Nuno Sampaio (créditos: Ivo Tavares Studio)
Arquitectura

A Casa ou o lado menos visível da arquitectura

Cerca de 70% do trabalho do arquitecto nunca chega a ser construído e, na maioria das vezes, esse trabalho nunca chega a ser visível. Foi esta vontade de mostrar ‘o outro lado’ da arquitectura que impulsionou a criação da Casa da Arquitectura (CA) enquanto “instituição de promoção da arquitectura”. Hoje, mais do que nunca, a CA tem um papel de consciencialização junto da população

Cidália Lopes
Nuno Sampaio (créditos: Ivo Tavares Studio)
Arquitectura

A Casa ou o lado menos visível da arquitectura

Cerca de 70% do trabalho do arquitecto nunca chega a ser construído e, na maioria das vezes, esse trabalho nunca chega a ser visível. Foi esta vontade de mostrar ‘o outro lado’ da arquitectura que impulsionou a criação da Casa da Arquitectura (CA) enquanto “instituição de promoção da arquitectura”. Hoje, mais do que nunca, a CA tem um papel de consciencialização junto da população

Cidália Lopes
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Constituída como associação desde 2007, foi em 2017 que a Casa da Arquitectura se instalou na recuperada Real Vinícola, em Matosinhos. Cinco anos volvidos, este espaço tornou-se a Casa de alguns dos mais importantes acervos nacionais e internacionais. Em conversa com a Traço, Nuno Sampaio, director executivo, falou sobre o trabalho realizado até aqui, os projectos futuros da CA, enquanto interlocutor entre os arquitectos e a sociedade, mas também, sobre a importância de ‘fazer’ arquitectura.

Créditos: Ivo Tavares Studio

Traço: Como surgiu a ideia, a vontade de criar esta Casa?

Nuno Sampaio (NS): A Casa da Arquitectura surgiu pela necessidade de curadoria de uma instituição nacional de promoção da arquitectura e pela vontade de cuidar de um património arquitectónico documental, isto porque cerca de 70% do trabalho do arquitecto nunca chega a ser construído. Portanto existe uma forma de reutilizarmos essa experiência de vida dos arquitectos que de outra forma nunca chega a ser visível nem aproveitada. Surgiu, assim, a vontade de fazer uma instituição de promoção da arquitectura.

A iniciativa surge por parte da Câmara Municipal de Matosinhos (CMM), que viu a oportunidade de a Casa ficar em Matosinhos e curiosamente de ser na terra do arquitecto Álvaro Siza, sendo o local ideal para poder apoiar uma instituição que se queria desde logo uma instituição nacional e até de âmbito internacional.

Depois de uma reunião com entidades como o IPPAR, a Ordem dos Arquitectos e outras ligadas à arquitectura e à cultura, além de um conjunto de empresários, a ideia do nome da CA surgiu na sequência de uma conversa entre o Belmiro de Azevedo e o Álvaro Siza. Foi Belmiro de Azevedo que disse que não podia chamar-se museu da arquitectura porque “essa coisa dos museus parece uma coisa muito morta. Vamos chamar-lhe Casa, a Casa onde nós podemos reunir os amigos”. E assim foi. Na altura, pela mão do principal empresário português, que surgiu esta instituição, que começou por ser uma associação.

Ou seja, sendo uma jovem instituição, tem na Real Vinícola, enquanto Centro Português de Arquitectura cinco anos, apesar de ter tido uma vida de ‘gestação’, de preparação, de quase sete anos.

A partir do momento em que ficou pronto o quarteirão da Real Vinícola, feito pela CMM, com um investimento de mais de 10 milhões de euros, a Casa da Arquitectura passou a ter as condições físicas que lhe possibilitaram ser o Centro Português da Arquitectura. Este centro actua em várias áreas, começando pela base, que é o tratamento de acervo, um trabalho profundo, silencioso, moroso, caro de se fazer, que é cuidar do património documental dos arquitectos.

Quando vamos a um museu de arte, nós vemos a peça de arte, o quadro ou a escultura, quando vamos a um museu de arquitectura vemos representações dessas arquitectura – filmes, desenhos, fotografias, maquetes. A arquitectura está lá fora, são os edifícios e o espaço público, mas este material também é preciso preservar. Portanto, o primeiro trabalho da Casa da Arquitectura é receber, fisicamente, trabalhar, cuidar, preservar, recuperar e preservar o património documental dos arquitectos.

A segunda área é, naturalmente, uma grande responsabilidade para que esse acervo se torne disponível para a sociedade. No fundo, o dinheiro que se gasta para conservar e tratar e documentar e catalogar os acervos de arquitectura tinham que ser postos à disposição das pessoas, seja em formato físico, seja de forma digital, algo que conseguimos este ano.  Neste momento, temos um edifício digital, o chamado ‘second building’ onde colocamos tudo aquilo que arquivamos para que todos os acervos que lá se encontram possam ser visitáveis e consultáveis a partir de qualquer parte do Mundo.

O terceiro trabalho é o da promoção da investigação. A CA fez um protocolo com o Estado em que está a desenvolver, com a Fundação de Ciências e Tecnologias, mais de 200 anos de investigação. Ou seja, durante cinco anos, 10 investigadores podem ganhar bolsas que vão até quatro anos pagas para poderem investigar os acervos da Casa. E depois temos, ainda, outras políticas de apoio à investigação e ao estudo, como por exemplo, a criação de uma residência artística, na antiga casa de família de Álvaro Siza, onde o arquitecto realizou o seu primeiro projecto (um pavilhão no quintal) a pedido de seu pai, quando tinha 16 anos, e que irá permitir que outros venham de fora e possam estar com melhores condições a trabalharem na Casa, sejam investigadores estrangeiros, curadores e até jornalistas.

