniosa às diferentes necessidades humanas.

    Patrimônio e Contemporaneidade: Um Diálogo Necessário

    Marta Pavão e Guilherme Bivar – Atelier Cais (foto 5)

    A dupla de arquitectos irá falar sobre a construção sustentável na reabilitação de casas, com foco na preservação das fachadas existentes e de como essa estratégia contribui para a salvaguarda da memória do lugar, para a valorização do património histórico e para a criação de cidades mais vibrantes e autênticas. Serão, ainda, abordados os desafios e as vantagens da reabilitação sustentável, através do recurso a técnicas e materiais inovadores que permitem aliar a preservação histórica à eficiência energética, assim como os benefícios sociais e económicos desta abordagem.

    Profissão

    Avelino Oliveira – presidente da Ordem dos Arquitectos (foto 6)

    A Comissão Europeia e a OCDE, apoiadas pelas Autoridades da Concorrência, têm promovido reformas economicistas, sob o argumento de aprimorar o mercado interno e aumentar a competitividade. Essas acções reduziram os mecanismos de controlo, prejudicando o interesse público relativo à qualidade dos serviços, a protecção dos consumidores e formação dos profissionais. “A arquitectura é exemplo do insucesso dessas políticas, com perda de referenciais para a justa compensação pelos serviços prestados”, considera Avelino Oliveira, que irá abordar esta temática no evento, tendo como foco a necessidade de “estabelecer um quadro regulatório que combata a concorrência desleal e valorize o papel dos arquitectos”.

     

    Visões Elementares para Projetar o Futuro

    João Jesus – OODA Architecture (foto 7)

    A arquitectura vai além de uma resposta técnica às necessidades humanas de construir espaços, sendo uma combinação de forma, materiais e contexto que procura equilibrar natureza, cultura e inovação, permitindo a transformação do ambiente natural e construído. Nesta conferência, o arquitecto João Jesus vai explorar a forma como são abordados os diferentes desafios, “equilibrando elementos para criar soluções que respondam às necessidades actuais e, ao mesmo tempo, abram novas possibilidades para o futuro”.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
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    Cristina Alves de Freitas e Mafalda Barreiros Paiva da PAF Advogados

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    PAF Advogados assessora aquisição de imóveis no valor de 70 M€

    Com a aquisição de três activos – um lar de idosos no Porto e dois terrenos destinado à construção de lares de idosos em Gaia e Setúbal – a Unik Capital Solutions reforça o seu posicionamento no sector da saúde e marca um passo significativo na sua expansão na Península Ibérica

    A PAF Advogados, escritório sediado no Porto e especializado na área de negócios, assessorou a  Unik Capital Solutions, empresa, sediada no Luxemburgo, que oferece soluções de investimento imobiliário, na aquisição de três activos na área da saúde, até agora detidos pela Orpea Portugal Immo.

    Os três imóveis, um lar de idosos no Porto e dois terrenos destinado à construção de lares de idosos em Gaia e Setúbal, representam um investimento total de 70 milhões de euros, através de três veículos de investimento e que totalizam 530 camas distribuídas por uma superfície total de cerca de 30 mil metros quadrados (m2). Foi ainda realizada a assinatura de um contrato de arrendamento de 20 anos com operadoras de saúde reconhecidas.

    Com esta operação, a Unik Capital Solutions reforça o seu posicionamento no sector da saúde e marca um passo significativo na sua expansão na Península Ibérica. A PAF representou a Unik Capital Solutions, tendo realizado a due diligence aos três activos, desenvolvendo e liderando a parte contratual e negociação para a aquisição.

    Criada em 2021, a PAF tem uma equipa sénior e com experiência acumulada, que acompanha diversas áreas de especialização, com uma forte componente societária e operações de fusões, aquisições e investimentos imobiliários.

    Segundo Cristina Alves de Freitas, sócia fundadora da PAF Advogados, “temos vindo a desenvolver um vasto trabalho no mercado de fusões, aquisições e operações de investimento imobiliário, assessorando clientes nacionais e internacionais nos seus negócios e investimentos em Portugal. Esta operação resulta de uma especialização adequada ao perfil dos clientes e de um acompanhamento muito próximo dos mesmos”.

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    Consumo de electricidade diminui em Novembro

    Consumo de electricidade em Novembro diminuiu 1,8%, num mês marcado pela elevada produção de electricidade renovável 

    Em Novembro, o consumo de electricidade diminuiu 1,8% face ao mês homólogo, e a produção de electricidade por fontes não renováveis teve um aumento de 4,8%. Nesse mês as energias renováveis abasteceram 67,7% do consumo de electricidade, as não renováveis 13,7% e o saldo importador foi 18,6%.

