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    “Vazio, Construção, Edifício e Ruína”: Os quatro estados que estruturam e desenham a cidade

    Cristina de Mendonça, Nuno Griff e Paulo Albuquerque Goinhas são o rosto do atelier Embaixada. Juntos estão a ‘desenhar’ os percursos da próxima Open House Lisboa, com data marcada para os dias 13 e 14 de Maio. Apresentar “as diferentes fases de vida dos edifícios” é o objectivo desta edição, que nos vai permitir conhecer não só as obras concluídas, mas também visitar outras ainda em fase de construção ou em estado de ruína

    Cidália Lopes
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    “Vazio, Construção, Edifício e Ruína”: Os quatro estados que estruturam e desenham a cidade

    Cristina de Mendonça, Nuno Griff e Paulo Albuquerque Goinhas são o rosto do atelier Embaixada. Juntos estão a ‘desenhar’ os percursos da próxima Open House Lisboa, com data marcada para os dias 13 e 14 de Maio. Apresentar “as diferentes fases de vida dos edifícios” é o objectivo desta edição, que nos vai permitir conhecer não só as obras concluídas, mas também visitar outras ainda em fase de construção ou em estado de ruína

    Cidália Lopes
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    Livre ou acompanhada, a 12ª edição da Open House propõe a visita a mais de 50 projectos onde, pela primeira vez, é dado a conhecer um outro lado da cidade, enquanto “entidade viva, com um antes e um depois”. Ou seja, é possível visitar edifícios que estão em pleno uso, como percorrer todo o seu ciclo de vida. Ao CONSTRUIR, os Embaixada fazem uma antevisão do que podemos encontrar.

    Qual a ideia subjacente ao conceito da edição deste ano?

    Paulo Albuquerque Goinhas (PAG) – A edição de 2023 propõe olhar para as arquitecturas que nos rodeiam enquanto entidades vivas, com um antes e depois. Poderemos visitar edifícios que estão em pleno uso, como percorrer todo o seu ciclo de vida, o Vazio, a Construção, o Edifício, a Ruína. Olhar para a cidade é olhar para cada um destes componentes, estas Matérias do Tempo, que nascem, habitam e morrem connosco. A cidade que recebemos e a cidade que legamos é feita desta diversidade de estados, mas muitas vezes não as vemos, não vemos os vazios, não vemos as ruínas, somos ligeiramente incomodados pelas construções, mas em todos estes momentos a cidade está a ser decidida. A vitalidade e qualidade de cada rua, de cada bairro depende desta coexistência de entidades vivas, todas são importantes, mas naturalmente que uma proporção errada pode destruir uma cidade.

    Cristina Mendonça (CM) – A cidade é antes de mais e acima de tudo espaço público. E, numa macro escala, são os edifícios nestes quatro estados de evolução, que a estruturam e desenham. Quisemos, nesta edição, chamar à atenção do quanto a construção ou não construção, impacta na definição da cidade.

    Enquanto “entidades vivas” e com diferentes “ciclos de vida”, o que nos podem dizer os edifícios? O que podemos aprender?

    Nuno Griff (NG) – A vitalidade urbana é feita da convivência dos diferentes momentos deste fluxo contínuo: Vazio, Construção, Edifício e Ruína. A construção também é tema da cidade e do projecto, é interessante ter a noção da importância da obra e do seu peso no conjunto. Por vezes existe uma tendência de afastamento entre o digital e o analógico, entre “quem desenha” e “quem constrói”, como se não trabalhássemos já todos com o mesmo tipo de ferramentas. Era importante retomar uma visão mais holística deste processo que aliás desperta sempre muita curiosidade a quem está mais próximo. Construir é um acto de arquitetura, com múltiplos intervenientes, públicos, privados, decisores políticos, gestores, investidores, projectistas, especialistas de cada arte da construção.
    Depois, também com as ruínas podemos aprender, podemos aprender a questionar. Na verdade, são uma oportunidade e uma chamada de atenção. Quando vemos vazios e ruínas na cidade, por vezes em áreas tão centrais, temos que nos perguntar porquê.
    Tem que existir uma grande ineficácia dos sistemas para estes casos se perpetuarem numa altura de enorme escassez, nomeadamente na habitação.
    Felizmente existem também exemplos positivos. Neste Open House podemos visitar um interessante processo de reabilitação de uma antiga Villa, a Vila Romão da Silva perto das Amoreiras, que a Câmara Municipal de Lisboa está a recuperar depois de décadas de ruína. É um interessante processo, um case-study em si só porque entre outras coisas consegue manter os moradores no local.

