Edição digital
Assine já
    PUB
    Arquitectura

    “Vazio, Construção, Edifício e Ruína”: Os quatro estados que estruturam e desenham a cidade

    Cristina de Mendonça, Nuno Griff e Paulo Albuquerque Goinhas são o rosto do atelier Embaixada. Juntos estão a ‘desenhar’ os percursos da próxima Open House Lisboa, com data marcada para os dias 13 e 14 de Maio. Apresentar “as diferentes fases de vida dos edifícios” é o objectivo desta edição, que nos vai permitir conhecer não só as obras concluídas, mas também visitar outras ainda em fase de construção ou em estado de ruína

    Cidália Lopes
    Arquitectura

    “Vazio, Construção, Edifício e Ruína”: Os quatro estados que estruturam e desenham a cidade

    Cristina de Mendonça, Nuno Griff e Paulo Albuquerque Goinhas são o rosto do atelier Embaixada. Juntos estão a ‘desenhar’ os percursos da próxima Open House Lisboa, com data marcada para os dias 13 e 14 de Maio. Apresentar “as diferentes fases de vida dos edifícios” é o objectivo desta edição, que nos vai permitir conhecer não só as obras concluídas, mas também visitar outras ainda em fase de construção ou em estado de ruína

    Cidália Lopes
    Sobre o autor
    Cidália Lopes
    Artigos relacionados
    Urbanitae lança nova oportunidade de investimento premium em Lisboa
    Imobiliário
    Ateliermob apresenta Coopmmunity, a nova plataforma para projectos colaborativos
    Arquitectura
    CAM “Edifício do Ano” pelo ArchDaily
    Arquitectura
    Plano de Urbanização de Campanhã avança para discussão pública em Março
    Construção
    Iscte lança pós-graduação em ‘Mediação Imobiliária Profissional’
    Imobiliário
    Lisboa recebe primeira edição da Deco Out
    Empresas
    Daikin lança nova gama de unidades ERA
    Empresas
    CICCOPN recebe Acreditação Erasmus+
    Empresas
    Radisson Hotel Group expande presença na Península Ibérica
    Empresas
    Grupo Casais inaugura primeiro hotel híbrido em Espanha
    Construção

    Livre ou acompanhada, a 12ª edição da Open House propõe a visita a mais de 50 projectos onde, pela primeira vez, é dado a conhecer um outro lado da cidade, enquanto “entidade viva, com um antes e um depois”. Ou seja, é possível visitar edifícios que estão em pleno uso, como percorrer todo o seu ciclo de vida. Ao CONSTRUIR, os Embaixada fazem uma antevisão do que podemos encontrar.

    Qual a ideia subjacente ao conceito da edição deste ano?

    Paulo Albuquerque Goinhas (PAG) – A edição de 2023 propõe olhar para as arquitecturas que nos rodeiam enquanto entidades vivas, com um antes e depois. Poderemos visitar edifícios que estão em pleno uso, como percorrer todo o seu ciclo de vida, o Vazio, a Construção, o Edifício, a Ruína. Olhar para a cidade é olhar para cada um destes componentes, estas Matérias do Tempo, que nascem, habitam e morrem connosco. A cidade que recebemos e a cidade que legamos é feita desta diversidade de estados, mas muitas vezes não as vemos, não vemos os vazios, não vemos as ruínas, somos ligeiramente incomodados pelas construções, mas em todos estes momentos a cidade está a ser decidida. A vitalidade e qualidade de cada rua, de cada bairro depende desta coexistência de entidades vivas, todas são importantes, mas naturalmente que uma proporção errada pode destruir uma cidade.

    Cristina Mendonça (CM) – A cidade é antes de mais e acima de tudo espaço público. E, numa macro escala, são os edifícios nestes quatro estados de evolução, que a estruturam e desenham. Quisemos, nesta edição, chamar à atenção do quanto a construção ou não construção, impacta na definição da cidade.

    Enquanto “entidades vivas” e com diferentes “ciclos de vida”, o que nos podem dizer os edifícios? O que podemos aprender?