    Segundo a REN, a produção renovável teve a seguinte repartição: eólica 33,7%, hídrica 22,6%, solar fotovoltaico 6,1% e a biomassa 5,2%. Comparando com o período homologo, a produção total de electricidade renovável diminuiu em cerca de 24,7%, resultado da forte queda da hídrica (-53,9%); no mesmo período, o solar fotovoltaico aumentou 35%, a biomassa (+12,5%) e a eólica (+6,4%). A produção de electricidade por fontes não renováveis teve um aumento de 4,8%. Em Novembro de 2023, o saldo foi exportador.

    No que diz respeito ao gás natural, Novembro registou uma ligeira descida no consumo, com uma diminuição de 0,1% face ao mês homólogo. O mercado eléctrico, que corresponde ao gás natural consumido nas centrais de ciclo combinado para a produção de electricidade representou 26,4%, e os restantes 73,6%, destinados ao mercado convencional.

    O gás natural para o mercado eléctrico aumentou 8,6% e o destinado ao mercado convencional diminuiu 2,7%, quando comparados com Novembro de 2023. No que respeita ao fornecimento de gás natural, a Nigéria manteve a liderança quer comparada ao mês anterior quer ao mês homólogo, com uma quota de mercado de 68,2%, seguindo-se os EUA com 31,8%.

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    Da esqª para a drtª: Paulo Alexandre, CEO da Improxy e Dalius Simaitis, CEO da PortalPro Holding

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    PortalPro reforça presença em Portugal através de parceria com a Improxy

    Na sua primeira fase de operações em Portugal, a PortalPro prevê alcançar uma facturação de 300 mil euros este ano, com expectativas de forte crescimento para 2025

    A plataforma especializada na gestão de manutenção e reparações no sector imobiliário, PortalPro, passou a integrar a Improxy. Esta parceria representa um “novo marco na sua expansão internacional ao lado do software de referência em Portugal”, que gere mais de 1,2 milhões de propriedades e 62 mil condomínios.

    Com o início desta colaboração, a PortalPro será totalmente integrada no software da Improxy, permitindo que todos os seus utilizadores façam a gestão das suas operações directamente através desta ferramenta, simplificando os processos e optimizando a experiência do cliente.

    “Este acordo é um passo estratégico na nossa expansão em Portugal, um mercado chave para nós. Estamos muito entusiasmados com a sinergia gerada com a Improxy, que nos permitirá oferecer soluções mais eficazes aos nossos clientes e profissionais”, afirma Tiago Guerra, CEO Iberia (Portugal & Espanha) da PortalPro.

    A integração com a Improxy, que nos últimos três anos aumentou o seu volume de negócios em 26%, é um exemplo claro desta estratégia. Os utilizadores da Improxy podem gerir os seus pedidos de manutenção e reparações sem precisar sair da plataforma, agilizando os processos e aumentando a eficiência operacional.

    Na sua primeira fase de operações em Portugal, a PortalPro prevê alcançar uma facturação de 300 mil euros este ano, com expectativas de forte crescimento para 2025. Além disso, a empresa procura expandir a sua rede de profissionais de manutenção, que actualmente conta com dois mil trabalhadores independentes e pequenas empresas especializadas em áreas como canalização, electricidade, construção e limpeza, entre outras, a nível global.

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    Elisabet Guasch, vice-presidente de Recursos Humanos para Portugal e Espanha

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    Elisabet Guasch assume vice-presidência de Recursos Humanos para a Ibéria da Schneider Electric

    A executiva assume um compromisso com o desenvolvimento de talentos e a cultura organizacional, alinhando a estratégia da empresa com uma transformação digital centrada nas pessoas

    A Schneider Electric anunciou a nomeação de Elisabet Guasch como vice-presidente de Recursos Humanos para Portugal e Espanha, integrando o Comité de Direcção da Zona Ibérica.
    Com um percurso sólido na gestão de pessoas e na transformação cultural de empresas tecnológicas, Elisabet Guasch passou por grandes organizações como Schibsted, Privalia e Trovit. A sua posição mais recente foi a de directora de Recursos Humanos e Comunicação para os mercados europeus na Adevinta.
    Licenciada em Psicologia, a executiva tem um mestrado em Recursos Humanos e um MBA pela ESADE. No seu perfil profissional destaca-se a capacidade de liderar processos de mudança e o foco estratégico na gestão de talentos, que vão ser fatores-chave para acelerar a transformação da Schneider Electric na região ibérica.
    “Estou orgulhosa por me juntar a uma empresa que coloca as pessoas no centro da sua estratégia, e que fomenta e dá prioridade a um ambiente inclusivo e dinâmico,” afirma Elisabet Guasch. “O meu objectivo vai continuar a ser impulsionar o desenvolvimento de talentos e promover uma cultura que apoie a inovação e o bem-estar das equipas. Estes são e vão continuar a ser elementos-chave da estratégia de RH da Schneider Electric.”

