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    “Vazio, Construção, Edifício e Ruína”: Os quatro estados que estruturam e desenham a cidade

    Cristina de Mendonça, Nuno Griff e Paulo Albuquerque Goinhas são o rosto do atelier Embaixada. Juntos estão a ‘desenhar’ os percursos da próxima Open House Lisboa, com data marcada para os dias 13 e 14 de Maio. Apresentar “as diferentes fases de vida dos edifícios” é o objectivo desta edição, que nos vai permitir conhecer não só as obras concluídas, mas também visitar outras ainda em fase de construção ou em estado de ruína

    Cidália Lopes
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    “Vazio, Construção, Edifício e Ruína”: Os quatro estados que estruturam e desenham a cidade

    Cristina de Mendonça, Nuno Griff e Paulo Albuquerque Goinhas são o rosto do atelier Embaixada. Juntos estão a ‘desenhar’ os percursos da próxima Open House Lisboa, com data marcada para os dias 13 e 14 de Maio. Apresentar “as diferentes fases de vida dos edifícios” é o objectivo desta edição, que nos vai permitir conhecer não só as obras concluídas, mas também visitar outras ainda em fase de construção ou em estado de ruína

    Cidália Lopes
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    Livre ou acompanhada, a 12ª edição da Open House propõe a visita a mais de 50 projectos onde, pela primeira vez, é dado a conhecer um outro lado da cidade, enquanto “entidade viva, com um antes e um depois”. Ou seja, é possível visitar edifícios que estão em pleno uso, como percorrer todo o seu ciclo de vida. Ao CONSTRUIR, os Embaixada fazem uma antevisão do que podemos encontrar.

    Qual a ideia subjacente ao conceito da edição deste ano?

    Paulo Albuquerque Goinhas (PAG) – A edição de 2023 propõe olhar para as arquitecturas que nos rodeiam enquanto entidades vivas, com um antes e depois. Poderemos visitar edifícios que estão em pleno uso, como percorrer todo o seu ciclo de vida, o Vazio, a Construção, o Edifício, a Ruína. Olhar para a cidade é olhar para cada um destes componentes, estas Matérias do Tempo, que nascem, habitam e morrem connosco. A cidade que recebemos e a cidade que legamos é feita desta diversidade de estados, mas muitas vezes não as vemos, não vemos os vazios, não vemos as ruínas, somos ligeiramente incomodados pelas construções, mas em todos estes momentos a cidade está a ser decidida. A vitalidade e qualidade de cada rua, de cada bairro depende desta coexistência de entidades vivas, todas são importantes, mas naturalmente que uma proporção errada pode destruir uma cidade.

    Cristina Mendonça (CM) – A cidade é antes de mais e acima de tudo espaço público. E, numa macro escala, são os edifícios nestes quatro estados de evolução, que a estruturam e desenham. Quisemos, nesta edição, chamar à atenção do quanto a construção ou não construção, impacta na definição da cidade.

    Enquanto “entidades vivas” e com diferentes “ciclos de vida”, o que nos podem dizer os edifícios? O que podemos aprender?

    Nuno Griff (NG) – A vitalidade urbana é feita da convivência dos diferentes momentos deste fluxo contínuo: Vazio, Construção, Edifício e Ruína. A construção também é tema da cidade e do projecto, é interessante ter a noção da importância da obra e do seu peso no conjunto. Por vezes existe uma tendência de afastamento entre o digital e o analógico, entre “quem desenha” e “quem constrói”, como se não trabalhássemos já todos com o mesmo tipo de ferramentas. Era importante retomar uma visão mais holística deste processo que aliás desperta sempre muita curiosidade a quem está mais próximo. Construir é um acto de arquitetura, com múltiplos intervenientes, públicos, privados, decisores políticos, gestores, investidores, projectistas, especialistas de cada arte da construção.
    Depois, também com as ruínas podemos aprender, podemos aprender a questionar. Na verdade, são uma oportunidade e uma chamada de atenção. Quando vemos vazios e ruínas na cidade, por vezes em áreas tão centrais, temos que nos perguntar porquê.
    Tem que existir uma grande ineficácia dos sistemas para estes casos se perpetuarem numa altura de enorme escassez, nomeadamente na habitação.
    Felizmente existem também exemplos positivos. Neste Open House podemos visitar um interessante processo de reabilitação de uma antiga Villa, a Vila Romão da Silva perto das Amoreiras, que a Câmara Municipal de Lisboa está a recuperar depois de décadas de ruína. É um interessante processo, um case-study em si só porque entre outras coisas consegue manter os moradores no local.

    CM – Outro case-study relevante, que também vai estar aberto a visitas, é a intervenção da SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana – CM Lisboa) em Entrecampos. Na Av. das Forças Armadas, existe agora uma grande intervenção municipal no âmbito da Habitação de Renda Acessível, constituída por cinco edifícios de habitação, um estacionamento subterrâneo e um jardim. Esta intervenção decorre da grande necessidade de resposta à escassez de habitação acessível sentida na cidade de Lisboa, e, sucede a um estudo profundo sobre tipologias deste tipo, com objectivo de ser implementado em diversas zonas da cidade. Este estudo foi realizado pela equipa da SRU e vários consultores especialistas, com coordenação da arquitecta Susana Rato e arquitectura paisagista de Victor Beiramar Diniz. Este processo acabou por dar origem ao projecto de um edifício piloto, o primeiro edifício deste programa que já está neste momento construído e habitado. Neste local existem ainda outras intervenções em curso de Site Specific, Focus Group, Atelier do Chiado ou Mech consultores.

    De que forma vai ser estruturada a visita? Que edifícios integram a visita e que novas sugestões foram apresentadas?