    Nuno Griff (NG) – A vitalidade urbana é feita da convivência dos diferentes momentos deste fluxo contínuo: Vazio, Construção, Edifício e Ruína. A construção também é tema da cidade e do projecto, é interessante ter a noção da importância da obra e do seu peso no conjunto. Por vezes existe uma tendência de afastamento entre o digital e o analógico, entre “quem desenha” e “quem constrói”, como se não trabalhássemos já todos com o mesmo tipo de ferramentas. Era importante retomar uma visão mais holística deste processo que aliás desperta sempre muita curiosidade a quem está mais próximo. Construir é um acto de arquitetura, com múltiplos intervenientes, públicos, privados, decisores políticos, gestores, investidores, projectistas, especialistas de cada arte da construção.
    Depois, também com as ruínas podemos aprender, podemos aprender a questionar. Na verdade, são uma oportunidade e uma chamada de atenção. Quando vemos vazios e ruínas na cidade, por vezes em áreas tão centrais, temos que nos perguntar porquê.
    Tem que existir uma grande ineficácia dos sistemas para estes casos se perpetuarem numa altura de enorme escassez, nomeadamente na habitação.
    Felizmente existem também exemplos positivos. Neste Open House podemos visitar um interessante processo de reabilitação de uma antiga Villa, a Vila Romão da Silva perto das Amoreiras, que a Câmara Municipal de Lisboa está a recuperar depois de décadas de ruína. É um interessante processo, um case-study em si só porque entre outras coisas consegue manter os moradores no local.

    CM – Outro case-study relevante, que também vai estar aberto a visitas, é a intervenção da SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana – CM Lisboa) em Entrecampos. Na Av. das Forças Armadas, existe agora uma grande intervenção municipal no âmbito da Habitação de Renda Acessível, constituída por cinco edifícios de habitação, um estacionamento subterrâneo e um jardim. Esta intervenção decorre da grande necessidade de resposta à escassez de habitação acessível sentida na cidade de Lisboa, e, sucede a um estudo profundo sobre tipologias deste tipo, com objectivo de ser implementado em diversas zonas da cidade. Este estudo foi realizado pela equipa da SRU e vários consultores especialistas, com coordenação da arquitecta Susana Rato e arquitectura paisagista de Victor Beiramar Diniz. Este processo acabou por dar origem ao projecto de um edifício piloto, o primeiro edifício deste programa que já está neste momento construído e habitado. Neste local existem ainda outras intervenções em curso de Site Specific, Focus Group, Atelier do Chiado ou Mech consultores.

    De que forma vai ser estruturada a visita? Que edifícios integram a visita e que novas sugestões foram apresentadas?

    PAG – O Open House é um programa muito completo com imensa variedade na sua forma e conteúdo. Será possível fazer as tradicionais visitas a espaços, como também estão disponíveis visitas pela cidade acompanhadas por especialistas. Em 2023, no programa paralelo temos quatro percursos Urbanos e um novo passeio sonoro, pela frase da Anabela Mota Ribeiro, e os já tradicionais programas Júnior e eventos Plus, proporcionados por alguns dos espaços que abrem portas. É, ainda, de frisar que, tal como nas edições mais recentes, este é um evento inclusivo que permite visitas sensoriais adaptadas a pessoas cegas ou com baixa visão ou com deficiência cognitiva. Teremos ainda uma visita com intérprete de Língua Gestual Portuguesa. Basta consultar o mapa.
    A única dificuldade que os visitantes vão encontrar, é escolher neste fim de semana tão intenso as suas preferências. Nós aconselhamos a fazer antecipadamente um guia personalizado. No site openhouselisboa.com existe a funcionalidade de seleccionar favoritos que pode partilhar entre amigos e o seio familiar.

    De que forma o percurso e influências do atelier foram determinantes para a escolha do tema deste ano?