Depois existe uma outra dimensão, mais publica, que se divide em algumas alíneas, que é a promoção da arquitectura junto do grande público. Esta vertente, até de serviço público de levar a arquitectura até à sociedade, para que a arquitectura seja entendida pelas pessoas, na forma como decorre o processo gerador dessa arquitectura. Normalmente quando se contrata um arquitecto não nos dão nem o orçamento, nem o tempo para fazer um projecto, porque as pessoas não sabem o que é um projecto, nem muitas vezes qual é o benefício de terem um arquitecto a fazer o projecto de sua casa, do espaço onde trabalham ou até, num plano mais público, ter o espaço público cuidado, desenhado por um arquitecto. Nessa perspectiva, é muito importante o papel da CA, ou seja, a criação de uma consciência pública sobre a importância da arquitectura para a sociedade para que haja uma maior exigência da população perante os operadores, quer os públicos, quer os privados (imobiliários).

Quanto mais consciente for um autarca da importância do seu espaço público ser feito por um arquitecto, mais facilmente discute e exige o melhor projecto, o que leva naturalmente a um melhor espaço público e quem beneficia é a população.

O mecanismo que a CA encontra é trabalhar este universo, que somos todos nós, os consumidores da boa ou da má arquitectura, para que entendam, reflictam e se tornem conscientes e simultaneamente mais exigentes. É preciso não esquecer que a habitação, por exemplo, é o primeiro direito constitucional. Nós entendemos que, nada nem melhor, preparado para poder desenhar essa habitação que os arquitectos. Este trabalho da CA é naturalmente conservar o material, permitir que seja investigado e estudado, mas dirige-se essencialmente à população em geral para aumentar a consciência de que uma boa arquitectura influencia na vida de cada um de nós.

E este trabalho é feito com exposições, seminários, coisas onde nos possamos falar de arquitectura e de território, mas de uma forma que as pessoas possam entender, ver e que seja acessível.

Créditos: Ivo Tavares Studio

Que balanço faz destes cinco anos?

É um balanço muito positivo. A CA conseguiu, num curtíssimo espaço de tempo, consciencializar e dar a entender à sociedade que é um espaço aberto para falar de arquitectura para toda a gente e este aspecto foi muito bem entendido pela própria população.

Por outro lado, conseguiu afirmar-se na sua dimensão nacional. O Centro Português de Arquitectura tem como objectivo actuar em todo o território nacional. Isto é fundamental. E uma prova disso é o recém-criado o ‘Tours’, uma iniciativa conjunta com o Turismo de Portugal, em que estarão abertos para visita um conjunto de espaços, que até Agosto do próximo ano serão no total 150, em todo o território nacional, continente e ilhas. Foram criados percursos em todo o País com edifícios abertos e gente competente para poder explicar essa arquitectura, ou seja, de forma descomplicada e descodificada.

Outro grande objectivo que a CA atingiu foi a sua dimensão internacional, nomeadamente, com um acervo de mais de 200 doadores proveniente do Brasil. Em consequência deste trabalho, a CA tornou-se a primeira instituição do mundo a receber colecções de acervo territoriais com curadoria, ou seja, de um determinado território, de um determinado arco temporal, discutido e escolhido por quem sabe e conhece.

Actualmente quantos acervos é que têm?

Só do Brasil temos cerca de 60 nomes envolvidos, entre eles Paulo Mendes da Rocha e Lúcio Costa, o que deu uma dimensão internacional à CA. Dos arquitectos portugueses, além do Eduardo Souto de Moura, do Pedro Ramalho, o Carrilho da Graça, Teresa Fonseca, temos, recentemente, mais dois nomes, a Teresa Seixas e o Manuel Correia Fernandes e, ainda, o José Gigante, que ofereceu não só o seu acervo de arquitectura, como o acervo fotográfico do seu pai, Jorge Gigante. Temos, também, o acervo do fotografo Luís Ferreira Alves, ligado à arquitectura e à cidade.

Importância da arquitectura

Quais os planos para o futuro da CA?

Vamos começar a actuar sobre o espaço da visita da arquitectura com este novo projecto com o Turismo de Portugal que se soma a uma outra iniciativa que já tínhamos que era o Porto Open House.

Para o próximo ano iremos ter uma grande exposição do arquitecto Paulo Mendes da Rocha, também na óptica de mostrar aquilo que arquivamos. Com curadoria do arquitecto e historiador de arquitectura Jean-Louis Cohen e de Vanessa Grossman, arquitecta brasileira sediada em Roterdão, esta será uma exposição única, porque é a oportunidade que de se ver tantos originais do arquitecto brasileiro num só espaço e que já fazem parte do acervo da Casa.

Outra área para nós muito importante, é o lançamento de publicações de referência de forma regular. A ideia que nós queremos mostrar é que com a CA se podem decidir reflexões de estudos, de investigações, que depois possam ser compradas em livro e que sejam de grande referência a nível mundial.

Estes livros serão produzidos e comercializados pela CA e depois distribuídos pelas diferentes livrarias em Portugal e no estrangeiro, também noutras línguas em co-produção com outras editoras.

Outra área que temos assumido, é a possibilidade da CA promover novos estudos. Seja pelas exposições, sejam momentos onde chamamos várias pessoas a estudarem a arquitectura sobre um determinado problema ou um conjunto de problemas sobre uma determinada matéria. O próximo que estamos a organizar é sobre os contextos de emergência e como é que a arquitectura pode ajudar nestes contextos.