    PAG – O Open House é um programa muito completo com imensa variedade na sua forma e conteúdo. Será possível fazer as tradicionais visitas a espaços, como também estão disponíveis visitas pela cidade acompanhadas por especialistas. Em 2023, no programa paralelo temos quatro percursos Urbanos e um novo passeio sonoro, pela frase da Anabela Mota Ribeiro, e os já tradicionais programas Júnior e eventos Plus, proporcionados por alguns dos espaços que abrem portas. É, ainda, de frisar que, tal como nas edições mais recentes, este é um evento inclusivo que permite visitas sensoriais adaptadas a pessoas cegas ou com baixa visão ou com deficiência cognitiva. Teremos ainda uma visita com intérprete de Língua Gestual Portuguesa. Basta consultar o mapa.
    A única dificuldade que os visitantes vão encontrar, é escolher neste fim de semana tão intenso as suas preferências. Nós aconselhamos a fazer antecipadamente um guia personalizado. No site openhouselisboa.com existe a funcionalidade de seleccionar favoritos que pode partilhar entre amigos e o seio familiar.

    De que forma o percurso e influências do atelier foram determinantes para a escolha do tema deste ano?

    NG – Foram efectivamente. No início do processo penso que não nos apercebemos disso mas com o decorrer do tempo e os múltiplos contactos e a partilha com toda a gente envolvida, é agora mais claro que sim. Diria que existem dois momentos muitíssimo distintos mas complementares. Um primeiro momento que é resultado do dia a dia prático do escritório na sua vertente do desenho, EMBAIXADA, cada vez mais atormentado pelo tempo que as coisas demoram, pela forma como a regulamentação é concebida e aplicada e pela morosidade dos sistemas. Ver o tempo a dilatar, com todo o desperdício de recursos e oportunidades que isso implica. A facilidade com que se bloqueia, a dificuldade de dialogar em prol dos objectivos comuns da cidade. A passagem do tempo ser muito visível e tornar-se um forte constrangimento nos projectos tornou o Tempo um tema.
    Um segundo momento, próprio da própria ideia da investigação que fazemos, o UNLEASH, que olha para as coisas de fora do projecto. Temos uma concepção do corpo de trabalho como um triângulo que liga em circuito, o Projecto a Construção e o Edifício em Uso, a ideia de que o trabalho do arquitecto se cumpre nesta tríade e precisa de enormes qualidades nestes três sistemas interligados. Estando desde logo habituados a olhar e reflectir sobre os edifícios num antes e num depois, acho que foi muito natural querer partilhar isso.

    CM – Uma das vertentes de estudo do atelier é a inter-relação entre espaço público e privado, espaço interior e exterior e gradações entre espaços que, no mesmo âmbito, têm características e dinâmicas distintas. Interessa-nos questionar desenhos de cidade em que esta linha ténue é contaminada nas diferentes direcções.

    Além da componente do edificado, de que forma o conceito apresentado se relaciona com os espaços públicos e o rio?

    PAG – Na verdade, é nossa ambição que o centro desta edição seja a Lisboa em si mesma. Esta estratégia de olhar para as suas diferentes componentes serve para sermos ambiciosos a desejar cidades possíveis construídas sobre esta, serve para imaginar desenvolvimentos possíveis a partir desta base, sem revolução, com visão e optimismo.
    Não existe maior sustentabilidade do que a renovação cíclica do uso que damos à arquitectura que habitamos colectivamente ao longo de séculos. Esta generosa cadeia de gerações transforma, repara e amplia, acrescentando aos lugares novas camadas de tempo e materiais. Bairro a bairro, rua a rua, cada parte contribui para um corpo em constante mutação a que chamamos cidade.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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    Hannelore Caenepeel, senior exhibition manager & business developer

    Arquitectura

    Architect@Work cresce em área de exposição e consolida presença em Lisboa

    Nos dias 4 e 5 de Dezembro, a FIL Lisboa, abre as portas para a segunda edição do Architect@Work, onde são esperados 147 expositores e largas centenas de produtos em exposição. Com uma forte componente de seminários e debates, o tema central deste ano tem como foco os ‘Materiais Saudáveis’, onde factores-chave como a pegada de carbono, a reciclabilidade e a energia incorporada são cada vez mais uma preocupação quando se projecta

    Architect@Work 2023 (foto cedida pela organização do evento)

    Depois do “sucesso” da primeira edição e que demonstrou que “os arquitectos e designers de interiores precisavam definitivamente de um evento B2B de alto nível especificamente dedicado à sua profissão”, o Architec@Work (A@W) Lisboa regressa para dois dias de debates e exposições.

    São esperadas um total de 147 marcas que vão apresentar as suas inovações, “representando um crescimento de 21% no número de expositores”, face à edição do ano anterior e mais de 450 inovações em exposição, indica Hannelore Caenepeel, senior exhibition manager & business developer do A@W. A responsável destaca, ainda, a “forte presença de empresas portuguesas”, que representam cerca dos 70% dos expositores.

    No arranque desta segunda edição, a organização confirma, entretanto, a realização de mais uma edição em 2025, nos dias 3 e 4 de Dezembro, também na FIL, em Lisboa.

    Concebido num formato disruptivo, pensado para criar uma conexão “informal” entre os fabricantes, arquitectos e designers, a marca surge em 2003, na Bélgica, depois de se verificar uma lacuna neste tipo de eventos.

    Com o foco na inovação, os expositores são obrigados a trazer para o evento as principais novidades, cujos produtos são primeiramente sujeitos a uma avaliação por parte de um júri de arquitectos e designers de interiores.

    Mais do que um espaço de exposição, o Architect @ Work pretende ser um espaço “único, dinâmico e acolhedor”, semelhante a um lounge. Os corredores tradicionais da FIL são transformados em áreas lounge onde se pode relaxar, ter reuniões de uma forma mais informal e privada e o mais importante: onde se pode desfrutar do catering gratuito que é fornecido durante todo o evento para os visitantes bem como para os expositores.

    Com o tema ‘Materiais Saudáveis’, a organização vai contar com a curadoria da MaterialDriven, que irá focar-se no impacto que os materiais têm no ambiente, tendo em conta factores-chave como a pegada de carbono, a reciclabilidade e a energia incorporada

    Com o olhar nos ‘Materias Saudáveis’

    Tendo como ponto de partida nesta edição os ‘Materiais Saudáveis’, Hannelore Caenepeel reconhece que se trata de um tema que “pode ser interpretado de forma abrangente”.