    NG – Foram efectivamente. No início do processo penso que não nos apercebemos disso mas com o decorrer do tempo e os múltiplos contactos e a partilha com toda a gente envolvida, é agora mais claro que sim. Diria que existem dois momentos muitíssimo distintos mas complementares. Um primeiro momento que é resultado do dia a dia prático do escritório na sua vertente do desenho, EMBAIXADA, cada vez mais atormentado pelo tempo que as coisas demoram, pela forma como a regulamentação é concebida e aplicada e pela morosidade dos sistemas. Ver o tempo a dilatar, com todo o desperdício de recursos e oportunidades que isso implica. A facilidade com que se bloqueia, a dificuldade de dialogar em prol dos objectivos comuns da cidade. A passagem do tempo ser muito visível e tornar-se um forte constrangimento nos projectos tornou o Tempo um tema.
    Um segundo momento, próprio da própria ideia da investigação que fazemos, o UNLEASH, que olha para as coisas de fora do projecto. Temos uma concepção do corpo de trabalho como um triângulo que liga em circuito, o Projecto a Construção e o Edifício em Uso, a ideia de que o trabalho do arquitecto se cumpre nesta tríade e precisa de enormes qualidades nestes três sistemas interligados. Estando desde logo habituados a olhar e reflectir sobre os edifícios num antes e num depois, acho que foi muito natural querer partilhar isso.

    CM – Uma das vertentes de estudo do atelier é a inter-relação entre espaço público e privado, espaço interior e exterior e gradações entre espaços que, no mesmo âmbito, têm características e dinâmicas distintas. Interessa-nos questionar desenhos de cidade em que esta linha ténue é contaminada nas diferentes direcções.

    Além da componente do edificado, de que forma o conceito apresentado se relaciona com os espaços públicos e o rio?

    PAG – Na verdade, é nossa ambição que o centro desta edição seja a Lisboa em si mesma. Esta estratégia de olhar para as suas diferentes componentes serve para sermos ambiciosos a desejar cidades possíveis construídas sobre esta, serve para imaginar desenvolvimentos possíveis a partir desta base, sem revolução, com visão e optimismo.
    Não existe maior sustentabilidade do que a renovação cíclica do uso que damos à arquitectura que habitamos colectivamente ao longo de séculos. Esta generosa cadeia de gerações transforma, repara e amplia, acrescentando aos lugares novas camadas de tempo e materiais. Bairro a bairro, rua a rua, cada parte contribui para um corpo em constante mutação a que chamamos cidade.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
    Mais artigos
    Artigos relacionados
    Urbanitae lança nova oportunidade de investimento premium em Lisboa
    Imobiliário
    Ateliermob apresenta Coopmmunity, a nova plataforma para projectos colaborativos
    Arquitectura
    CAM “Edifício do Ano” pelo ArchDaily
    Arquitectura
    Plano de Urbanização de Campanhã avança para discussão pública em Março
    Construção
    Iscte lança pós-graduação em ‘Mediação Imobiliária Profissional’
    Imobiliário
    Lisboa recebe primeira edição da Deco Out
    Empresas
    Daikin lança nova gama de unidades ERA
    Empresas
    CICCOPN recebe Acreditação Erasmus+
    Empresas
    Radisson Hotel Group expande presença na Península Ibérica
    Empresas
    Grupo Casais inaugura primeiro hotel híbrido em Espanha
    Construção
    PUB
    Arquitectura

    Ateliermob apresenta Coopmmunity, a nova plataforma para projectos colaborativos

    Representantes do projecto em Portugal, o Ateliermob trabalha, desde Dezembro de 2023, com uma equipa de especialista em habitação cooperativa de Valência para desenvolver o modelo aplicar no nosso País. A apresentação será online no dia 27 de Fevereiro

    Na próxima quinta-feira, dia 27 de Fevereiro, o Ateliermob irá apresentar a nova plataforma digital, desenhada para facilitar a organização e participação das Cooperativas de Habitação em Cedência de Direito de Uso. A apresentação será online, entre as 15 horas e as 16 horas, através do link que se encontra disponível na página do atelier.

    A plataforma foi desenvolvida ao longo de 2024, com uma equipa de Valência, em Espanha, composta por profissionais especializados na gestão de projectos de Habitação Cooperativa, nomeadamente, os ateliers Carpe.studio, Joan Rojeski studio e a cooperativa de arquitectura Crearqció, em conjunto com a cooperativa valenciana El Rogle, tendo a equipa do Ateliermob aceite esta parceria em Dezembro de 2023 enquanto representantes do projecto em Portugal.