    CM – Outro case-study relevante, que também vai estar aberto a visitas, é a intervenção da SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana – CM Lisboa) em Entrecampos. Na Av. das Forças Armadas, existe agora uma grande intervenção municipal no âmbito da Habitação de Renda Acessível, constituída por cinco edifícios de habitação, um estacionamento subterrâneo e um jardim. Esta intervenção decorre da grande necessidade de resposta à escassez de habitação acessível sentida na cidade de Lisboa, e, sucede a um estudo profundo sobre tipologias deste tipo, com objectivo de ser implementado em diversas zonas da cidade. Este estudo foi realizado pela equipa da SRU e vários consultores especialistas, com coordenação da arquitecta Susana Rato e arquitectura paisagista de Victor Beiramar Diniz. Este processo acabou por dar origem ao projecto de um edifício piloto, o primeiro edifício deste programa que já está neste momento construído e habitado. Neste local existem ainda outras intervenções em curso de Site Specific, Focus Group, Atelier do Chiado ou Mech consultores.

    De que forma vai ser estruturada a visita? Que edifícios integram a visita e que novas sugestões foram apresentadas?

    PAG – O Open House é um programa muito completo com imensa variedade na sua forma e conteúdo. Será possível fazer as tradicionais visitas a espaços, como também estão disponíveis visitas pela cidade acompanhadas por especialistas. Em 2023, no programa paralelo temos quatro percursos Urbanos e um novo passeio sonoro, pela frase da Anabela Mota Ribeiro, e os já tradicionais programas Júnior e eventos Plus, proporcionados por alguns dos espaços que abrem portas. É, ainda, de frisar que, tal como nas edições mais recentes, este é um evento inclusivo que permite visitas sensoriais adaptadas a pessoas cegas ou com baixa visão ou com deficiência cognitiva. Teremos ainda uma visita com intérprete de Língua Gestual Portuguesa. Basta consultar o mapa.
    A única dificuldade que os visitantes vão encontrar, é escolher neste fim de semana tão intenso as suas preferências. Nós aconselhamos a fazer antecipadamente um guia personalizado. No site openhouselisboa.com existe a funcionalidade de seleccionar favoritos que pode partilhar entre amigos e o seio familiar.

    De que forma o percurso e influências do atelier foram determinantes para a escolha do tema deste ano?

    NG – Foram efectivamente. No início do processo penso que não nos apercebemos disso mas com o decorrer do tempo e os múltiplos contactos e a partilha com toda a gente envolvida, é agora mais claro que sim. Diria que existem dois momentos muitíssimo distintos mas complementares. Um primeiro momento que é resultado do dia a dia prático do escritório na sua vertente do desenho, EMBAIXADA, cada vez mais atormentado pelo tempo que as coisas demoram, pela forma como a regulamentação é concebida e aplicada e pela morosidade dos sistemas. Ver o tempo a dilatar, com todo o desperdício de recursos e oportunidades que isso implica. A facilidade com que se bloqueia, a dificuldade de dialogar em prol dos objectivos comuns da cidade. A passagem do tempo ser muito visível e tornar-se um forte constrangimento nos projectos tornou o Tempo um tema.
    Um segundo momento, próprio da própria ideia da investigação que fazemos, o UNLEASH, que olha para as coisas de fora do projecto. Temos uma concepção do corpo de trabalho como um triângulo que liga em circuito, o Projecto a Construção e o Edifício em Uso, a ideia de que o trabalho do arquitecto se cumpre nesta tríade e precisa de enormes qualidades nestes três sistemas interligados. Estando desde logo habituados a olhar e reflectir sobre os edifícios num antes e num depois, acho que foi muito natural querer partilhar isso.

    CM – Uma das vertentes de estudo do atelier é a inter-relação entre espaço público e privado, espaço interior e exterior e gradações entre espaços que, no mesmo âmbito, têm características e dinâmicas distintas. Interessa-nos questionar desenhos de cidade em que esta linha ténue é contaminada nas diferentes direcções.

    Além da componente do edificado, de que forma o conceito apresentado se relaciona com os espaços públicos e o rio?

    PAG – Na verdade, é nossa ambição que o centro desta edição seja a Lisboa em si mesma. Esta estratégia de olhar para as suas diferentes componentes serve para sermos ambiciosos a desejar cidades possíveis construídas sobre esta, serve para imaginar desenvolvimentos possíveis a partir desta base, sem revolução, com visão e optimismo.
    Não existe maior sustentabilidade do que a renovação cíclica do uso que damos à arquitectura que habitamos colectivamente ao longo de séculos. Esta generosa cadeia de gerações transforma, repara e amplia, acrescentando aos lugares novas camadas de tempo e materiais. Bairro a bairro, rua a rua, cada parte contribui para um corpo em constante mutação a que chamamos cidade.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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    fotografia de Ana Barros

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    Arte urbana com assinatura portuguesa transforma Praça Dome em Riga

    A instalação de arte urbana foi desenhada e construída pelo escritório de arquitectura Hori-zonte, em colaboração com outras equipas, em resultado de um concurso internacional promovido pelo município de Riga

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    A Praça Dome, a maior e mais icónica praça da Cidade Velha de Riga, capital da Letónia, é até ao final do mês de Setembro o lar de “Dome Next Door”. A instalação de arte urbana, que convida os residentes e visitantes a mergulhar numa mistura de história, cultura e comunidade, foi desenhada e construída pelo escritório de arquitectura português Hori-zonte, em colaboração com outras equipas, em resultado de um concurso internacional promovido pelo município de Riga.