    Para o efeito, a organização vai contar com a curadoria da MaterialDriven, que irá focar-se especialmente neste tema e na importância que a curadoria de materiais tem para qualquer arquitecto ou designer. O impacto que os materiais têm no ambiente, tendo em conta factores-chave como a pegada de carbono, a reciclabilidade e a energia incorporada são cada vez mais uma preocupação antes de estes serem seleccionados para os projectos.

    Além desta componente está previsto uma série de palestras, com temas que vão desde a aprendizagem e prática de arquitectura à ligação entre Espaço, Natureza e Identidade, ou, ainda, da arquitectura das emoções, património e contemporaneidade à profissão do arquitecto.

    O evento conta ainda com uma instalação itinerante temporária. “A cidade imaginária”, da autoria de Raffaele Salvoldi, foi desenhada para “juntar as pessoas” e “provocar emoções” em espaços culturais. Segundo a autora, a peça representa um “horizonte imaginário de uma cidade” com formas “monumentais”, feito de centenas de milhares de blocos de madeira Kapla, colocados “cuidadosamente” uns sobre os outros sem a utilização de cola nem juntas.

    Também, e pela terceira vez, o Mural de Projectos Architect@Work mostra a diversidade do trabalho das empresas membros da World-Architects. Enquanto as duas primeiras edições se centravam, exclusivamente, no trabalho dos arquitectos, a selecção de 60 projectos que vão estar expostos nesta edição reflectem a “orientação multidisciplinar” da World-Architects.

    No arranque desta segunda edição, a organização confirma, entretanto, a realização de mais uma edição em 2025, nos dias 3 e 4 de Dezembro, também na FIL, em Lisboa

    Programa:

    4 de Dezembro

    Materiais Saudáveis em Arquitectura: Criar Espaços de Bem-Estar

    Tiago Rebelo de Andrade – Rebelo de Andrade (foto 1)

    O arquitecto português Tiago Rebelo de Andrade aborda a importância dos materiais saudáveis no design de espaços, explorando a sua influência no bem-estar do Cliente. Na sua apresentação, destacará exemplos práticos de projectos onde a selecção de materiais, com elementos como a iluminação, a ventilação e a acústica, desempenham um papel essencial na criação de ambientes que promovem a tranquilidade e a desconexão. O arquitecto partilhará, também, os desafios e as abordagens utilizadas pelo seu atelier para criar espaços atraentes e saudáveis.

    Aprendizagem e Prática de Arquitectura

    Miguel Marcelino – Atelier Miguel Marcelino (foto 2)

    Numa viagem por vários temas arquitectónicos reflecte-se sobre o processo de aprendizagem de arquitectura por extrospecção. Especula-se a influência que esse mesmo processo estabelece na prática de arquitectura, inflectindo a reflexão num exercício de introspecção. Pelo meio são apresentados alguns projectos.

    Arquitetura Sensível: Ligação entre Espaço, Natureza e Identidade

    Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira – SAMI-arquitectos (foto 3)

    Desde o aclamado Centro de Visitantes da Gruta das Torres, nos Açores, o estúdio adopta uma abordagem sensível e consciente que busca a integração e a coerência em cada projecto. Nesta palestra, partilharão a sua visão sobre como o design pode criar espaços tecnicamente sofisticados e esteticamente intemporais, promovendo uma ligação única entre as pessoas, a arquitectura e a natureza.

    5 de Dezembro

    A arquitectura das emoções

    Paulo Jorge de Bastos Martins – Paulo Martins (foto 4)

    A arquitectura molda as emoções humanas ao responder às necessidades essenciais, desde as fisiológicas até à auto-realização. A utilização de materiais saudáveis, tangíveis e intangíveis — como luz, ar, som, cores, design activo e ligação à natureza — desperta emoções que promovem o bem-estar e criam experiências enriquecedoras. Espaços bem projectados têm o poder de afectar profundamente os sentidos, provocar sentimentos e incentivar interacções significativas. Assim, a arquitectura torna-se um meio de evocar emoções positivas e elevar a qualidade de vida, respondendo de forma harmoniosa às diferentes necessidades humanas.

    Patrimônio e Contemporaneidade: Um Diálogo Necessário

    Marta Pavão e Guilherme Bivar – Atelier Cais (foto 5)

    A dupla de arquitectos irá falar sobre a construção sustentável na reabilitação de casas, com foco na preservação das fachadas existentes e de como essa estratégia contribui para a salvaguarda da memória do lugar, para a valorização do património histórico e para a criação de cidades mais vibrantes e autênticas. Serão, ainda, abordados os desafios e as vantagens da reabilitação sustentável, através do recurso a técnicas e materiais inovadores que permitem aliar a preservação histórica à eficiência energética, assim como os benefícios sociais e económicos desta abordagem.

    Profissão

    Avelino Oliveira – presidente da Ordem dos Arquitectos (foto 6)

    A Comissão Europeia e a OCDE, apoiadas pelas Autoridades da Concorrência, têm promovido reformas economicistas, sob o argumento de aprimorar o mercado interno e aumentar a competitividade. Essas acções reduziram os mecanismos de controlo, prejudicando o interesse público relativo à qualidade dos serviços, a protecção dos consumidores e formação dos profissionais. “A arquitectura é exemplo do insucesso dessas políticas, com perda de referenciais para a justa compensação pelos serviços prestados”, considera Avelino Oliveira, que irá abordar esta temática no evento, tendo como foco a necessidade de “estabelecer um quadro regulatório que combata a concorrência desleal e valorize o papel dos arquitectos”.