    A plataforma Coopmmunity destina-se à aprendizagem, debate e coordenação com outras pessoas para a realização de projectos cooperativos, disponibilizando também um espaço de gestão interna para cooperativas já estabelecidas. Também estão disponibilizadas diversas funcionalidades com o objectivo de facilitar a interacção e a tomada de decisões entre interessados, profissionais e grupos promotores, contribuindo para o fortalecimento do ecossistema das Cooperativas de Habitação com Cedência de Direito de Uso.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
    Mais artigos
    PUB
    Arquitectura

    CAM “Edifício do Ano” pelo ArchDaily

    O Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, redesenhado pela visão de Kengo Kuma, em colaboração com o gabinete de arquitectura OODA e do gabinete de arquitectura paisagística de Vladimir Djurovic (VDLA) foi eleito Edifício do Ano na categoria “Cultural Architecture”, na edição de 2025 dos prémios ArchDaily. Numa edição onde mais três obras de arquitectos portugueses estavam entre os nomeados

    Já são conhecidos os 15 finalistas da edição 2025 do “Prémio Edifício do Ano do ArchDaily e um deles é Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, redesenhado pela visão de Kengo Kuma, em colaboração com o gabinete de arquitectura OODA e do gabinete de arquitectura paisagística de Vladimir Djurovic (VDLA). O CAM foi eleito Edifício do Ano na categoria “Cultural Architecture”.

    O arquitecto japonês recriou o edifício original de betão do CAM, inaugurado em 1983, da autoria do arquitecto britânico Leslie Martin, aumentando a transparência a sul e acrescentando-lhe uma impressiva pala de 100 metros de comprimento, com uma cobertura de 3.274 telhas de cerâmica brancas, produzidas em Portugal.

    O projecto é inspirado no conceito de Engawa, um elemento da arquitectura tradicional japonesa que estabelece uma harmoniosa ligação entre o interior e o exterior. Trabalhando em estreita colaboração com Kuma, Vladimir Djurovic criou uma “mata urbana”, definindo uma nova frente paisagística da Fundação Gulbenkian, a Sul, com um elevado índice de biodiversidade, criando habitats para a vida selvagem e estabelecendo uma transição subtil, muito natural, com o jardim original.

    O prémio lançado há 16 anos teve por base uma ideia simples, mas poderosa, permitir que os leitores escolhessem os seus edifícios favoritos de entre a vasta biblioteca do ArchDaily. Ao longo dos anos o prémio cresceu e tornou-se um dos mais reconhecidos e democráticos do mundo da arquitectura.

    Este ano de entre as quatro mil obras publicadas em 2024, foram seleccionados 75 finalistas. Para além do CAM, mais três projectos nacionais integraram esta short list, que só por si elegeu um conjunto forte de projectos um pouco por todo o mundo.

    Na categoria “Best Applied Product” a reabilitação e ampliação de um edifício do século XVI, que deu origem a quatro apartamentos turísticos, em Angra do Heroísmo, Açores, com assinatura do atelier SCC Arquitectos, de Sónia Carvalho Cabaça e Catarina Viegas de Sousa.

    Na categoria “Houses” a Donavan House, do arquitecto português Gonçalo Pires Marques, foi um dos finalistas. O projecto destaca-se pelo uso inovador da madeira e pelo compromisso com a sustentabilidade, tornando-se um exemplo de excelência na arquitectura contemporânea. A construção esteve a cargo da ODUM.

