Edição digital
Assine já
    PUB

    Nuno Sampaio (créditos: Ivo Tavares Studio)

    Arquitectura

    A Casa ou o lado menos visível da arquitectura

    Cerca de 70% do trabalho do arquitecto nunca chega a ser construído e, na maioria das vezes, esse trabalho nunca chega a ser visível. Foi esta vontade de mostrar ‘o outro lado’ da arquitectura que impulsionou a criação da Casa da Arquitectura (CA) enquanto “instituição de promoção da arquitectura”. Hoje, mais do que nunca, a CA tem um papel de consciencialização junto da população

    Cidália Lopes

    Nuno Sampaio (créditos: Ivo Tavares Studio)

    Arquitectura

    A Casa ou o lado menos visível da arquitectura

    Cerca de 70% do trabalho do arquitecto nunca chega a ser construído e, na maioria das vezes, esse trabalho nunca chega a ser visível. Foi esta vontade de mostrar ‘o outro lado’ da arquitectura que impulsionou a criação da Casa da Arquitectura (CA) enquanto “instituição de promoção da arquitectura”. Hoje, mais do que nunca, a CA tem um papel de consciencialização junto da população

    Cidália Lopes
    Sobre o autor
    Cidália Lopes
    Artigos relacionados
    Edifício Boavista 2949 encontra-se em comercialização
    Imobiliário
    Sandra Daza é a nova CEO do Grupo Gesvalt
    Empresas
    “Mais Campera Outlet Shopping” quer modernizar o factory outlet  
    Imobiliário
    Preços das casas em Lisboa aumentaram 5,5% em 2024 e vendas cresceram 13,8%
    Imobiliário
    BPI e CBRE em parceria para alavancar sustentabilidade no imobiliário comercial
    Imobiliário
    PortalPRO e AvaiBook em parceria para oferecer serviços aos gestores de alojamentos turísticos
    Empresas
    Retalho português atrai investimentos de 1,2 MM€ em 2024 e antecipa um 2025 “animador”
    Imobiliário
    UPAC da Saint-Gobain Abrasivos permite poupar 40% de energia/ano
    Empresas
    JLL e Dils iniciam comercialização de empreendimento histórico em Lisboa
    Imobiliário
    Porto Energy Hub apoiou mais de 24 mil habitações no Norte de Portugal
    Construção

    Constituída como associação desde 2007, foi em 2017 que a Casa da Arquitectura se instalou na recuperada Real Vinícola, em Matosinhos. Cinco anos volvidos, este espaço tornou-se a Casa de alguns dos mais importantes acervos nacionais e internacionais. Em conversa com a Traço, Nuno Sampaio, director executivo, falou sobre o trabalho realizado até aqui, os projectos futuros da CA, enquanto interlocutor entre os arquitectos e a sociedade, mas também, sobre a importância de ‘fazer’ arquitectura.

    Créditos: Ivo Tavares Studio

    Traço: Como surgiu a ideia, a vontade de criar esta Casa?

    Nuno Sampaio (NS): A Casa da Arquitectura surgiu pela necessidade de curadoria de uma instituição nacional de promoção da arquitectura e pela vontade de cuidar de um património arquitectónico documental, isto porque cerca de 70% do trabalho do arquitecto nunca chega a ser construído. Portanto existe uma forma de reutilizarmos essa experiência de vida dos arquitectos que de outra forma nunca chega a ser visível nem aproveitada. Surgiu, assim, a vontade de fazer uma instituição de promoção da arquitectura.

    A iniciativa surge por parte da Câmara Municipal de Matosinhos (CMM), que viu a oportunidade de a Casa ficar em Matosinhos e curiosamente de ser na terra do arquitecto Álvaro Siza, sendo o local ideal para poder apoiar uma instituição que se queria desde logo uma instituição nacional e até de âmbito internacional.

    Depois de uma reunião com entidades como o IPPAR, a Ordem dos Arquitectos e outras ligadas à arquitectura e à cultura, além de um conjunto de empresários, a ideia do nome da CA surgiu na sequência de uma conversa entre o Belmiro de Azevedo e o Álvaro Siza. Foi Belmiro de Azevedo que disse que não podia chamar-se museu da arquitectura porque “essa coisa dos museus parece uma coisa muito morta. Vamos chamar-lhe Casa, a Casa onde nós podemos reunir os amigos”. E assim foi. Na altura, pela mão do principal empresário português, que surgiu esta instituição, que começou por ser uma associação.

    Ou seja, sendo uma jovem instituição, tem na Real Vinícola, enquanto Centro Português de Arquitectura cinco anos, apesar de ter tido uma vida de ‘gestação’, de preparação, de quase sete anos.