     

    Visões Elementares para Projetar o Futuro

    João Jesus – OODA Architecture (foto 7)

    A arquitectura vai além de uma resposta técnica às necessidades humanas de construir espaços, sendo uma combinação de forma, materiais e contexto que procura equilibrar natureza, cultura e inovação, permitindo a transformação do ambiente natural e construído. Nesta conferência, o arquitecto João Jesus vai explorar a forma como são abordados os diferentes desafios, “equilibrando elementos para criar soluções que respondam às necessidades actuais e, ao mesmo tempo, abram novas possibilidades para o futuro”.

    Sobre o autorCidália Lopes

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    Veja os melhores momentos do HAS 2024 (c/ galeria de imagens)

    No evento, que decorreu a 26 de Novembro, no Monsanto Montes Claros, participaram 45 empresas fornecedoras, de cerca de 20 segmentos, nomeadamente revestimentos, pavimentos, equipamentos de ginásio, mobiliário, climatização, amenities, fechaduras eletrónicas, iluminação, elevadores, lavandarias, têxteis, entre outros

    CONSTRUIR

    A revista Publituris Hotelaria voltou a unir-se ao Jornal CONSTRUIR e à revista Traço – ambas publicações do grupo Workmedia – para organizar o Hotels | Arquitects | Suppliers (HAS), onde os fornecedores do setor tiveram a oportunidade de mostrar as novidades que têm em catálogo a hoteleiros e gabinetes de arquitetura.

    No evento, que decorreu a 26 de Novembro, no Monsanto Montes Claros, participaram 45 empresas fornecedoras, de cerca de 20 segmentos, nomeadamente revestimentos, pavimentos, equipamentos de ginásio, mobiliário, climatização, amenities, fechaduras eletrónicas, iluminação, elevadores, lavandarias, têxteis, entre outros.

    O evento, que vai já na sua 8ª edição, começou como Hotels & Suppliers, ganhando uma nova designação, HAS, no ano passado, ao aliar a vertente de arquitetura. O objetivo passa por proporcionar reuniões one-to-one de 15 minutos entre fornecedores e profissionais de arquitetura e hoteleiros, facilitando negócios e oferecendo um ambiente dinâmico para conhecer os mais recentes produtos e equipamentos para o setor.

    Sobre o autorCONSTRUIR

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    Paulo Jervell, founding partner do Grupo Openbook

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    Grupo Openbook: um rebranding e uma nova organização

    Fruto do intenso crescimento registado nos últimos anos o escritório de arquitectura apresenta-se agora ao mercado com uma nova orgânica: a de grupo empresarial composto por cinco entidades e uma nova imagem. A nova dinâmica reflecte a aposta em projectos de grande escala, aposta em mercados internacionais, com abertura de escritório no Dubai já em Janeiro, e o reforço em todas as áreas de negócio

    CONSTRUIR

    O Grupo Openbook, anuncia o lançamento oficial do seu rebranding, marcando uma nova etapa estratégica para consolidar o seu posicionamento enquanto grupo multidisciplinar.

    Esta transformação reflecte o crescimento orgânico da Openbook e a diversificação das suas áreas de actuação, que agora incluem Arquitectura, Environmental Graphic Design & Wayfinding, Real Estate, Interior Design e Engenharia. Esta transformação marca uma nova etapa para a Openbook, destacando a sua ambição de liderar em mercados nacionais e internacionais, oferecendo soluções integradas e de excelência.

    Com uma equipa de 90 colaboradores, o grupo projecta alcançar uma facturação superior a 10 milhões de euros no final de 2024, o que representa um aumento de 70% face ao ano anterior.
    “O rebranding da Openbook simboliza o nosso compromisso em continuar a redefinir os limites da arquitectura, design, engenharia e consultoria imobiliária, oferecendo soluções integradas que combinam inovação, sustentabilidade e excelência técnica. Esta transformação reforça a nossa capacidade de actuar de forma multidisciplinar, adaptando-nos aos desafios globais e criando projectos que impactam positivamente não apenas os espaços, mas também as comunidades e as pessoas que os habitam“, sublinha Paulo Jervell, founding partner do Grupo Openbook.

    O rebranding apresenta uma identidade visual mais vanguardista e internacional, traduzindo a ambição do grupo de expandir para novos mercados e reforçar a sua liderança em segmentos como residencial, hoteleiro, comercial e corporativo. A assinatura de marca – “Space x Expertise” – simboliza a sinergia entre as diversas disciplinas da Openbook e o compromisso com a excelência e inovação em todas as fases dos seus projetos. O símbolo da multiplicação significa que um elemento potencia ao mesmo tempo que se refere aos conceitos de sinergia e cruzamento de valências.

    A reorganização em cinco empresas especializadas (Openbook Architecture, Openbook Real Estate, Openbook Design, Openbook Studio, Openbook Engineering permite que cada área actue de forma autónoma, ganhando agilidade e profundidade nos respectivos mercados, mas também possibilita a criação de sinergias para responder a projectos de maior escala e complexidade.

    Estas novas empresas são lideradas por managing partners que colaboravam anteriormente com a Openbook como parceiros da Openbook e que agora integram a estrutura do Grupo.

    Este crescimento reflecte, sobretudo, a aposta em projectos de grande escala e em mercados internacionais, incluindo geografias como Dubai, Angola, Vietname, Indonésia, França e Espanha, bem como a especialização em novas áreas de negócio.

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    IPO de Lisboa escolhe Saraiva + Associados para projectar novo edifício de ambulatório

    A garantia foi deixada pela própria equipa de Miguel Saraiva que, nas redes sociais, revela que “ao fim de mais de trinta anos de espera e uma geração perdida, a S+A foi escolhida para transformar o projeto em realidade e contribuir com a nossa experiência para o sistema público de saúde”

    Ricardo Batista

    O Instituto Português de Oncologia de Lisboa (IPO Lisboa) vai ter um novo edifício de ambulatório e a escolha do conselho de administração recaiu sobre o projecto de arquitectura da Saraiva + Associados.