    A instalação urbana Dome Next Door – Kopa Pie Doma, concebida pelo gabinete de arquitectura Hori-zonte, em colaboração com Antonella Amesberger, Jurgis Gečys, Toms Kampars e Artis Neilands, foi nomeado em duas categorias “Small Scale & Installations” e “Cultural Architecture”. A instalação transformou o coração histórico de Riga, reinventando a Praça da Catedral, como um palco urbano interactivo e dinâmico, respondendo à ausência de um ponto de encontro central onde diversos caminhos da cidade convergiam.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Arquitectura

    Trienal: ‘Conversas et Al’ junta fundador da Noarq e ilustrador Gémeo Luís

    Este terceiro momento do ciclo de tertúlias, acontece esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo

    CONSTRUIR
    Em 2025, a Trienal iniciou mais um ciclo de tertúlias em torno da arquitectura e os seus desdobramentos em que participam quatro ateliers com prática estabelecida. Estes contam com um vasto leque de obras construídas de diversas escalas, que vai desde um plano de requalificação de arquitectura paisagista a um restaurante de acção social que convidam figuras cúmplices que se cruzam com a disciplina para conversas informais em torno de um objecto.
    Esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, acontece o terceiro momento das conversas de arquitectura ‘Conversas et Al.’ que junta José Carlos Oliveira, fundador do atelier portuense Noarq, e Gémeo Luís, ilustrador consagrado em diversos formatos nacionais e internacionais. A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo. O desafio deste momento, aberto à participação do público, é “explorar as pertinências dos contributos numa equipa e como cada pessoa não só é imprescindível como se torna antídoto para uma solidão intelectual e processual que tende a tornar-se viciada e estéril”.

    Fundado há 23 anos, o Noarq concentra a sua pesquisa no desenho da paisagem, arquitectura e objectos quotidianos e conta com vitórias em concursos nacionais e internacionais, destacando-se as Piscinas na praia de Vila Garcia de Arousa e o Ascensor Público Halo de Vigo, em Espanha, ou a Ponte Ferreirinha sobre o Douro para o Metro do Porto.

    O último momento da terceira ronda de Conversas et Al., marcada para dia 6 de Março, conta com o atelier SIA e a presença da escultora Fernanda Fragateiro.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB

    crédito Ricardo Cruz

    Arquitectura

    Arquitecto Gonçalo Pires Marques finalista no “Building of the Year 2025”

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional

    CONSTRUIR

    O arquitecto português Gonçalo Pires Marques está entre os finalistas do prestigiado prémio “Building of the Year 2025” do ArchDaily, um dos mais importantes reconhecimentos internacionais na área da arquitectura. O seu projecto, a Casa Donavan, destaca-se pelo uso inovador da madeira e pelo compromisso com a sustentabilidade, tornando-se um exemplo de excelência na arquitectura contemporânea.

    A Casa Donavan distingue-se pela sua abordagem única à construção em madeira, um processo que o próprio arquitecto descreve como “quase artesanal”. O trabalho próximo com o mestre carpinteiro foi essencial para garantir a precisão e a qualidade da execução. Além disso, a escolha da madeira termotratada, sem utilização de químicos, reforça o compromisso com a sustentabilidade.

    Além dos materiais escolhidos, o desenho da casa foi pensado para reduzir a necessidade de sistemas de climatização. O aproveitamento inteligente da exposição solar e a ventilação natural transversal contribuem para um menor impacto ambiental. Houve também um esforço consciente na selecção de fornecedores locais, minimizando deslocações e importações para reduzir a pegada ecológica.

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional. O arquitecto entende que “arquitectura portuguesa é uma área reconhecida entre pares a nível mundial como poucas áreas. Como no cinema português, é regularmente mencionada e até premiada. Aliás, Portugal é o único país do mundo com dois vencedores do Prémio Pritzker ainda vivos, o que reflecte a qualidade e a influência do nosso trabalho.”

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Arquitectura

    OASRA promove debates sobre requalificação do património da Sinaga

    Discussão pública pretende discutir a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel

    CONSTRUIR

    A Ordem dos Arquitectos – Secção Regional dos Açores, no âmbito do Protocolo de Colaboração celebrado com a Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública do Governo dos Açores, de 11 de Novembro de 2024, promove a discussão pública sobre a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel.

    O período para a discussão pública sobre a intervenção e requalificação das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool já teve início e pode ser feito através da plataforma www.sinaga.pt. Este é um espaço dedicado à participação activa da comunidade na reflexão sobre o futuro das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool, com vista a enriquecer o debates e ajudar a definir soluções viáveis para a requalificação destes espaços industriais.