Falamos, por exemplo, em contextos de suburbanidade, como as favelas, ou em situações onde existe falta de água, como África, ou então em cidades, que pelo contrário têm um conjunto de acidentes climáticos cada vez mais comuns e que criam em alguns momentos destruições maciças e que, portanto, é preciso que a arquitectura dê uma resposta e de forma rápida, eficiente, concreta. Outras são, naturalmente, os grandes êxodos que temos na Europa ou em contextos de guerra e que não têm lugar onde ficar e que é preciso resolver e com condições condignas. Estes sistemas vão ser abordados numa exposição, chamada ‘Arquitectura em contexto de emergência’, e num conjunto de actividades, onde serão chamados peritos mundiais, activistas inclusivamente, para pensarem como é que a arquitectura pode ajudar essas pessoas.

Segundo Souto de Moura, a arquitectura serve para resolver problemas. E, portanto, partindo desta premissa não queremos apenas mostrar o quão bonita é a arquitectura ou quão fantástico é o trabalho daquele arquitecto, no passado, nos últimos 30 anos, mas também termos uma visão, uma perspectiva do futuro, para ajudar a resolver problemas e para que as populações vivam melhor.

Tendo em conta a emergência que o planeta vive com as alterações climáticas e com as consequentes catástrofes que provocam é cada vez mais um tema que faz parte do dia-a-dia dos arquitectos. Esta é uma área que já seja estudada?

Quer dizer, a arquitectura é talvez das áreas disciplinares mais transversais no conhecimento. Nós trabalhamos com biólogos, com engenheiros de estruturas, engenheiros hidráulicos, paisagistas, com sociólogos, economistas, com construtores. No fundo, o que estamos a ver é uma tendência, que nem sempre parece positiva, mas que pode também trazer oportunidades, é a sociedade dizer que arquitectos e construtores se entendam para arranjar produtos que sirvam a sociedade.

Muitas vezes sabemos que o lucro fácil de alguns construtores pode levar a que se baixe a qualidade da arquitectura. Portanto, é ainda mais importante que este papel da CA, de ajudar a criar rapidamente uma consciência pública da importância da qualidade na arquitectura como factor de melhoramento das condições de vida das populações.

Ou seja, que, com a nova legislação que o Estado português criou sobre a concepção-construção, nós não fiquemos reféns do lucro fácil de alguns construtores que ganham ao preço mais baixo. Que o próprio Estado entenda que é preciso lançar concursos com outros objectivos que não o preço mais baixo.

Créditos: Ivo Tavares Studio

As ‘contas’ do Estado

Em teoria essa questão está prevista, mas depois na prática as coisas são bastante diferentes. Até em matéria de sustentabilidade, onde alguns concursos colocam este critério de avaliação em último…

Exactamente. Nós sabemos que alguma sustentabilidade sai cara no momento da construção, mas por outro lado, poupa-se no prazo de vida do edifício e na exploração que fazemos do edifício. Por isso, os regulamentos são cada vez mais exigentes, ao nível térmico, acústico, etc. O metro quadrado está cada vez mais caro e quando queremos construir em grande quantidade, muitas vezes há tendência para reduzir a qualidade para termos arquitecturas que tenham a capacidade de resolver os problemas, mas ‘baratinho’. E esta é uma tentação que nós não podemos ter. Nós enquanto sociedade. O facto de termos uma nova forma de encomendar arquitectura que essa não fique refém, como nós sabemos e que aconteceu no passado nos finais de 70 e inícios de 80, em que se produziam muitas coisas pelos chamados ‘patos bravos’, que eram construtores não qualificados, que nem chamavam arquitectos a fazer os projectos. Actualmente, temos construtores mais qualificados, mas não sei se é porque o mercado público assim o exige produtos mais baratos que depois nos saem mais caros a todos, nomeadamente no que diz respeito à exploração energética de quem vive nesses edifícios para ter as condições térmicas, sai muito mais caro à sociedade.

Neste momento, o Estado está a promover um conjunto de habitação para arrendamento acessível, por exemplo, e em todas as situações o preço é o critério com mais peso…

Na minha opinião está-se a fazer mal as contas. Se tivermos em conta quanto é que custa esses edifícios em boas condições construtivas a 30 anos e se somarmos os custos relativos à sua exploração energética, nomeadamente em aquecimento e arrefecimento, vai gastar-se mais seguramente. Esta é uma verdade La Palisse.

Como podem os arquitectos contornar esta situação?

Vão ter de unir esforços com os construtores, mas ao mesmo tempo tem que se trabalhar para que o Estado Português exija qualidade nas compras que faz. E não podemos comprar arquitectura ou edifícios da mesma maneira que compramos papel higiénico.

Como é que se quer atingir as metas climáticas se depois o que se está a construir neste momento não vai ao encontro desses objectivos?

Existe aqui um problema, que é também um desafio muito grande. Como é que nós podemos dar as mãos aos construtores, produzindo soluções desde pré-fabricações, a rentabilidade no teste de modelo tipológico, na medida em que já sabemos quanto é que mede uma sala, um quarto como é que se organiza, a casa de banho já vir construída e apenas acoplar.

Acredita que a pré-fabricação dos módulos em fábrica vai ser a solução no futuro?

Não tenho dúvida. Agora não pode ser feito na perspectiva, como acontece muitas vezes na indústria, em que uma pequena diferença multiplicada por milhões de unidades faz com que se reduza os custos, mas muitas vezes não é quantificável quanto essa diferença custa na qualidade de vida espacial de quem a habita, mas sem que isso retire qualidade às habitações.

Da mesma forma que o covid introduziu alterações na forma como habitamos, em que já não basta termos um escritório em casa, porque numa situação de confinamento o que precisamos é que todos os quartos tenham um espaço extra para trabalhar, agora é preciso também entender que também se tornou importante que cada quarto tenha uma suite por questões de higiene, por exemplo.

Nunca deixar ‘parar a mão’

Para terminar, gostaria de saber, além do trabalho que tem desenvolvido na CA, onde é que fica o Nuno Sampaio enquanto arquitecto?

