Inquérito: Proprietários optam por vender imóveis face às novas medidas do ‘Mais Habitação’
Dados resultam da sétima edição do Barómetro “Confiança dos Proprietários”, realizado pela Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), junto de 770 proprietários inquiridos
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Desde que pacote ‘Mais Habitação’ foi anunciado dois em cada 10 proprietários venderam os imóveis que tinham arrendados. Esta é uma das conclusões da sétima edição do Barómetro “Confiança dos Proprietários”, realizado pela Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), com base a um inquérito realizado junto de cerca de oito centenas de proprietários de imóveis inquiridos.
Outros 20% fizeram aumentos extraordinários de renda, para compensar o risco associado à instabilidade política e legislativa provocada pelo “terramoto” do pacote “Mais Habitação”, refere a ALP.
“Se a intenção era ter mais casas no arrendamento e preços mais acessíveis, para já, o que se alcançou desde 16 de Fevereiro foi o inverso, pelas respostas a este inquérito: 20 em cada 100 proprietários que responderam ao Barómetro da ALP venderam os imóveis que tinham destinados para arrendamento e outros 20% dos proprietários inquiridos fizeram aumentos extraordinários de renda, com receio de ficarem posteriormente prejudicados pelas medidas de controlo de rendas anunciadas”.
Foram 770 os proprietários de imóveis que, pelas respostas submetidas, mostraram um gigante “cartão vermelho” ao Governo e ao pacote “Mais Habitação”. “Se a intenção era ganhar a confiança dos proprietários dos imóveis, então o Governo falhou: 85% dos inquiridos deste estudo da ALP afirmam que a sua confiança foi afectada pela apresentação e aprovação do pacote “Mais Habitação””.
“A forma incendiária como o dossier “Mais Habitação” foi gerido, de costas voltadas para todo o sector do imobiliário, tem um prejuízo tão grande que são reduzidas a “cinzas” as medidas positivas que o pacote legislativo inclui, como os generosos benefícios fiscais concedidos”, refere, ainda, a associação.
Questionados se no âmbito dos incentivos previstos no pacote “Mais Habitação”, ponderam a vir a celebrar contratos de arrendamento de média ou longa duração (no mínimo cinco anos), para usufruir de um enquadramento fiscal de IRS mais favorável, 60,6% rejeitam essa possibilidade, alegando que “o Governo pode mudar as regras a qualquer momento”. Apenas uma fatia de 7,4% de respondentes responde afirmativamente.