    A partir do momento em que ficou pronto o quarteirão da Real Vinícola, feito pela CMM, com um investimento de mais de 10 milhões de euros, a Casa da Arquitectura passou a ter as condições físicas que lhe possibilitaram ser o Centro Português da Arquitectura. Este centro actua em várias áreas, começando pela base, que é o tratamento de acervo, um trabalho profundo, silencioso, moroso, caro de se fazer, que é cuidar do património documental dos arquitectos.

    Quando vamos a um museu de arte, nós vemos a peça de arte, o quadro ou a escultura, quando vamos a um museu de arquitectura vemos representações dessas arquitectura – filmes, desenhos, fotografias, maquetes. A arquitectura está lá fora, são os edifícios e o espaço público, mas este material também é preciso preservar. Portanto, o primeiro trabalho da Casa da Arquitectura é receber, fisicamente, trabalhar, cuidar, preservar, recuperar e preservar o património documental dos arquitectos.

    A segunda área é, naturalmente, uma grande responsabilidade para que esse acervo se torne disponível para a sociedade. No fundo, o dinheiro que se gasta para conservar e tratar e documentar e catalogar os acervos de arquitectura tinham que ser postos à disposição das pessoas, seja em formato físico, seja de forma digital, algo que conseguimos este ano.  Neste momento, temos um edifício digital, o chamado ‘second building’ onde colocamos tudo aquilo que arquivamos para que todos os acervos que lá se encontram possam ser visitáveis e consultáveis a partir de qualquer parte do Mundo.

    O terceiro trabalho é o da promoção da investigação. A CA fez um protocolo com o Estado em que está a desenvolver, com a Fundação de Ciências e Tecnologias, mais de 200 anos de investigação. Ou seja, durante cinco anos, 10 investigadores podem ganhar bolsas que vão até quatro anos pagas para poderem investigar os acervos da Casa. E depois temos, ainda, outras políticas de apoio à investigação e ao estudo, como por exemplo, a criação de uma residência artística, na antiga casa de família de Álvaro Siza, onde o arquitecto realizou o seu primeiro projecto (um pavilhão no quintal) a pedido de seu pai, quando tinha 16 anos, e que irá permitir que outros venham de fora e possam estar com melhores condições a trabalharem na Casa, sejam investigadores estrangeiros, curadores e até jornalistas.

    Depois existe uma outra dimensão, mais publica, que se divide em algumas alíneas, que é a promoção da arquitectura junto do grande público. Esta vertente, até de serviço público de levar a arquitectura até à sociedade, para que a arquitectura seja entendida pelas pessoas, na forma como decorre o processo gerador dessa arquitectura. Normalmente quando se contrata um arquitecto não nos dão nem o orçamento, nem o tempo para fazer um projecto, porque as pessoas não sabem o que é um projecto, nem muitas vezes qual é o benefício de terem um arquitecto a fazer o projecto de sua casa, do espaço onde trabalham ou até, num plano mais público, ter o espaço público cuidado, desenhado por um arquitecto. Nessa perspectiva, é muito importante o papel da CA, ou seja, a criação de uma consciência pública sobre a importância da arquitectura para a sociedade para que haja uma maior exigência da população perante os operadores, quer os públicos, quer os privados (imobiliários).

    Quanto mais consciente for um autarca da importância do seu espaço público ser feito por um arquitecto, mais facilmente discute e exige o melhor projecto, o que leva naturalmente a um melhor espaço público e quem beneficia é a população.

    O mecanismo que a CA encontra é trabalhar este universo, que somos todos nós, os consumidores da boa ou da má arquitectura, para que entendam, reflictam e se tornem conscientes e simultaneamente mais exigentes. É preciso não esquecer que a habitação, por exemplo, é o primeiro direito constitucional. Nós entendemos que, nada nem melhor, preparado para poder desenhar essa habitação que os arquitectos. Este trabalho da CA é naturalmente conservar o material, permitir que seja investigado e estudado, mas dirige-se essencialmente à população em geral para aumentar a consciência de que uma boa arquitectura influencia na vida de cada um de nós.

    E este trabalho é feito com exposições, seminários, coisas onde nos possamos falar de arquitectura e de território, mas de uma forma que as pessoas possam entender, ver e que seja acessível.

    Créditos: Ivo Tavares Studio

    Que balanço faz destes cinco anos?

    É um balanço muito positivo. A CA conseguiu, num curtíssimo espaço de tempo, consciencializar e dar a entender à sociedade que é um espaço aberto para falar de arquitectura para toda a gente e este aspecto foi muito bem entendido pela própria população.

    Por outro lado, conseguiu afirmar-se na sua dimensão nacional. O Centro Português de Arquitectura tem como objectivo actuar em todo o território nacional. Isto é fundamental. E uma prova disso é o recém-criado o ‘Tours’, uma iniciativa conjunta com o Turismo de Portugal, em que estarão abertos para visita um conjunto de espaços, que até Agosto do próximo ano serão no total 150, em todo o território nacional, continente e ilhas. Foram criados percursos em todo o País com edifícios abertos e gente competente para poder explicar essa arquitectura, ou seja, de forma descomplicada e descodificada.