    Além de Diogo Teixeira, do Hori-zonte, o projecto contou com a participação de Jurgis Gečys, arquitecto e artista interdisciplinar baseado em Viena, Toms Kampars, arquitecto e designer multidisciplinar que se dedica a estruturas de madeira e sistemas modulares e Artis Neilands, gestor de construção de Riga com uma vasta experiência na criação, desenvolvimento e gestão de empresas.

    “Dome Next Door” não é apenas uma instalação, é uma experiência interativa inspirada no património arquitectónico de Riga. Com referências às abóbadas medievais, à cúpula da catedral e a geometria impressionante das janelas em arco e das fachadas históricas, este projecto reimagina o passado através de uma lente contemporânea.

    Situada na junção de sete ruas históricas, no centro de uma zona classificada como Património Mundial da UNESCO, a Praça Dome sempre foi uma encruzilhada de cultura e história. “Dome Next Door” amplifica este facto, transformando a praça num vibrante centro social onde pessoas de diversas culturas e origens diversas podem ligar-se e tornar-se parte da arte.

    “À medida que os visitantes participam, dão vida à instalação, transformando o espaço numa entidade viva e respirável, onde o antigo colide com o novo, convidando todos a relaxar, a descontrair, a envolver-se e a dar largas à imaginação neste espaço público”, destaca o atelier.

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    Grupo Preceram patrocina exposição “Mais do que Casas: Como vamos habitar em Abril 2074?”

    Com inauguração a 27 de setembro de 2024, esta exposição patrocinada pelo Grupo Preceram vai estar patente no MUDE – Museu do Design até 19 de janeiro de 2025.

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    Com inauguração a 27 de setembro de 2024, esta exposição patrocinada pelo Grupo Preceram vai estar patente no MUDE – Museu do Design até 19 de janeiro de 2025.

    “Mais do que Casas: Como vamos habitar em Abril 2074?”, com curadoria dos arquitetos Teresa Novais e Luís Tavares Pereira, é uma exposição que decorre de um programa mais vasto que a FAUP promoveu para celebrar os 50 anos da Revolução de abril de 1974, criando um espaço de união e debate entre estudantes e docentes das instituições de ensino superior de Arquitectura, Arquitectura Paisagista e Belas Artes de Portugal.

    Tomando como ponto de partida a inquietação sobre o problema da habitação que hoje se vive, “Mais do que Casas” propõe uma reflexão crítica sobre três princípios fundamentais: a diversidade do tecido social como norma e a inevitabilidade da transformação urbana para garantir o “direito à cidade”, a consciência de que as melhores e novas ideias em arquitectura devem e podem operar esta transformação e a lembrança da energia irradiante e transformadora do 25 de Abril de 1974 para nortear as ações de hoje e do futuro.

    Para formalizar a construção da exposição, os materiais elegidos foram o tijolo térmico PRO da Preceram e as placas de gesso Gyptec Protect.

    O tijolo térmico PRO é capaz de representar simultaneamente um material de construção universal e também o desejo de avanço tecnológico (pela inovação na térmica); a cor laranja e a imagem da identidade gráfica “mais do que casas”, expressa na sua matéria mas também no desenho técnico do seu “perfil” construtivo, uma estratégia de sustentabilidade, baseada nos princípios da economia circular, pela utilização de um produto que, após a sua utilização na exposição, integrará o seu ciclo normal de vida, almejando reduzir a criação de desperdícios na conceção/construção de um evento efémero.

    Já as placas Protect além de serem um material de construção prático e eficaz, neste espaço serviram uma finalidade estética devido à sua cor, criando uma superfície de destaque para os trabalhos.

    O desenho expositivo foi concebido por Diogo Aguiar Studio, que criou então, no segundo piso do renovado MUDE, uma grande linha com cerca de 50 metros de comprimento e vários núcleos que agregam o conjunto das cerca de 60 propostas de trabalho, formados a partir de tijolo térmico PRO Preceram, um material que, segundo o arquiteto, “expressa a ideia de unidade e conjunto, de (re)começo, de jogo, de possibilidade, de laboratório e de abrigo, e, por isso mesmo, do direito à casa e à liberdade”.

    A exposição conta, ainda, com um programa paralelo que irá desenvolver-se ao longo da sua abertura ao público, incluindo visitas orientadas pelos curadores e convidados, apresentações e debates que irão decorrer no auditório do Museu ou num espaço contíguo à própria mostra.