    Com esta nomeação, a Schneider Electric reafirma o seu compromisso com continuar a atrair e desenvolver os melhores talentos, apoiando a evolução contínua da empresa num ambiente cada vez mais digital e sustentável. Mantendo as pessoas no centro da sua estratégia, para a empresa a transformação digital envolve não apenas tecnologia, mas também uma mudança profunda na gestão de talentos, passando por ecossistemas dinâmicos.

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    Retail Park da Póvoa do Varzim

    Imobiliário

    Retail Mind desenvolve quatro novos retail parks em Portugal até 2027

    Empreendimentos comerciais em Felgueiras, Ponta Delgada, Póvoa de Varzim e Cantanhede envolvem um investimento de 150 milhões de euros e originarão perto de 2.000 postos de trabalho nas regiões de implantação

    O Grupo Retail Mind, gestor e consultor ibérico especialista em retalho, está a desenvolver quatro novos retail parks em Portugal, com inaugurações previstas para os próximos dois anos, até Janeiro de 2027.

    Os empreendimentos comerciais em Felgueiras, Ponta Delgada, Póvoa de Varzim e Cantanhede representam um investimento global de mais de 150 milhões de euros e estarão na origem de cerca de 2.000 postos de trabalho directos e indirectos.

    Os diferentes projectos, com mais de 50 mil metros quadrados acumulados de área bruta locável (ABL) e 45 lojas, entre outras valências de relevo, terão um impacto significativo no tecido social e económico das regiões em que estarão inseridos.

    Após experiências de sucesso em Monção, Ponte de Lima, Évora e Alcantarilha, a empresa avança para outros projectos, face ao crescente interesse por este formato. “É um modelo que permite maior comodidade ao cliente. pós-covid, acentuou-se a necessidade das pessoas em fazerem compras em espaços mais amplos, com entrada e saída de loja mais prática, directamente para o exterior. Há mais segurança, facilidade e conveniência”, resume o CEO do grupo, Vítor Rocha.

    O retail park da Póvoa de Varzim será o maior deste novo quarteto e um dos maiores de Portugal, na sua categoria, com uma ABL de cerca de 21.000 m2, ocupando um terreno de 45.000 m2 numa localização privilegiada, na Avenida do Mar, junto ao parque da cidade. Terá cerca de 550 lugares de estacionamento e 20 lojas, 80% das quais já comercializadas, contando com um Aldi como “âncora” no segmento alimentar.

    As obras do projeto, desenvolvido em parceria com o FVC Group, arrancarão no primeiro trimestre de 2025. E o empreendimento abrirá ao público até ao final de 2026.

    Ainda a Norte, o Felgueiras Retail Park nascerá nas antigas instalações da Belcor, com 11.000 m2 de ABL e inauguração prevista para o primeiro semestre de 2025. O projecto, de utilização mista, com investimento da Europar, está 100% comercializado, compreendendo oito lojas – entre as quais Aldi, Max Mat, Rádio Popular, Espaço Casa, Fábrica dos Óculos e JYSK -, um posto de combustível (Q8) e uma zona destinada a habitação, contemplando 104 apartamentos em condomínio privado.

    Na região do Centro, o Cantanhede Retail Park surgirá até final de 2025 na Estrada Nacional 234, junto à Expofacic, com cerca de 6.000 m2 de área bruta locável. Em parceria com a Atlantic – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, a Retail Mind já comercializou a 100% o empreendimento, que contará com seis lojas: Pingo Doce, Rádio Popular, Espaço Casa, JYSK, Burger King e uma farmácia. A obra foi retomada após a replantação de dezenas de sobreiros, em linha com a preocupação da empresa em relação ao enquadramento paisagístico.

    Já o Azores Retail Park, por fim, representa a entrada da empresa no arquipélago. A primeira pedra deste projeto com cerca de 15.000 m2 de ABL foi lançada no passado dia 22 de Novembro, contemplando 11 lojas com cerca de 50% de market entries, ou seja, marcas que estarão pela primeira vez presentes na região. FNAC, Fábrica dos Óculos e JYSK são algumas dessas novidades, entre presenças de relevo como Continente, Worten ou SportZone, a par de 800 lugares de estacionamento.