Nós arquitectos nunca gostamos de deixar parar a mão. É fundamental para nós não perdermos o contacto com a prática. Sabemos que muito colegas pelas funções que exercem em alguns organismos públicos, como eu à frente de uma associação, temos o tempo muito limitado, mas ainda vou fazendo algumas coisas e tenho sempre esperança que possa fazer mais. A minha esperança é que um dia eu não seja necessário e que as pessoas tenham esta capacidade de entender a arquitectura. Sabemos que a construção desta consciência que nunca vai terminar.

Gostava de voltar a dedicar-se à 100% à arquitectura um dia?

Talvez um dia, porque não. Nunca ponho isso de parte.

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As diferentes “Formas (s)” da RAR Imobiliária

A43, Correia/Ragazzi Arquitectos, hori-zonte, José Carlos Cruz, Masslab e Nuno Valentim Arquitectura aceitaram o desafio e, a partir, de um conjunto de peças em madeira, apresentaram seis visões “criativas” sobre o espaço e o conceito de habitar

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Um jogo, seis gabinetes de arquitectura, uma exposição e seis visões dão uma nova “Forma” ao stand da RAR Imobiliária no Salão Imobiliário de Portugal (SIL), que se encontra a decorrer na FIL, em Lisboa.

A partir de um kit de materiais composto por 100 peças de madeira, abraçadeiras e cola, a RAR Imobiliário fez a proposta, a seis ateliers, para criarem, a partir desses elementos, um módulo arquitectónico, “habitável e inspirador”, que configurasse uma “verdadeira expressão de criatividade e funcionalidade”.

O jogo, aceite pelos gabinetes de arquitectura A43, Correia/Ragazzi Arquitectos, hori-zonte, José Carlos Cruz, Masslab e Nuno Valentim Arquitectura, resultou na criação de seis visões “criativas” sobre o espaço e o conceito de habitar, dando, assim, origem à primeira exposição de arquitectura da promotora – “FORMA – Expressões de Arquitectura”.

Na resposta ao jogo, cada um dos gabinetes usou os elementos para criar a sua visão “única” sobre a habitação, materializando-a através de maquetes e conceitos que exploram identidade, funcionalidade e expressão artística.

Para Paula Fernandes, CEO da RAR Imobiliária, a exposição representa o “compromisso” da RAR Imobiliária com a inovação e a diversidade na arquitectura. “Queremos promover um espaço de diálogo onde diferentes perspetivas sobre a habitação possam ser exploradas, incentivando a criatividade e novas formas de pensar o espaço habitacional”, refere.

No SIL. a RAR levou também para a ‘exposição’ os projectos, actualmente, em desenvolvimento, tais como o Montebelo Villas e o Boavista 5205.

A RAR Imobiliária está focada na expansão em mercados estratégicos, mantendo a aposta no segmento alto e em localizações de prestígio. Porto e Lisboa continuam a ser as áreas prioritárias.

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Ordem dos Arquitectos marca presença na Tektónica 2025

A Ordem dos Arquitectos vai levar de novo à Tektónica, entre 10 e 12 de Abril, o espaço “Architects on Business”, que  proporciona aos arquitectos um local privilegiado para divulgar os seus projectos, serviços e competências junto de um público especializado

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A edição de 2025 do principal certame de arquitectura e construção em Portugal vai ter lugar na Feira Internacional de Lisboa (FIL) e vai ser o palco de várias iniciativas promovidas pela Ordem dos Arquitectos, com o apoio dos parceiros – Amorim Cork Insulation; Catari; Grupo Preceram; Grupo Mitera – Tecnodeck; Unveil Exhibitions, Museums and Public Space; Digital Fabrication Laboratory.

“BIM: Uma Metodologia, Não um Software”
Destaque para o primeiro dia da feira, altura em que a Ordem dos Arquitectos vai proporcionar o debate “BIM: Uma Metodologia, Não um Software”, no Auditório Skinium, Pavilhão 3 (stand 3A13).

Trata-se de uma mesa-redonda que vai reunir especialistas de renome para debater a integração da metodologia BIM (Building Information Modeling) nos processos de projecto arquitectónico, abordando a sua aplicação no ensino universitário, na formação profissional habilitante e contínua, bem como na prática profissional. O objectivo é preparar arquitectos, académicos e profissionais para a adopção inevitável do BIM, que em breve será parte integrante dos fluxos de trabalho do sector.

O debate conta com três interlocutores de destaque nas áreas de arquitectura, educação e inovação tecnológica. Os participantes debaterão como o BIM transcende a ideia de “ferramenta digital” para se consolidar como uma metodologia colaborativa, capaz de revolucionar a gestão de projecto, desde a concepção até a execução.

A iniciativa surge num momento crucial para o sector da arquitectura, com a crescente adopção do BIM como um sistema colaborativo que vai além de uma simples ferramenta digital. Ao invés de ser apenas um software, o BIM representa uma verdadeira mudança de mentalidade na forma como os projecto são geridos e executados. A mesa-redonda pretende explorar como o BIM pode transformar a gestão de projectos arquitectónicos, desde a concepção até à execução, promovendo uma maior eficiência, redução de erros e optimização de custos.

Para Marlene Roque, Arquitecta e Vogal no Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Arquitectos, “O BIM não é apenas um software, é uma mudança de mentalidade. As universidades devem formar profissionais que dominem esta metodologia desde o início, e os escritórios precisam investir em formação contínua para acompanhar a evolução do sector”.