    A garantia foi deixada pela própria equipa de Miguel Saraiva que, nas redes sociais, revela que “ao fim de mais de trinta anos de espera e uma geração perdida, a S+A foi escolhida para transformar o projeto em realidade e contribuir com a nossa experiência para o sistema público de saúde”.

    “O que torna este projeto tão único é que vai além da incorporação das mais modernas tecnologias de atendimento, análise e tratamento enquadradas no futuro. Foi planeado como um espaço de trabalho humanizado, de qualidade para todos, diariamente. Isto tem um impacto positivo tanto nos pacientes, como nos seus cuidadores”, pode ler-se na página da Saraiva + Associados, que acrescenta que as “décadas de experiencia e estudos interdisciplinares resultaram num projeto de excelência, onde a luz é protagonista no edifício”.

    Este é um processo longo e que, em 2022, teve um importante passo com a publicação, em Diário da República, do anuncio para a contratação do projecto de execução. A decisão tem agora um novo capítulo com o anuncio do projecto vencedor. O custo global do investimento ascende a 57 milhões de euros. O novo edifício de ambulatório vai concentrar uma parte significativa da atividade de ambulatório e unidades de investigação.

    Este investimento vai permitir rentabilizar meios técnicos e humanos e melhorar as condições de atendimento aos utentes e de trabalho dos profissionais. Pretende-se ainda um edifício energeticamente sustentável e funcionalmente flexível. O imóvel deverá ocupar os terrenos do lado nascente do IPO e terá uma área útil superior a 24 mil metros quadrados.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
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    Arquitectos: Novo Conselho de Supervisão votado a 29 de Novembro

    O Conselho de Supervisão da Ordem dos Arquitetos é um órgão independente composto por 15 membros com diversas representações: arquitetos inscritos, docentes de instituições de ensino e personalidades de mérito. A votação decorre no próximo dia 29, entre as 00 e as 24h (por via digital), ou entre as 10h e as 20h presencialmente

    Ricardo Batista

    Os arquitectos vão a votos no próximo dia 29, sexta-feira, para a eleição dos representantes da classe que integrarão o novo Conselho de Supervisão, um novo orgão de supervisão da Ordem e composto por membros e não membros daquela organização.

    São duas as listas na corrida à composição do órgão que foi criado por obrigatoriedade da disposição na Lei das Ordens (Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro) e do Estatuto da Ordem dos Arquitectos (Lei 12/2024 de 19 de janeiro) e que fará parte integrante do conjunto de órgãos sociais nos próximos actos eleitorais. Os membros eleitos ocuparão assim o cargo pelo prazo que resta até ao próximo acto eleitoral para a composição do Conselho Directivo nacional e das respectivas secções regionais, agendado para 2026.

    A Lista A, encabeçada por Egas Vieira e com o mote “Cumprir o Futuro” opõe-se à Lista B, encabeçada por Rui Serrano, e que tem como mote “Por uma Arquitectura Comum” e estarão ambas sujeitas à votação dos membros inscritos na Ordem. O conselho de supervisão é composto por quinze membros com direito de voto, sendo que seis são arquitetos, inscritos na Ordem; Seis são membros oriundos dos estabelecimentos de ensino superior que habilitem academicamente o acesso à profissão de arquiteto, que não sejam membros da Ordem; e três são personalidades de reconhecido mérito que não sejam membros da Ordem, cooptadas pelos membros referidos nas alíneas anteriores, por maioria absoluta.

    O direito de voto pode ser exercido pessoalmente, dentro dos prazos previstos no calendário eleitoral, na modalidade de voto eletrónico: presencialmente nas secções de voto, na secção regional de inscrição do membro, ininterruptamente entre as 10h e as 20h (hora de Portugal Continental) do dia 29 de Novembro de 2024 ou por votação eletrónica remota entre as 00h e as 20h (hora de Portugal Continental) do mesmo dia 29 de Novembro de 2024.

    Entre as competências do novo Conselho de Supervisão está, entre outras matérias, a aprovação do regulamento de estágios, o acompanhamento da actividade do conselho de disciplina ou o acompanhamento da própria actividade formativa da Ordem.

    Sobre o autorRicardo Batista

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    Tatu Pavilion – Bio-Based Material (@Park Associati)

    Arquitectura

    “Cada transformação pode ser adaptada, preservando ao mesmo tempo o valor histórico e ambiental da estrutura”

    A 2ª edição do SHIFT decorreu nos dias 22 e 23 de Novembro na Casa da Arquitectura e contou com a curadoria do colectivo italiano Park Associati. Metabolismo Urbano, Inteligência Material e Activismo Arquitectónico foram as abordagens, a partir das quais arquitectos, académicos e empresas de vários países deram voz ao tema e apresentaram o ‘futuro’ para a arquitectura adaptativa

    Cidália Lopes

    “O Futuro da Arquitectura Adaptativa” é um tema “cada vez mais crucial”, numa abordagem que pretende ser “um caminho para apoiar as cidades na sua jornada em direcção à neutralidade carbónica e à optimização de recursos”, afirma o arquitecto Matteo Arietti, head of Innovation da Park Associati. O responsável falou-nos de uma arquitectura que “permite a evolução das estruturas” ao longo do tempo e promove um “ecossistema sustentável”, num trabalho conjunto com a inovação dos materiais e com o recurso da tecnologia.

    MI.C Onsite (@Nicola Colella)

    Com o tema ‘arquitectura adaptativa’, a conferência pretende apresentar um novo caminho, uma nova visão, para o futuro. Que futuro é este?

    O futuro que imaginamos é aquele em que os edifícios são concebidos ou transformados para serem flexíveis, resilientes e sustentáveis. A arquitectura adaptativa permite que as estruturas evoluam ao longo do tempo, atendendo às novas necessidades das comunidades, melhorando o desempenho ambiental e promovendo um ecossistema urbano sustentável.