     

    Data: De 28 setembro 2024 a 19 janeiro 2025

    Inauguração: 27 de setembro às 19h

    Organização: [Conselho Executivo da FAUP]: João Pedro Xavier, Teresa Calix, Clara Pimenta do Vale, Filipa de Castro Guerreiro, José Pedro Sousa

    Curadoria: Teresa Novais e Luís Tavares Pereira

    Design Expositivo: Diogo Aguiar

    Design de Comunicação: José Carneiro e Ana Leite

    Mais informações sobre a exposição em: https://maisdoquecasas.arq.up.pt/

     

     

     

     

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    Architect Your Home anuncia rebranding de forma a “comunicar” com o mercado B2B

     O novo Architect Your Home nasce do trabalho de pesquisa desenvolvido pela Marquinista (Patrícia Soares da Costa) e de criatividade conceptual e gráfica da dupla da agência Graficalismo (Sebastião Teixeira e Cesária Martins)

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    A Architect Your Home tem, a partir de outubro, imagem renovada que espelha um novo posicionamento no mercado. Esta decisão surge depois de, em 2023, a Architect Your Home Limited UK ter sido adquirida por Mariana Morgado Pedroso, hoje owner e CEO da empresa em Portugal. Desta forma, a operação da marca é, agora, gerida a partir de Paço de Arcos, na sua sede no Oeiras Valley.

    Após a aquisição, sentiu-se necessidade de promover um rebranding, de forma a direccionar a comunicação também para o mercado B2B, entretanto desenvolvido nos últimos 12 anos em Portugal.

    “Este foi um passo importante para a consolidação da marca. Mais do que apenas o potencial de investimento na compra da casa mãe, o que ditou a decisão de avançar com a aquisição foi a mais-valia de trazer para o nosso país a sede da empresa, o que permitiu uma gestão portuguesa estratégica alavancando as decisões essenciais para o processo de expansão para outros países”, afirma Mariana Morgado Pedroso, CEO e owner da AYH.

    A história da marca em Portugal, ao longo dos anos, ditou que a área de actuação fosse mais abrangente do que apenas o mercado residencial doméstico, com a expansão para a área da promoção imobiliária e colaboração com os maiores players do mercado, posicionamento esse que se pretende expandir às restantes geografias onde a marca actua.

    O novo Architect Your Home nasce do trabalho de pesquisa desenvolvido pela Marquinista (Patrícia Soares da Costa) e de criatividade conceptual e gráfica da dupla da agência Graficalismo (Sebastião Teixeira e Cesária Martins).

    “Um rebranding é muito mais do que mudar a imagem de uma marca; é uma oportunidade para redescobrir a sua essência e o seu verdadeiro ethos. Ao revisitar o percurso da Architect Your Home, em vez de encontrarmos uma resposta, surgiu uma pergunta: What is a Home? Ao olhar para o seu corpo de trabalho, tornou-se evidente que a resposta é que todos os espaços em que vivemos, podem partir do conceito de casa. Mesmo que esta casa seja um hotel, um restaurante, um escritório… Esse é o grande elemento diferenciador desta marca, especialista em desenhar o futuro dos espaços “habitacionais” no seu sentido mais lato.”, como explica Cesária Martins, da Graficalismo.

    A marca está presente em Portugal desde 2012 e, com a mais recente aquisição, juntou ao seu portfolio nacional de doze ateliers trinta e cinco arquitectos e mais de 200 projectos activos, todas as iniciativas da antiga casa mãe, ou seja, toda a operação que decorre no Reino Unido, com as suas dez equipas associadas e centenas de projectos em curso.

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    MUDE acolhe exposição “Mais do que Casas: Como vamos habitar em Abril 2074?”

    Com inauguração a 27 de Setembro de 2024, a exposição vai estar patente até 19 de Janeiro de 2025. A exposição organizada pela FAUP, em parceria com o MUDE, resulta de um encontro iniciado em Abril de 2023, no âmbito do programa para celebrar os 50 Anos do 25 de Abril de 1974

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    “Mais do que Casas: Como vamos habitar em Abril 2074?”, com curadoria dos arquitectos Teresa Novais e Luís Tavares Pereira, é uma exposição que decorre de um programa mais vasto que a FAUP promoveu para celebrar os 50 anos da Revolução de abril de 1974, criando um espaço de união e debate entre estudantes e docentes das instituições de ensino superior de Arquitectura, Arquitectura Paisagista e Belas Artes de Portugal.

    Com inauguração a 27 de Setembro de 2024, a exposição vai estar no piso 2 do Museu do Design (MUDE) em Lisboa, prolongando-se até 19 de Janeiro de 2025.