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Grupo Preceram promove Workshop e Demonstração Prática na Tektónica 2025

Workshop e Demonstração Prática na Tektónica 2025

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Sexta-feira 11 ABRIL

12h00

GREENROOFS® – Innovated by Associação Nacional de Coberturas Verdes

Às 12h00, a ANCV realizará o seminário “Coberturas Verdes e Resiliência nas Cidades”, no Auditório S&P, localizado no centro do pavilhão 4. O objetivo é evidenciar, por meio de projetos, obras e casos de estudo de Coberturas Verdes e Jardins Verticais, como as soluções e serviços dos membros contribuem para promover a resiliência nas cidades.

Em representação da Nexclay, Ávila e Sousa irá participar nesta ação às 12h30, com a apresentação “Contributos da argila expandida Nexclay para o sucesso das coberturas verdes”.

15H00

Demonstração Prática Sistema SKINIUM

No dia 11 às 15h00 no stand do Grupo Preceram (Pavilhão 3 – Stand 3B10), irá decorrer a demonstração da aplicação dos sistemas de revestimento e acabamento do sistema SKINIUM® pela MAPEI.

  • Aplicação de barramento armado sobre a nova placa GYPCORK Protect
  • Colagem de placas de ICB sobre a placa Gyptec Protect

17H15

SEM ISOLAMENTO NÃO HÁ CONFORTO

Às 17h15 no Auditório SKINIUM, Pavilhão 3 da FIL, o Grupo Preceram promove o workshop técnico “Sem Isolamento Não Há Conforto”. Neste workshop o Grupo Preceram apresentará ao público os novos Sistemas Gyptec Protect desenvolvidos em colaboração com a Mapei, e o novo sistema construtivo SKINIUM® – THE WALL SYSTEM.

Orador: Ávila e Sousa, Diretor Técnico GRUPO PRECERAM

Junte-se a nós nesta edição da Tektónica, visite-nos de 10 a 12 de abril. Estamos no pavilhão 3 stand 3B10, Contamos consigo!

Saiba tudo sobre a nossa participação em: www.solucoesparaconstrucao.com

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Pavilhão de Jardim com arquitectura José Pedro Lima e fotografia de Ivo Tavares Studio
Arquitectura

José Pedro Lima vence 2ª edição do Prémio Manuel Graça Dias DST

Segundo o júri o espaço concebido, que funciona como um foyer e conexão entre o interior e o exterior, destaca-se pela abordagem “consistente, equilibrada e madura”, demonstrando “grande qualidade” para uma primeira obra de arquitectura

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O arquitecto José Pedro Lima é o vencedor da segunda edição do “Prémio Manuel Graça Dias dst – Ordem dos Arquitectos, Primeira Obra” – Jovem Arquitecto. A obra “Pavilhão de Jardim. Forma | Foyer” foi eleita por unanimidade pelo júri, composto pelos arquitectos Egas José Vieira, enquanto presidente, José Manuel Carvalho Araújo e Patrícia Rocha Leite, e destaca-se pela abordagem “consistente, equilibrada e madura”, demonstrando “grande qualidade” para uma primeira obra de arquitectura.

Com carácter “menos convencional”, o autor introduz um novo volume arquitectónico num lote típico do Porto que redefine a relação entre a habitação principal e o jardim. O espaço concebido funciona como um foyer que proporciona vivências complementares e oferece mais conexão entre o interior e o exterior. A abordagem evidencia “simplicidade e sofisticação”, com o uso expressivo da cor e um ambiente que alia o conforto a um ambiente intimista e familiar.

Com atelier próprio desde 2020, José Pedro Lima desenvolve projectos de arquitectura em diferentes regiões do País. O seu trabalho abrange programas de intervenção em património, projectos culturais, habitação unifamiliar e coletiva, bem como pequenos empreendimentos turísticos. É, também, professor assistente convidado no Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra.

“As cidades precisam cada vez mais de arquitectura que entendam as pessoas, que liguem as pessoas em comunidades de vida boa e que destruam os muros diáfanos que segregam e colocam uns contra os outros. A arquitectura pode resolver muitos mais problemas sociais do que resolve. O prémio quer promover a liberdade de inovar socialmente como o seu inspirador idealizava”, destaca José Teixeira, presidente do dstgroup.

A cerimónia de entrega do prémio está marcada para 29 de Abril, no Auditório Domingos da Silva Teixeira, no campus do dstgroup, em Braga, com uma visita às instalações e fábricas de construção industrial do dstgroup.

Além da obra vencedora, o júri também destacou, por unanimidade, as obras, “Casa Aurora” de André Azevedo, “Casa Luzim” de Juliano Ribas e Cíntia Guerreiro, e “Ladeirinha” de Elói Gonçalves, seleccionadas entre um total de 32 candidaturas.

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Deco Out estreia-se com “expressiva” adesão e “envolvimento” de profissionais do sector

Durante os três dias de evento, os profissionais tiveram a oportunidade de explorar, in loco, as colecções exclusivas de marcas nacionais e internacionais e conhecer, em primeira mão, as últimas inovações e tendências das áreas da indústria têxtil, papel de parede, revestimento de parede e chão, e acessórios decorativos

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Entre 19 e 21 de Março de 2025, Lisboa acolheu a primeira edição do Deco Out, um evento dedicado exclusivamente à decoração de interiores. Com mais de 500 inscrições, a primeira edição do certame distinguiu-se pelo seu “êxito”, evidenciado pela “expressiva” adesão e “envolvimento” dos profissionais do sector. Desta forma, esta primeira edição “superou as expectativas” e estabeleceu uma “base sólida para o crescimento da Deco Out”, com perspectivas promissoras para as edições futuras.

Desenhado para ser uma montra da melhor produção nacional, o Deco Out Lisboa proporcionou uma imersão “única”, com o formato de Open Showroom Experience, nos principais showrooms das 11 empresas de renome nacionais: Aldeco, Barreiros & Barreiros, Damaceno & Antunes, Fernando Roda, Forma & Enredo, Henriques & Rodrigues, Microcrete, Pedroso & Osório, Settes, Showroom Lisboa – Antoniela Leone e Tramas & Texturas.

