The Wealth Report: Património líquido dos ‘mais ricos’ diminuiu em 2022
As conclusões do estudo, que conta com a participação da portuguesa Quintela + Penalva desde 2021, também se reflectiram em Portugal, com uma redução de 6% de população UHNWI, sendo que o mesmo relatório prevê um aumento de 24,3% até 2027 de indivíduos com mais de 30 milhões de dólares
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A população global de UHNWIs (indivíduos com um património líquido de 30 milhões de dólares ou mais, incluindo a residência principal) diminuiu 3,8% em 2022, em relação ao ano anterior, com o fim das taxas de juro mais flexíveis e da geopolítica relativamente benigna. Os dados são revelados no The Wealth Report, um estudo anual realizado pela Knight Frank, e que reúne as tendências e perspectivas globais do mercado imobiliário. Entretanto, desde 2021 que a imobiliária com sede em Londres está associada à portuguesa Quintela + Penalva.
Portugal segue a mesma linha, com uma redução de 6% de população UHNWI. No entanto, entre 2017 e 2022 registou-se um crescimento de 25,4% (de 610 para 765 pessoas), sendo que o mesmo relatório prevê um aumento de 24,3% até 2027 de indivíduos com mais de 30 milhões de dólares.
Em Lisboa, também segundo dados do The Wealth Report, houve um crescimento da população UHNWI na ordem dos 23%, tendo em conta o período de 2017 para 2022 (de 386 para 473) – é estimado que o valor aumente 16% até 2027 (549).
Segundo Francisco Quintela, CEO Quintela + Penalva, parceiro em Portugal da Knight Frank, “estes valores confirmam a tendência que temos vindo a sentir nos últimos anos, nomeadamente em Lisboa, Cascais e Comporta, onde a procura por imóveis de luxo tem aumentado significativamente”. Uma realidade que “é corroborada pelo interesse e concretização de negócios por investidores estrangeiros”, acrescenta.
Em 2022, existiam em Portugal 102.462 indivíduos da população HNWI, menos 797 do que em 2021 e mais 18.774 do que em 2017. Até 2027 está previsto existirem em Portugal 152.939 indivíduos com um património líquido igual ou superior a 1 milhão de dólares. A confirmar-se esta previsão, estamos a falar de um crescimento, em dez anos (2017/2027), de 82%.
A nível mundial, a diminuição acontece depois de em 2021 a forte recuperação económica se ter reflectido num crescimento recorde de 9,3% tendo em conta a população global de UHNWIs. A riqueza total detida por esta franja da população diminuiu cerca de 10% no ano transacto. Ainda assim, considerando uma perspectiva mais alargada, a população mundial de UHNWIs cresceu 44% entre 2018 e 2022 e a previsão é que este crescimento abrande para 28,5% nos próximos cinco anos, ainda que o The Wealth Report faça notar que a recente queda será de curta duração.
Apesar do panorama geral, destaque para o Médio Oriente que registou um crescimento de 16,9% de UHNWIs, uma percentagem amplamente impulsionada pelos Emirados Árabes Unidos e pela Arábia Saudita, que registaram um desempenho económico e do mercado imobiliário notável. O continente asiático detém 3 dos 10 hubs de riqueza que mais rapidamente crescem: Malásia, Indonésia e Singapura viram as suas populações ricas crescer 7-9%, apesar de a região em geral ter registado um declínio de 6,5%. Já a Europa foi a região mais afetada, com um declínio de 8,5%.