    O MUDE acolhe esta iniciativa, nas palavras de Bárbara Coutinho, directora do Museu, pela “relevância do tema, as questões lançadas e, principalmente, a metodologia colaborativa entre as várias faculdades”, mas também porque (continuando a citar) “É fundamental que a perspectiva do design como disciplina projectual, em estreita relação com as outras disciplinas de projecto e saberes, em especial a arquitectura, deva fazer parte do debate e das questões estruturantes sobre os problemas centrais da actualidade, contribuindo, assim, para o seu conhecimento, disseminação e partilha com o público, gerando intercâmbios intergeracionais e multiculturais que permitam um desenvolvimento sustentável”.

    Tomando como ponto de partida a inquietação sobre o problema da habitação que hoje se vive, “Mais do que Casas” propõe uma reflexão crítica sobre três princípios fundamentais: a diversidade do tecido social como norma e a inevitabilidade da transformação urbana para garantir o “direito à cidade”, a consciência de que as melhores e novas ideias em arquitectura devem e podem operar esta transformação e a lembrança da energia irradiante e transformadora do 25 de Abril de 1974 para nortear as acções de hoje e do futuro.

    A exposição organiza-se em torno de oito núcleos, correspondentes a oito questões: Como pensar a cidade inclusiva? Como habitar territórios de baixa densidade? Como desbloquear inovação de modelos de habitação? Como dar resposta à crise da habitação? Como promover habitação sustentável? Como aplicar a participação dos cidadãos? Como adaptar a cidade às alterações climáticas? Como operacionalizar os avanços tecnológicos?

    Para os curadores, “nem sempre as respostas a estas questões se fazem olhando apenas para a frente”, sublinhando que é “importante retirar ensinamentos de processos anteriores”. É nesse contexto que a exposição destaca também três obras públicas do período pós-revolução como exemplos de superação do problema da habitação: Casal das Figueiras, de Gonçalo Byrne, em Setúbal (312 habitações construídas, 1975-79), Quinta da Malagueira, de Álvaro Siza, em Évora (1100 habitações, 1977-98), e Edifício das Lameiras de Noé Diniz, em Famalicão (290 habitações, 1978-83). As três obras correspondem a modelos de futuro que importa recuperar como objecto de reflexão para as actuais e futuras políticas de habitação.

    O desenho expositivo foi concebido por Diogo Aguiar Studio, que criou, no segundo piso do renovado MUDE, uma grande linha com cerca de 50 metros de comprimento e vários núcleos que agregam o conjunto das cerca de 60 propostas de trabalho, formados a partir de tijolo, um material que será reutilizado posteriormente e que, segundo o arquitecto, “expressa a ideia de unidade e conjunto, de (re)começo, de jogo, de possibilidade, de laboratório e de abrigo, e, por isso mesmo, do direito à casa e à liberdade”.

    A exposição conta, ainda, com um programa paralelo que irá desenvolver-se ao longo da sua abertura ao público, incluindo visitas orientadas pelos curadores e convidados, apresentações e debates que irão decorrer no auditório do Museu ou num espaço contíguo à própria mostra.

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    Incêndios: Ordem dos Arquitectos manifesta solidariedade e apela a melhor cultura de ordenamento do território

    Ordem dos Arquitectos manifesta a sua solidariedade com as famílias e populações afectadas pelos grandes incêndios que assolam o país e sublinha a necessidade de renovar, já este ano, a Política Nacional de Arquitectura e Paisagem, PNAP

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    Em comunicado enviado às redacções a Ordem dos Arquitectos manifesta a sua solidariedade com as famílias e populações afectadas pelos grandes incêndios que assolam o país e, publicamente, louva “o sacrifício incansável dos bombeiros e de todos aqueles que combatem  as chamas, minimizando o sofrimento que é provocado pelo fogo”.

    De acordo com a OE “estes acontecimentos demonstram, infelizmente, que ainda temos de melhorar a cultura de ordenamento do território no nosso país, pelo que apelamos aos decisores políticos para medidas que alterem, de forma estrutural, os fundamentos em que se baseiam os procedimentos em vigor, na gestão do solo”.

    Segundo esta entidade os diferentes instrumentos jurídicos, como sejam a Lei de Bases Gerais da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo, e conexos, “requerem uma transformação conceptual e  melhoramentos estruturais, ao invés de ajustes circunstanciais”.

    “À semelhança do trabalho desenvolvido após os incêndios de 2017, no cumprimento da missão de serviço público, os Arquitectos estarão do lado das soluções. Deste modo, em todos os fóruns onde estamos representados, nomeadamente no Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, defenderemos que a PNAP – Política Nacional de Arquitectura e Paisagem, aprovada por Resolução de Conselho de Ministros n.º 45/2015, de 4 de Julho, seja, já neste ano de 2024 significativamente renovada, com um incremento em âmbito e competências para que contribua para uma verdadeira reforma no ordenamento do território”, adianta a nota assinada Conselho Directivo Nacional, da OA.