Durante os três dias de evento, os profissionais tiveram a oportunidade de explorar, in loco, as colecções exclusivas de marcas nacionais e internacionais. Através de uma imersão completa, os participantes puderam conhecer, em primeira mão, as últimas inovações e tendências das áreas da indústria têxtil, papel de parede, revestimento de parede e chão, e acessórios decorativos. 

O evento destacou-se pela valiosa oportunidade de networking, que permitiu aos participantes estabelecer parcerias comerciais estratégicas e desenvolver colaborações. Segundo a organização: “O Deco Out foi mais do que um evento, foi uma plataforma única para o sector, onde não só se exploraram novas colecções, mas também se abriram portas para oportunidades de negócios e parcerias estratégicas”. 

Paralelamente, o certame proporcionou ainda experiências exclusivas, como workshops imersivos e sessões de discussão com especialistas, abordando uma vasta gama de materiais, tecidos e revestimentos, fundamentais para enriquecer projectos de design de interiores e arquitectura.

 O sucesso desta primeira edição foi além do próprio evento. “Os resultados continuam a manifestar-se no pós-evento, com diversas oportunidades concretizadas a partir das interacções e conexões estabelecidas ao longo dos três dias”, afirmou a organização.

Para facilitar o acesso aos diversos espaços, a organização disponibilizou shuttles gratuitos. Além disso, nos showrooms que não estavam na rota do transporte disponibilizado, foi oferecido estacionamento gratuito.

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Cosentino apresenta primeiro relatório global de tendências para a arquitectura e design

Intitulada “Shaping Tomorrow: Future Design & Architecture”, a publicação identifica as tendências que irão definir os próximos anos e partilha ideias e inspiração de alguns dos melhores designers e arquitectos do mundo

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A Cosentino Portugal apresentou o relatório em dois eventos realizados no dia 2 de Abril, no Cosentino City Porto, e 4 de Abril, no Cosentino City Lisboa. Ambos os encontros contaram com a presença da reconhecida designer de interiores Nini Andrade Silva, que partilhou a sua visão sobre o futuro do design e da arquitectura, em sintonia com os temas abordados no relatório. Os eventos reuniram profissionais do sector e proporcionaram momentos de inspiração, troca de ideias e descoberta de novas perspectivas criativas,

“Ser convidada para integrar o Trend Report da Cosentino é um reconhecimento muito especial. Acredito que o design deve desafiar fronteiras e inspirar novas formas de pensar os espaços. Esta participação permite-me partilhar essa visão com um público global e reforçar a importância da criatividade e da inovação no futuro do design e da arquitectura”, refere Nini Andrade Silva.

A Cosentino, líder mundial na produção de superfícies sustentáveis para arquitectura e design, está mais uma vez na vanguarda do sector ao lançar o seu primeiro relatório global de tendências para arquitectura e design. “Shaping Tomorrow: Future Design & Architecture” é um estudo ambicioso e inspirador que constitui um guia essencial para os profissionais e entusiastas do design que procuram estar a par das tendências mais inovadoras e transformadoras.
Nas suas mais de 400 páginas, o livro identifica e estrutura-se em cinco macro tendências-chave: Origem, Refúgio, Natura, Urban e Wonder. Cada capítulo analisa os seus conceitos através de textos informativos, moodboards inspiradores, palavras-chave, microtendências, case studies do mundo inteiro, uma selecção de materiais e entrevistas com designers, arquitectos e criativos de renome que partilham a forma como aplicam estas novas perspectivas de design. Além disso, para dar vida às novas ideias de living e arquitectura, à paleta de cores e aos materiais de tendência, artistas digitais, ilustradores, fotógrafos e stylists trabalharam para interpretar visualmente as cinco tendências, ligando a teoria à prática.

A metodologia deste estudo foi mista, combinando abordagens qualitativas e quantitativas. Foi efetuada uma pesquisa exaustiva utilizando técnicas de coolhunting, complementada por entrevistas individuais. Além disso, foram consultados cerca de 200 profissionais de todo o mundo, abrangendo áreas-chave do design, da arquitetura e do produto, cruzando perspetivas perspetivas de nível local e global. A publicação foi dirigida pelo jornalista e editor Enric Pastor e pela especialista em cores e tendências e fundadora da The Color Authority, Judith van Vliet.

Entre os diferentes profissionais que participam e são entrevistados na publicação encontram-se os designers britânicos Tom Dixon e Tom Faulkner; a designer milanesa Serena Confalonieri; Kathryn Gustafson, fundadora do estúdio Gustafson Porter + Bowman; o designer mexicano Fernando Laposse; Ana Milena Hernández Palacios e Cristophe Penasse do estúdio Masquespacio; o arquiteto brasileiro João Armentano; os espanhóis Patricia Bustos, Héctor Ruiz Velázquez, e Javier Jiménez Iniesta do Studio Animal; e a designer portuguesa Nini Andrade Silva.

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Casa da Arquitectura (créditos: Romullo Baratto Fontenelle)
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Casa da Arquitectura atribui 10 bolsas de doutoramento para estudo de acervos da instituição

A decorrer até 3 de junho 2024 (hora de Lisboa), as candidaturas para as bolsas destinam-se às áreas de Arquitectura, Urbanismo, Território, com especial relação aos acervos, espólios e colecções da Casa da Arquitectura

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A Casa da Arquitectura abriu concurso para a atribuição de 10 bolsas de investigação para doutoramento, financiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), ao abrigo do protocolo de Cooperação para Financiamento do Plano Plurianual de Bolsas de Investigação para estudantes de doutoramento celebrado entre as duas entidades.