    O empreendimento comercial em Ponta Delgada, localizado junto ao Hospital do Divino Espírito Santo, é promovido pela Sapore, em parceria com o Grupo Retail Mind, representando um dos maiores investimentos privados português na região. Está totalmente comercializado e tem abertura prevista para o primeiro trimestre de 2026.

    “Sendo gestores de marcas e pessoas, evoluímos naturalmente para a gestão de projectos imobiliários, assumindo-nos como agentes de mudança. Assumimos a iniciativa e estabelecemos parcerias com clientes para a condução de projectos em várias cidades. Normalmente, em cidades de menor dimensão, que têm menor oferta e onde é possível ir de encontro à conveniência de compra do cliente. O Sudoeste Retail Park (Algarve), inaugurado em 2022, é o nosso caso de maior sucesso até ao momento, nesse capítulo”, conclui Vítor Rocha.

     

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    Edifício S. Gens 15

    Imobiliário

    Mexto inicia construção e comercialização do edifício S. Gens 15

    Da autoria do gabinete do BFJ Arquitectos, o S. Gens 15 respeita as origens do edifício do século XIX, integrando comodidades e espaços pensados para os estilos de vida actuais

    A Mexto Property Investment, promotora imobiliária especializada no segmento de luxo, acaba de iniciar a construção e a comercialização do S. Gens 15, localizado no bairro histórico da Graça. Habitar o S. Gens 15 é “viver numa zona que valoriza o seu passado enquanto abraça o futuro” e homenageia a arquitectura portuguesa tradicional, enquanto o revestimento em zinco acrescenta um toque de modernidade. Este é o principal conceito da recuperação deste edifício agora em transformação.

    Da autoria do gabinete do BFJ Arquitectos, o S. Gens 15 respeita as origens do edifício do século XIX, integrando comodidades e espaços pensados para os estilos de vida actuais.

    A Mexto preservou elementos arquitectónicos chave, enquanto adicionou características contemporâneas, criando um edifício que combina autenticidade e modernidade, trazendo nova vida ao bairro.

    No S. Gens existem apenas três apartamentos: um T1, um T2 e um T2 duplex na cobertura com mansarda, com áreas entre os 100 e os 140 metros quadrados (m2). O empreendimento deverá estar concluído no Verão de 2026.

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    Construção

    Renovação de Estádio de la Meinau utiliza fuselagem de 30 Airbus

    Grande parte do projecto será executado pela empresa portuguesa de construção metálica, Blocotelha, que será responsável pela instalação de cerca de 2000 toneladas de estrutura metálica, uma pala em consola e a execução da estrutura de “brise-soleil” (guarda-sol), utilizando parte de fuselagens reciclada

    A Blocotelha foi seleccionada para o projecto de renovação e ampliação do Estádio da la Meinau, casa do Racing Club de Strasbourg Alsace, que actualmente compete na primeira divisão francesa. A obra tem um investimento é de 160 milhões de euros e permitirá aumentar a capacidade do complexo para 32 mil lugares e criará uma fan zone para acomodar até cinco mil pessoas.

     

    A empresa portuguesa de construções metálicas irá intervir em três das quatro fases do projecto, contribuindo para o prolongamento da bancada sul, a reestruturação da bancada oeste, a renovação das bancadas norte e leste, construção de um pavilhão para a fan zone e de um pavilhão complementar.

    O projecto prevê que a nova bancada sul seja revestida com material metálico reciclado proveniente da fuselagem de 30 aviões Airbus A340 desactivados. Promovendo a sustentabilidade e a reutilização de metais, estes painéis cobrirão uma área de 4050 m², integrando a estética do estádio com o ambiente natural envolvente

    Com um total de 57 colaboradores especializados alocados ao projecto, incluindo equipas de montagem da estrutura metálica e de coberturas, a Blocotelha estará responsável pela instalação de cerca de 2000 toneladas de estrutura metálica, uma pala em consola e a execução da estrutura de “brise-soleil” (guarda-sol), utilizando parte de fuselagens recicladas para fazer um efeito de sombra marcando um passo significativo na reutilização e upcycling de materiais.