     

     

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    Retrato da dupla Branco del Rio © Frederico Martinho

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    Ciclo de Tertúlias Conversas et al. arranca na Trienal de Lisboa (actualizada)

    Ateliers emergentes de Coimbra, Lisboa, Porto e São Miguel compõem quatro conversas sobre novas abordagens em arquitectura, em diálogo com o público, com data marcada para os dias 3, 17 e 31 de Outubro

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    (Nota: Por motivos alheios à organização não se irá realizar a primeira sessão, dia 19 de Setembro, cuja nova data ainda não está definida)

    Ateliers emergentes de Coimbra, Lisboa, Porto e São Miguel compõem quatro conversas sobre novas abordagens em arquitectura, em diálogo com o público, num formato intimista sem apresentações ou moderação. Na primeira pessoa, fala-se com abertura e humor do que distingue estas práticas e partilham-se alternativas pragmáticas ao panorama actual de reduzidas encomendas e elevadas expectativas. As tertúlias têm lugar no Palácio Sinel de Cordes, em Lisboa, sempre às 18h30.

    Já esta quinta-feira, dia 19 de Setembro, pelas 18h30, temos a dupla Merooficina e a artista Susana Gaudêncio, com o tema ‘Motivos Indeterminados’. Este atelier encontra as razões de ser dos seus projectos no ensino, na investigação e na experimentação com diferentes conhecimentos que cada obra traz.

    A arquitectura é o ponto de partida para visitar outros saberes, da física das construções às ciências sociais, e encontrar tranquilidade nas decisões tomadas. Alguns sensores, uma caneta e um pedaço de mármore são os artefactos que introduzem o debate sobre as muitas formas de aprendizagem, pretexto indeterminado das formas que se desenha.

    Depois, a 3 de Outubro, também às 18h30, os Mezzo Atelier e o curador Jesse James, trazem-nos ‘Bagagem Cultural’. Uma mala de viagem em madeira de criptoméria, criada para uma caminhada performativa em São Miguel, dá o mote à conversa. Este objecto simbólico introduz os vários projectos que o atelier tem vindo a desenvolver há mais de uma década com a organização do festival de arte açoriano Walk&Talk, para reflectir sobre a relação entre arquitectura e espaço público, as comunidades, a arte e a programação cultural.

    Branco del Rio e Nuno Pereira trazem-nos, a 17 de Outubro à conversa ‘A Ficção como Plataforma’. Não tendo forma física, a plataforma digital Idealista é um objecto de software, de negócio, de estudo e jurídico. Agregador de enormes quantidades de informação em constante actualização, afirmou-se como território comum a quem participa no mercado imobiliário. Quer se invista, seja especialista, dê aconselhamento técnico, compre, ou simplesmente tenha curiosidade, quem usa esta ferramenta cria a sua própria visão do mundo. A distância à realidade material distorce a percepção do que se vê e faz emergir outras possibilidades.

    A última tertúlia acontece a 31 de Outubro e reúne os KWY.studio e o designer Manuel Amaral Netto. ‘Princípio, Meio e Fim’ mostra a relação entre a arquitectura, arte e design, com o KWY.studio a revelar os diferentes papéis que desempenha. Um exemplo análogo é o do seu convidado, um designer que reinventa a função das suas peças com composições inusitadas.

    Nesta conversa abordam-se diferentes modos de colaboração, o que são decisões intuitivas ou racionais, quais os desafios de levar um projecto do início ao fim e de como processo e método estão em constante adaptação.

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    Especialistas reúnem-se em Faro para discutir novos usos das açoteias e dos telhados

    Nos dias 3 e 4 de Outubro, o Congresso European Creative Rooftop Network, recebe arquitectos, designers, investigadores, economistas, consultores de planeamento urbano, decisores municipais e artistas para debaterem o potencial dos telhados em nome da sustentabilidade urbana e criar pólos de biodiversidade

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    São nove os parceiros europeus oriundos de Portugal, Alemanha, Bélgica, Chipre, Espanha, França, Holanda, Irlanda e Suécia, que depois de quatro anos a colaborar no projecto Europa Criativa, se reúnem agora num congresso que tem a sustentabilidade urbana da Europa como tema principal.

    Explorar o potencial das açoteias ou telhados, espaços amplos e inexplorados na maioria das cidades, é o objectivo do Congresso ECRN, no qual arquitectos, designers, investigadores, economistas, consultores de planeamento urbano, decisores municipais e artistas vão partilhar ideias com o público, nos dias 3 e 4 de Outubro. O evento, inteiramente em inglês, realiza-se na Fábrica da Cerveja, em Faro, e a entrada é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia e limitada aos lugares disponíveis.

