“A nível ibérico queremos chegar até aos 19% de volume de negócios”
Rui Campos, responsável pelo mercado ibérico da AkzoNobel, empresa fabricante de tintas, revestimentos e especialidades químicas, falou ao Construir sobre a expansão do seu negócio no mercado português e os planos de futuro relativamente à sua estratégia. Crescer em volume de negócios e facturação, com uma aposta foprte em novos segmentos e o foco na sustentabilidade é a estratégia

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A empresa, que já actuava nos mesmos canais e segmentos que a Titan, viu reforçada esta dinâmica a nível ibérico com a aquisição da empresa. Com um plano para atingir os 25 M€ de facturação em 2025, a Akzonobel espera chegar ao mercado da construção civil através dos seus parceiros, reforçar a presença nas tintas decorativas e apostar no segmento de madeira.
A AkzoNobel está há relativamente pouco tempo em Portugal. Como analisam o mercado nacional e em que sectores actuam preferencialmente?
A aquisição da Titan reforçou a presença da Akzonobel em Portugal, não só pela história da marca neste mercado, mas também pela similaridade estratégica. Antes desta operação, a Akzonobel já actuava no mercado português, nos mesmos canais e segmentos que a Titan, pelo que a integração veio reforçar esta dinâmica. De resto, o mercado português é bastante importante para a companhia e daí a nossa forte aposta no País. Portugal é um mercado fortemente profissional, com enorme interesse por novas soluções e novos produtos e onde essencialmente se procura pintar bem, com qualidade e sentido de solução.
Esta aposta insere-se numa estratégia mais alargada para reforçar a presença a nível ibérico. Que medidas/acções estão previstas para se tornar na referência que pretendem?
A operação de aquisição da Titan teve um impacto forte na Península Ibérica. Com esta aquisição, a posição de liderança da Akzonobel na Península Ibérica saiu também reforçada.
Ainda assim, temos consciência de que existem canais e segmentos onde é possível melhorar. No caso específico de Portugal, temos em marcha um forte investimento nas nossas marcas, com o objectivo de nos tornarmos a empresa independente número um do mercado. Isto significa que queremos chegar ao mercado da construção civil através dos nossos parceiros, e não de forma directa.
Por outro lado, activamos um ambicioso plano de expansão distributiva que visa conquistar novos clientes, com particular incidência nos especialistas de pintura. No canal moderno, a intenção é reforçar a nossa presença nas tintas decorativas e apostar fortemente no segmento de madeira.
Tendo em conta o aumento dos custos de construção e das matérias-primas, que tem sido impactante para as empresas e fornecedores, esta poderá ser uma situação que poderá influenciar na tomada de decisões do Grupo ou até na estratégia a seguir?
Os factores externos que indica, assim como outros, têm exercido forte pressão na nossa actividade porque provocam incerteza e obrigam a uma redefinição permanente dos nossos planos de acção. Ainda assim, não está prevista qualquer alteração crítica ao plano estratégico que está definido. Viemos para ficar, e esperamos que por muito tempo, e com a intenção clara de ser um player importante no mercado.
Neste sentido, qual o peso que o mercado português terá em 2023 no conjunto global da empresa?
A Akzonobel, e em concreto a área de negócio de pintura decorativa, onde estamos inseridos, tem um volume de negócios de cerca de 3,6 mil milhões de euros. Nesta perspectiva, o nosso peso é bastante baixo.
Em termos ibéricos, contribuímos com cerca de 15% do total do volume de negócios. O plano em marcha deverá fazer subir este peso até aos 19%, tendo em consideração também a expansão prevista para Espanha.
E qual o volume de facturação esperado? Estes números dizem respeito apenas a Portugal ou incluem também Espanha?
O nosso plano é atingir os 25 milhões de euros, em 2025, em Portugal.
Preparam-se para alargar as vossas novas instalações. Além da presença na região Norte, ponderam fixar-se noutro ponto do País?
Nós já estamos presentes em todo País, incluindo os arquipélagos dos Açores e da Madeira, através dos nossos parceiros e distribuidores. Quanto às nossas instalações, de facto estamos num período de mudança e vamos concentrar os nossos serviços na Lionesa Business Hub. É mais uma prova da forte aposta da empresa no País e uma decisão que visa dotar os nossos colaboradores de melhores condições de trabalho, num ambiente que é bastante motivador e inspirador.
São condições que julgamos necessárias para ajudar a pôr em prática todo o talento que a equipa tem. No imediato não temos qualquer plano para nos instalarmos directamente em outras zonas do País.
Da vossa estratégia faz parte a aquisição de mais empresas do sector de forma a alargar o vosso espectro de acção?
Uma empresa como a nossa, que actua num mercado maduro, dependente de ciclos económicos positivos e que vive um momento de forte aumento de custos, está sempre atenta a boas oportunidades de mercado. Faz parte da nossa natureza. Mais do que um tema estratégico, é uma obrigação da Akzonobel estar aberta à integração de novas empresas.
A questão da sustentabilidade faz parte da vossa estratégia. Qual o investimento envolvido e em que acções se irão concretizar?
Estamos neste momento em processo de substituição das nossas actuais embalagens pelo formato reciclado, sedo que a estratégia até 2030 é ter uma pegada quase nula.