    Outro grande objectivo que a CA atingiu foi a sua dimensão internacional, nomeadamente, com um acervo de mais de 200 doadores proveniente do Brasil. Em consequência deste trabalho, a CA tornou-se a primeira instituição do mundo a receber colecções de acervo territoriais com curadoria, ou seja, de um determinado território, de um determinado arco temporal, discutido e escolhido por quem sabe e conhece.

    Actualmente quantos acervos é que têm?

    Só do Brasil temos cerca de 60 nomes envolvidos, entre eles Paulo Mendes da Rocha e Lúcio Costa, o que deu uma dimensão internacional à CA. Dos arquitectos portugueses, além do Eduardo Souto de Moura, do Pedro Ramalho, o Carrilho da Graça, Teresa Fonseca, temos, recentemente, mais dois nomes, a Teresa Seixas e o Manuel Correia Fernandes e, ainda, o José Gigante, que ofereceu não só o seu acervo de arquitectura, como o acervo fotográfico do seu pai, Jorge Gigante. Temos, também, o acervo do fotografo Luís Ferreira Alves, ligado à arquitectura e à cidade.

    Importância da arquitectura

    Quais os planos para o futuro da CA?

    Vamos começar a actuar sobre o espaço da visita da arquitectura com este novo projecto com o Turismo de Portugal que se soma a uma outra iniciativa que já tínhamos que era o Porto Open House.

    Para o próximo ano iremos ter uma grande exposição do arquitecto Paulo Mendes da Rocha, também na óptica de mostrar aquilo que arquivamos. Com curadoria do arquitecto e historiador de arquitectura Jean-Louis Cohen e de Vanessa Grossman, arquitecta brasileira sediada em Roterdão, esta será uma exposição única, porque é a oportunidade que de se ver tantos originais do arquitecto brasileiro num só espaço e que já fazem parte do acervo da Casa.

    Outra área para nós muito importante, é o lançamento de publicações de referência de forma regular. A ideia que nós queremos mostrar é que com a CA se podem decidir reflexões de estudos, de investigações, que depois possam ser compradas em livro e que sejam de grande referência a nível mundial.

    Estes livros serão produzidos e comercializados pela CA e depois distribuídos pelas diferentes livrarias em Portugal e no estrangeiro, também noutras línguas em co-produção com outras editoras.

    Outra área que temos assumido, é a possibilidade da CA promover novos estudos. Seja pelas exposições, sejam momentos onde chamamos várias pessoas a estudarem a arquitectura sobre um determinado problema ou um conjunto de problemas sobre uma determinada matéria. O próximo que estamos a organizar é sobre os contextos de emergência e como é que a arquitectura pode ajudar nestes contextos.

    Falamos, por exemplo, em contextos de suburbanidade, como as favelas, ou em situações onde existe falta de água, como África, ou então em cidades, que pelo contrário têm um conjunto de acidentes climáticos cada vez mais comuns e que criam em alguns momentos destruições maciças e que, portanto, é preciso que a arquitectura dê uma resposta e de forma rápida, eficiente, concreta. Outras são, naturalmente, os grandes êxodos que temos na Europa ou em contextos de guerra e que não têm lugar onde ficar e que é preciso resolver e com condições condignas. Estes sistemas vão ser abordados numa exposição, chamada ‘Arquitectura em contexto de emergência’, e num conjunto de actividades, onde serão chamados peritos mundiais, activistas inclusivamente, para pensarem como é que a arquitectura pode ajudar essas pessoas.

    Segundo Souto de Moura, a arquitectura serve para resolver problemas. E, portanto, partindo desta premissa não queremos apenas mostrar o quão bonita é a arquitectura ou quão fantástico é o trabalho daquele arquitecto, no passado, nos últimos 30 anos, mas também termos uma visão, uma perspectiva do futuro, para ajudar a resolver problemas e para que as populações vivam melhor.

    Tendo em conta a emergência que o planeta vive com as alterações climáticas e com as consequentes catástrofes que provocam é cada vez mais um tema que faz parte do dia-a-dia dos arquitectos. Esta é uma área que já seja estudada?

    Quer dizer, a arquitectura é talvez das áreas disciplinares mais transversais no conhecimento. Nós trabalhamos com biólogos, com engenheiros de estruturas, engenheiros hidráulicos, paisagistas, com sociólogos, economistas, com construtores. No fundo, o que estamos a ver é uma tendência, que nem sempre parece positiva, mas que pode também trazer oportunidades, é a sociedade dizer que arquitectos e construtores se entendam para arranjar produtos que sirvam a sociedade.

    Muitas vezes sabemos que o lucro fácil de alguns construtores pode levar a que se baixe a qualidade da arquitectura. Portanto, é ainda mais importante que este papel da CA, de ajudar a criar rapidamente uma consciência pública da importância da qualidade na arquitectura como factor de melhoramento das condições de vida das populações.