    Os desafios climáticos e sociais que se avizinham nas próximas décadas podem ser minimizados com pequenos gestos e soluções criativas que passam pelo aproveitamento dos telhados, seja na criação de hortas e jardins, seja na divulgação cultural ou na aposta em espaços de trabalho e multifuncionais. Alguns exemplos de práticas levadas a cabo e o seu impacto na comunidade local serão apresentados. E, com os olhos no futuro, vão discutir-se ideias criativas para transformar os roofscapes europeus em pólos de biodiversidade.

    Participam, entre outros, o especialista em sustentabilidade urbana, Eytan Levi (França), que vai apresentar “O plano para transformar telhados de zinco de Paris em jardins”; Léon Van Geest, o director do Rotterdamse Dakendagen, o Festival de Rooftops de Roterdão que, em 2019, recebeu cerca de 22 mil visitantes em 65 telhados; a representante do projecto PAKT, na Antuérpia, Adje van Oekelen, que transformou um telhado industrial num espaço dedicado à agricultura biológica que envolve a comunidade local e em espaços de coworking e áreas sociais; o artista Larsen Bervoets, que pintou mais de 6 mil metros quadrados de telhados em seis cidades – Faro, Roterdão, Nicósia, Amesterdão, Antuérpia e Gotemburgo –, em 2023, envolvendo ativamente os moradores e as comunidades locais.

    De Portugal, Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, vai debater o papel do poder local na criação de novos paradigmas ambientais e económicos, enquanto a coreógrafa e intérprete de dança contemporânea Carolina Cantinho fala da residência artística em que participou na Antuérpia, no âmbito do ECRN.

    Durante os dois dias do evento, vão decorrer mesas redondas, palestras, apresentações de projectos e oportunidades de networking.

    No âmbito do evento, estão previstas visitas guiadas que, com o tema “Descobrir o Potencial dos Rooftops em Faro”, irão dar a conhecer o património histórico e a arquitectura de um ponto de vista diferente, e, ao cair da noite, algumas açoteias da capital do Algarve vão ser o palco de momentos culturais. Há, aind,a três exposições para visitar sobre os projectos da ECRN, as cidades aderentes e os parceiros e a Nomad Academy ECRN, que desafiou nove estudantes ou jovens profissionais a desenvolver projectos originais para a utilização dos telhados em paisagens urbanas europeias, que são agora revelados ao público.

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    Traçado Regulador cria projecto para nova moradia em Santo Amaro de Oeiras

    No centro de Santo Amaro de Oeiras, e completamente integrada no ambiente e vegetação naturais que circundam a propriedade, esta moradia com dois andares com vista de mar insere-se num lote com 1.000 m2, sendo que a área de construção total se fixa nos 600 m2

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    A Traçado Regulador desenvolveu um novo projecto para uma moradia de luxo, em Santo Amaro de Oeiras, cuja construção começará muito em breve. No centro de Santo Amaro de Oeiras, e completamente integrada no ambiente e vegetação naturais que circundam a propriedade, esta moradia com dois andares com vista de mar insere-se num lote com 1.000 m2, sendo que a área de construção total se fixa nos 600 m2.

    Com 4 suites, espaços amplos e repletos de luz natural, 6 lugares de estacionamento aberto e fechado, havendo uma entrada privilegiada pela cave, esta moradia destaca-se pela luz que irradia, inspirando uma vivência tranquila e plena no meio da natureza verdejante e intensa de Santo Amaro.

    A piscina infinity é mais um elemento a destacar neste imóvel que se adapta à morfologia do terreno numa composição que privilegia a vista a Sul, permitindo que todas as divisões previligiem de vista de mar. No exterior predominam o branco e a madeira, numa estreita relação com a envolvente natural e construída. As várias zonas de estar exteriores, complementam os espaços interiores, de uma forma harmoniosa e convidativa.

    “Trata-se de mais um projecto com a assinatura da Traçado, onde privilegiamos uma linguagem contemporânea, que obedece a um criterioso jogo de transparências, cheios e vazios, luz e sombra, que dá vida a um espaço funcional amplo que se caracteriza pelas suas áreas muito generosas, onde se destacam a master suite com 68 m2 e a sala com 109 m2”, afirma João de Sousa Rodolfo, arquiteto e CEO da Traçado Regulador.

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    Gulbenkian: Novo Centro de Arte Moderna abre portas a 21 de Setembro

    O programa da inauguração reflecte o novo CAM, que ganhou cerca de 900 m2 de novas áreas expositivas, como um espaço aberto à comunidade e uma programação de live arts, com nomes internacionais e nacionais que marcam a cena artística

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    Exposições, performances, música, conversas, maratonas fotográficas, oficinas, e outras iniciativas de entrada livre vão marcar a festa de abertura do novo Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Calouste Gulbenkian, após uma ampla renovação projectada pelo arquitecto Kengo Kuma, em harmonia com o novo jardim desenhado pelo paisagista Vladimir Djurovic.