    Os encontros para o debate de ideias irão ocorrer nas próprias fábricas, sendo que a 22 de Fevereiro acontece um primeiro na Fábrica do Álcool e a 22 de Março na Fábrica do Açúcar e que contarão com a participação de especialistas nas áreas disciplinares da arquitectura, do património industrial e cultural, do turismo industrial, da economia, da museologia e da sustentabilidade.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Arquitectura

    Segunda edição do “Porto de Arquitectura” regressa entre Março e Julho

    São seis os edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense que integram a segunda edição do projecto e que serão apresentados esta quarta-feira em conferência no bar do Cinema Batalha

    CONSTRUIR

    A Câmara Municipal do Porto e a Casa da Arquitectura apresentam esta quarta-feira, dia 12 de fevereiro, às 11 horas, em conferência de imprensa, a segunda edição do projecto “Porto de Arquitetura”. O objectivo passa por desenvolver, entre Março e Julho de 2025, um ciclo de visitas de arquitectura gratuitas e abertas ao público, num conjunto de seis edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense. A apresentação decorre no bar do Batalha Centro de Cinema.

    O ciclo de visitas tem como principal objetivo aproximar a comunidade da arquitectura portuense, dando a conhecer de forma privilegiada o processo de concepção, construção e recuperação de espaços icónicos da cidade.

    Os edifícios seleccionados representam algumas das mais relevantes intervenções recentes na cidade, desde a habitação até às infraestruturas, passando por edifícios destinados ao desporto, turismo, cultura e economia.

    A conferência de imprensa é seguida de uma visita guiada ao Batalha Centro de Cinema, reaberto em Dezembro de 2022, acompanhada dos arquitectos responsáveis pela requalificação, Alexandre Alves da Costa e Sérgio Fernandez.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Arquitectura

    ‘How to Build the Future?’ dá o mote para o novo ciclo de talks da Masslab

    A segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, inícia esta sexta-feira, dia 31 de Janeiro, pelas 17 horas, no Porto. Nuno Sampaio e Ana Neiva são os convidados desta sessão que irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos

    CONSTRUIR

    O primeiro mês do ano de 2025 começa com a segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, que partem da investigação e curiosidade em explorar uma questão central: Como vamos construir o futuro?

    Com o tema “How to Build the Future?” como pano de fundo, a segunda edição gira em torno da Educação e da Cultura enquanto disciplinas essenciais para moldar o futuro e terá lugar no escritório da Masslab no Porto, esta sexta-feira, dia 31 Janeiro, pelas 17 horas.

    A conversa contará com a participação de Nuno Sampaio, arquitecto e director da Casa da Arquitectura, e Ana Neiva, investigadora, curadora e professora e irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos. Os convidados abordarão o papel destas áreas como catalisadores de transformação social e urbana, assim como o “paradoxo” de olhar para o futuro enquanto aprendemos com o legado do passado.

    Na primeira edição, o debate centrou-se nos desafios da indústria da construção, explorando o equilíbrio entre a necessidade de crescimento urbano e a responsabilidade ambiental com dois convidados: Sílvia Mota, CEO da MEXT: Mota-Engil Next e Francisco Rocha Antunes, presidente da MOME.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Arquitectura

    Passive House Institute certifica primeira Passive House Plus em Portugal

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem

    CONSTRUIR

    É o segundo projecto certificado pela norma Passivhaus no Distrito de Lisboa, o primeiro no Concelho de Mafra e o primeiro em Portugal a receber a classificação Passive House Plus, ambos, da autoria do arquitecto passive house designer João Pedro Quaresma, da Nurture-AD.

    Passivhaus é um conceito construtivo que define um padrão de elevado desempenho, eficiente do ponto de vista energético, saudável, confortável e economicamente acessível e sustentável. A diferença entre uma Passivhaus Classic e uma Passivhaus Plus está relacionada principalmente à produção e ao consumo de energia renovável e ao grau de auto-suficiência energética. Ambos os tipos de casas seguem os rigorosos critérios de eficiência energética estabelecidos pelo padrão passivhaus, mas o nível de sustentabilidade e a integração de sistemas de energia renovável diferem.