    Ou seja, que, com a nova legislação que o Estado português criou sobre a concepção-construção, nós não fiquemos reféns do lucro fácil de alguns construtores que ganham ao preço mais baixo. Que o próprio Estado entenda que é preciso lançar concursos com outros objectivos que não o preço mais baixo.

    Créditos: Ivo Tavares Studio

    As ‘contas’ do Estado

    Em teoria essa questão está prevista, mas depois na prática as coisas são bastante diferentes. Até em matéria de sustentabilidade, onde alguns concursos colocam este critério de avaliação em último…

    Exactamente. Nós sabemos que alguma sustentabilidade sai cara no momento da construção, mas por outro lado, poupa-se no prazo de vida do edifício e na exploração que fazemos do edifício. Por isso, os regulamentos são cada vez mais exigentes, ao nível térmico, acústico, etc. O metro quadrado está cada vez mais caro e quando queremos construir em grande quantidade, muitas vezes há tendência para reduzir a qualidade para termos arquitecturas que tenham a capacidade de resolver os problemas, mas ‘baratinho’. E esta é uma tentação que nós não podemos ter. Nós enquanto sociedade. O facto de termos uma nova forma de encomendar arquitectura que essa não fique refém, como nós sabemos e que aconteceu no passado nos finais de 70 e inícios de 80, em que se produziam muitas coisas pelos chamados ‘patos bravos’, que eram construtores não qualificados, que nem chamavam arquitectos a fazer os projectos. Actualmente, temos construtores mais qualificados, mas não sei se é porque o mercado público assim o exige produtos mais baratos que depois nos saem mais caros a todos, nomeadamente no que diz respeito à exploração energética de quem vive nesses edifícios para ter as condições térmicas, sai muito mais caro à sociedade.

    Neste momento, o Estado está a promover um conjunto de habitação para arrendamento acessível, por exemplo, e em todas as situações o preço é o critério com mais peso…

    Na minha opinião está-se a fazer mal as contas. Se tivermos em conta quanto é que custa esses edifícios em boas condições construtivas a 30 anos e se somarmos os custos relativos à sua exploração energética, nomeadamente em aquecimento e arrefecimento, vai gastar-se mais seguramente. Esta é uma verdade La Palisse.

    Como podem os arquitectos contornar esta situação?

    Vão ter de unir esforços com os construtores, mas ao mesmo tempo tem que se trabalhar para que o Estado Português exija qualidade nas compras que faz. E não podemos comprar arquitectura ou edifícios da mesma maneira que compramos papel higiénico.

    Como é que se quer atingir as metas climáticas se depois o que se está a construir neste momento não vai ao encontro desses objectivos?

    Existe aqui um problema, que é também um desafio muito grande. Como é que nós podemos dar as mãos aos construtores, produzindo soluções desde pré-fabricações, a rentabilidade no teste de modelo tipológico, na medida em que já sabemos quanto é que mede uma sala, um quarto como é que se organiza, a casa de banho já vir construída e apenas acoplar.

    Acredita que a pré-fabricação dos módulos em fábrica vai ser a solução no futuro?

    Não tenho dúvida. Agora não pode ser feito na perspectiva, como acontece muitas vezes na indústria, em que uma pequena diferença multiplicada por milhões de unidades faz com que se reduza os custos, mas muitas vezes não é quantificável quanto essa diferença custa na qualidade de vida espacial de quem a habita, mas sem que isso retire qualidade às habitações.

    Da mesma forma que o covid introduziu alterações na forma como habitamos, em que já não basta termos um escritório em casa, porque numa situação de confinamento o que precisamos é que todos os quartos tenham um espaço extra para trabalhar, agora é preciso também entender que também se tornou importante que cada quarto tenha uma suite por questões de higiene, por exemplo.

    Nunca deixar ‘parar a mão’

    Para terminar, gostaria de saber, além do trabalho que tem desenvolvido na CA, onde é que fica o Nuno Sampaio enquanto arquitecto?

    Nós arquitectos nunca gostamos de deixar parar a mão. É fundamental para nós não perdermos o contacto com a prática. Sabemos que muito colegas pelas funções que exercem em alguns organismos públicos, como eu à frente de uma associação, temos o tempo muito limitado, mas ainda vou fazendo algumas coisas e tenho sempre esperança que possa fazer mais. A minha esperança é que um dia eu não seja necessário e que as pessoas tenham esta capacidade de entender a arquitectura. Sabemos que a construção desta consciência que nunca vai terminar.

    Gostava de voltar a dedicar-se à 100% à arquitectura um dia?