    Esta abordagem afasta-se do ciclo de vida tradicional dos edifícios e oferece um caminho para a arquitectura apoiar as cidades na sua jornada em direcção à neutralidade carbónica e à optimização de recursos. É uma abordagem virada para o futuro, em que os edifícios não são estruturas estáticas, mas sim ambientes vivos, concebidos para serem flexíveis e se adaptarem às mudanças ambientais e sociais.

    É uma filosofia que defende a resiliência e a sustentabilidade, transformando os edifícios existentes em vez de os demolir e começar do zero. Na Park Associati, vemos a arquitectura adaptativa como um compromisso com o crescimento urbano sustentável, a eficiência dos recursos e a preservação cultural.

    “Na Park Associati, vemos a arquitectura adaptativa como um compromisso com o crescimento urbano sustentável, a eficiência dos recursos e a preservação cultural. É uma filosofia que defende a resiliência e a sustentabilidade, transformando os edifícios existentes em vez de os demolir e começar do zero”

    Quais os principais problemas que identifica actualmente nas estruturas existentes? E que novos usos propõem?

    As estruturas existentes sofrem frequentemente de problemas como sistemas energéticos desactualizados, configurações espaciais rígidas e materiais que não são sustentáveis ​​ou recicláveis. Estes factores tornam difícil a reutilização de edifícios para usos contemporâneos sem renovações extensas. Através da reutilização adaptativa, podemos propor novas funções para estas estruturas, transformando escritórios em espaços residenciais, edifícios industriais em centros culturais ou garagens de estacionamento em espaços urbanos verdes. Cada transformação pode ser adaptada para satisfazer as necessidades actuais da sociedade, preservando ao mesmo tempo o valor histórico e ambiental da estrutura.

    Dois exemplos significativos de projectos de Reutilização Adaptativa recentemente concluídos pela Park Associati são a Torre della Permanente e o Aparto Milano.

    A primeira é a remodelação e ampliação de uma torre dos anos 50 em Milão, originalmente projectada por Achille e Pier Giacomo Castiglioni e Luigi Fratino, localizada acima do Palazzo della Permanente. Esta transformação preserva o significado arquitectónico original da torre, ao mesmo tempo, que melhora a sua funcionalidade para a cidade contemporânea.

    O projecto Aparto Milano, por outro lado, envolve a conversão do antigo Consorzio Agrario, na zona de Porta Romana, em Milão. Esta intervenção inclui também uma mudança de uso pretendido, criando uma residência de estudantes que dialoga com a cidade.

    Como podemos repensar o ciclo de vida dos edifícios?

    Para repensar o ciclo de vida dos edifícios, precisamos de integrar os princípios da economia circular desde as fases iniciais de concepção. Isto significa utilizar materiais que possam ser desmontados, reciclados ou reutilizados, adoptar a construção modular e projectar espaços que se possam adaptar facilmente a novas funções. Além disso, devemos empenhar-nos em manutenções e actualizações proactivas que ampliem a utilização do edifício. Esta abordagem não só reduz o desperdício, como também garante que a estrutura se mantém relevante e funcional a longo prazo.

    Quando um edifício chega ao fim da sua vida útil, porque já não pode funcionar ou ser melhorado, é importante colocar em acção o processo de Mineração Urbana, a recuperação de resíduos que se tornam um recurso valioso.

    O projecto MI.C da Park Associati é um dos primeiros edifícios na Europa a implementar a abordagem de mineração urbana no seu processo de construção: uma grande parte do betão existente será reutilizada para construir a nova estrutura e uma grande parte da fachada existente será utilizada para revestir partes importantes dos espaços interiores.

    Considerando a importância dos materiais nesta questão, como pode a indústria responder a este desafio?

    A indústria deve dar prioridade aos materiais sustentáveis, duráveis ​​e recicláveis. As inovações em materiais de base biológica, betão com baixo teor de carbono e metais e vidro reciclados são fundamentais para abordar a pegada ambiental da construção.

    Além disso, as parcerias com cientistas de materiais e a adopção de ferramentas digitais como o BIM podem melhorar o rastreio e a gestão de materiais ao longo do ciclo de vida de um edifício, ajudando a reduzir o desperdício e a facilitar a adaptabilidade futura.

    Torre Permanente (@Francesca Lovene)

    O papel do arquitecto é também aqui fundamental. Serão os princípios do design participativo capazes de superar os princípios económicos do imobiliário?

    Os princípios de design participativo podem criar uma ponte entre as motivações económicas do imobiliário e as necessidades sociais, culturais e ambientais das comunidades. Ao envolver as comunidades no processo de concepção, os arquitectos podem alinhar os objectivos do projecto com os valores dos utilizadores finais, promovendo espaços que possuem maior significado social e utilidade a longo prazo.

    Esta abordagem participativa pode influenciar o sector imobiliário a priorizar soluções adaptativas e centradas no ser humano, provando que um modelo colaborativo pode ser economicamente viável e socialmente benéfico.

     

    BIO

    Filippo Pagliani e Michele Rossi, fundadores da Park Associati

    Park Associati é um colectivo interdisciplinar de arquitectos, designers, investigadores e inovadores, unidos pelo desejo de “moldar o futuro do ambiente construído”. Fundado em Milão, em 2000, por Filippo Pagliani e Michele Rossi, o estúdio opera nos domínios da arquitectura, urbanismo, paisagismo, design de interiores e de produtos.

    Cada projecto desenvolvido por Park Associati habita o seu próprio contexto específico, desde o arranha-céus da Regione Lombardia até às sedes da Luxottica e da Salewa, desde espaços residenciais e comerciais até à revitalização de edifícios modernistas ou de bairros inteiros.

    Entre a tradição e a inovação, o estúdio destaca-se na reinterpretação e regeneração de cidades para se tornarem novos modelos de habitabilidade e sustentabilidade, utilizando a reutilização adaptativa como estratégia central.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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    Trienal lança open call para Prémio Début

    As candidaturas, que este ano foram alargadas a profissionais de arquitectura com idade até aos 40 anos, estão abertas até 24 de Fevereiro de 2025. Foi na terceira edição do Trienal, em 2013, que nasceu o galardão que tem como missão “celebrar o trabalho e o percurso das novas gerações” no pensamento e na prática em arquitectura

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    As candidaturas ao Prémio Début Trienal de Lisboa Millennium bcp, que este ano foram alargadas a profissionais de arquitectura com idade até aos 40 anos, estão abertas até 24 de Fevereiro de 2025.