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    Construção

    Architect@Work, Openbook, a Marina de Vilamoura e a remodelação da Almirante Reis em destaque na edição 520 do CONSTRUIR e Traço

    Edição especial do CONSTRUIR, preparada a tempo da abertura Architect@Work. Contamos-lhe tudo sobre o evento que cresce e se consolida em Lisboa, num número em que Paulo Jervell explica o rumo do Openbook, a aposta da OODA em Triana e o futuro da Marina de Vilamoura. Mas há muito mais para ler no CONSTRUIR 520 e na revista Traço

    Nova marina de Vilamoura marca futuros desenvolvimentos na região
    Os 68 novos postos de amarração em Vilamoura eram há muito uma vontade da Marina e que o investimento da Arrow Global permitiu agora concluir. Consolidar o Algarve como um destino de “excelência” é o objectivo do Grupo que prossegue os seus investimentos imobiliários que já contabiliza cerca de 500 milhões de euros

    20M€ para mudar a Almirante Reis
    A Câmara Municipal de Lisboa quer criar um novo eixo verde na Capital. Dando continuidade ao novo jardim que vai surgir no Martim Moniz, a emblemática avenida Almirante Reis terá mais árvores e proporcionará melhor – e mais segura- mobilidade. Sem separador central, duas faixas ascendentes e uma descendente, com a ciclovia na lateral, assim será a nova avenida.
    O projecto está dividido em dois troços e compreende um investimento de 20 M€, 13 M€ dos quais só no primeiro 1,5 Km, entre o Martim Moniz e a Praça do Chile

    Politécnico de Viana vai investir 14M€ em residência para estudantes
    O concurso publico promovido pelo Instituto Politécnico daquela cidade minhota está já em curso e a obra deverá estar concluída até ao primeiro trimestre de 2026. A nova residência, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)vai ser construída nos terrenos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), junto à Praia Norte e nasce de um projecto dos arquitectos Edgar Marinho e Armando Martins

    APEB inaugura laboratório de betão no Algarve
    O novo laboratório vem colmatar a escassez de locais para testar a qualidade do betão aplicado no Algarve e reforçar o compromisso da associação com do Decreto-Lei 90/2021, que tornou obrigatório a verificação da resistência à compressão do betão em todas as obras

    Secundária do Restelo procura proposta para ‘futura’ escola
    A proposta passa por requalificar a Escola Secundária do Restelo e dotá-la dos padrões actualmente exigidos. Seja através de reabilitação, ampliação ou construção nova, as opções apresentadas deverão ter uma articulação funcional, com soluções eficientes e que privilegiem elementos construtivos reciclados e com o menor impacto no ambiente

    TRAÇO
    OODA: A “ofensiva” de Tirana
    Ndarja, Dritan Hoxha, Hora Vertikale, e a Klan TV são quatro os projectos que o gabinete português OODA assina em Tirana. Quatro distintas propostas, uma já em construção, que concorrem para a transformação da capital albanesa através da arquitectura. Quatro edifícios distintos, marcantes e impactantes. Diferentes leituras de uma mesma cidade, mais cosmopolita e sustentável

    OPENBOOK: A reestruturação da Firma
    Fruto de um processo de reestruturação e rebranding nasce o Grupo Openbook, o qual integra agora cinco entidades: Architecture; Real Estate; Design; Studio e Engineering. Uma transformação que evidencia, desde logo, crescimento do volume de negócios, dos projectos, das geografias onde actua. Paulo Jervell, um dos quatro sócios fundadores do Grupo explica-nos o processo de transformação do escritório, o âmbito de actuação das novas entidades e o seu impacto na arquitectura que praticam e nos valores que defendem

    Architect@Work cresce em área de exposição e consolida presença em Lisboa
    Nos dias 4 e 5 de Dezembro, a FIL Lisboa, abre as portas para a segunda edição do Architect@Work, onde são esperados 147 expositores e largas centenas de produtos em exposição. Com uma forte componente de seminários e debates, o tema central deste ano tem como foco os ‘Materiais Saudáveis’, onde factores-chave como a pegada de carbono, a reciclabilidade e a energia incorporada são cada vez mais uma preocupação quando se projecta

    Outros Bairros recebe Prémio Ammodo Architecture 2024
    Nesta que é uma estreia para a Ammodo Architecture, a primeira edição do Ammodo Architecture Award distingue a Iniciativa Outros Bairros e a sua acção em Alto da Bomba, no Mindelo, em Cabo Verde. A iniciativa apoia projectos de arquitectura social e ecologicamente responsável e os seus criadores em todo o mundo. Nesta edição são 23 os premiados, divididos em três categorias Arquitectura Social, Envolvimento Social e Escala Local

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