    Talvez um dia, porque não. Nunca ponho isso de parte.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
    Mais artigos
    Artigos relacionados
    Edifício Boavista 2949 encontra-se em comercialização
    Imobiliário
    Sandra Daza é a nova CEO do Grupo Gesvalt
    Empresas
    “Mais Campera Outlet Shopping” quer modernizar o factory outlet  
    Imobiliário
    Preços das casas em Lisboa aumentaram 5,5% em 2024 e vendas cresceram 13,8%
    Imobiliário
    BPI e CBRE em parceria para alavancar sustentabilidade no imobiliário comercial
    Imobiliário
    PortalPRO e AvaiBook em parceria para oferecer serviços aos gestores de alojamentos turísticos
    Empresas
    Retalho português atrai investimentos de 1,2 MM€ em 2024 e antecipa um 2025 “animador”
    Imobiliário
    UPAC da Saint-Gobain Abrasivos permite poupar 40% de energia/ano
    Empresas
    JLL e Dils iniciam comercialização de empreendimento histórico em Lisboa
    Imobiliário
    Porto Energy Hub apoiou mais de 24 mil habitações no Norte de Portugal
    Construção
    PUB

    crédito Ricardo Cruz

    Arquitectura

    Arquitecto Gonçalo Pires Marques finalista no “Building of the Year 2025”

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional

    CONSTRUIR

    O arquitecto português Gonçalo Pires Marques está entre os finalistas do prestigiado prémio “Building of the Year 2025” do ArchDaily, um dos mais importantes reconhecimentos internacionais na área da arquitectura. O seu projecto, a Casa Donavan, destaca-se pelo uso inovador da madeira e pelo compromisso com a sustentabilidade, tornando-se um exemplo de excelência na arquitectura contemporânea.

    A Casa Donavan distingue-se pela sua abordagem única à construção em madeira, um processo que o próprio arquitecto descreve como “quase artesanal”. O trabalho próximo com o mestre carpinteiro foi essencial para garantir a precisão e a qualidade da execução. Além disso, a escolha da madeira termotratada, sem utilização de químicos, reforça o compromisso com a sustentabilidade.

    Além dos materiais escolhidos, o desenho da casa foi pensado para reduzir a necessidade de sistemas de climatização. O aproveitamento inteligente da exposição solar e a ventilação natural transversal contribuem para um menor impacto ambiental. Houve também um esforço consciente na selecção de fornecedores locais, minimizando deslocações e importações para reduzir a pegada ecológica.

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional. O arquitecto entende que “arquitectura portuguesa é uma área reconhecida entre pares a nível mundial como poucas áreas. Como no cinema português, é regularmente mencionada e até premiada. Aliás, Portugal é o único país do mundo com dois vencedores do Prémio Pritzker ainda vivos, o que reflecte a qualidade e a influência do nosso trabalho.”

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Arquitectura

    OASRA promove debates sobre requalificação do património da Sinaga

    Discussão pública pretende discutir a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel

    CONSTRUIR

    A Ordem dos Arquitectos – Secção Regional dos Açores, no âmbito do Protocolo de Colaboração celebrado com a Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública do Governo dos Açores, de 11 de Novembro de 2024, promove a discussão pública sobre a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel.

    O período para a discussão pública sobre a intervenção e requalificação das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool já teve início e pode ser feito através da plataforma www.sinaga.pt. Este é um espaço dedicado à participação activa da comunidade na reflexão sobre o futuro das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool, com vista a enriquecer o debates e ajudar a definir soluções viáveis para a requalificação destes espaços industriais.

    Os encontros para o debate de ideias irão ocorrer nas próprias fábricas, sendo que a 22 de Fevereiro acontece um primeiro na Fábrica do Álcool e a 22 de Março na Fábrica do Açúcar e que contarão com a participação de especialistas nas áreas disciplinares da arquitectura, do património industrial e cultural, do turismo industrial, da economia, da museologia e da sustentabilidade.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Arquitectura

    Segunda edição do “Porto de Arquitectura” regressa entre Março e Julho

    São seis os edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense que integram a segunda edição do projecto e que serão apresentados esta quarta-feira em conferência no bar do Cinema Batalha

    CONSTRUIR

    A Câmara Municipal do Porto e a Casa da Arquitectura apresentam esta quarta-feira, dia 12 de fevereiro, às 11 horas, em conferência de imprensa, a segunda edição do projecto “Porto de Arquitetura”. O objectivo passa por desenvolver, entre Março e Julho de 2025, um ciclo de visitas de arquitectura gratuitas e abertas ao público, num conjunto de seis edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense. A apresentação decorre no bar do Batalha Centro de Cinema.

    O ciclo de visitas tem como principal objetivo aproximar a comunidade da arquitectura portuense, dando a conhecer de forma privilegiada o processo de concepção, construção e recuperação de espaços icónicos da cidade.

    Os edifícios seleccionados representam algumas das mais relevantes intervenções recentes na cidade, desde a habitação até às infraestruturas, passando por edifícios destinados ao desporto, turismo, cultura e economia.