A decorrer até 3 de junho 2024 (hora de Lisboa), as candidaturas para as bolsas de investigação para doutoramento destinam-se às áreas de Arquitectura, Urbanismo, Território, com especial relação aos acervos, espólios e colecções da Casa da Arquitectura e conteúdos relacionados com a teoria, história e prática da arquitectura, tecnologia construtiva, sustentabilidade e economia energética ao abrigo do Regulamento de Bolsas de Investigação da FCT (RBI) e do Estatuto do Bolseiro de Investigação (EBI).

As bolsas de investigação para doutoramento destinam-se a financiar a realização, pelo bolseiro, de actividades de investigação conducentes à obtenção do grau académico de doutor em universidades portuguesas, em programas de doutoramento acreditados nas áreas científicas relacionadas com os tópicos descritos no presente Aviso.

As atividades de investigação conducentes à obtenção do grau académico de doutor dos bolseiros selecionados devem estar enquadradas no plano de atividades e estratégia da Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura.
O plano de trabalhos decorrerá integralmente numa instituição nacional (bolsa no país). A duração das bolsas é, em regra, anual, renovável até ao máximo de quatro anos (48 meses), não podendo ser concedida bolsa por um período inferior a três meses consecutivos.

As Bolsas de Investigação para Doutoramento destinam-se a candidatos inscritos ou a candidatos que satisfaçam as condições necessárias para se inscreverem num Programa de Doutoramento e que pretendam desenvolver atividades de investigação conducentes à obtenção do grau académico de doutor, conferido por universidades nacionais.

Cada candidato poderá submeter apenas uma candidatura, sob pena de cancelamento de todas as candidaturas submetidas.

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A arquitectura nacional em destaque em Osaka

A contagem decrescente para a abertura da Expo 2025 Osaka, no Japão, já começou. A exposição arranca a 13 de Abril e decorre até 13 de Outubro. O Pavilhão de Portugal tem a assinatura de Kengo Kuma, reafirmando a ligação intrínseca entre os dois países através da arquitectura. Talvez para compensar a falta de assinatura nacional no pavilhão, a organização fará da arquitectura nacional um tema de destaque

Durante seis meses deverão visitar a ilha de artificial de Yumeshima, palco da exposição, cerca de 28 milhões de visitantes, contando-se em 160 o número de países ali representados. Os 155 hectares, organizados em círculo, estão divididos em distritos: Saving Lives, Connecting Lives e Empowering Lives. É neste último que o Pavilhão de Portugal ficará localizado.
Projectado pelo arquitecto japonês Kengo Kuma, o Pavilhão de Portugal, é um convite a descobrir o oceano, um tema central da participação de Portugal num evento que é grandemente dedicado ao tema “Desenhar as sociedades do futuro”, à promoção dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e à estratégia japonesa Sociedade 5.0, que defende um sistema socioeconómico sustentável e inclusivo. Uma das características mais distintivas desta exposição internacional será o esforço para dar uma imagem realista de uma sociedade futura não apenas através do pensamento, mas também através da acção. Posicionando o recinto como um laboratório onde serão testadas, e aplicadas, novas tecnologias e sistemas.
O tema da participação portuguesa, “Oceano Diálogo Azul” cruza o universo da Expo’98 de Lisboa, com o passado histórico que ligou Portugal e o Japão e a projecção do país actual, que quer liderar em políticas marítimas.

O Pavilhão
O projecto arquitectónico expressa a dinâmica do movimento oceânico através da desconstrução do espaço, utilizando cordas suspensas e redes recicladas para criar um efeito perene e exposto aos elementos naturais como o sol e o vento.
O volume do Pavilhão é marcado por uma instalação cénica que simboliza a praça superior suspensa como uma onda, criando uma imagem marcante para quem visita e para quem passa no exterior.
Situado na zona ‘Empowering Lives’ do recinto da Expo 2025 Osaka, perto do pavilhão do Japão, o Pavilhão de Portugal beneficia de uma localização estratégica, oferecendo também um espaço único de interacção com o “Grand Ring” da Expo 2025 Osaka.
Além do espaço para exposições, terá uma loja, um espaço de restauração dedicado à promoção da gastronomia portuguesa e um espaço multiusos preparado para acolher eventos de diversas tipologias.
A loja terá um conceito adaptado ao tema da participação de Portugal na Exposição, centrado no oceano e na sua conservação, promovendo produtos de design ecológico, feitos a partir de materiais naturais de origem portuguesa e de forte cariz identitário, como a cortiça, o burel e o vime.

A arquitectura
O facto do Pavilhão de Portugal não ser assinado por um arquitecto português deixa algum desconforto e gerou críticas junto da Aicep Portugal Global, ainda que o mesmo tenha a assinatura do arquitecto japonês que ao longo dos últimos anos se vem afirmando em terreno nacional. Este é mais reforço na já forte ligação de Kengo Kuma a Portugal. Mas Portugal, país de Arquitectos, marcará presença em Osaka com a organização a reservar-lhe espaço na agenda. Ao longo de seis meses Portugal vai apresentar exposições, workshops e concertos que abrangem várias áreas artísticas e culturais, entre elas destaque para as exposições sobre arquitectura portuguesa que levará ao Japão os trabalhos de Siza Vieira, Manuel Aires Mateus, Ricardo Bak Gordon e Inês Lobo. A nova geração de arquitectos portugueses também estará em destaque numa exposição que tem a curadoria de Andreia Garcia e que envolve mais de duas dezenas de ateliers – Atelier Local; Sami; Atelier Cru; Luísa Bebiano, Rita Aguiar-Rodrigues; Diogo Aguiar; Pura Atelier; Nuno Melo Sousa; Summary; Miguel Marcelino; JQTS; Cabinnet; Circunflexo; Barão-Huter; In vitro; Mero; Inês Pimentel; Campo Arquitectura, Conde Paradela; Patrícia da Silva; SIA; fala; e Branco del Rio.
Também o design gráfico, através de uma exposição do Atelier Barbara Says, as astes e ofícios, com o programa Saber Fazer da DG Artes, e vários artistas plásticos, como Fernanda Fragateiro, Daniel Blaufuks, Ana Aragão, Ass Fuel ou Vanessa Barragão vão marcar presença em Osaka. A programação do Pavilhão de Portugal abrange ainda a música, cultura, economia, arte e gastronomia nacionais.