    O programa reflecte o novo CAM como um espaço multidisciplinar     aberto à comunidade, apresentando várias exposições em simultâneo — o edifício ganhou cerca de 900 m2 de novas áreas expositivas— e uma programação de live arts, com nomes internacionais e nacionais que marcam a cena artística contemporânea. Haverá também actividades e visitas para dar a conhecer os novos espaços, as exposições e as obras da colecção.

    Em 2005, a Fundação Gulbenkian adquiriu dois hectares de jardim contíguos ao seu amplo parque desenhado, no final da década de 1960, por Gonçalo Ribeiro Telles e António Viana Barreto. Em 2019, abriu um concurso internacional, por convite, para a apresentação de projectos que repensassem a relação do edifício do CAM com o novo jardim, dotando-o de novas valências e de um reposicionamento mais central desta área a Sul com uma nova entrada na Rua Marquês de Fronteira.

    Inspirado no conceito de Engawa, um elemento da arquitectura tradicional japonesa que estabelece uma harmoniosa ligação entre o interior e o exterior, Kengo Kuma, um dos mais notáveis arquitectos da atualidade, foi o vencedor do concurso.

    Kuma recriou o edifício original de betão do CAM, inaugurado em 1983, da autoria do arquitecto britânico Leslie Martin, aumentando a transparência a sul e acrescentando-lhe uma impressiva pala de 100 metros de comprimento, com uma cobertura de 3.274 telhas de cerâmica brancas, produzidas em Portugal.

    Trabalhando em estreita colaboração com Kuma, Djurovic criou uma “mata urbana”, definindo uma nova frente paisagística da Fundação Gulbenkian, a Sul, com um elevado índice de biodiversidade, criando habitats para a vida selvagem e estabelecendo uma transição subtil, muito natural, com o jardim original.

    No conjunto das iniciativas, Leonor Antunes é a artista em destaque, apresentando uma impressiva instalação escultórica intitulada da desigualdade constante dos dias de leonor* (21 Setembro 2024 — 17 Fevereiro 2025), que ocupa todo o espaço da Nave e que é apresentada em diálogo com um conjunto de obras da colecção do CAM, escolhidas pela artista.

    A exposição Linha de Maré inaugura a nova Galeria da Colecção, dando a ver um importante conjunto de obras que questiona a relação do ser humano com o mundo natural, desde o final do século XIX até aos dias de hoje.

    O Espaço Engawa — que o novo projecto arquitectónico transformou num lugar com luz natural que entra pelas novas janelas sobre o jardim — vai acolher O Calígrafo Ocidental (21 Setembro — 20 Janeiro 2025), uma mostra que revela a relação do artista Fernando Lemos com o Japão.

    Serão ainda apresentadas várias exposições enquadradas na Temporada de Arte Contemporânea Japonesa, iniciativa lançada no ano passado para celebrar os 40 anos do CAM e o novo edifício, que foi buscar o título Engawa ao projecto de Kengo Kuma. Go Watanabe apresenta uma obra site-specific M5A5 (21 Setembro — 04 Novembro 2024), e Chikako Yamashiro terá a partir de Novembro a exposição Song of the Land (29 Novembro — 13 Janeiro 2025). Yasuhiro Morinaga inaugura a nova Sala de Som, com a instalação inédita The Voice of Inconstant Savage (21 Setembro — 13 Janeiro 2025), uma encomenda do CAM ao artista.

    No átrio do CAM, estará instalada uma sala de vídeo itinerante — a H BOX — concebida pelo artista luso-francês Didier Faustino, onde o público terá acesso a um conjunto de vídeos de artistas internacionais, tais como Rosa Barba e Cao Fei, entre outros.

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    Documentário ‘Body-Buildings’ passa na Saraiva + Associados

    A obra conceptual que tem por base a relação da arquitectura com o corpo, através de seis coreografias para seis obras de arquitectura, em seis locais de Portugal, é exibido a 18 de Setembro

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    No dia 18 de Setembro, próxima quarta-feira, o atelier de arquitectura Saraiva + Associados exibe, no auditório da S+Academy, o premiado filme-documentário, “Body-Buildings”, uma obra conceptual que tem por base a relação da arquitectura com o corpo.

    ‘Body-Buildings’ reúne dança, arquitectura e cinema, misturando identidades e conceitos. Seis coreografias para seis obras de arquitectura, em seis locais de Portugal, onde se destaca o trabalho de alguns dos maiores coreógrafos portugueses: Olga Roriz, Vera Mantero, Paulo Ribeiro, Tânia Carvalho, Victor Hugo Pontes, Jonas&Lander.

    Um filme realizado por Henrique Câmara Pina e produzido pelo cineasta e pelos dois convidados: Maria João Soares e João Miguel Duarte, arquitectos, professores e investigadores que, no final da sessão, irão partilhar e debater este projecto, amplamente reconhecido pela sua originalidade e criatividade.

    A participação é gratuita, mas mediante a inscrição.

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