    A conferência de imprensa é seguida de uma visita guiada ao Batalha Centro de Cinema, reaberto em Dezembro de 2022, acompanhada dos arquitectos responsáveis pela requalificação, Alexandre Alves da Costa e Sérgio Fernandez.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Arquitectura

    ‘How to Build the Future?’ dá o mote para o novo ciclo de talks da Masslab

    A segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, inícia esta sexta-feira, dia 31 de Janeiro, pelas 17 horas, no Porto. Nuno Sampaio e Ana Neiva são os convidados desta sessão que irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos

    CONSTRUIR

    O primeiro mês do ano de 2025 começa com a segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, que partem da investigação e curiosidade em explorar uma questão central: Como vamos construir o futuro?

    Com o tema “How to Build the Future?” como pano de fundo, a segunda edição gira em torno da Educação e da Cultura enquanto disciplinas essenciais para moldar o futuro e terá lugar no escritório da Masslab no Porto, esta sexta-feira, dia 31 Janeiro, pelas 17 horas.

    A conversa contará com a participação de Nuno Sampaio, arquitecto e director da Casa da Arquitectura, e Ana Neiva, investigadora, curadora e professora e irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos. Os convidados abordarão o papel destas áreas como catalisadores de transformação social e urbana, assim como o “paradoxo” de olhar para o futuro enquanto aprendemos com o legado do passado.

    Na primeira edição, o debate centrou-se nos desafios da indústria da construção, explorando o equilíbrio entre a necessidade de crescimento urbano e a responsabilidade ambiental com dois convidados: Sílvia Mota, CEO da MEXT: Mota-Engil Next e Francisco Rocha Antunes, presidente da MOME.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Arquitectura

    Passive House Institute certifica primeira Passive House Plus em Portugal

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem

    CONSTRUIR

    É o segundo projecto certificado pela norma Passivhaus no Distrito de Lisboa, o primeiro no Concelho de Mafra e o primeiro em Portugal a receber a classificação Passive House Plus, ambos, da autoria do arquitecto passive house designer João Pedro Quaresma, da Nurture-AD.

    Passivhaus é um conceito construtivo que define um padrão de elevado desempenho, eficiente do ponto de vista energético, saudável, confortável e economicamente acessível e sustentável. A diferença entre uma Passivhaus Classic e uma Passivhaus Plus está relacionada principalmente à produção e ao consumo de energia renovável e ao grau de auto-suficiência energética. Ambos os tipos de casas seguem os rigorosos critérios de eficiência energética estabelecidos pelo padrão passivhaus, mas o nível de sustentabilidade e a integração de sistemas de energia renovável diferem.

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem.

    A moradia localizada em Mafra já havia obtido a classificação A+ e nZEB pelo sistema de Certificação Energética, e a comunicação do Passive House Institute (PHI) confirmando esta certificação validou todos os objectivos propostos.

    Este projecto de arquitectura foi desenvolvido, desde o início, com a determinação do cliente de obter a certificação pela norma Passivhaus. Em Portugal continental, os valores máximos de radiação ocorrem na região de Lisboa, com mais de 3.000 horas de sol por ano, factor que foi determinante no conceito programático do projecto. A geometria particular do terreno, com o lado maior e a inclinação natural orientados a sul, favoreceu a adopção de uma estratégia bioclimática e a optimização de um padrão de elevado desempenho passivo. Esse conceito esteve presente desde o início, tanto como desejo do proprietário quanto como estratégia do projecto.

    Na organização funcional da moradia, essa realidade climática permitiu que as zonas de permanência da casa fossem todas orientadas a sul, enquanto as circulações e os espaços complementares de uso foram posicionados a norte.
    Dessa forma, optimizou-se os ganhos solares através de vãos envidraçados generosos, garantindo o sombreamento permanente ou temporário durante os meses de Verão com alpendres e pérgulas solares. Essa solução também reduz a necessidade de iluminação artificial durante o Inverno, garantindo excelentes níveis de luminosidade natural.
    A moradia foi construída com o sistema construtivo ICF (Insulated Concrete Form), que permitiu eliminar pilares no interior, favorecendo maior flexibilidade espacial.

     

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB

    © Studio Ossidiana, Bird’s Palace Vondelpark, Riccardo de Vecchi

    Arquitectura

    CCB lança bolsas de arquitectura Diogo Seixas Lopes

    Diogo Seixas Lopes, figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, dá o nome às Bolsas de Criação, com o objectivo de “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais. As propostas podem ser enviadas até 16 de Fevereiro

    CONSTRUIR

    Destinadas a apoiar a “criação, investigação e experimentação”, o CCB lançou as primeiras duas  Bolsas de Criação ‘Diogo Seixas Lopes’. As candidaturas decorrem de 17 de Janeiro a 16 de Fevereiro de 2025, devendo ser formalizadas em formulário próprio. A linha temática da primeira edição é ‘Interespécies’.