    Foi em Close, Closer, a terceira edição do festival (2013) que nasceu o galardão que tem como missão celebrar o trabalho e o percurso das novas gerações no pensamento e na prática em arquitectura, impulsionando a projecção internacional.

    Como sublinha José Mateus, presidente da Trienal, “em arquitectura, as gerações mais jovens são portadoras de referências, inquietações e aspirações que é fundamental reconhecer e valorizar. Este prémio internacional foi instituído enquanto gesto simbólico de incentivo para o futuro”.

    Esta ideia foi, também, reforçada, por António Monteiro, presidente da Fundação Millennium bcp, que apoia a Trienal de Lisboa desde 2007, na medida em que considera que este prémio é o “reconhecimento do crescente potencial de ateliers e arquitectos emergentes, oferecendo-lhes o palco e a visibilidade fundamentais para impulsionar o seu crescimento e impacto no mercado”.

    Aberto a candidaturas auto-propostas, a título individual ou colectivo, integra ainda um processo de nomeações propostas por um conselho plural que reúne mais de 30 personalidades internacionais.

    Desde 2013, o Prémio Début Trienal de Lisboa Millennium bcp recebeu um total de 452 candidaturas provenientes de todos os cantos do globo, distinguindo quatro ateliers vencedores: Vão em 2022 (Brasil), Bonell+Dòriga em 2019 (Espanha), Umwelt em 2016 (Chile) e Bureau Spectacular em 2013 (E.U.A.). Somam-se ainda 40 finalistas que reconhecem a importância desta nomeação para a projecção global dos seus projectos.

    O Prémio Début insere-se na sétima edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa, com o tema ‘How Heavy is a City’ (Quão pesada é a Cidade?) e que irá contar com diversas iniciativas a decorrer entre 2 de Outubro e 8 de Dezembro de 2025, entre as quais uma conferência que vai juntar cinco finalistas do prémio.

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    Avelino Oliveira, presidente da Ordem dos Arquitectos

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    Recuo do IVA a 6% na construção para habitação

    Ordem dos Arquitectos lamenta recuo na aplicação da taxa reduzida de IVA aos projectos de construção e critica restrições da União Europeia

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    Em comunicado enviado às redacções a Ordem dos Arquitectos manifesta o seu descontentamento com o anúncio de que a proposta do Governo, inserida no Orçamento de Estado para 2025, de aplicar uma taxa reduzida de IVA a 6% aos projectos de construção de condições especiais para resolver a crise da habitação, não avançará devido ao entendimento restritivo da Comissão Europeia. Segundo o Governo, a transposição da directiva europeia, em matéria de benefícios fiscais do IVA, não permite incluir os projectos de construção das novas tipologias de soluções habitacionais na transposição legislativa da proposta de IVA.
    “A Ordem dos Arquitectos, que havia promovido activamente junto do Governo esta medida lamenta profundamente o desfecho e discorda da inflexibilidade da União Europeia. A Ordem dos Arquitectos alerta ainda para o tratamento desigual dentro do sector da construção, numa altura em que a habitação enfrenta uma crise sem precedentes.
    As políticas fiscais inclusivas são amplamente reconhecidas como uma solução eficaz para reduzir os custos do consumidor final mantendo a qualidade, sustentabilidade e equilíbrio económico, portanto, este entrave legislativo europeu é visto como anacrónico, prejudicial ao interesse público e um factor de afastamento dos cidadãos face à União Europeia”, refere a nota que é assinada pelo presidente da Ordem dos Arquitectos, Avelino Oliveira (na imagem).

    Face à decisão, a Ordem dos Arquitectos dirigiu uma carta ao Ministro das Finanças , solicitando esclarecimentos sobre “a fundamentação deste recuo, bem como os documentos e justificações europeias que suportam esta decisão para que fundamente a sua reclamação junto das congéneres europeias”. O organismo sublinha a sua “compreensão pelas cautelas tomadas pelo Governo português, especialmente do Ministério das Finanças, e saúda o Ministério das Infraestruturas e a Secretaria de Estado da Habitação pela defesa e proposta de uma medida amplamente apoiada pelo ecossistema da construção no Orçamento de 2025”.

    Referindo que “a União Europeia faz recorrentemente uma chantagem com a transferência de fundos de coesão do PRR e outros similares quando as disposições legislativas nacionais não são do seu agrado”, a OA  irá escrever aos eurodeputados portugueses para manifestar a sua oposição à acção da EUE no que concerne às políticas europeias que desvalorizam o sector dos serviços ligados à construção, particularmente no que diz respeito aos projectos de arquitectura.

    “Sabemos que a União Europeia só incentiva os Estados-Membros a aplicar taxas reduzidas de IVA de forma limitada a áreas essenciais como bens alimentares, serviços culturais, saúde, educação e habitação. No entanto, no contexto actual, a exclusão dos projectos de arquitectura e especialidades desta medida é incompreensível num sector que enfrenta uma crise com profundas repercussões sociais”, defendem os arquitectos.

    Chamando a atenção ainda para o problema crescente da “desregulação no sector dos serviços de arquitectura”, a OA relembra na mesma nota que “as políticas de matriz economicista tem obtido resultados negativos na arquitectura, bem visíveis desde 2008. Mas continuamos a assistir às consequências das políticas erradas que vão sendo seguidas. Para esse efeito recordamos os documentos públicos desde 2018 onde a OCDE e a Comissão Europeia defenderam que as normas de qualidade e segurança, obrigatórias na encomenda de serviço de arquitectura, deveriam ser abolidas já que os profissionais de arquitectura devem poder competir exclusivamente com base no preço. Tal abordagem, que consta do relatório OECD Competition Assessment – Self-Regulated Professions, desvaloriza a qualidade, a sustentabilidade e a especificidade dos serviços prestados, desiludindo profundamente os profissionais do sector.”