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

Manuela Sousa Guerreiro

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Archi Summit abre última fase de candidaturas a expositores

O maior festival de arquitectura do País está de volta à capital para a 8ª edição. Nos dias 9, 10 e 11 de Julho, o Beato Innovation District transforma-se num espaço de partilha de conhecimento sobre arquitectura e outras áreas do sector da construção para receber a 8ª edição do Archi Summit

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Após duas edições no Porto, o festival de arquitetura Archi Summit está de volta a Lisboa para a sua 8ª edição. Durante os dias 9, 10 e 11 de Julho, o Beato Innovation District, sob a curadoria dos arquitectos Joanna Helm e António Choupina, recebe um espaço de partilha de conhecimento e de aprendizagem, networking e inspiração para os participantes, reunindo grandes nomes da arquitectura nacional e internacional.

“Estamos muito entusiasmados por regressar a Lisboa e por levar a 8ª edição do Archi Summit ao Beato Innovation District. Contamos ter ainda mais participantes do que nos anos anteriores, esperando mais de dois mil arquitectos, dos vários ramos da arquitectura, e outros profissionais das áreas da construção, para trocar experiências e conhecer novas técnicas. O objectivo é juntar ainda mais valências até à data, como a cerâmica, a iluminação, revestimentos, mobiliário urbano, impermeabilização, carpintaria, para que os participantes encontrem aqui tudo o que precisem para os seus projectos”, explica Bruno Moreira, arquitecto e mentor do Archi Summit.

O evento, que ao longo dos últimos 10 anos tem procurado expandir o debate sobre a actuação da arquitetura, conta já com oradores de excelência, como Amanda Ferber, arquitecta brasileira, fundadora e CEO da Architecture Hunter, uma plataforma dedicada à arquitectura que conta com mais de três milhões de seguidores, e que foi nomeada para a lista Forbes 30 Under 30 em 2020. Apesar de ainda não estar fechado, o cartaz conta com oradores como Fran Silvestre, arquitecto espanhol, Romullo Baratto, arquitecto e urbanista brasileiro, Gabriela Carrillo, arquitecta mexicana, Gloria Cabral, arquitecta paraguaia-brasileira e Martha Thorne, reitora da IE School of Architecture and Design, em Madrid, e directora-executiva do Prémio Pritzker de Arquitectura, conhecido como o “Nobel da Arquitetura”.

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Prepare a sua piscina antes da chegada do Verão com o Grupo Puma

A cada ano, com a aproximação do verão, todos pensamos na manutenção de nossas piscinas, sejam elas particulares, públicas
ou comunitárias. Em outros casos, encontramos piscinas de nova construção que precisam de um tratamento completo de impermeabilização.

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Neste artigo, Selena Dorado, do Departamento Técnico do GRUPO PUMA, disponibiliza as principais orientações para realizar a melhor impermeabilização das nossas piscinas, qualquer que seja o caso de aplicação, com o Sistema Drypool.

PISCINAS A REABILITAR OU DE NOVA CONSTRUÇÃO

Em qualquer um dos casos, o primeiro ponto a ser trabalhado e, provavelmente, o mais importante de todos, é o tratamento do suporte.

Para o correto funcionamento de qualquer sistema de impermeabilização, o suporte deve estar limpo, seco e livre de poeira ou elementos mal aderidos.

Em ambos os casos, devemos levar em conta a porosidade do suporte, pois é importante que esteja suficientemente liso para evitar um consumo excessivo de material, mas também que não tenha uma resistência superficial à tração insuficiente, o que poderia afetar a aderência dos produtos de impermeabilização.

ESCOLHA DOS PRODUTOS MAIS ADEQUADOS

Para piscinas de nova construção (suporte de betão)

Antes de iniciar a instalação, devemos preparar os pontos críticos (como mudanças de plano, elementos da instalação, etc.) com nossa banda elástica Bandtec.

Em primeiro lugar, aplicaremos a membrana impermeabilizante cimentícia contínua Morcem Dry SF Plus em duas camadas reforçadas com a Malha Drypool antialcalina.

Uma vez seca a membrana impermeabilizante, instalaremos o nosso revestimento cerâmico com o adesivo cimentício de alto desempenho Pegoland Profesional Flex e, para o rejuntamento das peças, utilizaremos a argamassa para juntas Pegoland Profesional Junta ou Morcemcolor Epóxi.

Para renovação de piscinas existentes (suporte cerâmico)

Da mesma forma que numa obra nova, antes de iniciar a instalação, devemos preparar o suporte e reparar os danos encontrados com a argamassa de reparação Morcemseal Todo 1. Também será necessário preparar os pontos críticos (como mudanças de plano, elementos da instalação, etc.) com nossa banda elástica Bandtec.

Em primeiro lugar, aplicaremos a membrana impermeabilizante cimentícia contínua Morcem Dry Fix em duas camadas reforçadas com a Malha Drypool antialcalina.

Uma vez seca a membrana impermeabilizante, o processo de revestimento é o mesmo que para uma obra nova: instalaremos nosso revestimento cerâmico com o adesivo cimentício de alto desempenho Pegoland Profesional Flex e, para o rejuntamento das peças, utilizaremos a argamassa para juntas Pegoland Profesional Junta ou Morcemcolor Epóxi.

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