    Criadas pelo Centro de Arquitectura MAC/CCB em homenagem ao arquitecto Diogo Seixas Lopes, falecido em 2016 e figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, estas bolsas de criação, atribuídas por concurso, procuram “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais do Centro de Arquitectura.

    O concurso, aberto a todas as pessoas ou colectivos cuja investigação incida sobre a arquitectura, procura proporcionar apoio financeiro à investigação ou criação e execução de projectos, com um valor anual de 10 mil euros, com acompanhamento da curadora-chefe do Centro de Arquitectura do MAC/CCB, Mariana Pestana.

    O processo de avaliação e selecção de candidaturas decorre durante os meses de Fevereiro e Março de 2025. O júri é composto por Julia Albani (externo), Marta Mestre (curadora, MAC/CCB) e Sofia Passadouro (educação e mediação, MAC/CCB). Os projectos seleccionados serão anunciados no dia de reabertura do Centro de Arquitectura, a 2 de Abril de 2025.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    Arquitectura

    OA discute alteração ao RJIGT

    Este evento reunirá, hoje, 21 de Janeiro, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da Ordem

    CONSTRUIR

    A Ordem dos Arquitectos discute hoje, 21 de Janeiro, as alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, RJIGT. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da OA.

    Este evento reunirá, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação para uma discussão aprofundada sobre as alterações propostas ao regime jurídico que orienta os instrumentos de gestão territorial, com impacto significativo na gestão urbanística e no ordenamento do território.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB

    Créditos: Santos Diez

    Arquitectura

    Habitação em Vila do Conde premiada em diferentes iniciativas internacionais

    A obra de habitação colectiva, da autoria do arquitecto Raulino Silva foi distinguida em quatro prémios internacionais, tendo recebido o primeiro prémio no 2A Architectural Awards no Dubai, o Architecture Masterprize 2024 nos USA, o BLT Awards 2024 na Suiça e, recentemente, o IDA Design Awards 2024, nos USA

    CONSTRUIR

    A obra de habitação colectiva, situada no centro de Vila do Conde, da autoria do arquitecto Raulino Silva foi distinguida em quatro prémios internacionais. No final do ano passado venceu o primeiro prémio no 2A Architectural Awards no Dubai, o Architecture Masterprize 2024 nos USA, o BLT Awards 2024 na Suiça e, agora, o IDA Design Awards 2024, nos USA.

    A intervenção no Gaveto das ‘Alminhas’ de São José, no centro da cidade de Vila do Conde, tem como programa a construção de uma habitação unifamiliar e de um edifício de habitação colectiva para arrendamento com dois apartamentos e uma loja para comércio ou serviços.

    A habitação unifamiliar implanta-se no local da construção existente que tinha apenas um piso, e mantém a fachada antiga para a rua Comendador António Fernandes da Costa, sendo que o segundo piso ficou recuado em relação à rua para se afastar da fachada da casa do Instituto de S. José da Congregação das Irmãs Doroteias, permitindo assim visualizar também a cobertura da Capela Dos Passos que se encontra no lado Norte do quarteirão.

    As fotografias da obra de Héctor Santos-Díez mostram a inserção dos dois edifícios no centro histórico da cidade de Vila do Conde, em duas ruas com escalas distintas, mas unidas pelo gaveto do muro de granito.

    No piso térreo temos a garagem para dois carros, a lavandaria, a sala comum que comunica com a cozinha, um sanitário, a área técnica e o quarto das visitas com quarto de banho privativo. No piso superior, temos a suite principal com quarto de banho e dois quartos de vestir, três quartos mais pequenos também com quarto de banho privativo, e o escritório no topo Sul que se abre para um grande terraço e espreita a cidade.

    O segundo edifício, para arrendamento, foi construído na rua Conde D. Mendo, um arruamento mais movimentado e com vários pequenos prédios com comércio no rés-do-chão.

    No piso térreo temos, ainda, o estacionamento automóvel atrás do muro e uma loja para comércio ou serviços com entrada independente.

    Raulino Silva, nascido em Vila do Conde em 1981, abriu seu atelier em 2011. Além do seu trabalho enquanto arquitecto, tem participado em diversas exposições internacionais e em publicações sobre arquitectura habitacional. Participou, ainda, como orador em diversos eventos e integrou júris de concursos e prémios internacionais. Em 2019, recebeu a medalha de mérito de Vila do Conde.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB

    Assinatura do Protocolo

    Arquitectura

    OA e FAUL celebram protocolo de cooperação para “Nova Geração de Habitação”

    No âmbito do projecto formativo Aliança “Nova Geração de Habitação”, estão previstas condições especiais para os membros da OA. A oferta formativa para 2025 já está decidida e a primeira edição tem início a 1 de Abril com término a 27 de Maio, com o tema ‘Inovação em Habitação’

    CONSTRUIR

    A Ordem dos Arquitectos (OA) celebrou um Protocolo de Cooperação com a Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa (FAUL), no âmbito do projecto formativo Aliança “Nova Geração de Habitação”, que prevê condições especiais para os membros da OA.