    “A Ordem dos Arquitectos considera lamentável que a União Europeia, que proclama os valores da sustentabilidade e descarbonização, aplique na prática uma legislação centrada apenas no preço e na concorrência sem regulação adequada. E que sempre que os Estados, em articulação com os agentes do sector procurem soluções de compromisso, as destrua, sem a flexibilização que aplica noutras áreas. Para a Ordem dos Arquitectos, este tipo de política vai contra o desígnio de uma Europa comprometida com o interesse público e o bem-estar das futuras gerações.”

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    CCB ‘revisita’ obra de Hestnes Ferreira

    Ciclo de visitas no âmbito da exposição Forma | Matéria | Luz acontece entre os dias 24 de Novembro a 15 de Março de 2025

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    No âmbito da exposição Hestnes Ferreira – Forma | Matéria | Luz, que decorre no CCB até 13 de Abril de 2025, está previsto um conjunto de visitas guiadas à exposição e a obras representativas da autoria deste arquitecto.

    Estas visitas, orientadas por arquitectos, proporcionam a oportunidade de aprofundar e expandir perspectivas sobre a obra de Hestnes Ferreira, promovendo diferentes vivências em cada edifício e prestando particular atenção à sua forma, matéria e luz. Embora de participação gratuita, requerem inscrição prévia.

    Neste sentido, a 24 de Novembro, integrado na programação dos 50 anos do 25 de Abril, irá decorrer a visita ao Bairro Fonsecas e Calçada, com orientação de Michel Toussaint, arquitecto e investigador do Centro de Investigação em Arquitetura, Urbanismo e Design.

    Já em 2025, a 11 de Janeiro, o arquitecto, director do Dinâmia’CET-ISCTE e curador da exposição, Paulo Tormenta Pinto, orienta a visita à Biblioteca de Marvila. Depois, a 22 de Fevereiro, está prevista a visita ao campus ISCTE, com orientação do vice-reitor da universidade, Bernardo Miranda.

    A última iniciativa acontece a 15 de Março, com a visita à casa de Albarraque. A orientação é de Luís Urbano, arquitecto e investigador.

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    Prémio Ammodo Architecture 2024 distingue projecto Outros Bairros em Cabo Verde

    A Ammodo Architecture divulga os primeiros vencedores do “Ammodo Architecture Award”, uma nova iniciativa anual que apoia a arquitectura social e ecologicamente responsável e os seus criadores em todo o mundo. São 23 os premiados e entre eles o projeto ISOB de Ângelo Lopes, Jakob Kling, Nuno Flores e Rita Rainho

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    A Ammodo Architecture divulga os primeiros vencedores do “Ammodo Architecture Award”, uma nova iniciativa anual que apoia a arquitectura social e ecologicamente responsável e os seus criadores em todo o mundo. São 23 os premiados, divididos em três categorias Arquitectura Social, Envolvimento Social e Escala Local.

    Em Cabo Verde, o projeto “International Seminar on Outros Bairros” (ISOB) de Ângelo Lopes, Jakob Kling, Nuno Flores e Rita Rainho (I2ADS – Universidade do Porto) foi distinguido na categoria Social Engagement do prémio AMMODO Architecture Award 2024.

    O prémio reforça o papel essencial e transformador da arquitectura na abordagem de desafios sociais e ambientais, conferindo visibilidade à comunidade global de arquitectura e a praticantes locais. A Ammodo Architecture prioriza o modo como os premiados estabelecem novos projectos e iniciativas para enfrentar desafios contemporâneos, com novas perspectivas e conhecimentos em arquitectura. Juntamente com o prémio, está a ser desenvolvida uma plataforma de conhecimento que visa tornar visíveis os projectos e fomentar a partilha de conhecimento – elemento central desta iniciativa será um arquivo digital em expansão.

    Os premiados foram seleccionados por um comité consultivo multidisciplinar global, presidido por Joumana El Zein Khoury, directora executiva da World Press Photo Foundation, incluindo: Andrés Jaque, arquitecto, reitor e professor na Columbia University GSAPP em Nova Iorque; Anupama Kundoo, arquitecta e professora na TU Berlin; Floris Alkemade, arquitecto e ex-arquitecto chefe do governo dos Países Baixos; e Mariam Issoufou, arquitecta e professora na ETH Zurich. A selecção de potenciais projectos foi organizada através de uma convocatória aberta e de uma equipa global de embaixadores regionais experientes.

    A distinção agora atribuída permitirá aos arquitectos e investigadores realizar a programação do International Seminar on Outros Bairros (ISOB), entre Janeiro de 2025 e Junho de 2026, que consistirá num concurso de práticas artísticas em espaço público, quatro workshops, um seminário internacional e uma exposição. Além disso, será organizado o arquivo digital da Iniciativa Outros Bairros (IOB) e do próprio ISOB. Desta forma o grupo de arquitectos e investigadores propõe uma reflexão sobre os territórios autoproduzidos existentes em Cabo Verde, a partir da experiência vivida enquanto membros em vários momentos da IOB, onde adoptaram uma abordagem do urbanismo relacional procurando a compreensão do modo de vida da população local.

    IOB foi realizada entre 2019 e 2022 em três zonas auto-produzidas na ilha de São Vicente, Cabo Verde. Foi uma acção financeiramente possível como iniciativa governamental associada ao Ministério das Infraestruturas, do Ordenamento do Território e Habitação do Governo de Cabo Verde MIOTH e acompanhada por um compromisso técnico e científico do Ministério do Ambiente e da Acção Climática do Governo de Portugal.

    Este novo projeto, apoiado pela Ammodo Architecture Award 2024, visa retomar e expandir, a partir de Cabo Verde, o debate sobre como actuar no território, considerando o actual processo planetário de urbanização.

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