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem.

    A moradia localizada em Mafra já havia obtido a classificação A+ e nZEB pelo sistema de Certificação Energética, e a comunicação do Passive House Institute (PHI) confirmando esta certificação validou todos os objectivos propostos.

    Este projecto de arquitectura foi desenvolvido, desde o início, com a determinação do cliente de obter a certificação pela norma Passivhaus. Em Portugal continental, os valores máximos de radiação ocorrem na região de Lisboa, com mais de 3.000 horas de sol por ano, factor que foi determinante no conceito programático do projecto. A geometria particular do terreno, com o lado maior e a inclinação natural orientados a sul, favoreceu a adopção de uma estratégia bioclimática e a optimização de um padrão de elevado desempenho passivo. Esse conceito esteve presente desde o início, tanto como desejo do proprietário quanto como estratégia do projecto.

    Na organização funcional da moradia, essa realidade climática permitiu que as zonas de permanência da casa fossem todas orientadas a sul, enquanto as circulações e os espaços complementares de uso foram posicionados a norte.
    Dessa forma, optimizou-se os ganhos solares através de vãos envidraçados generosos, garantindo o sombreamento permanente ou temporário durante os meses de Verão com alpendres e pérgulas solares. Essa solução também reduz a necessidade de iluminação artificial durante o Inverno, garantindo excelentes níveis de luminosidade natural.
    A moradia foi construída com o sistema construtivo ICF (Insulated Concrete Form), que permitiu eliminar pilares no interior, favorecendo maior flexibilidade espacial.

     

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB

    © Studio Ossidiana, Bird’s Palace Vondelpark, Riccardo de Vecchi

    Arquitectura

    CCB lança bolsas de arquitectura Diogo Seixas Lopes

    Diogo Seixas Lopes, figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, dá o nome às Bolsas de Criação, com o objectivo de “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais. As propostas podem ser enviadas até 16 de Fevereiro

    CONSTRUIR

    Destinadas a apoiar a “criação, investigação e experimentação”, o CCB lançou as primeiras duas  Bolsas de Criação ‘Diogo Seixas Lopes’. As candidaturas decorrem de 17 de Janeiro a 16 de Fevereiro de 2025, devendo ser formalizadas em formulário próprio. A linha temática da primeira edição é ‘Interespécies’.

    Criadas pelo Centro de Arquitectura MAC/CCB em homenagem ao arquitecto Diogo Seixas Lopes, falecido em 2016 e figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, estas bolsas de criação, atribuídas por concurso, procuram “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais do Centro de Arquitectura.

    O concurso, aberto a todas as pessoas ou colectivos cuja investigação incida sobre a arquitectura, procura proporcionar apoio financeiro à investigação ou criação e execução de projectos, com um valor anual de 10 mil euros, com acompanhamento da curadora-chefe do Centro de Arquitectura do MAC/CCB, Mariana Pestana.

    O processo de avaliação e selecção de candidaturas decorre durante os meses de Fevereiro e Março de 2025. O júri é composto por Julia Albani (externo), Marta Mestre (curadora, MAC/CCB) e Sofia Passadouro (educação e mediação, MAC/CCB). Os projectos seleccionados serão anunciados no dia de reabertura do Centro de Arquitectura, a 2 de Abril de 2025.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Arquitectura

    OA discute alteração ao RJIGT

    Este evento reunirá, hoje, 21 de Janeiro, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da Ordem

    CONSTRUIR

    A Ordem dos Arquitectos discute hoje, 21 de Janeiro, as alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, RJIGT. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da OA.

    Este evento reunirá, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação para uma discussão aprofundada sobre as alterações propostas ao regime jurídico que orienta os instrumentos de gestão territorial, com impacto significativo na gestão urbanística e no ordenamento do território.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB

    Navegue

    Sobre nós

    Grupo Workmedia

    Mantenha-se informado

    ©2024 Construir. Todos os direitos reservados.