    A inscrição nos cursos é efectuada directamente pelo membro da OA junto da FAUL/CIAUD, devendo este indicar o respectivo número, ficando a gestão e organização das inscrições nos cursos de formação a cargo da FAUL/CIAUD.

    A oferta formativa para 2025 já está decidida e a primeira edição tem início a 1 de Abril com término a 27 de Maio, com o tema ‘Inovação em Habitação’, de 21 de Abril a 26 de Junho está prevista a formação sobre ‘Instrumentos de Politica de Habitação’ e a seguinte será de 23 de Abril a 16 de Julho, sobre ‘Cartas Municipais de Habitação’.

    Depois, entre Setembro e Dezembro, ainda sem data definida, está previsto formação sobre ‘Reabilitação Habitacional’.

    No âmbito das pós-graduações abrangidas pelo Protocolo, serão atribuídos prémios de mérito académico aos três estudantes que tenham obtido uma das três melhores classificações da edição do curso em causa, desde que esta seja superior a 16 valores.

    O Prémio de Mérito Académico FA.ULisboa “Impulso Adultos” é de natureza pecuniária, consistindo na atribuição de uma verba de valor igual a duas vezes o montante dos custos totais  fixados para a frequência do curso a que respeita no ano lectivo de atribuição do prémio.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB

    Créditos imagem: Walter Fernandes

    Arquitectura

    Cine-Estúdio Namibe integra World Monuments Watch 2025

    O Cine-Estúdio Namibe foi seleccionado para integrar a lista de 25 sítios históricos de relevância global do World Monuments Watch 2025, entre centenas de candidaturas. Durante os próximos dois anos uma equipa da FAUP e da Iperforma Angola vai liderar um trabalho de investigação visando a a sua conservação e manutenção a longo prazo

    CONSTRUIR

    O projeto de investigação da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), em parceria com a empresa de engenharia e arquitectura Iperforma Angola, para a salvaguarda e conservação do Cine-Estúdio Namibe, em Angola, foi seleccionado para integrar o World Monuments Watch 2025.

    A escolha do Cine-Estúdio Namibe para integrar a lista de 25 sítios históricos de relevância global do World Monuments Watch 2025, entre centenas de candidaturas, reflecte a sua importância para Angola como um marco significativo do seu património cultural.

    Com esta selecção e durante os próximos dois anos, o projecto vai beneficiar de um conjunto de apoios e recursos para o trabalho de investigação em torno do Cine-Estúdio Namibe, procurando estabelecer uma estreita relação com o Governo da República de Angola.

    A investigação será realizada com o envolvimento e a auscultação das comunidades e parceiros locais, determinantes para o sucesso da iniciativa, e por uma equipa multidisciplinar composta por especialistas nacionais e internacionais, com vasta experiência na área da arquitectura e da conservação do património.

    O projecto enquadra-se no Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo (CEAU) da FAUP e constitui uma das linhas de actuação da Cátedra UNESCO “Património, Cidades e Paisagens. Gestão Sustentável, Conservação, Planeamento e Projeto”, atribuída à Universidade do Porto através da FAUP.

    A equipa que elaborou a candidatura é composta por Teresa Cunha Ferreira (FAUP/CEAU, Cátedra UNESCO), Luis Urbano (FAUP/CEAU), Pedro Murilo Freitas (FAUP/CEAU, Cátedra da UNESCO), Ana Tostões (Técnico Lisboa, FAUP/CEAU) e Rui Fernandes Póvoas (FAUP/CEAU, Cátedra UNESCO), contando também com os consultores Paulo B. Lourenço (UMinho/DEC) e Maria Manuel de Oliveira (UMinho/EAAD). A candidatura foi elaborada em parceria com a Iperforma Angola (Daniel Quintã, Margarida Quintã e Afonso Quintã) e contou com Susana Matos (Universidade Lusíada de Angola,) a actuar como gestora do projecto no terreno. Durante os próximos dois anos serão estabelecidas parcerias e colaborações com outras entidades e representantes locais.

    Segundo a coordenadora do projecto, Teresa Cunha Ferreira, “esta investigação tem o objectivo de, através de recursos dedicados e de equipas pluridisciplinares, potenciar a utilização e divulgação de um edifício emblemático para as comunidades locais, a par com a sua conservação e manutenção a longo prazo. Simultaneamente, permitirá a sensibilização internacional para a salvaguarda do património moderno angolano, nalguns casos em risco, e sua transmissão às gerações futuras”.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB

    Navegue

    Sobre nós

    Grupo Workmedia

    Mantenha-se informado

    ©2024 Construir. Todos os direitos reservados.